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Relatório Final
2010
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2 o Congresso Ibero-Americano de Instalações Esportivas e Recreativas
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O 2° Congresso Ibero-americano de Instalações esportivas e recreativas
aconteceu nas instalações do SESI-SP entre os dias 19 a 22 de outubro
de 2010, com o patrocínio exclusivo da Caixa Econômica Federal:
Patrocinador: Os parceiros do evento que possibilitaram ampliar os espaços de participação
e logística, divulgação específica, disponibilidade de informações culturais
da cidade de São Paulo, apoio a contatos com palestrantes internacionais,
apoio a rodada internacional de negócios, foram:
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O evento contou com 512 participantes, representados percentualmente nas seguintes categorias:
Percentual de Participantes por categoria
6%
10%
44%
16%
16%
5%
3%
Os participantes representavam 16 países de toda a América e Europa:
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O 2° Congresso ibero-americano foi um exemplo de gestão
do conhecimento, os números foram:
- 4 dias de evento
- 84hs corridas
- 41h45efetivas de Congresso
- 17h workshop + visitações + reuniôes
- 1h50 apresentações artísticas
- Total de 57h35, sendo 70% em produção de conhecimentro!
- Conferências 5
- Visitação 2
- Palestrantes Brasileiros 50
- Mesa Redonda 11
- Reuniões 3
- Palestrantes Estrangeiros 33
- Sessões de Debate 6
- Sessões Especiais 2
- Sessão Alldyr 4
- Participantes Brasileiros 512
- Workshop 1
- Participantes Estrangeiros 36
Foram 83 palestrantes que proferiram conferencias, participaram das
mesas redondas, das sessões de debate
e das sessões especiais.
Agberto Guimarães – Diretor de Esportes do Comitê Organizador
dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 – Brasil.
Agustín García Puga – Arquiteto e membro do Conselho
Profissional de Arquitetura e Urbanismo – Argentina.
Alexandre Ribeiro Meyer Pflug – Diretor de Esportes e Lazer
SESI-SP – Brasil.
Antonio Carlos Bramante - QUALITY, Programas
de Bem-Estar e Qualidade de Vida – Brasil.
Bruno Roberto Padovano – sócio da “Padovano Arquitetura em
Rede Ltda” e Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – Brasil.
Carlos Eduardo Cabanas – Arquiteto e Diretor de Obras
do SESI/SENAI-SP – Brasil.
Carlos Santos Amorim Junior – Diretor de Desenvolvimento
e Informação da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) – Brasil.
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Carlos Vera Guardia - Arquiteto Ph.D. – Membro Diretivo
e Honorário do IAKS (Internacional para Instalações
Esportivas e Recreativas) - Chile.
Célio Jorge Deffendi – Diretor da Divisão de Desenvolvimento
Sociocultural – SESI-SP – Brasil.
César Augusto Correa Duque – Engenheiro Civil
da INDER – Colômbia.
Cesar Callegari – Diretor de Operações SESI-SP – Brasil.
Cintia da Silva Ferreira – Gerente de Esporte de Participação
e Escolar do SESI-SP – Brasil.
Dan Epstein – Líder de Desenvolvimento Sustentável
e de Regeneração para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos
de Londres 2012 – Inglaterra.
Daniel Alfonso Carrillo Luckert – Professor do Instituto
Universitário Experimental de Tecnología “Andrés
Eloy Blanco” - Venezuela.
Daniel Federico Daners Chao – Diretor de infraestrutura
e administração geral e arquiteto da Universidade
“de La República” - Uruguai.
Danilo Miranda – Diretor Regional SESC-SP - Brasil
Dante de Rose Junior – Professor Titular da USP – Brasil.
Dimas Pinto – Consultor e coordenador de equipes da “Soluçõesport
– Consultoria, gestão e formação em Esporte” – Portugal.
Eduardo Augusto Carreiro – Gerente de Esporte e Lazer
para a Indústria SESI/SP – Brasil.
Eduardo de Castro Mello – Arquiteto e consultor
em arquitetura esportiva – Brasil.
Eduardo Mack - Gerente de Comunicação Institucional
TV Globo – RJ – Brasil.
Erich Beting - Comentarista e apresentador do BandSports
e proprietária da “Máquina do Esporte”, principal veículo sobre
gestão e marketing esportivo do Brasil. – Brasil.
Esdras José Contreras Báez – Arquiteto e urbanista – Venezuela.
Felipe Andery – Diretor de infraestrutura da São Paulo
Turismo S/A – Brasil.
Felipe Frederico Gomes Fagundes – Analista de Cultura,
Esporte e Lazer do SESI – Brasil.
Fernando Sotomayor Garretón – Membro do Comitê Institucional
do Esporte do Colégio de Arquitetos do Chile – Chile.
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Fernando Telles Ribeiro – Coordenador do Núcleo de Pesquisa
em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo da Universidade
de São Paulo – Brasil.
Flávia da Cunha Bastos – Pesquisadora Líder do Grupo de Estudos
e Pesquisa em Administração Esportiva (GEPAE/USP) – Brasil.
François Vigneau - Arquiteto no Ministério da Saúde
e Esportes – França.
Geoffrey Godbey – Presidente da Next Consultoria e Professor
da Universidade Penn State – Estados Unidos.
Giovane Gávio – Técnico da equipe de alto rendimento
do Vôlei SESI-SP – Brasil.
Guillermo Pérez Recio – Subdiretor do Centro de
Alto Rendimento de Sant Cugat – Espanha.
Gustavo Nascimento – Especialista em Arquitetura
de Instalações Esportivas do Comitê Organizador dos Jogos
Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 – Brasil.
Jaime Segura Gomez – Faculdade de Organização
Esportiva – UANL – México.
John Alexander Salas Morales – Arquiteto coordenador de
infraestrutura do IX Jogos Sul-Americanos de Medelín – Colômbia.
Jorge Luiz de Miranda – Médico do trabalho da Arcelor
Mittal Tubarão – Brasil.
José Alfredo de Souza Lopes – Diretor técnico da “Hobbyvida,
Gestão de Instalações e Serviços” Esportivos – Portugal.
