JUL/AGO/SET 2009 No 45 MADRE MARIA TERESA E OS SACERDOTES A Serva de Deus Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico tinha no seu coração dois grandes amores unidos entre si, inseparáveis: o amor à Eucaristia e aos sacerdotes. Sabia, como o Santo Cura d'Ars, que o sacerdote é tudo e que a humanidade sem a presença dos sacerdotes não teria Jesus e nem o perdão dos pecados, sem os sacerdotes estaríamos ainda nas trevas do passado e não iluminados por Cristo, luz e Sumo e Eterno Sacerdote. Este amor tão grande ela o transmitiu como carisma às Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. Onde elas estiverem os sacerdotes são sempre bem recebidos nas suas casas, cuidados, amados. E quando algum adoece, os seus hospitais se abrem para acolhê-los e curá-los. Isto é a marca registrada das Irmãs e conhecida por todos os Bispos do Brasil e por todos os sacerdotes. Não poderíamos deixar passar este Ano Sacerdotal sem fazer menção a essa espiritualidade da Serva de Deus. Madre Teresa sabia muito bem como acolher os ministros do Senhor com caridade, com veneração e respeito, e todos os dias ela rezava para que eles fossem fiéis à própria missão recebida através de Cristo e sua Igreja. Sem dúvida é uma vocação árdua e difícil, mas cheia de recompensa divina. Nas muitas conferências da Madre podemos dizer quase que em todas há referência à Eucaristia e por conseguinte ao ministro da Eucaristia, o sacerdote. Ela quis nas suas casas e para as suas Irmãs a adoração à Santíssima Eucaristia como sinal permanente de Cristo no meio da humanidade. O Sacerdote, para a Serva de Deus, é o homem “escolhido por Deus, consagrado, ungido e enviado novamente”, transformado pela graça de Deus, ao meio da Comunidade para que, pela oferta do sacrifício da Eucaristia, continue a memória de Jesus entre nós. O Papa Bento XVI tem pedido em várias circunstâncias aos fiéis, às religiosas e às pessoas espirituais, que não se esqueçam de rezar pelo clero, pelas vocações, para que nenhuma Comunidade seja 2 PÁGINA LEGADO DE VIDA “PESCADORES DE HOMENS” “ Nas muitas conferências da Madre Teresa podemos dizer quase que em todas tem referência a Eucaristia e por conseguinte ao ministro da Eucaristia, o sacerdote. ” privada do “Pão da Eucaristia” e ninguém seja privado do perdão dos pecados que nos vem através dos sacerdotes, pelo sacramento da confissão. O amor da Madre Teresa pelos sacerdotes iniciava-se pelo seu grande amor ao Papa, ao Bispo, e se estendia depois a todos os sacerdotes e seminaristas. Que as Irmãs Pequenas Missionárias possam continuar nessa obra tão grande e necessária de acolher com amor todos os sacerdotes e ser esteio, de todos pela oração, para que eles sejam fiéis anunciadores da Palavra de Deus e dignos ministros do altar. Que a Serva de Deus continue a interceder por todos os sacerdotes. 3 PÁGINA ESCREVENDO A HISTÓRIA “IMOLAÇÃO PELO CLERO” 4 PÁGINA ORAÇÃO, DÁDIVA E JACULATÓRIA LEGADO DE VIDA JUL/AGO/SET 2009 No 45 Anderson de Paula PESCADORES DE HOMENS “ Como devemos implorar à Misericórdia Divina que conceda a Igreja um clero santo! Eles são parte principal da Igreja e sem eles a Igreja não pode existir (...) O sacerdote é a condição essencial da glorificação de Deus aqui na terra.” Serva de Deus, Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico Quanta sabedoria e ternura para com os sacerdotes no pensamento e agir de nossa querida Madre. Um olhar que nos convida a zelar pelas vocações sacerdotais. Impulsionados por estas palavras somos convidados a refletir sobre o ano sacerdotal. No dia 19 de junho de 2009, solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus e Dia tradicionalmente dedicado à oração pela santificação dos sacerdotes, o Papa Bento XVI inaugurou o Ano Sacerdotal, proclamado por ocasião do 150º aniversário do “dies natalis” do Cura d´Ars, São João Batista Maria Vianney. Tal ano, que pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo, terminará na mesma solenidade de 2010. A maioria das pessoas, no decorrer da vida, guarda no coração a recordação de um sacerdote que contribuiu para sua formação religiosa ou como educador na fé, ora ministrando os sacramentos, ora sendo presença na vida e organização eclesial da comunidade. Quantos