PRÁ QUE NOME???? Fanzine Independente de Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa Número 2,7182818284 – Ano 02 – Junho/2004 NESTA EDIÇÃO COLUNA DO CÉLIO Agora com apoio extra. Página 2. TEM QUE HAVER UMA RAZÃO Tentamos encontrar uma explicação para as tendências e ideologias políticas. Página 2. CHATUM ENTRA EM CENA Fred chega à Reitoria, mas não tem ninguém para abrir a porta. São os primeiros sinais da Greve do Diploma. Página 3. CONCURSO DA PAÇOCA Mais um grande concurso com o aval do PRÁ QUE NOME????. Página 5. “Pra minhoca cega, macarronada é suruba” Final de semestre, greve, provas finais, matrículas... mais uma vez o ciclo se repete. E eu tenho que escrever este Editorial mais uma vez. Enfim, cada um com sua função. Mas já que esta empreitada me dá o direito de algumas linhas de inutilidades extras, então comentarei sobre música. Um dia desses tive de converter para MP3 algumas músicas de um tal de Emmerson Nogueira, um curitibano que está fazendo sucesso em todo o Brasil interpretando músicas de vários compositores internacionais e nacionais. O cara é bom interprete e toca um violão de 12 cordas, fez um CD duplo acústico e parece que já vendeu mais de um milhão de cópias... menos em Curitiba. Segundo consta nos comentários que ouço de quem conhece o indivíduo, curitibano não gosta de compositores curitibanos, porque “bom é o que vem de fora”. Vai entender esse povo. O que aconteceu é que, depois de fazer sucesso nos Estados Unidos, o Emmerson teve de se mudar para Belo Horizonte e fazer seus shows por lá, adicionando à cultura mineira mais um nome de sucesso (mineiro realmente come quieto... já perceberam quantas bandas já foram produzidas em Minas Gerais???). Talvez um dia o Emmerson venha a fazer show em Curitiba, mas o grande problema é que se isso acontecer, vai ser no Guairão e a preços salgados. Com certeza todo mundo até vai comentar que ele é curitibano e vai criticar o fato de ele ter se vendido aos mineiros e não valorizado a cidade onde nasceu. Por Roberto Shiniti Fujii (paulistano graças aos Deuses e Ditador-Chefe Zen Noção) É LONGE PACAS Cudelino conta onde Judas perdeu as botas. Página 5. CANTINHO DO ESPORRO Alguém finalmente se lembrou que essa seção existe. Página 4. UTILIDADE DO FANZINE Para quem não viu, ta aí do lado. Página 1. NÃO COLABORE, MAS TAMBÉM NÃO RECLAME Poul Kaos continua indignado com os acontecimentos deste setor. Página 4. INUTILIDADES RELIGIOSAS Utilidade do seu fanzine: Parte XI Bandeirolas de Festa Junina Se você gosta de quentão e bolo de fubá e não se importa de limpar a sujeira que aqueles seus amigos porcos fazem na sua casa, você está quase pronto para dar uma festa junina. Quer saber por quê quase? Simples, festa junina sem bandeirinha não é festa junina. Mas o PRÁ QUE NOME???? está aqui para resolver os problemas que lhe apoquentam o sono! Primeiro, junte vários exemplares do PRÁ QUE NOME????. Você pode fazer isso de várias maneiras, seja xerocando o seu exemplar, comprando os de seus amigos ou roubando os das outras pessoas, não importa, desde que você os consiga. Depois, destaque todas as folhas e as dobre ao meio, no sentido da altura (Fig. 1). Faça um corte diagonal no sentido da largura, com a folha ainda dobrada, dividindo-a em duas (Fig.2). Pronto! Você agora tem em mãos duas bandeirolas, uma com duas pontas e outra com uma. Repita o processo com todas as folhas disponíveis, cole as bandeirolas num barbante comprido e boa festa! Historinhas budistas para você ler e não entender coisa nenhuma. Página 6. AINDA BEM QUE