José Alves dos Santos Neto – Coordenador da Seleção
Brasileira de Basquete
José Constantino Gago Fernández – Responsável pelas instalações
de segurança e comunicações da Euroestudios – Espanha.
José Francisco Ramos Pereira – Arquiteto e Professor
da Universidade La Gran Colombia – Colômbia.
José Montanaro Junior – Gestor técnico de Voleibol
do SESI-SP – Brasil.
Jože Jenšterle - Secretário Geral da IASLIM - Associação
Internacional de Infraestrutura Esportiva e Recreativa; Diretor
da Associação dos Centros Esportivos da Eslovênia e Membro
do “Comitê Olímpico da Eslovênia˝ - Eslovênia.
Juan-Andrés Hernando López – Arquiteto e Urbanista Sócio fundador do escritório de arquitetura Hernando
& Sauqué, especializado em infraestruturas esportivas – Espanha.
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Juan Ernesto Meier Hernandez – Engenheiro Eletricista – Venezuela.
Laércio Elias Pereira – Presidente da ONG Centro
Esportivo Virtual – Brasil.
Lamartine Pereira da Costa – Professor Titular da Universidade
Gama Filho e membro do Conselho Pesquisas do Comitê Olímpico
Internacional em Lausanne (Suíça) – Brasil.
Laurent Moustard - Diretor Executivo do Departamento de Esportes
da F.S.G.T. (Fédération Sportive et Gymnique de Travail) – França.
Lucas Foster – Secretario Geral da Associação Brasileira
do Desporto Educacional – Brasil.
Luciana Reguera Ventola Nabarro – Supervisora Regional
de Esporte e Lazer do SESI-SP – Brasil.
Luis Cláudio Marques – Especialista de Esporte e Lazer do SESI-SP
e Gestor estadual do Programa de Formação Esportiva – Brasil.
Luis Pilatti – Fundador da Unidade de Animação Sociocultural
do Governo Departamental de Canelones – Uruguai.
Luiz Carlos Marcolino - Coordenador do projeto de Gestão e
Otimização dos Espaços de Cultura, Esporte e Lazer no SESI/DN – Brasil.
Luiz Delphino – Presidente da Federação de Esporte Escolar
do Estado de São Paulo – Brasil.
Luiz Wilson Pina – Centro de memória do SESC/RJ e Assessor
de Planejamento do SESC/RJ – Brasil.
Manuel Nadal – Engenheiro hidráulico – Venezuela.
Maria Angélica Ribeiro Santos – Gerente da Unidade
de Cultura do SESI/BA – Brasil.
Maria Lucinaide Pinheiro Nogueira – Analista de Negócios Sociais
da Gerência Executiva de Cultura, Esporte e Lazer do SESI/DN – Brasil.
Maria Luiza Nogueira Rangel - Docente da Universidade Estadual
de Goiás e Gerente de Projetos no Ministério do Esporte – Brasil.
Mário Aparecido de Oliveira – Gerente executivo do Esporte
Clube Pinheiros – Brasil.
Maureen Papis – Arquiteta associada ao escritório de aquitetura
Otto A. Papis – Argentina.
Maurício Arruda Campos – Diretor da comissão anti-doping
da Federação Internacional de Fisiculturismo e Fitness (IFBB) – Brasil.
Melissa Cristina Parra – Arquiteta e Professora da Universidade
Central da Venezuela – Venezuela.
Mireya Medina Villanueva – Catedrática da Faculdade
de Organização Esportiva – México.
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Nair Ackermann Bochard – Diretora do Centro Recreativo
e Esportivo do Ministério do Turismo e Esporte – Uruguai.
Olegário Machado Neto – Gerente SESC/SP – Brasil.
Patricia Bertacchini - Coordenadora de Logística
NUTAU – USP - Brasil
Patricia Totaro – Proprietária da “Patrícia Totaro – Arquitetura
de Resultados” – Brasil.
Peter Taylor - Professor de Economia Esportiva na Universidade
de Sheffield Hallam; Co-Diretor do Centro de Pesquisa da Indústria
Esportiva - Sheffield Hallam University – Inglaterra.
Ramiro Padilla Cevallos – Arquiteto e Gerente geral
da Contrutora Padilla & Assoc. - Equador.
Ramón Gómez Castillo – Assessor técnico da Federação
Esportiva de Los Rios – Equador.
Rejane Penna Rodrigues – Secretária Nacional de Desenvolvimento
de Esporte e de Lazer do Ministério do Esporte - Brasil.
Renato Dàvila – Superintendente técnico da Confederação
Brasileira de Voleibol – Brasil.
Ricardo Castiglioni – Presidente da Câmara Setorial de
Equipamentos para Ginástica da ABIMAQ – Brasil.
Ricardo Nascimento de Avellar Fonseca - Coordenador
Geral de Excelência Esportiva no Ministério do
Esporte – Governo Federal do Brasil – Brasil.
Ricardo Ricci Uvinha - Professor e coordenador no Curso
de Bacharelado em Lazer e Turismo da Escola de Artes, Ciências
e Humanidades da Universidade de São Paulo – Brasil.
Rosa Elena Medina Rodriguez – Professora da Faculdade de
Organização Esportiva da Universidade Autônoma de
Nuevo León – México.
Ruben Dario Duran Moreno – Presidente da Fundação
Venezuelana de Formação e Turismo – Venezuela.
Sérgio Miranda Paz - Engenheiro da Fundação para o Desenvolvimento
Tecnológico da Engenharia, Professor USP e PUC – Brasil.
Silvia Helena Marchi – Diretora da Divisão de Saúde SESI-SP – Brasil.
Toni Llop - Diretor da área de instalações esportivas e operacionais
do Grupo Eurofitness & Ubae; Presidente da Confederação
Europeia de Esporte e Saúde (CESS) – Espanha.
Vitor Gonçalo Seravalli – Diretor presidente do Comitê Brasileiro do
Pacto Global (ONU) e Diretor de Responsabilidade Social do CIESP – Brasil.
