Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Portugueses
Documentos do CCISP
Sobre o Ensino Superior
Português
2010
Índice
ÍNDICE ................................................................................................................................................................. 2
1 BREVE CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA PORTUGUÊS DE ENSINO SUPERIOR........................ 3
1.1
O SUBSISTEMA PÚBLICO UNIVERSITÁRIO E AS SUAS INSTITUIÇÕES .................................................... 3
1.2
O SUBSISTEMA PÚBLICO POLITÉCNICO E AS SUAS INSTITUIÇÕES ........................................................ 4
1.2.1
CET................................................................................................................................................. 7
1.2.2
Maiores de 23 anos ........................................................................................................................ 8
1.2.3
Estudantes por tipo de formação.................................................................................................... 8
2
ACESSO AO ENSINO SUPERIOR.......................................................................................................... 9
3
ESTATÍSTICAS ....................................................................................................................................... 11
3.1
N.º DE ALUNOS ................................................................................................................................... 11
3.2
ENTRADAS PELA 1.ª VEZ NO 1.º ANO................................................................................................... 12
3.3
DIPLOMADOS ..................................................................................................................................... 12
4
O CONTRATO ENTRE O MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR
E O ENSINO SUPERIOR POLITÉCNICO .................................................................................................... 14
5
COLABORAÇÃO DENTRO DO SECTOR POLITÉCNICO ............................................................. 15
6
PERSPECTIVAS INTERNACIONAIS.................................................................................................. 15
7
ANEXOS.................................................................................................................................................... 16
I
MAPA DA DISTRIBUIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR PÚBLICO POLITÉCNICAS .................... 16
II
ESQUEMA DE ACESSO AO ENSINO SUPERIOR .......................................................................................... 17
III
EVOLUÇÃO DO N.º DE ESTUDANTES NO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO ........................................................ 18
IV
EVOLUÇÃO DO N.º DE ESTUDANTES NO ENSINO SUPERIOR PORTUGUÊS ................................................... 19
V CONTRATO DE CONFIANÇA........................................................................................................................... 20
2
1 Breve Caracterização do Sistema Português de Ensino Superior
O sistema português de ensino superior é composto por um sistema público de ensino e por outro
privado1 e está organizado num sistema binário constituído pelo subsistema universitário e pelo
subsistema politécnico. Os ciclos de estudos leccionados no subsistema universitário são mais
centrados na vertente científica, enquanto a formação disponibilizada no ensino politécnico está mais
focada nas vertentes vocacionais e nas formações técnicas avançadas, mais viradas, portanto, para a
vida profissional. Apesar desta divisão binária do sistema de ensino superior português, chama-se,
contudo, a atenção para o facto de o enquadramento jurídico português permitir a integração de
escolas de ensino politécnico em universidades, se bem que de forma excepcional.
1.1 O Subsistema Público Universitário e As Suas Instituições
A rede pública de instituições universitárias é constituída por 15 universidades que cobrem,
essencialmente, a parte costeira de Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e dos Açores.
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Ao contrário dos institutos politécnicos, as universidades podem
Universidade Aberta
Universidade da Beira Interior
conferir, para além do grau de licenciatura e de mestrado, o grau de
Universidade da Madeira
doutoramento. Ao nível da investigação, as universidades também
Universidade de Aveiro
Universidade de Coimbra
Universidade de Évora
Universidade de Lisboa
Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro
Universidade do Algarve
Universidade do Minho
Universidade do Porto
Universidade dos Açores
podem desenvolver investigação fundamental. Outra diferença
relativamente ao ensino superior politécnico reside no tipo de
formação. De facto, a formação dada aos estudantes no sistema
universitário tem uma natureza mais conceptual e menos orientada
para a vertente profissional que a leccionada nos institutos
politécnicos.
Universidade Nova de Lisboa
Universidade Técnica de Lisboa
Instituto Superior de Ciências do
Trabalho e da Empresa
Quadro 1 – Rede de Universidades
1
Para efeitos deste trabalho, apenas será abordado o sistema público de ensino superior.
3
Figura 1 - Distribuição das Universidades Portuguesa (fonte: DGES)
As universidades portuguesas
podem atribuir os graus de
licenciado, de mestre e de
doutor, sendo que a licenciatura
tem entre 180 a 240 créditos.
Referência
ainda
para
o
mestrado, no qual se pretende
que o estudante obtenha uma
especialização
académica
com
de
natureza
recurso
à
actividade de investigação e inovação ou, então, o desenvolvimento das suas competências
profissionais.
