Campanha de Sensibilização e Prevenção do Consumo de Substâncias Aditivas (GAAF, 2012|2013) DIAS 04 E 19 DE ABRIL Sessões de Sensibilização e Desmistificação sobre o tema, com a colaboração da Unidade de Intervenção Local nos Comportamentos Aditivos e Dependências – BAAL Local: Biblioteca e sala 1.3 da EPFA Horas: 10h00 Todos nós sabemos que o fenómeno do consumo das drogas é tão antigo quanto a Humanidade. Contudo, esta noção não é, de longe, motivo para trivializarmos o assunto, nem desistirmos de combater ou minimizar este flagelo social. Nos últimos tempos, o alarme chega-nos de vários lados – desde os meios de comunicação social até aos nossos contactos sociais mais próximos - os quais retratam casos de jovens, com idades cada vez mais precoces, que se afundam em consumos de substâncias, descontrolados e nocivos. Independentemente dos motivos que estão por detrás desta conduta, o certo é que falamos de um problema de saúde pública, cujos efeitos deixam rastos, por vezes camuflados, em todas as dimensões da vida de quem consome (pessoal, escolar, familiar, social). Nesta linha de pensamento, o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF), da Escola Profissional Fialho de Almeida, de Vidigueira, não poderia ficar imune a esta problemática, nem deixar de passar uma mensagem de alerta e ajuda para os nossos alunos, uma vez que formar alunos requer também, dotá-los de comportências pessoais e sociais. Como tal, o GAAF estabeleceu uma parceria com a Unidade de Intervenção Local nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (U.I.L.C.A.D.), do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, com quem articulou a realização de duas sessões de sensibilização, desmistificação de conceitos e ideias pouco realistas e desajustadas ligadas aos consumos e aos seus efeitos malévolos. Ambas as sessões tiveram lugar no mês de abril, sendo estas destinadas a duas turmas da Escola, nas quais contámos com a presença do Dr. João Sardica, Diretor, do U.I.C.A.D. De forma a introduzir o tema e desbloquear o diálogo entre os alunos, foi apresentado um vídeo que retrata a situação dos consumos num contexto recreativo, o qual acaba por explicar junto dos alunos as marcas que as substâncias psicoativas despoletam em quem as consome, sobretudo a nível cognitivo. Posteriormente, seguiu-se o debate do vídeo entre os alunos e os técnicos, com o principal intuito de explorar quais as crenças e conhecimentos que os jovens apresentam sobre o fenómeno em análise e apostou-se no esclarecimento e descontrução de alguns pensamentos ilógicos que foram aparecendo entre os presentes. Por outro lado, foi refletiu-se e valorizou-se a mensagem final do vídeo que enfatizou a noção de que o poder de decisão está nas mãos de cada um. Num terceiro momento, e de forma a dar continuidade à promoção da consciencialização dos alunos, realizou-se o jogo “Mitos e Factos”, que permitiu desmitificar algumas ideias erradas que ainda se fazem sentir junto dos jovens e que, tendencialmente, acabam por impulsionar os consumos e as dependências. Neste sentido, foram trabalhadas e “desmascaradas” ideias, como: “A cocaína aumenta a capacidade intelectual”, ”O haxixe é mais saudável que o tabaco”, ”Todas as pastilhas são ecstasy”, “Não há problema em misturar álcool e pastilhas, desde que não se abuse”, “Para parar de consumir droga basta ter força de vontade”, “Fumar charros ajuda a resolver os problemas”. Ambas as sessões decorreram de forma positiva e produtiva, pois permitiram “abanar” algumas ideias, tidas como certas por parte dos jovens. Logo, o facto de abalar essas certezas absolutas e suscitar novas dúvidas nos alunos já se torna gratificante. De modo geral, os alunos assumiram uma postura participativa e interessada, aproveitando, assim, o momento para esbater algumas incertezas que tinham. Por outro lado, ao pensar nos alunos que não se sentem à vontade para expor questões em público, foi criado um momento mais individualizado no final da sessão para aqueles que sentissem necessidade de o fazer de forma privada. E assim foi. Alguns alunos usufruiram dessa ajuda e confiaram nos técnicos algumas das suas preocupações. Sabemos que as intervenções nesta área são longas e morosas, pois existem hábitos e crenças de tal modo enraizadas, que se tornam dificeis de “cair por terra”. Desta forma, torna-se imperial que todos os agentes educativos cooperem e se envolvam neste desafio, pois esta é uma missão de todos! A Responsável pelo GAAF, Patrícia Pitadas.