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O evento contou com a avaliação dos participantes nos espaços, sendo
que 81% deles atribuíram notas de 8 a 10, conforme abaixo:
Notas
Inovando o processo de sistematização, o Congresso contou com uma
equipe que formulou a texto a seguir, sintetizando todo o conteúdo
das palestras. n
Megaeventos Esportivos
Copa do Mundo
A comparação entre os cinco últimos países, sede da Copa do
Mundo, baseada no valor de investimento, necessidade de manutenção anual e legado deixado, nos leva a crer que no Brasil,
cujo investimento previsto é de 18 milhões, é grande a possibilidade de aproveitar as oportunidades de negócio, de emprego e de
geração de renda para o país, porém tem que se pensar nos aspectos de infraestrutura básicos e complementares e na dificuldade de
manutenção anual e otimização de sua utilização no pós-evento.
Na visão turística é importante pensar nos aspectos de infraestrutura
esportiva e complementar e preparar-se para receber públicos de todas
as classes sociais como uma necessidade de deixar boa impressão e
evitar transtornos durante e pós-evento:
- Infraestrutura adequada nos estádios e em seu arredor (hotéis de 4 e
5 estrelas, estacionamentos amplos, vias de acesso, alimentação);
- Meio de transporte que comporte o fluxo esperado (estrutura de
transporte até os locais - públicos, rodovias, ciclovias, etc);
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- Viabilização da oferta dos pontos turísticos como opções de entretenimento (Museu do Futebol em SP, por exemplo), explorando a diversidade cultural;
- Implemento da comunicação com o público estrangeiro, principalmente a visual e verbal (orientações para turistas, sinalizações, etc);
- Respeito ao fuso horário dos outros países – restaurantes e outros
serviços abertos 24 horas e,
- Investir em segurança para os participantes: atletas, equipe técnica esportiva, autoridades e de cobertura do evento (jornalistas estrangeiros).
Na visão jornalística os gastos com a Copa são basicamente com
infraestrutura esportiva e local. No Brasil, deverão ser direcionados
a melhoria dos aeroportos, estradas, rede hoteleiras e em mobilidade urbana nas grandes capitais e isso gera muitas oportunidades
de negócios, tais como os 32 centros de treinamento, que serão
construídos para receber as seleções participantes a exemplo da
casa Azurri da Itália, financiada por patrocinadores, empresas e etc.
Após a sistematização, foi elaborado um levantamento dos principais
pontos debatidos durante o evento e os objetivos com sugestões, encaminhamentos e prazos. n
Planejamento e Administração
Esportiva e Recreativa
Gestão de Serviços em Consonância com a Construção de Instalações
As construções de novas edificações são evidenciadas como necessárias para a realização dos grandes eventos. Mas é preciso ter
muito claro que de acordo com Hernando a “Instalação esportiva
é um meio e não um fim em si mesma”.
Portanto o sucesso de novos empreendimentos está intimamente
ligado às questões:
1. Planejamento desde de a concepção do produto considerando a
real razão da existência daquilo (Porquê?, Para quê?, Para quem?,
Como?, Quando?, Onde?);
2. A ausência de planejamento, invariavelmente ocasiona
ônus geral (social, político, econômico). Por exemplo: Após
5 anos de projeto e construção existirá aproximadamente 50
anos para gestão do espaço que foi concebido de forma inadequada;
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3. Necessária gestão qualificada, ofertando atividades adequadas ao
espaço, a fim de integrar USUÁRIOS/SERVIÇOS/PRODUTOS;
4. Necessário constante manutenção e avaliação dos espaços, para garantir o padrão de qualidade e procura por parte dos usuários;
5. Utilização de exemplos de sucesso para motivação dos usuários garantindo assim ocupação das instalações e cumprimento da missão
social (pedagogia do exemplo).
Foco na Profissionalização de ex-atletas
A estrutura brasileira para esporte de rendimento não possibilita a continuidade dos estudos, diferentemente dos EUA e Europa que incentivam o esporte na escola e universidade (bolsas para atletas, pagamento de cursos universitários).
Atletas brasileiros possuem um déficit de conhecimento (abandonam
os estudo ou não investem em uma profissionalização para a fase de
“ex-atleta”). Ex-atletas conseguem manter a credibilidade por seu
histórico esportivo, mas não possuem o embasamento teórico profissionalizante para dar continuidade à carreira pós-atleta.
Organizações Esportivas
O planejamento de cenários esportivos tem que levar em consideração
custos, estrutura da instalação, planejamento do espaço (simplicidade
e economia).
É necessário que o planejamento seja feito pensando na finalidade da
instalação, viabilizando a sua gestão e manutenção, incluindo custos
de construção, funcionamento e gestão permanente - correlacionando
necessidade a possibilidade de execução.
Plano de ativação é uma ferramenta de mediação do que foi projetado
ao real funcionamento (do papel a execução). Planificação e periodização das ações necessárias para o funcionamento, concentrando em 4
áreas fundamentais: econômica-financeira, recursos humanos, gestão
técnica, imagem e comunicação. n
Instalações Esportivas
e Recreativas
Gestão de Serviços e impactos no meio ambiente e sociedade
Na concepção de instalações esportivas é necessário praticar a sustentabilidade antes, durante e depois dos megaeventos, sempre de forma racional;
Entre os legados deve-se prevalecer o compromisso ético e social;
Necessário a interação entre os poderes públicos, privados e a universidade afim de um melhor planejamento das instalações;
Na gestão dos serviços e instalações deve-se praticar o conceito de
inclusão, democratização e sociabilização, tornando o ambiente mais
agradável e humanizado.
As gestões das instalações também devem respeitar os critérios de Regeneração, Renascimento e Renovação (3 R’s). Considerando esses aspectos temos grandes chances de evitarmos que essas instalações não
se transformem em “Elefantes Brancos” no futuro.
A falta de recursos financeiros e humanos, comprometem o sucesso de
novas políticas públicas. (Ministério do Esporte)
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Gestão e Manutenção das Instalações
Planejamento das instalações esportivas envolvendo comitês multidisciplinares em todas as etapas do processo, com uma análise de viabilidade criteriosa antes do início da obra.