são os presbíteros que, fiéis à sua vocação, se entregam ao serviço incansável de dirigir e apascentar o Povo de Deus animados pela caridade do Bom Pastor a dar a vida pelas ovelhas (Cf Jo 10,11). São um dom imenso não só para a Igreja, mas também para a própria humanidade. Verdadeiramente o “homem do Pão, da Palavra e do Povo”. A vocação do sacerdote será frutuosa e fecunda se estiver estreitamente unida a Cristo, que o chamou, escolheu e enviou de modo particular. Desempenhando suas tarefas de modo sincero e incansável no Espírito de Cristo, os presbíteros alcançarão a santidade de maneira autêntica. Tornando-se “amigos de Cristo”, entenderão que no mesmo ato de transmitir o verbo se unirão mais intimamente com Cristo Mestre. A união com Cristo favorece ao presbítero a sua perfeição espiritual da qual depende sobretudo a eficácia do seu ministério. O Cura d´Ars soube transformar o coração e a vida de muitas pessoas, porque conseguiu fazer-lhes sentir o amor misericordioso do Senhor com a Palavra e os Sacramentos do seu Jesus; sabia instruir o seu povo; consumia-o a paixão apostólica pela salvação das almas. Assim, todo sacerdote, na sua vida e ação deve se distinguir por um vigoroso testemunho evangélico. A missão do sacerdote na realidade atual em que vivemos está repleta de desafios. A visão conjunta da vida abrange cada vez menos o sagrado, o pensar e agir das pessoas estão voltados para o individualismo e relativismo. Busca-se de maneira desenfreada a satisfação pessoal, abandonando e desacreditando-se da dimensão do “ser para o outro”. Essa realidade só pode ser confrontada com a mensagem do Evangelho que anuncia a verdade na caridade. Por isso, estando no mundo, o sacerdote deve se inflamar de amor por Deus e pelas almas, sendo diretores espirituais esclarecidos, onde a doutrina seja “remédio espiritual para o povo de Deus”. Somos convidados a unir nossas orações pela santificação do clero neste ano sacerdotal. Como fiéis cristãos, devemos, com amor filial, compartilhar das preocupações dos nossos sacerdotes e auxiliá-los na oração e ação, para que possam vencer com coragem e cumprir suas tarefas com maior proveito. A Igreja sofre pela infidelidade de alguns dos seus ministros, o que gera no mundo motivo de escândalo e de repulsa. O sacerdote deve sempre recordar e renovar o seu compromisso com o Reino tomando consciência da grandeza desse dom que vem de Deus, tornando-se assim um dom imenso para o seu povo. Assim disse S. João Maria Vianney: “Depois de Deus, o sacerdote é tudo! Ele próprio não se entenderá bem a si mesmo senão no céu.” O sacerdote deve ser verdadeiramente permeado pela Palavra de Deus, alimentando-se dela, conhecendo e amando-a. Ela é o que realmente dá timbre à vida e forma o pensamento do ministro ordenado. A missão que o Senhor confia aos pastores de seu povo é um verdadeiro serviço. A dimensão do serviço faz parte da espiritualidade Eucarística. O sacerdote deve ser sempre sinal eucarístico e dela viver. Deve ser uma “testemunha adorante”, para ser depois pão repartido para alimentar este mundo tão faminto de Deus. É na Eucaristia que ele entenderá a sua missão. É no encontro contemplativo e silencioso dos corações que compreenderá o seu ser sacerdote e assim poderá manifestar o que é ser um presbítero segundo o Coração de Cristo. Peçamos à Virgem Santíssima que suscite em nossos sacerdotes um novo vigor na doação a Cristo e à Igreja e a S. João Maria Vianney que proteja a missão de tantos presbíteros espalhados pelos continentes como operários para a co-edificação da única Igreja de Cristo in terris. Louvemos ao Senhor por este Ano Sacerdotal, intensifiquemos nossas orações pela santificação dos sacerdotes que repercute em benefício de todo o Corpo eclesial. Que cada sacerdote possa avançar durante todo este Ano Sacerdotal, correspondendo à sua vocação, para, de verdade, melhor dizer: “não sou mais eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). O autor Anderson de Paula é do Noviciado Sagrado Coração de Jesus, Barretos, SP. este espaço de nosso Informativo, destinado à história de nossa querida Madre Teresa e de sua obra, julgamos bem oportuno publicar também trechos de seus escritos, suas palavras, algo do que se