Nº 165 Taguatinga/DF, 26 de Maio de 2011. Evangelho de Jo. 14. 15-21 A Boa Nova em Nossas Vidas Pe.Tininho Queridos irmãos e queridas irmãs. O evangelho a ser refletido por nós neste domingo é o que denominamos discurso de despedida, pronunciado por Jesus durante a última ceia. Nele encontramos o Mestre preparando seus discípulos para a chegada dos últimos momentos de sua vida: paixão, morte e ressurreição. E para que os seus discípulos não desanimassem, ou o abandonasse, ele mostra a cada um que é preciso acontecer essas coisas, a fim de ficar demonstrada sua fidelidade. Pois Ele não veio para fazer a sua vontade, mas a daquele que o enviou. E será um desafio muito grande para os discípulos a sua partida, pois eles terão que conviver com sua ausência. Os discípulos entendem que Jesus está prestes a deixá-los, estão entristecidos e se perguntam como lhes será possível permanecer unidos a ele e continuar amando-o, se ele vai embora. Jesus promete não deixá-los sós, sem proteção e sem guia. Diz-lhes que pedirá ao Pai para lhes enviar o seu Espírito que permanecerá para sempre com eles. Os discípulos, a exemplo do Mestre, também enfrentarão perseguição e oposição durante suas vidas. E para que eles não desanimem diante do sofrimento advindo, serão acompanhados pelo Paráclito, o advogado, que os defenderá e os confortará. Por ele e nele os discípulos não se sentirão órfãos ou perdidos, pois o Cristo continua presente na caminhada empreendida pelos discípulos. Estará o Mestre presente de outro modo na comunidade. Não mais fisicamente, mas se fará presente quando a comunidade vivenciar sua Palavra e fazer acontecer o reinado de Deus nas realidades desse mundo. Mas Jesus nos diz que o Espírito será reservado aos que o amam, aos que observam os seus mandamentos, aos que praticam o amor aos irmãos, como Ele ensinou. Ele, o Espírito Santo, então dará a chancela a tudo que fazemos em benefício dos mais fracos, os seus preferidos. Entretanto há aqueles que optam por seguir os caprichos do mundo. Seus corações não oferecem a abertura necessária para que o Espírito possa fazer sua morada. O mundo, na compreensão do evangelista, é aquela parte do coração do homem na qual ainda reina o mal. É o lugar onde se depositam os ódios, os desejos de vingança, os maus sentimentos...aquele é o “mundo” e ali o Cristo não pode entrar. Também Jesus promete o Espírito da verdade. João indica o próprio Deus que se manifesta em Jesus. Introduzir na “verdade”, portanto, quer dizer agir no coração de cada ser humano e estimulá-lo desta forma e aderir livremente à revelação de Deus. O segundo significado de “verdade” diz respeito às novidades introduzida pelo Espírito, pois há muitas que Jesus não revelou explicitamente, porque os discípulos não estavam em condições de entendê-las. Ele estava consciente que, ao longo dos séculos, teriam criado muitas situações, muitos problemas, muitos questionamentos novos...onde se poderiam encontrar as respostas autênticas, de conformidade com o pensamento do mestre? E é neste nível que é requerida a atuação do Espírito. Ele tem a missão de introduzir o discípulo na descoberta de toda a verdade. Não dirá nada de novo ou contra Jesus, ajudará somente a descobrir até o fundo, até as ultimas conseqüências, a mensagem de Cristo. Daqui nasce a obrigação dos cristãos permanecerem sempre dispostos a seguir os impulsos do Espírito que os conduz à descoberta de coisas sempre novas. Ele é, por sua natureza, aquele que renova a face da terra. Queridos irmão e queridas irmãs. Que cada um de nós abra seu coração e sua mente, a fim de que nos coloquemos à serviço do evangelho e como ramos enxertados no tronco, que é Jesus, possamos dar muitos frutos. Com isso estaremos anunciando o Mestre até que ele venha. Rezemos então: Mestre, que tua Palavra abra nossa mente, a fim de que possamos, experimentando tua verdade, sermos, de fato, homem e mulheres novos. E que teu Espírito nos leve a sermos testemunhas fiéis do teu amor que abraça todos e todas. Amém!