Foram traçadas diretrizes de um projeto para instalação esportiva:
1) Necessidade: diferenciar os projetos encomendados por compromissos assumidos (Copa do Mundo), dos planos de resultado do estudo
local;
2) Localização: escolha assertiva do local, analisando não só a oportunidade e necessidade, mas também, como o resultado final beneficiará
a gestão e desenvolvimento a longo prazo;
3) Programação: (durante e pós-evento). Não há uma cultura latina de
planejamento de instalação esportiva com objetivo em megaeventos,
visando sua utilização posterior. Deve-se planejar pensando na otimização dos espaços, principalmente pós-eventos;
4) Dimensionamento (Manutenção): Deve-se prever no orçamento do
estado, pelo menos, 10% do valor da construção para manutenção.
Atuar com mais conservação e menos reparos;
5) Gestão permanente desse espaço visando à conservação e preservação para retardar a deterioração e reformas. Não existe curso de
“Gestor de Instalações Esportivas”. Há necessidade de investimentos
nesta área.
Foco nas Instalações Públicas
Sustentabilidade das instalações esportivas sob 2 aspectos:
• Impacto na natureza e combinar as exigências funcionais com um
conceito ecologicamente viável e acessível a todos (transporte, resíduos, captação de energia solar, captação de água da chuva, ventilação
para economizar energia e etc.), tal como o modelo Alemão - Green
Goal que inspirou a reforma do Mané Garrincha – Brasília / DF.
• Capacidade de autossustentabilidade da instalação, quer seja com
administração totalmente pública ou com parcerias privadas, gerando
rentabilidade mínima para sua manutenção e gestão, sem onerar os
cofres públicos.
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Procurar alinhar a escolha da localização e modalidade às necessidades
culturais / regionais assim, após o megaevento, estas poderão facilmente ser absorvidas no contexto local. Por exemplo, velódromos em
locais com forte concentração de ciclistas.
Fomentar uma política de educação e conscientização para utilização
e conservação dos espaços. Formação de mão de obra especializada.
Fazer benchmarking, aprendendo com os exemplos de gestão interna
de outros países.
Questionamento: Como o governo é quem regulamenta as políticas
de esporte, uma instalação que foi pública e tornou-se privada, sempre
recorre ao mesmo em relação a custos de manutenção e gestão Até
que ponto deve-se entregar os estádios para a iniciativa privada?
O governo brasileiro tem feito acordos com a iniciativa privada pensando nas instalações esportivas após a Copa. Cada Estado do Brasil
tem feito parceria para construção dos estádios (PPP, BNDES e etc.),
elaborando contratos que resguardem os interesses públicos, para que
o dinheiro não seja mal gasto. É preciso construir instalações esportivas de fácil manutenção, de acordo com os interesses locais e que não
visem apenas interesses políticos. n
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Tendências na evolução
da gestão das instalações
esportivas e lazer
Até pouco tempo, planejar não fazia parte do cotidiano das organizações esportivas e recreativas. Com os eventos esportivos cada vez mais grandiosos, estudiosos foram estimulados a rever o passado e tentar projetar um futuro ideal.
Aconteceu uma reorganização do setor em busca de novos planejamentos O grande desafio das políticas públicas e privadas no esporte
é orientar atividade física e esportiva para “cada um” e oferecer instalações esportivas para “todos” (mulheres, idosos, portadores de
necessidades especiais, minorias, etc.), considerando o esporte como
instrumento de educação, saúde, bem-estar.
É importante visão a longo prazo, no momento da elaboração e do
planejamento estratégico de qualquer instalação esportiva e recreativa,
refletindo sobre sua durabilidade, sustentabilidade e gestão. Dessa
forma pode-se garantir acesso da população às essas instalações, que
devem ser ecologicamente corretas, que favoreçam a acessibilidade, a
sociabilidade e a funcionalidade.
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A diversificação dos esportistas (gênero, idade, morfologia), as motivações da prática (finalidades de competição, socialização, bem estar,
diversão) e os objetivos das políticas de esporte, geraram novos questionamentos sobre as possibilidades de instalações esportivas, principalmente quanto ao tipo de modalidade oferecida (indoor/externo) e a função da instalação (esporte-lazer, esporte-saúde e esporte-espetáculo).
Há duas ferramentas que podem ser utilizadas para propor objetivos
claros: a de “análise” que correlaciona a função com a finalidade da
instalação, promovendo o esporte individualizado. E a de “síntese”, que
desenha instalações funcionais a todos os tipos de praticantes. Em seguida, podem ser propostas 3 tipos de instalações esportivas: 1) adaptadas
a atletas; 2) adaptadas a pequenos e/ou grandes jogos e, 3) academias
de ginástica voltadas ao “bem-estar” e ao treinamento atlético.
Com a evolução das cidades houve a priorização dos espaços para
produção, comércio e transporte, em detrimento dos espaços sociais e
de convívio. É de suma importância pensar instalações que agreguem
valor social, incentivando o desenvolvimento de serviços que facilitem
o acesso eficiente ao esporte e ao lazer, propondo ao invés de “instalações para esportes”, “instalações para esportistas”.
Por meio de um grande evento esportivo é possível e necessário
agregar à cultura local, as mudanças geradas por ele. As novas instalações, os serviço transitórios e permanentes, devem atender não só
o momento e não somente as modalidades esportivas convencionais,
mas deve preocupar-se em permitir que a comunidade usufrua desse
grande investimento financeiro, desse legado.
Os investimentos devem ser direcionados também para além dos estádios, um bom exemplo é o conceito Espanhol de Acupuntura Urbanística, onde o foco principal é o desenvolvimento de pequenas
ações e pequenos espaços esportivos comunitários que garantem mudanças em diversos segmentos da sociedade.
Os grandes eventos esportivos permitem à população local outros legados além da estrutura física. Envolvendo as Universidades locais, é
possível dar legitimidade acadêmica ao evento e utilizá-lo como deflagrador para discussões sobre gestão, utilização e otimização desses es-
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paços criados. E mais, possibilita a superação de barreiras de acesso ao
esporte e ao lazer pelas classes menos favorecidas, através da valorização da prática esportiva nos centros públicos, privados, escolas e apoio
a movimentos sociais, como foi feito na França nos últimos 50 anos.