constitui sua espiritualidade e que, traduzindo as riquezas de seu coração de mãe e de formadora, ela deixava transbordar através de sua própria vida e dos ensinamentos que nos legava. Estamos no ano sacerdotal. Inspirada pelo Espírito Santo, a Serva de Deus, por força de nossa espiritualidade toda centrada no mistério Eucarístico, confiou-nos o zelo e a imolação pelos Sacerdotes, sem os quais não poderíamos ter a Eucaristia. Assim, chamada por Deus para mitigar o sofrimento dos irmãos, socorrer os doentes, sobretudo os mais carentes e abandonados, a todo esse trabalho, a toda essa vida de entrega e de imolação, o Senhor inspirara à querida Madre um objetivo, o pano de fundo de toda essa dedicação: a santificação dos ungidos do Senhor. “ Se exteriormente nós cuidamos dos doentes, interiormente cuidamos dos sacerdotes; são eles o nosso meio de santificação interior.” Na palestra proferida pela Serva de Deus ainda nos primórdios da Congregação e da qual transcrevemos, em duas partes, alguns trechos, podemos sentir todo o seu zelo pelos Sacerdotes. IMOLAÇÃO PELO CLERO CONFERÊNCIA DA SERVA DE DEUS ÀS IRMÃS EM 15 DE JANEIRO DE 1937 PARTE I Vimos na conferência passada como uma Pequena Missionária deve realizar a parte contemplativa de seu espírito, sendo hóstia com Jesus no SS. Sacramento, continuamente imolada e sacrificada, mas de modo oculto e velado, como velado e oculto é Jesus no SS. Sacramento. Vimos como ela tem o dever de adorar Jesus, incessantemente em todos os Tabernáculos do mundo, oferecê-Lo à SS. Trindade e oferecer-se com Ele como hóstia de amor e reparação, segundo dizem as nossas Constituições. Como a imolação é o estado habitual de Jesus no SS. Sacramento, assim também a imolação, o sacrifício, o sofrimento devem ser o estado habitual da Pequena Missionária, mas completamente desconhecido de todo olhar humano, conhecido só de Nosso Senhor. Agora vamos ver qual deve ser o fruto dessa íntima união com Jesus Hóstia. Qual deve ser o fim dessa vida de união e de sacrifício? Jesus no SS. Sacramento está imolado e sacrificado, não para Si, para ser adorado, glorificado, não! Nesse ponto também, a Pequena Missionária precisa copiar a Hóstia do Tabernáculo; ela se imola e se sacrifica, não somente para se unir a Jesus. A união por si só, já seria um ideal muito belo, muito santo, mas não deve parar aí a Pequena Missionária. A glória de Deus é também o que Jesus visa no SS. Sacra-mento; no Tabernáculo Ele não é só Hóstia, não, Ele é Vítima e Pontífice ao mesmo tempo. Ele é o Mediador entre Deus Pai Onipotente e as almas; Ele não tem vida própria, Ele não vive para Si. É assim também a vida dum Sacerdote, vida de contínuo esquecimento de si próprio; vida de abnegação absoluta, de imolação completa. Um padre no mundo, a quanto perigo se expõe para cumprir a sua missão; quanta miséria precisa ver e conhecer de perto; precisa, por isso, passar sempre pelo meio da lama, sem se sujar. Ele arrisca tudo o que tem de mais caro; sua saúde, sua vida, sua reputação, sua alma, para ir levar Jesus às almas. Pensando bem, veremos a quantas ocasiões perigosas está sujeito um sacerdote no mundo. E quem é que sustenta esses sacerdotes nas lutas de cada dia, quem é que lhes procura forças e lhes garante as vitórias? São as almas hóstias, as almas que se imolam com Jesus no Tabernáculo, continuamente, ocultamente, só conhecidas de Nosso Senhor. As Pequenas Missionárias de Maria Imaculada devem ser da fileira dessas almas! AMOR RENOVADO E FORTE N JAN/FEV/MAR 2009 No 43 Irmã Maria Domitilla de Jesus Hóstia, PMMI (...) Nós temos duas espécies de apostolado: um apostolado de oração e sacrifício em união íntima com Jesus Eucarístico, pelos sacerdotes, pelo clero e o apostolado exterior, com os doentes; os desamparados, os que sofrem; a nossa missão para com esses é suavizar-lhes os sofrimentos físicos, levando ao mesmo tempo, remédio e alimento às suas almas. É fazer Jesus conhecido e amado por todos. A vida da Pequena Missionária precisa ser como a do sacerdote; ela não vive para si, como também nada guarda para si. À exemplo de Santa Teresinha, ela deve ser uma alma inteiramente generosa e desprendida em tudo. Ela não armazena tesouros para a Eternidade; não trabalha, não