1.2 O Subsistema Público Politécnico e As Suas Instituições
As instituições públicas de ensino superior politécnico, como já se referiu, ministram uma formação
guiada para a vida profissional e, por conseguinte, o legislador entendeu que estas instituições
deveriam dirigir os seus esforços para a criação, transmissão e difusão da cultura e do saber de
natureza profissional e também para o desenvolvimento da investigação aplicada. Assim sendo, a
oferta formativa no subsistema de ensino superior politécnica abrange essencialmente as áreas das
tecnologias, do turismo, da saúde, da educação,
da agricultura e do desporto e das artes.
A rede de instituições que possuem ensino
superior politécnico engloba 15 Institutos
Figura 2– Distribuição das instituições que conferem
ensino politécnico em Portugal (fonte: DGES)1
4
Politécnicos2, 5 escolas não integradas e 7 universidades, que, como já mencionámos, podem integrar
excepcionalmente escolas de ensino politécnico.
A distribuição territorial das instituições de ensino politécnico é mais homogénea do que a verificada
para as instituições de ensino universitário, que, salvo uma ou outra excepção, se situam mais junto ao
litoral, nos centros com maior densidade demográfica. Estando assim distribuídas por todas as regiões
do país, as instituições de ensino politécnico cumprem um papel relevante no desenvolvimento das
regiões em que se inserem. De facto, estas procuram responder aos desafios específicos de cada
região, formando quadros técnicos, criando riqueza e sendo fonte de inovação. Por outro lado, são
também um instrumento eficaz no combate à desertificação do interior do país, na medida em que
retêm os estudantes que, caso contrário, se deslocariam para estudar noutras cidades (normalmente,
junto ao litoral), acabando por, depois de diplomados, ficar aí a residir.
Relativamente aos graus académicos, cumpre dizer que as instituições de ensino politécnico podem
conferir os graus de licenciado e de mestre, sendo-lhes vedada a atribuição do grau de doutor. Os
ciclos de estudos conducentes ao grau de licenciado têm geralmente 180 créditos3. Já os ciclos de
estudo conducentes ao grau de mestre têm, salvo uma excepção, entre 90 a 120 créditos4. Refira-se,
por último, que os mestrados de cariz politécnico deverão assegurar que o estudante obtenha uma
especialização de natureza profissional.
Para além disso, as instituições politécnicas disponibilizam ainda outros tipos de formação, como pósgraduações e Cursos de Especialização Tecnológica (CET), sendo que os CET acabam por ser, na
sua grande maioria, ministrados nas instituições politécnicas, dada a sua elevada vertente técnicoprática e vocacional.
2
Um Instituto Politécnico integra duas ou mais escolas, de áreas diferentes.
3
Em certos casos, poderão ter 240 créditos, no sentido de se cumprirem normas jurídicas expressas para o acesso ao
exercício de uma actividade profissional.
4
Podem ter 60 créditos e uma duração normal de dois semestres curriculares de trabalho, em consequência de uma
prática estável e consolidada internacionalmente nessa especialidade (cfr. art.º 18 n.º 2 do DL n.º 74/2006, de 24 de
Março).
5
Ensino Politécnico
Escolas
Licenciaturas
Beja
25
4
Bragança
46
5
Castelo Branco
35
6
Cávado e Ave
15
2
Coimbra
45
6
Guarda
24
4
Leiria
57
5
Lisboa
41
8
Portalegre
27
4
Porto
74
7
Santarém
29
5
Setúbal
33
5
Tomar
24
3
Viana do Castelo
26
5
– 2008 (fonte: Anuário Financeiro das
Viseu
37
6
Instituições Públicas de Ensino Superior
Esc. Sup. de Enfermagem de Coimbra
1
1
Politécnico - 2008)
Esc. Sup. de Enfermagem de Lisboa
1
1
Esc. Sup. de Enfermagem do Porto
1
1
10
1
Esc. Sup. Hotelaria e Turismo do Estoril
5
1
Univ. Évora
2
1
Univ. Minho
1
1
Univ. Trás-os-Montes e Alto Douro
1
1
Univ. Madeira
1
1
Univ. Aveiro
21
3
Univ. Açores
2
2
Univ. Algarve
31
4
614
94
Escola Náutica Infante D. Henrique
Total
6
Quadro 2 – Ensino Politécnico em Portugal
1.2.1 CET
As instituições de ensino superior em Portugal, em especial as instituições de ensino superior
politécnico, disponibilizam ainda na sua oferta formativa Cursos de Especialização Tecnológica (CET)
que se caracterizam por ser « uma formação pós-secundária não superior que visa qualificação
profissional do nível 4. Este tipo de qualificação profissional é obtido através da conjugação de uma
formação secundária, geral ou profissional, com uma formação técnica pós-secundária»5.