Gestão de Instalações
As preocupações com as novas tendências na área de instalação e
gestão esportivas e recreativas são inevitáveis, no entanto um dos elementos-chave no sucesso dessas transformações é o capital humano,
com suas habilidades, atitudes e competências. As construções de
novas instalações são de altíssima importância, entretanto um fator
tão importante é a gestão inteligente e profissional destes espaços.
Atualmente é um grande desafio encontrar profissionais preparados
para a gestão das instalações de esporte e lazer e que seja capaz de se
adequar as constantes mudanças destes cenários. O gestor deve conhecer o planejamento estratégico, as políticas, os programas e as ações
programadas para os espaços. A escassez de cursos para formação de
gestores gerou um movimento de criação de redes e associações voltadas à discussão das atribuições e responsabilidades desses profissionais
antes e depois das construções esportivas. No Brasil, após os megaeventos esportivos – Copa do Mundo e Olimpíadas - serão necessários
centenas de profissionais capacitados que saibam como administrar essas instalações de maneira que o investimento público e privado tenha
o retorno esperado.
A Sport England’s National Benchmarking Service, atua no estudo do
gerenciamento do desempenho de instalações esportivas, função cada
vez mais importante nessa atividade. Estabelece objetivos gerenciais
apropriados utilizando indicadores de desempenho corretos e alinhados com o planejamento inicial.
O gerenciamento de desempenho propõe estudos baseados essencialmente em 2 pontos: satisfação e importância. Cada instalação esportiva é avaliada com foco nos objetivos, público alvos, ações e benchmarking (comparação com instalações semelhantes no tamanho, tipo
de gestão, finalidade).
Os gestores podem, através de ferramentas específicas, detectar onde
estão os problemas a serem resolvidos, as oportunidades de resolução
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de conflitos e também de valorização por desempenho, identificando
pontos a melhorar e boas práticas a compartilhar. Com isso, gestores
preparados e competentes têm capacidade de propor planos de ações
específicos para cada situação encontrada.
O crescente número de estudiosos que se ocupam com as “projeções
em longo prazo” (20 a 50 anos) buscando cartas de princípios que
buscam o encontro da felicidade plena e anunciam que o bem-estar
das pessoas está no equilíbrio da vivência das suas mais distintas dimensões. A sobrevivência do lúdico está entre elas e é nessa perspectiva que as “instalações esportivas e recreativas em 2054” poderão se
revelar como fator essencial no desenvolvimento da qualidade de vida
nas grandes metrópoles do futuro. n
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São Paulo 500 anos:
as instalações esportivas e
recreativas em 2054
No mundo onde a tecnologia é parte integrante na vida das pessoas e
não mais diferencial, algumas estruturas esportivas precisam se adaptar
e perceber de que forma podem atrair novos e fidelizar os atuais clientes.
Para as academias de ginástica o desafio parece maior, pois os alunos a
frequentam quase que diariamente. Pensando nisso, a tendência é um
novo tipo de relação com a atividade física, que enxerga a prática como
diversão e não como obrigação, surge então o “fun, fitness e wellness”.
Lidar com a falta de tempo da maioria das cidades fará com que as
estruturas esportivas busquem soluções rápidas e os treinos express
(mas eficientes) apareçam como parte fundamental da programação
dos centros esportivos do futuro.
Há também uma tendência de criação de ambientes acolhedores, que
trabalhem as sensações e os diversos segmentos de público. Em termos de responsabilidade empresarial e social, a palavra de ordem é
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preservar os recursos naturais já escassos no planeta.
Escolhendo as matérias-primas certas na hora da construção, dando
preferência aos materiais de acabamento e itens de decoração de origem recicladas ou recicláveis.
Todas as idéias apresentadas convergem para um intuito único: tornar
a academia um lugar divertido, agradável e acolhedor. n
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Infraestrutura
e ferramentas de gestão:
Experiências da América Latina
Durante o Congresso foram realizadas quatro sessões da Associação
Internacional de Instalações Esportivas e Recreativas, onde os palestrantes dos países Latinos Americanos abordaram os temas sobre
Novas Tecnologias, a influência da realização de grandes eventos na
infraestrutura de Esporte e Recreação, e ferramentas essenciais e disponíveis para gestão das instalações.
Algumas experiências podem servir como exemplo para a organização
de megaeventos esportivos, Um deles abordou as questões relacionadas
às obras de infraestrutura para Copa América da Venezuela de 2007:
- Identificaram as necessidades e experiências de megaeventos anteriores (Ex.: XVI Juegos Nacionales Deportivos Andes 2005);
- Seleção de pessoas específicas para trabalhos nos projetos;
- Contratação de Coordenador de Inspeção para Controle da Gestão e
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Execução das obras que administrava as informações de 9 inspetores
de 9 obras em andamento;
- Desenvolvimento de avaliação dos profissionais contratados;
- Desenvolvimento de um portal WEB para monitorar as fases das obras e para divulgação das informações à sociedade;
- Desenvolvimento de uma metodologia de trabalho (relatórios semanais, registros fotográficos) disponibilizado no portal Web;
- Desenvolvimento de uma metodologia para comunicação dos resultados com a mídia.
Foi constatado pelos órgãos competentes que a utilização das ferramentas de tecnologia de informação (Portal Web) possibilitou o acompanhamento à distância de todas as etapas das obras por todas as
pessoas interessadas, maior agilidade nas tomadas de decisões, maior
transparência na utilização dos recursos públicos, divulgação de informações e possibilidade de utilização de opiniões e pareceres.
Outro exemplo venezuelano apresentou como um grande evento favorece positivamente para o desenvolvimento dos municípios menores
que são escolhidos como subsedes.