MORREU Mais mortes bizarras, em situações bisonhas, que não fazemos a menor idéia se são verdadeiras ou não. Mas quem liga? Página 5. Fig. 1 Fig. 2 EXPEDIENTE PRÁ QUE NOME???? é um periódico (nós desistimos de explicar isso.) de produção independente, sem vínculo com qualquer entidade ideológica, política, filosófica, institucional, religiosa, iniciática, ufológica, biológica, física ou espiritual, sem qualquer objetivo, justificativa ou fundamentação teórica. Tudo que aqui está escrito é de responsabilidade de quem assinou, e apenas cedemos o espaço. Para publicar aqui, basta mandar sua colaboração para [email protected], mais uma taxa de rateio. Propaganda: R$ 5,00 em um quarto da página (sim, somos capitalistas...). CONSELHO DITATORIAL: Roberto Shiniti Fujii, Vitor Antonio Nardino, Igor Vinicius Sartorato, Célio Roberto Jonck. COLABORADORES: Rô, Poul Kaos, Cudelino, Vincent o Abutre, J. R. R. Toskien, Juliana Both. TIRAGEM: 100 não-exemplares DIAGRAMAÇÃO: Infelizmente ainda no Microsoft Word e, por isso, mandem o texto em DOC ou RTF... nada de LATEX, ok? REVISÃO: A sua... corrija se quiser. Se você usa Kurumin (knoppix) sorte sua! P.s.: O Daniel “Dani”, o Bueno não escreveu nada para esta edição. Prá que nome???? A genética da política ideológica Observando as tendências políticas da sociedade, é possível a existência de vários alelos políticos que ocupam a carga genética dos indivíduos na população humana. Desde alelos dominantes até recessivos, poder-se-ia realizar uma pesquisa a fim de se verificar a distribuição e freqüência desses alelos na população humana. Um desses alelos possíveis é o que induz ao fenótipo Liberalismo. Quando em homozigose, possui a característica de tornar a pessoa ferrenha defensora do liberalismo conservador (também conhecida como neoliberalismo). As características do alelo interagindo em heterozigose vão depender do quanto de cada gene esteja se expressando, pois pode haver uma união de vários genes em diversos cromossomos. Pessoas que possuem o alelo do liberalismo podem encontrar o alelo para o socialismo, possuindo, então, o fenótipo Social-Democrata. Essas pessoas tendem a defender uma sociedade capitalista convivendo pacificamente com um sistema socialista, de forma sustentável. O ambiente, entretanto, pode influenciá-lo, tornando-o verdadeiramente social-democrata (quando convive com a burguesia) ou trabalhista (quando convive com o operariado). O alelo do socialismo também pode estar em homozigose. Quando isso acontece, alguma enzima pode entrar em ação e ocasionar o fenótipo Anarquista. Isso provavelmente se deve ao fato de buscar o socialismo perfeito e isso só é possível dentro de um ambiente anarquista. Essa discussão e maiores experimentos poderão causar a anistia dos anarquistas na Primeira Internacional Socialista. Há uma hipótese de que não haja apenas um alelo socialista, mas alguns variantes desse alelo. Um desses variantes é o alelo comunista, que pode estar em homozigose e induz a pessoa a se agregar ao PCB. Na heterozigose, o alelo comunista pode encontrar outras variantes socialistas, permitindo que esses genótipos convivam harmonicamente com os genótipos liberais (o que não deveria acontecer). Um alelo variante, ou do liberalismo ou do socialismo, conduz a comportamentos muito estranhos. É o PseudoSocialista. São alelos que discursam sobre o bem estar social, mas atuam no liberalismo descarado. Uma outra variante, letal em homozigose, é a variante Trotskista. Ela surgiu depois da Revolução Russa e começou a ter sua freqüência diminuída