Quadro 3 – Evolução de Cursos CET oferecidos na rede pública politécnica6
2005
2006
2007
2008
2007/2008
INSTITUTOS POLITÉCNICOS
BEJA
22
39
220
234
BRAGANÇA
23
43
320
320
CASTELO BRANCO
0
63
89
107
CÁVADO E AVE
0
0
70
36
23
16
172
224
COIMBRA
GUARDA
0
48
90
116
246
580
1.131
1.406
LISBOA
0
0
0
0
PORTALEGRE
0
0
54
82
LEIRIA
PORTO
21
0
58
59
SANTARÉM
0
0
0
114
SETÚBAL
0
0
44
131
TOMAR
0
0
434
427
VIANA DO CASTELO
0
44
56
193
VISEU
76
81
42
116
411
914
2.780
3.565
ESC. SUP. ENFERMAGEM COIMBRA
0
0
0
0
ESC. NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE
0
0
0
18
TOTAL
28,2%
Escolas não integradas
5
In. Site da Direcção Geral do Ensino Superior-DGES. www.dges.mctes.pt
6
Não estão contabilizados os das Escolas Superiores de Saúde de Lisboa e Porto, nem da Escola Superior de Hotelaria e
Turismo do Estoril.
7
1.2.2 Maiores de 23 anos
Trata-se de um regime especial de acesso ao ensino superior onde os candidatos, ao contrário do
regime geral, não obrigados a terem concluído o ensino secundário. Este regime destina-se a todos
aqueles que não podendo concluir os seus estudos secundários e que, ao longo da sua experiência
N.º de candidatos aprovados nos exames Maiores de 23
12 000
10 498
10 000
N . º d e C and id at o s
9 005
7 368
8 000
6 164
6 025
6 000
4 437
4 000
2 000
0
Universidades
3 130
2 980
1 727
2006-2007
A no s
1 727
2007-2008
2008-2009
3 130
2 980
Politécnicos
4 437
7 368
6 025
Total
6 164
10 498
9 005
profissional ganharam novas competências, pretendem frequentar o ensino superior. Neste sentido, os
candidatos estão sujeitos a um exame de admissão que irá avaliar a sua capacidade para a frequência
para o ensino superior. Caso obtenham a aprovação nesse exame, poderão matricular-se na
instituição onde fizeram o exame7.
1.2.3 Estudantes por tipo de formação
No quadro infra está representado o número de alunos das instituições de ensino público politécnico
por tipo de formação. Note-se contudo que este quadro não apresenta os dados da Escola Superior de
7
Desde que a instituição disponha de vagas. Para mais informações relativamente ao regime de acesso ao ensino
superior, ver ponto n.º 2.
8
Hotelaria e Turismo do Estoril, a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa nem as universidades que
disponibilizam cursos de cariz politécnico.
Quadro 4 - Estudantes por tipo de formação
Licenciatura
Mestrado
CET
Outros
Total
Peso por
instituição
INSTITUTOS POLITÉCNICOS
BEJA
2.752
72
234
0
3.058
3,2%
BRAGANÇA
5.760
501
320
52
6.633
6,8%
CASTELO BRANCO
4.403
145
107
98
4.753
4,9%
CÁVADO E AVE
2.194
73
36
0
2.303
2,4%
COIMBRA
9.749
388
224
236
10.597
10,9%
GUARDA
3.052
104
116
96
3.368
3,5%
LEIRIA
8.783
595
1.406
93
10.877
11,2%
LISBOA
11.394
2.157
0
0
13.115
13,6%
2.593
84
82
121
2.880
3,0%
PORTALEGRE
PORTO
13.477
1.221
59
83
14.840
15,3%
SANTARÉM
4.084
174
114
189
4.561
4,7%
SETÚBAL
5.732
416
131
115
6.394
6,6%
TOMAR
3.046
152
427
103
3.612
3,8%
VIANA DO CASTELO
2.997
86
193
17
3.293
3,4%
VISEU
5.964
187
116
137
6.404
6,6%
TOTAL
85.638
6.355
3.565
1.340
96.374
100,0%
Peso sobre total
88,4%
6,6%
3,7%
1,4%
100,0%
1.375
0
0
380
1.755
412
73
18
0
503
1.112
0
0
219
1.331
Escolas não Integradas
ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DE COIMBRA
ESCOLA NAUTICA INFANTE D. HENRIQUE
ESC. SUP. DE ENFERMAGEM DO PORTO
2 Acesso ao Ensino Superior8
O acesso ao ensino superior público em Portugal faz-se, normalmente, através de Concurso Nacional.