Os pontos positivos podem ser destacados:
1. Questões de acessibilidade;
2. Alternativas que favorecem as questões de sustentabilidade;
3. Espaços públicos anteriormente depreciados, após evento permanecem urbanizados e utilizados pela população;
4. Ao longo dos anos, pode-se perceber melhorias na qualidade de
vida das pessoas que vivem nessas cidades subsedes;
5. Instalações esportivas adquirem mais funcionalidades, necessariamente passam a necessitar de planejamento e gestão;
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6. As cidades sub-sedes passam por reais transformações urbanas e
arquitetônicas mediante as adequações e construções de praças esportivas e recreativas.
O segundo exemplo tratou da organização dos jogos Sul-Americanos
de Medellín-Colômbia. Aspectos que foram considerados para a transformação de Medellín:
1. Conhecimento e cultura: bibliotecas, internet, escolas, ciência e tecnologia;
2. Projetos urbanos integrados: Recuperação das faixas de pedestres
para garantir a mobilidade das pessoas;
3. Habitação: Projetos de novas edificações para garantir a segurança
de casas irregulares com financiamento das obras;
4. Segurança: Desenvolvimento de plano de segurança principalmente
nas áreas de maiores problemas;
5. Espaços públicos: Revitalização de espaços públicos;
6. Saúde: Planos específicos de promoção de saúde;
7. Meio Ambiente: Revitalização e construção de parques;
8. Unidades Esportivas: Construídas respeitando os conceitos de integração e generalista.
Ainda pautaram estas sessões temas como praças de esporte, atividades complementares - como fonte de entretenimento e otimização
dos espaços, aplicação de pesquisa sobre o uso das instalações, não
apenas como satisfação das atividades propostas, mas sobre o usufruto das instalações e também, experiências específicas sobre a construção de instalações, iluminação e montagem de espaços. n
Programas Escolares
e Comunitários
Em programas escolares de nível esportivo, experiências anteriores
evidenciam não ser viável envolver as diferentes redes de ensino em
uma mesma competição. Diferentes realidades, diferentes situações
demonstram ser um problema nas fases iniciais das competições. Para
as competições esportivas escolares a escassez de instalações se apresenta como o principal fator bloqueador, por isso a importância fundamental de parcerias com a iniciativa privada. Essas competições têm
apresentado mudanças positivas no comportamento e atitudes dos
alunos envolvidos e sempre que possível é de fundamental importância
o envolvido da família nesse contexto. O esporte escolar é uma etapa
essencial para formação de uma sociedade mais justa e saudável.
O sucesso dos programas esportivos comunitários está associado as
seguintes situações:
1. Formação dos líderes comunitários;
2. Desenhar e desenvolver espaços públicos para que os cidadãos possam se apropriar dos mesmos;
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3. Desenhar, executar e avaliar os programas;
4. Incorporar os aspectos teóricos e técnicos nos programas;
5. Formar pessoas capacitadas a trabalhar no sentido de que os espaços e os programas sejam ocupados.
Os novos espaços para o desenvolvimento de programas comunitários
e práticas esportivas devem respeitar as seguintes características:
1. Sustentabilidade;
2. Paisagismo;
3. Arquiteturas modernas e acessíveis;
4. Políticas para facilitar a participação. n
A Gestão de espaços
e o ambiente laboral
Desafios para as empresas
no século XXI
Dados nacionais de trabalhadores demonstram problemas significativos de saúde e estilo de vida e que esses dados são consideravelmente
importantes para decisões nos ambientes públicos e privados. Para
tanto se faz necessária parceria entre a iniciativa pública e privada.
A empresa Arcelor Mittal apresenta experiência de sucesso em gestão
de programas de promoção de saúde e qualidade de vida que são balizados nos seguintes aspectos:
1. Quantificação dos riscos de cada trabalhador e dividindo em níveis.
2. Em 2000 45% estavam no nível zero de risco e em 2010 89% atingiram o nível zero.
3. São implementadas metas anuais de Qualidade de Vida para todos
os setores e ao final aqueles que não atingem essas metas não participam dos programas de reconhecimento financeiro.
4. Os programas abrangem também os familiares dos trabalhadores.
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5.O programa macro possui vários subprogramas para diversos segmentos de colaboradores da empresa assim como com diferentes
problemas de saúde.
6. Os programas perduraram devido a uma forte parceria com o setor
de comunicação da empresa.
As ações por si só não seriam eficazes se não atingissem seu principal
objetivo: educar o comportamento, que é a base da qualidade de vida
do trabalhador. n
Megaeventos Esportivos
Megaeventos esportivos propostos por organizações nacionais e globais que movimentam recursos crescentes e consideráveis, sob permanente atenção da mídia, não podem mais ser pensado, definidos,
projetados, programados e realizados sem qualquer planejamento,
pois podem provocar mais malefícios do que benefícios à comunidade.
Devem também incluir e propor modelos e procedimentos de gestão
para o seu funcionamento.
Da mesma forma, a realização de grandes eventos deve adotar os
mesmos processos, de preferência articulados no quadro de situação
municipal ou regional, que produza equilíbrio e coordenação entre as
perspectivas, possibilidades e demandas locais e regionais; as opções
de planejamento quanto aos conceitos e características e; as estratégias de desenvolvimento para os eventos de grande porte e/ou público. Esses processos implicariam na melhoria da qualidade de vida da
população local, que pode ser verificada posteriormente com o estudo
dos impactos produzidos e com o uso de sistemas de avaliação de indicadores socioculturais e socioambientais.
Os megaeventos são catalisadores de um conjunto de possibilidades
de melhorias da qualidade de vida da população, por meio da mobi-
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lização do processo de regeneração da cidade sede nas mais diversas
áreas como: habitação, transporte, segurança, convivência, meio ambiente, infraestrutura urbana, educação, esporte, cultura e etc. Estes
ocupam e utilizam recursos econômicos socialmente valiosos, e a médio e longo prazo, produzindo serviços e eventos que geram fortes
impactos sociais, financeiros e ambientais, oportunizando legados
tangíveis e intangíveis. Além disso, para cumprir as solicitações mínimas para sediar um megaevento requer uma organização complexa
com uma estrutura mais do que adequada, para que tudo ocorra
de forma perfeita. Isso depende, em grande parcela de uma equipe
de apoio extremamente preparada. Além das estruturas esportivas,
acreditamos que um dos maiores legados desse tipo de evento é o
contato com diferentes culturas.