até um mínimo. Quando em homozigose, eles entram em discussões sobre o poder do operariado e tendem a montar partidos pequenos que racham em progressão geométrica e criam frentes populares revolucionárias. Entretanto, esse alelo não desapareceu da face da Terra provavelmente devido à relação 2pq/q2, que explica a existência de genes letais na população devido à estarem dissolvidos nos heterozigotos, não sendo atingidos pela Seleção Natural. É necessário um estudo aprofundado para se poder verificar a relação entre esses genes e porque, fatores evolutivos como mutações, deriva e migração acontecem com números altos, contrariando as estatísticas de qualquer outra relação genética. Por Roberto Shiniti Fujii (ditador e achando um sentido para a existência dos partidos políticos) Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa MAIS APOIO PARA A COLUNA A COLUNA DO CÉLIO ESTÁ AGORA SENDO APOIADA POR PORQUE O CÉLIO ESTÁ COM UMA TERRÍVEL DOR NA COLUNA. Por Célio Roberto Jonck (colunista e ortopedicamente deficiente) 2 Prá que nome???? O Senhor dos Diplomas Por J. R. R. Toskien Capítulo IX – O Prédio Negro Está Fechado Algum tempo depois que Fred e Sampaio haviam deixado seus companheiros o ônibus onde estavam entrou no centro da cidade. -Vamos descer aqui. - disse Fred Bolsista - É melhor irmos a pé, será mais fácil para nos escondermos. Assim desceram do ônibus e começaram a caminhar em direção à Reitoria. Seguiam as ruas e a cada curva que faziam nas esquinas se sentiam mais e mais cansados e desanimados. Andaram por muitas horas e nada de chegarem à Reitoria. -Espere, Sampaio. Acho que já vi essa rua antes. -É porque já estivemos aqui. Estamos andando em círculos, Fred! Não chegaremos nunca! -Calma, Sampaio. - disse, Fred, tentando esconder o próprio desespero. - Vamos sentar naquele banco e descansar. Tome. Coma alguns biscoitos da Rô. Depois iremos pensar num jeito de sairmos desse labirinto. Contudo, sem que os secundaristas pudessem perceber, uma figura decrépita e sorrateira se aproximou por trás do banco onde estavam. Um ser magro, sujo e decadente, usando uma camiseta do Che Guevara que parecia ter ido para a guerrilha junto com o próprio: Chatum, o antigo portador do Diploma. -Malditosss capitalissstasszzinhossss! - sussurrava Chatum, com sua fala de língua presa típica de sua condição de sindicalista de esquerda. - Elesss tentar ficar com nosssso camarada! Não podem, não vão conssseguir! Nósss pegar elesss, pegar camarada de volta! Chatum se aproximou lentamente do banco onde estavam Fred e Sampaio, a cada passo sua expressão mostrava mais ódio. Até que finalmente pulou no pescoço de Fred, envolvendo-o com as duas mãos. -Burguesszesss malditosss! Devolvam camarada prá nósss! Sampaio se atirou em cima de Chatum e conseguiu tirá-lo de cima de Fred, mas o decrépito trosko o derrubou com violência e subiu em cima dele aplicando bordoadas sem parar. Sampaio estava quase inconsciente quando Fred o derrubou no chão e o ameaçou com um soco-inglês feito com uma catraca de bicicleta. Chatum arregalou os olhos remelentos enquanto Fred o segurava com uma mão e tinha um golpe preparado na outra. -Preste atenção, Chatum! Você já viu esta soqueira, não é? – disse Fred, agora com a voz firme e poderosa. – Este é o soco inglês de Bill Bom e ele já conheceu a sua cara feia. -Por favor, companheiro sssecundarissta! – implorou Chatum, com os olhos cheios de medo. – Não machuque nósss! Nósss ajuda companheirosss! Nósss ajuda! Chatum já foi do DCE! Nósss conhessce Reitoria! Nóss pode levar