sofre, não reza para encher sua bolsa espiritual, não! Tudo o que ela tem, tudo o que vai ganhando é para os sacerdotes. Ela também se imola incessantemente para que Jesus Eucarístico encontre para o seu serviço, almas sacerdotais menos indignas dessa sublimidade. Continua na próxima edição. Impresso Especial 99121847921-6/2007 DR/SP IPMMI JUL/AGO/SET 2009 No 45 Senhor Nosso Deus, rico em misericórdia e amor, nós vos agradecemos por terdes suscitado no meio de vosso povo e da Igreja, a SERVA DE DEUS MADRE MARIA TERESA DE JESUS EUCARÍSTICO, para que a Eucaristia seja cada vez mais o centro da vida da Igreja, para que os doentes e os pobres sejam atendido de modo mais humano e com mais amor e para que os Sacerdotes tenham sempre a ajuda da oração e o apoio do anúncio do Evangelho, nós vos pedimos que se for da vossa vontade - MADRE MARIA TERESA DE JESUS EUCARÍSTICO seja um dia glorificada pela Igreja e, por sua intercessão, possamos receber a graça de que tanto precisamos e O lá queridas Irmãs, eu me chamo A. A. de M., sou de Jaracarí, SP. Venho através desse e-mail dar meu testemunho de cura da minha mãe M. de L. de M.; ela sofreu um aneurisma no mês de junho de 2009, e o estado dela era muito delicado, pois não poderia fazer nada de esforço no entanto não entendíamos o tamanho da gravidade. No dia 25 de junho ela foi submetida a um exame no Hospital Pio XII, em São José dos Campos e foi na sala de espera que encontrei um folheto e olhando esse folheto encontrei a oração de intercessão da MADRE MARIA TERESA DE JESUS EUCARISTICO, nessa mesma Jaculatória “Ó Santíssima Trindade, que com fé vos pedimos... (Pedir a Graça). Que todos nós possamos assumir o compromisso de ser missionários e construtores do Reino de Deus. Maria Imaculada, Mãe da Igreja e nossa Mãe, nos acompanhem em todos os momentos de nossa visa! Amém! (Pai Nosso, Ave Maria e Glória). Imprimatur: Nelson Westrupp, SCJ São José dos Campos, 8 de novembro de 1996 Em conformidade com decretos do Papa Urbano VIII, declaramos que nada se pretende prevenir o juízo da Autoridade Eclesiástica, e que esta oração não tem qualquer finalidade de culto público. hora eu a li para as minhas irmãs, sobrinha e meu cunhado. Mais tarde tornei a fazer a mesma só que sozinha e pedia a intercessão da Madre, pela saúde de minha mãe. O exame correu tudo bem, foi identificado o problema e corremos para que ela conseguisse fazer a cirurgia que necessitava, no sábado dia 27 ela foi transferida para o Hospital Regional, que fica em Taubaté; no dia 2 de julho ela fez a cirurgia e tudo correu muito bem, no dia 8 ela já estava em casa conosco de novo. Obrigada pela intercessão da Madre Teresa. E continuem orando por ela, Deus as abençoe. Um enorme abraço e continuem com essa obra divina. FOTO: LUCAS LACAZ DÁDIVAS PARA ALCANÇAR GRAÇAS E PEDIR A GLORIFICAÇÃO DA SERVA DE DEUS. Ao alcançar graças por intercessão da MADRE MARIA TERESA, favor avisar ao Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada. R. Major Antônio Domingues, 244 São José dos Campos/SP CEP 12245-750 Cx. Postal, 384 Telefone (12) 3921-3155. [email protected] CORREIOS eu Vos ofereço, em meu nome e no de toda a humanidade, as adorações e louvores, amor e ações de graças, reparações e súplicas de Jesus no Santíssimo Sacramento e Vos peço me aceiteis unida a Ele como hostiazinha imolada pela santificação dos Sacerdotes.” Concedemos 50 dias de indulgência e a licença para que se imprima. Taubaté, 24-1-1933. Epaminondas, Bispo de Taubaté. OBSERVAÇÃO SOBRE O ORIGINAL: Encontra-se no AHC um documento que contém uma oração feita pela Serva de Deus para ser rezada pelas PMMI, nos momentos de trabalhos, ao passar umas pelas outras, e ao toque do relógio de parede. Antes quando o relógio tocava, as Irmãs interrompiam a atividade e se ajoelhavam para rezar essa Jaculatória, logo após continuavam a atividade. Nos dias de hoje não mais se ajoelham, mas continuam a rezar mentalmente e ao passar umas pelas outras. Este escrito está datilografado em uma folha, sem pauta, aspecto legível e conservado. No final do texto, o Exmo. Revmo. Sr. Bispo Dom Epaminondas Nunes D'Avila e Silva, de próprio punho concede a licença para o “Imprimatur” e 50 dias de indulgência, com data de 24/1/1933.