Daí a importância da coesão deste projeto: ao reconhecermos que é
fundamental uma base de conhecimento e ação que possa ajudar a todos envolvidos a entender que os legados podem ser tanto individuais
como coletivos, implicando sempre a participação e a mobilização dos
diversos atores, de modo a garantirmos a continuidade do processo
de desenvolvimento. Para isso, precisamos encontrar uma forma balanceada de gestão de legados, atendendo não apenas as exigências
específicas do esporte e dos interesses particulares de cada setor. É
também fundamental contemplar o desenvolvimento sustentável, atento às necessidades coletivas da sociedade civil. Em termos de legados sociais, os megaeventos esportivos, ao modificarem a estrutura e
o cotidiano de uma cidade, voltam seus benefícios para toda a população. Ou seja, gerar empregos locais, melhorias no transporte coletivo,
segurança, equipamentos públicos de esporte e lazer, são exemplos do
“capital simbólico” acumulado no processo.
Aspectos legais e de segurança
Os torneios internacionais promovem a imagem do País, onde as instalações esportivas são cartões postais, como símbolo da cultura e desenvolvimento com transcendência universal. A segurança deve estar sempre
presente na função de cada um que trabalha na organização do evento,
pois de nada serve conhecer todas as leis e sistemas de prevenção se não
se tem o conceito de segurança e avaliação de risco. Isso significa saber
observar, aprender com os mais experientes e propor medidas de segurança, considerando o expectador como o elo mais frágil desta cadeia.
33
A segurança é um conceito dinâmico, alinhado ao constante desenvolvimento da tecnologia, que avança rapidamente nesta área para trazer alterações impactantes, à medida que elas são instaladas. Todas as grandes
instalações esportivas se caracterizam pela necessidade de lidar com um
grande número de pessoas, das quais grande parte não são usuários habituais. Os dois grandes momentos de risco para a segurança destas são o
acesso e a evacuação, tanto em situação normal quanto em emergência.
Uma gestão adequada dessas duas situações (acesso e evacuação), com
uso de tecnologia apropriada define a segurança do local. Na atualidade
possuímos tecnologias avançadas, capazes de conceber soluções para
problemas com segurança sem onerar o custo da construção.
A gestão de riscos é um tema raramente tratado no Brasil, podendo ser
indicativo de um cenário de não valorização de aspectos referentes a
instalações esportivas, de ausência de legislação e de políticas públicas
específicas, no entanto, a preocupação com a oferta de instalações
para a população tem sido historicamente crescente.
É surpreendente que um país, que será sede de diversos megaeventos esportivos nos próximos seis anos, não tenha dado ênfase a ações
referentes a instalações esportivas disponíveis para a população nas
políticas de esporte. Dessa forma, o desafio que se coloca é analisar
o cenário em relação aos complexos esportivos no País, apresentando
uma visão panorâmica sobre o conhecimento de instalações, aspectos
básicos em relação à gestão da segurança do risco e a legislação relacionada a estes temas.
Quanto à gestão de riscos e segurança, as organizações esportivas, estão
expostas a uma ampla gama de riscos. As percepções e definições de risco
são dependentes de diferentes perspectivas culturais, conhecimento, habilidades e experiências de uma sociedade ou mesmo de uma organização.
É consenso que é fundamental que seja desenvolvido um processo de
gerenciamento de risco lógico, sistemático, racional e deliberado de
identificação, avaliação e tratamento de riscos no contexto da organização, suas atividades e ambiente de operacionalização.
Finalmente, quanto à legislação, não existem no país normas sobre
instalações esportivas, assim como em relação à gestão da segurança
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e do risco. As poucas normas existentes são direcionadas a segurança
em estádios de futebol, com foco nos direitos do torcedor, mas não
com a abrangência e profundidade que a questão é tratada nos referenciais teóricos apresentados. O caminho que o país está tomando
precisa ser complementado por outras vias de ação: a da normatização
quanto às instalações em geral e em relação à segurança e riscos e
especialmente aquela voltada à formação de gestores conscientes e
conhecedores de seu papel e das suas responsabilidades na gestão de
instalações, da segurança e de riscos.
Esporte e meio ambiente
Em termos de posicionamento protetor versus agressor do meio
ambiente com relação às influências do e no esporte podemos
então propor o seguinte quadro síntese de alterações na linha
do tempo:
• 1960s – proteção, adaptação ou desenvolvimento de atletas em face
aos desconfortos ou melhoria da capacidade atlética diante da natureza (meio ambiente como agressor);
• 1970s – proteção, adaptação e desenvolvimento de atletas às alterações do meio ambiente por deslocamento entre regiões e países
(mudança ambiental como agressora);
• 1980s - proteção da natureza diante de grande número de praticantes esportivos (intervenção humana e organizações como agressores);
• 1990s – preservação da natureza diante da pratica massiva, da expansão de instalações nas cidades e de multiplicação de megaeventos
esportivos (sociedade tecnológica e mediática como agressora);
• 2000s – natureza preservada como base para relações sociais, culturais, educacionais e econômicas produzidas pelo esporte (integração
das organizações esportivas com o meio ambiente);
• 2005/2010s – melhoria das relações sociais, culturais, educacionais
e econômicas produzidas pela renovação do esporte com preservação
do meio ambiente, ou seja: esporte como promotor de sustentabilidade e como legado para a preservação ambiental.
35
Em conclusão, na fase atual, estudos sobre megaeventos esportivos a
serem localizados no Brasil como Jogos Olímpicos 2016 e a Copa do
Mundo de Futebol 2014, tem finalmente consolidado a sustentabilidade
como fundamento do meio ambiente em suas relações com o esporte.
Neste contexto, o presente estudo constitui uma revisão de propostas
sobre a otimização de instalações esportivas do SESI sob o enfoque da
sustentabilidade e sobre a aplicação de nexos de sustentabilidade no
projeto “greenfield” dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. n
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Equipamentos
esportivos e recreativos:
normalização e metrologia
Seria de grande importância realizar um estudo em escala populacional, segmentado por regiões, por um profissional especializado em
Biomecânica, do padrão antropométrico nacional, já que os equipamentos na maioria dos casos são feitos para a média populacional
(escala de gaus) e não consideram os extremos.