ssecundarisstasss lá! -Não podemos confiar nele, Fred! – gritou Sampaio, já se preparando para dar uma lição em Chatum. – Ele vai nos levar para uma armadilha! -Você promete que vai nos ajudar, Chatum? – perguntou Fred, com olhar determinado e ainda com o golpe apontado para as fuças do trotskista. -Sssim! Sssim! Nóss promete! Nósss promete pelo... pelo... pelo camarada! Sssim! Nósss promete pelo camarada! -Está bem, Chatum. Mas lembre-se que estaremos de olho em você! – falou Fred, libertando Chatum e se levantando. – Vá na frente, nos mostre o caminho. -Companheiro bonsszzinho! Chatum leva até reitoria! Assim Chatum se pôs na frente dos alunos da Escola Técnica e os guiou pelas ruas do centro da cidade. Realmente ele parecia conhecer aquelas ruas como a palma de sua mão. Provavelmente já havia feito muitas passeatas e piquetes por ali, pensaram Fred e Sampaio. Embora já estivessem mais tranqüilos por estarem conseguindo se aproximar da reitoria, sentiam-se cada vez mais desanimados com a aproximação da Reitoria. Depois do que pareceram horas caminhando eles avistaram a fachada do teatro da reitoria e atrás dele as portas do prédio negro. -E agora? –suspirou Sampaio – Como vamos entrar? Subitamente a maçaneta da porta dupla começou a se mover. Ao mesmo tempo os secundaristas avistaram um grupo de pessoas se aproximando da reitoria. Pareciam alunos, mas estavam usando pastas estranhas. -Alunosss da pósss-graduasssção! Esscondam! – disse Chatum – Elesss mausss! Nunca parar na greve, resssceber verba de outrosss lugaresss, fazzzer graduassção paressscer inútil! As portas da reitoria se abriram e os tais alunos da pós-graduação começaram a entrar. Fred fez um impulso de correr até lá e entrar mas Chatum e Sampaio o seguraram. Assim que o último pós-graduando entrou as portas se fecharam com um som seco. -Como vamos entrar lá? – perguntou Fred, angustiado. -Chatum ajuda ssecundarissta bonzzzinho! Mossstra outro caminho! Venham, venham! Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa 3 Prá que nome???? CANTINHO DO ESPORRO Reivindicação Caros membros do Conselho Ditatorial, Venho por meio desta, em meu papel de Senhor do Inferno, reivindicar meus direitos. Recentemente foi tomada de mim uma alma condenada à danação eterna, e o pessoal do Recursos Penados detectou vocês como sendo os culpados do fato. A alma em questão trata-se do Sr. Poul Kaos (aproveito para parabenizá-los pela escolha do vodu como meio de roubá-lo de mim. Nos vemos em breve...), o qual não cumpriu sua pena e nem aceitou servir-me fielmente antes de voltar, razões pelas quais eu o quero de volta. Não sei como poderemos resolver esta situação, mas espero que vocês encontrem uma solução sem que eu necessite iniciar o Apocalipse. Também estou enviando uma propaganda de meus empreendimentos para ser veiculada neste periódico. O dinheiro será depositado em vossa conta. Abraços calorosos, Satan D. Lúcifer Caro Senhor do Inferno Antes de mais nada o Conselho Ditatorial do Pra Que Nome????, através da minha carniceira pessoa, gostaria de dizer que se sente lisonjeada por receber a atenção de tão ilustre personalidade, reconhecida pelo seu trabalho desde o início dos tempos. Agradecemos muito seus elogios pela nossa escolha, embora ela tenha sido a única alternativa viável para a recuperação de nosso estimado (ou não) Poul Kaos, já que nenhum sacerdote, enviado divino, espírito de luz ou divindade em sã consciência aceitaria trazer nosso mais aclamado colunista para este planeta já tão massacrado. Quanto às suas ameaças gostaríamos de ressaltar que este Conselho Ditatorial não as teme de forma alguma, uma vez que somos adeptos do budismo e não acreditamos nem na existência de um Inferno quanto mais que ele tenha um Senhor (aliás, qual é a vantagem de ser o senhor de um lugar onde você não decide quem entra e quem sai?). Também não acreditamos que exista um céu. Na verdade nem acreditamos que este planeta exista, nem este computador onde eu estou digitando esta resposta, nem o papel onde os leitores a lerão, nem você, nem o Poul, nem eu, nem... afinal se nada existe o que eu estou fazendo aqui? Narf! Vicent, o Abutre (respondedor de cartas, quando aparece alguma) Pausa para o café Edição de junho saindo quase em julho, manhãs frias, provas de fim de semestre, greve de funcionários...pois é, se piorar melhora! Eu digo que melhora porquê o próximo passo é a greve dos professores, e em isso ocorrendo nós não teremos aulas. Tudo bem que isso vai atrapalhar um bocado de coisas, mas a maioria dos alunos (como eu) já não agüenta mais ter aula, e umas férias prolongadas até que seriam bem vindas. Mas enquanto a greve não chega, meu assunto é outro. Quantos de nós já não foram até a coordenação só para tomar um cafezinho ou um gole de chá quente numa manhã fria de inverno? Eu acho que quase todos. E quantas vezes você já presenciou a cena: alguém chega seco por um café e percebe que a garrafa não está no lugar costumeiro, daí a Rô nota a decepção do indivíduo e diz “Espera um pouquinho que o café já ta saindo!”. Provavelmente várias. E agora a pergunta fatídica: quantas vezes você já levou um pacote de açúcar, de chá ou de café na coordenação para ajudar a manter o esquema funcionando? Para a maioria a resposta será “Nenhuma”. Talvez muitos não tenham se tocado, mas entre as funções da Rô como secretária da Coordenação de Biologia não está fazer café para os alunos. Ela faz café fresco todo dia e deixa à disposição de nós alunos por iniciativa própria, porque sabe que nós gostamos de tomar um cafezinho no intervalo das aulas, e nós devíamos é agradecê-la por isso. O que muita gente também ainda não percebeu é que a coordenação não recebe verba para fazer café, ou seja, todo o pó de café, açúcar e chá gasto no processo ou é comprado pela própria Rô ou provém de doações. Ultimamente a maioria tem saído do próprio bolso da Rô. Antigamente, o CAEB arrecadava as doações de café e açúcar para a coordenação, hoje em dia os alunos só se lembram da coordenação na hora de economizar uma grana com café, ao invés de comprar na cantina tomam de graça às custas da Rô (ou dos “otários” que ainda fazem doações). Vocês devem estar se perguntando por quê eu toquei neste assunto, e eu vou explicar. A algum tempo atrás, foi presenciada uma cena na coordenação realmente revoltante. Um Zé Mané qualquer chegou na coordenação, serviu-se de café (em copo grande, que fique registrado) e disse “Ah! Hoje tem café!”. Nossa abnegada Rô respondeu de forma gentil a constatação dizendo “Eu não fiz café estes dias porquê estava faltando açúcar. Falando nisso, o café também está acabando.”. Até aí, tudo bem. O revoltante foi que o infeliz teve a petulância, a cara de pau, a falta de vergonha na cara de dizer “Então é por isso que você fez chafé?”