Na escolha de equipamentos para a prática de atividade física é preciso
levar em consideração: normas para os materiais utilizados na sua fabricação, a presença de materiais de apoio (manual de instrução e adesivos informativos do funcionamento) e aspectos biomecânicos que
influenciam na eficiência do movimento e que favoreçam a diminuição
do risco de lesões.
O papel da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é ajudar o
seguimento a elaborar normas técnicas, fornecendo requisitos necessários
para satisfazer produtores e consumidores. A norma é feita a partir de um
consenso do segmento interessado. Ela pode ser proposta pelo setor e a
ABNT dá o aval (certificado de garantia – credibilidade no mercado).
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Gestão de pessoas: experiência, ciência e arte.
Os recursos humanos devem ser prioridade e ter participação na
definição das estratégias das organizações, ser parte ativa dos processos e implantações e sendo também de valorização e análise.
As pessoas envolvidas devem ter consciência de qual é a sua função,
seus objetivos e consequências de seu desempenho. O conceito de
qualidade total implica orientação de que o cliente é o objetivo final a
ser satisfeito. Assim, para toda a organização, o cliente deve ser considerado como seu verdadeiro “líder”.
A falta de motivação das pessoas e a pouca capacitação, acabam afetando os serviços prestados e como consequência, os clientes podem
deixar de utilizar o serviço ou comprar o produto, afetando diretamente os resultados.
Nos resultados em seguida à capacitação e treinamento, observa-se os
seguintes progressos:
- maior compreensão dos conceitos e diretrizes da entidade;
- cumprimento dos prazos estabelecidos para entrega de documentos;
- aumento da proatividade em negociação de prazos;
- aumento da cultura de alto desempenho por processos de melhoria
contínua;
- aquisição de conhecimento técnico;
Reconhecimento e validação por serem avaliados pela liderança. A
riqueza da aprendizagem vivencial está em ser um instrumento facilitador no processo de estimular o desenvolvimento pessoal e a responsabilidade social do grupo, mas para isso o líder deverá acreditar que
todos podem aprender e se desenvolver continuamente, independente
do nível de desenvolvimento em que se encontram.
Sugere-se que esta experiência seja aplicada com outros gru-
pos, ampliando as organizações que promovem uma gestão humanizada em sua estrutura, assim como maior cooperação, colaboração e
capacidade de equipe entre seus colaboradores.
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Diante da sistematização realizada, foram destacadas as considerações
recorrentes do congresso, as tendências e por fim os objetivos que
encaminharam futuros projetos do SESI, dos parceiros e de outras instituições sociais ou privadas.
a) Considerações recorrentes
“Instalação esportiva é um meio e não um fim em si mesma”
(Juan Andrés Hernando López, 19/10/2010)
• Foco no Ser Humano;
• Espaços Multifuncionais;
• Projetos Sustentáveis;
• Acessibilidade;
• Equipes de projetos multidisciplinares;
• Mais conservação e menos reforma;
• Otimização das instalações;
• O planejamento como ação imprescindível;
• Indicadores e avaliações na gestão de instalações esportivas;
• 1º evento a discutir normas técnicas para equipamentos e materiais;
• Legado físico, cultural e social;
• Oportunidade em todos os lugares;
• Projeto orçamentário para a manutenção das instalações;
• Projetos de otimização das instalações (pós-evento);
• Cuidado com a infraestrutura não esportiva (hospedagem, transporte).
b) Tendências
• Foco na dimensão da diversão para as práticas de esporte e lazer;
• Aumento das finalidades das práticas de esporte e lazer (competição,
bem-estar, socialização, etc.);
• Diversificação dos espaços de práticas esportivas (praia, rua, praça);
• Espaços acolhedores, que trabalham as sensações e socialização;
• Novas tecnologias das instalações;
• Humanização dos espaços;
• Profissionalização da área de gestão esportiva.
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c) Objetivos (O que, Quando, quem)
Objetivo
Entidades responsáveis
1. Contemplar nos projetos as necessidades
Entidades de Lazer e
da instalação, a localização, a programação, o
Esporte
Prazo
mediato
dimensionamento e a gestão.
imediato
2. Elaborar projetos de viabilidade sustentáveis
Entidades de Lazer e Esporte
(água, energia, outros – Multidisciplinares).
com equipes multidisciplinares
3. Incentivar a integração da comunidade
AIIDyR Imediato
4. Estabelecer parcerias nacionais e internacionais
Entidades de Lazer e
1 ano
para fomentar projetos na área de gestão das
Esporte
multidisciplinar Ibero-Americana, compartilhando
experiências e estimulando a integração do poder
público e privado para debate ao tema.
instalações esportivas e recreativas.
5. Elaborar um “Projeto de Instalação para Todos”
Entidades de Lazer e
2 anos
norteado pelos conceitos dos “Valores do Esporte” e Esporte
com atenção especial para as mulheres
6. Elaborar um projeto sobre Normalização
Universidades e Entidades
e Metrologia aliando a biomecânica e os
de Lazer e Esporte
3 anos
interesses das pessoas
7. IIncentivar a elaboração de Lei Fiscal ao Esporte
Entidades de Lazer e Esporte
para os países que não os tem, e para os que
e Ministério do Esporte
3 anos
promovem, propor que o projeto esteja sempre
engajado ao planejamento estratégico das
entidades proponentes.
Ministério do Esporte
4 anos
9. Formatar processo de capacitação de gestores
Faculdades, Universidades e
5 anos
esportivos para profissionalização da área
Entidades de Lazer e Esporte
10. Elaborar uma política de incentivo ao
Faculdades, Universidades e
esporte escolar e universitário
Ministério do Esporte
8. Promoção de cursos de capacitação para
voluntários em Mega Eventos Esportivos.
cidyr
5 anos
2 o Congresso Ibero-Americano de Instalações Esportivas e Recreativas
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Relatório Final 2010