! Como que o imprestável tem coragem de ir lá tomar café de graça, não colaborar nem com um saquinho de açúcar, e ainda reclamar que o café está fraco? O pior é que de fraco o café não tinha nada! Se tu gosta de tinta, o problema é seu compadre. Se não está contente, vai comprar café na cantina e não reclama. Ou então manda sua mãe vir aqui fazer. Ao invés de ficar criticando, este tipo de gente devia é agradecer pelo fato da Rô não cobrar o cafezinho, e de preferência colaborar trazendo um pacote de açúcar ou café de vez em quando. por Poul Kaos (colunista e tomador de cafezinho que não reclama) Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa 4 Prá que nome???? Devido ao enorme sucesso de matérias anteriores, decidi relatar as experiências de minhas viagens pelo mundo. Mas ao invés de falar sobre lugares conhecidos, como Turcomenistão, Bahrein, Djibuti ou Kiribati, achei mais interessante comentar sobre locais mais exóticos, locais para os quais todo mundo já foi mandado, mas não sabia o caminho. Como alguém já disse “indo audaciosamente onde nenhum homem jamais esteve”, o Guia de Viagens Cudelino – PRÁ QUE NOME???? apresenta: Isto aqui é bomba! O que não falta no Oriente Médio são atentados terroristas. É homem-bomba, carro-bomba e, algumas vezes, até bomba-bomba mesmo. Mas ninguém entendeu quando, em 1999, dois carrosbomba explodiram no meio de uma estrada às 17:30h vitimando três terroristas palestinos. A bomba explodira sozinha? Jeová resolvera dar uma força aos israelenses? Nada disso. Alguns dias antes, o horário de verão havia terminado em Israel. Mas os palestinos se recusaram a acertar o relógio – e continuaram uma hora à frente. Os terroristas, confusos, acertaram suas bombas-relógio pelo horário palestino - mas o relógio de cada um deles estava acertado pelo horário de Israel. E os carros acabaram explodindo no meio do caminho. E nem era o Comando Terrorista Lusitano pela Libertação do Bacalhau! Raios! Raios múltiplos! Americano é louco por montanha. Tanto que um ponto turístico muito visitado no Arizona é o Monte Lemmon. Destaca-se ali um lugar chamado Windy Point (ponto da ventania), de onde se pode admirar os penhascos. O Windy Point tem um mirante, cercado por ferro fundido. Num nublado dia de 1998, um homem se encontrava sozinho no lugar, no finzinho da tarde. E uma tempestade (daquelas típicas de verão) se aproximava. Naquela falta crônica do que fazer, o cara resolveu aproveitar o tempo e a privacidade para esvaziar a bexiga, tentando mirar o fundo do desfiladeiro. Enquanto ele tirava a água do joelho, um raio atingiu a cerca. A eletricidade correu pelo metal, até achar um ponto de menor resistência para poder dar tchau e ir embora. Encontrou dois: o chão (mais tradicional) e o jato de urina do homem. O pau dele, que funcionou como fio terra, explodiu na hora. Nem no desenho de Tom e Jerry! Sexo bizarro sempre será, de acordo com a definição, bizarro. Mas a imaginação humana não tem limites. No meio de uma ardorosa sessão de sexo, Dick Grayson e seu parceiro, Tony Maloney, resolveram tentar algo novo. Dick enfiou um tubo de cartolina no ânus do companheiro e introduziu o hamster do casal no canudo, que, naturalmente, foi parar vocês sabe onde. Tony a-dorou! Mas na hora do bicho sair... cadê o hamster? Nada! Numa tentativa desesperada, Dick acendeu um fósforo na ponta do tubo - esperando que a luz atraísse o roedor pra fora do parceiro. Mas o gás intestinal que saia do... bem, o gás pegou fogo, subiu pelo tubo de cartolina e Tony virou um lançachamas! Dick sofreu queimaduras de segundo grau e teve o nariz quebrado (o roedor foi expelido e atingiu o seu nariz). Tony sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus no ânus e em parte do intestino grosso. O hamster se encontra desaparecido. Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa Onde Judas Perdeu as Botas Todos já ouviram ou disseram “Lá onde Judas perdeu as botas”, mas poucos sabem de onde surgiu a expressão. Menos ainda sabem que este lugar realmente existe. O local onde Judas perdeu as botas fica nos chamados Vilarejos de Judas, próximos a Jerusalém, que são assim chamados devido à passagem do apóstolo Judas pela região antes de sua morte. Como todos sabem, Judas fez o serviço de dedo-duro por 30 dinheiros, e logo depois ficou com fama de traidor. Com medo de represálias por parte da população local, ele tentou fugir e decidiu comprar um cavalo. Mas como todos os moradores da região eram judeus, Judas levou a pior na transação e teve que dar todo seu dinheiro pelo cavalo. Ele viajou a cavalo até um vilarejo próximo, onde se deparou com um rio sem pontes. Vendo um homem com uma canoa, pediu para que o ajudasse a atravessar, mas o dono da canoa, também judeu, pediu as botas do viajante como pagamento. Assim sendo, este foi o local onde Judas perdeu as botas. Do outro lado do rio e sentindo fome devido à viagem, Judas foi a uma casa pedir comida, mas a senhora judia que o atendeu quis suas meias em troca do alimento, e foi aí que Judas perdeu as meias. Descalço, ele sentiu dificuldades para seguir viagem e decidiu tentar conseguir um camelo. E conseguiu, mas nessa, Judas perdeu as calças. Desesperado e só de cuecas, Judas chegou a uma colônia romana e decidiu que agora que estava livre dos judeus tentaria conseguir algum dinheiro em jogos de azar. Foi até uma taverna e sentou-se em uma mesa com alguns jogadores romanos. O que ele não sabia é que os romanos em questão pertenciam à Máfia, e tinham artimanhas para nunca perder no jogo. Foi ali que Judas perdeu as cuecas. Com vergonha de ficar por aí pelado, Judas saiu correndo, com os mafiosos na sua cola, e antes que eles o pegassem decidiu se matar enforcado, como todos sabem. E é devido a essa ilustre passagem de Judas por estes vilarejos que eles recebem seu nome, sendo um belíssimo local para se visitar e reviver um pouco da história. por Cudelino (colaborador e historiador itinerante) Concurso da Paçoca PRÁ QUE NOME???? Aproveitando os costumes das festas juninas, o PRÁ QUE NOME???? lança o Concurso da Paçoca. O concurso é simples: o vencedor será aquele que conseguir dizer a frase “Fica foda fazer final de filosofia” com uma paçoca na boca e sem cuspir nenhum farelo. Só existem duas regras a serem seguidas: 1º - Não é válido engolir a paçoca, nem parte dela, antes de pronunciar a frase. 2º - Serão permitidas no máximo duas mastigadas na paçoca antes de pronunciar a frase. A premiação será um pote de paçocas (cheio de paçocas, sem sacanagem) para o primeiro que realizar a proeza. Quem quiser participar deve encontrar um dos Ditadores deste periódico e executar a façanha. 5 Prá que nome???? Pedagogia Materna Tudo o que sempre necessitei saber, aprendi com a minha Mãe: 1. Minha mãe me ensinou a apreciar um trabalho bem feito: "SE VOCÊS QUEREM SE MATAR, VÃO PRA FORA. ACABEI DE LIMPAR!!" 2. Minha mãe me ensinou religião: "É MELHOR VOCE REZAR PARA QUE ESTA MANCHA SAIA DO TAPETE" 3. Minha mãe me ensinou lógica: "POR QUE EU ESTOU DIZENDO..., E PONTO FINAL!" 4. Minha mãe me ensinou ironia: "CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA CHORAR!" 5. Minha mãe me ensinou o que é osmose: "FECHA A BOCA E COME!!!!!!!!!!!" 6. Minha mãe me ensinou força de vontade: "TU VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TUDO" 7. Minha mãe me ensinou odontologia: "ME RESPONDE DE NOVO E EU ARREBENTO TEUS DENTES CONTRA A PAREDE!!!!!!!" 8. Minha mãe me ensinou retidão: "TE AJEITO COM UMA PORRADA!!!" OBRIGADO, MÃNHEE!!! Por Juliana Both (colaboradora e homenageando sua mãezinha) ANEXOS PARA A SUA SOBREVIVÊNCIA NA FACULDADE Pois é, está chegando a época do XII Encontro Internacional de RPG, e com ele as provas, te deixando sem tempo de bolar uma aventura para mestrar no Encontro. Isso não é motivo para se desesperar, o PRÁ QUE NOME???? decidiu trazer até você, amigo rpgista, a solução de seus problemas: a fantástica Tabela de Aventuras Instantâneas do TWERPS. Alguém se lembra deste finado sistema? Não? Mas nós sim, e para o deleite de todos reproduzimos aqui sua famigerada tabela sem pagar nenhum direito autoral. Contos budistas para aumentar sua cultura... Certa vez, disse o Buddha uma parábola: Um homem viajando em um campo encontrou um tigre. Ele correu, o tigre em seu encalço. Aproximando-se de um precipício, tomou as raízes expostas de uma vinha selvagem em suas mãos e pendurou-se precipitadamente abaixo, na beira do abismo. O tigre o farejava acima. Tremendo, o homem olhou para baixo e viu, no fundo do precipício, outro tigre a esperá-lo. Apenas a vinha o sustinha. Mas ao olhar para a planta, viu dois ratos, um negro e outro branco, roendo aos poucos sua raiz. Neste momento seus olhos perceberam um belo morango vicejando perto. Segurando a vinha com uma mão, ele pegou o morango com a outra e o comeu. "Que delícia!", ele disse. Tanzan e Ekido certa vez viajavam juntos por uma estrada lamacenta. Uma pesada chuva ainda caía, dificultando a caminhada. Chegando a uma curva, eles encontraram uma bela garota vestida com um quimono de seda e cinta, incapaz de cruzar a intercessão. "Venha, menina”, disse Tanzan de imediato. Erguendo-a em seus braços, ele a carregou atravessando o lamaçal. Ekido não falou nada até aquela noite quando eles atingiram o alojamento do Templo. Então ele não mais se conteve e disse: "Nós monges não nos aproximamos de mulheres”, ele disse a Tanzan, "especialmente as jovens e belas. Isto é perigoso. Por que fez aquilo?” "Eu deixei a garota lá”, disse Tanzan. "Você ainda a está carregando?" Hyakujo, o mestre Zen chinês, costumava trabalhar com seus discípulos mesmo na idade de 80 anos, aparando o jardim, limpando o chão, e podando as árvores. Os discípulos sentiram pena em ver o velho mestre trabalhando tão duramente, mas eles sabiam que ele não iria escutar seus apelos para que parasse. Então eles resolveram esconder suas ferramentas. Naquele dia o mestre não comeu. No dia seguinte também, e no outro. "Ele deve estar irritado por termos escondido suas ferramentas," os discípulos acharam. "É melhor nós as colocarmos de volta no lugar”. No dia em que eles fizeram isso, o mestre trabalhou e comeu exatamente como antes. À noite ele os instruiu, simplesmente: "Sem trabalho, sem comida”. Yamaoka Tesshu, um jovem estudante Zen, visitou um mestre após outro. Ele então foi até Dokuon de Shokoku, um dos grandes mestres da época. Desejando mostrar o quanto já sabia, ele disse, vaidoso: "A mente, Buddha, e os seres sencientes, além de tudo, não existem. A verdadeira natureza dos fenômenos é vazia. Não há realização, nenhuma desilusão, nenhum sábio, nenhuma mediocridade. Não há o Dar e tampouco nada a receber!" Dokuon, que estava fumando pacientemente, nada disse. Subitamente ele acertou Yamaoka na cabeça com seu longo cachimbo de bambu. Isto fez o jovem ficar muito irritado, gritando xingamentos. "Se nada existe," perguntou, calmo, Dokuon, "de onde veio toda esta sua raiva?" Cultura Inútil ou de Utilidade Duvidosa 6