O concurso decorre em duas fases, sendo que a primeira se destina aos estudantes que reúnam as
condições de candidatura após a fixação dos resultados da primeira fase dos exames nacionais,
enquanto que a segunda destina-se aos estudantes que só reúnam as condições após fixação dos
9
resultados da segunda fase de exames nacionais9 Para concorrer ao concurso nacional, os candidatos
deverão concluir, com aprovação o curso de ensino secundário, ou equivalente; realizar as provas de
ingresso exigidas para o curso no estabelecimento onde pretendam ingressar10 e, para além disso, o
candidato deverá ter uma nota de candidatura igual ou superior ao valor mínimo fixado pela instituição
de ensino superior11. De seguida, após o procedimento de candidatura, a seriação dos candidatos é
depois realizada, para cada par estabelecimento/curso, pela ordem decrescente das respectivas notas
de candidatura.
Refira-se ainda que o Concurso Nacional reserva ainda um número de vagas para os candidatos com
condições pessoais especiais, os chamados contingentes especiais. Podem-se candidatar ao abrigo
deste regime os candidatos:
Œ
Œ
Œ
Œ
residentes nos Açores e na Madeira;
emigrantes portugueses;
portadores de deficiência;
militares em regime de contrato;
Para concorrer, estes candidatos deverão satisfazer, ainda assim, os requisitos, as condições e as
exigências do contingente geral, sendo-lhes aplicadas as mesmas regras, nomeadamente, a
necessidade de realizar provas de ingresso.
Fora do Concurso Nacional ainda é possivel ingressar no Ensino Superior através dos concursos
especiais, que são concursos de acesso ao ensino superior de estudantes com habilitações
específicas. As vagas são fixadas anualmente por cada estabelecimento de ensino superior. Podemse candidatar ao abrigo dos concursos especiais:
8
Poderá ver a estrutura do acesso ao ensino superior português no anexo II
Também poderão concorrer à segunda fase os candidatos que poderiam ter apresentado a sua candidatura na primeira
fase mas que, por alguma razão, não a apresentaram.
9
Devendo obter uma classificação nestas provas iguais ou superiores às exigidas pelo estabelecimento para o qual
concorreu.
10
Em certos casos poderá ser necessário que o candidato satisfaça pré-requisitos, como sejam condições de natureza
física, funcional ou vocacional, para poder concorrer a certos cursos.
11
10
Œ
Œ
Œ
maiores de 23 – candidatos com mais de 23 anos que serão admitidos pelas instituições de
ensino após a realização e aprovação de um exame para avaliar a capacidade do candidato.
O candidato deverá realizar a prova no estabelecimento para o qual se pretende candidatar;
titulares de cursos superiores;
titulares de um diploma CET.
Por fim, uma palavra para uma outra excepção ao concurso nacional de acesso ao ensino superior.
Falamos no regime especial de acesso ao ensino superior. Este regime tem como destinatários:
Œ
Œ
Œ
Œ
Œ
Œ
Œ
candidatos pertencentes à missão diplomática portuguesa ou seus familiares;
portugueses bolseiros no estrangeiro ou funcionários públicos em missão oficial no
estrangeiro;
oficiais das Forças Armadas Portuguesas;
bolseiros dos PALOP;
missão diplomática acreditada em Portugal;
atletas de alta competição;
naturais de Timor Leste.
3 Estatísticas
3.1 N.º de alunos
Nestes nos últimos vinte anos, crescimento do número de estudantes no ensino superior público tem
sido evidente. Se em no ano lectivo 1995/1996 o sistema universitário e politécnico públicos contavam
nas suas fileiras com cerca de 198.800 estudantes, no ano de 2008/2009 esse número já ultrapassava
os 282.000 alunos. Este crescimento tem sido, no entanto, contrastado com o número de estudantes
que opta por se formar em instituições de ensino privado, 114.600 no ano lectivo 1995/1996 para
90.500 estudantes em 2008/2009.12
12
Para uma análise mais detalhada sobre o ensino superior público ver anexo III
11
3.2 Entradas pela 1.ª vez no 1.º ano
No ano 2008/09 inscreveram-se pela primeira vez no primeiro ano de um ciclos de estudo no ensino
ministrado no ensino superior (público e privado) cerca de 115.000 estudantes. Destes, quase 87.988
inscreveram-se no ensino superior público (76% do total de novos inscritos) e 27384 no ensino
superior privado (24%).
Observando-se com mais detalhe os números respeitantes ao ensino superior público, podemos
verificar através do gráfico em baixo que crescimento de inscrições de estudantes no ensino superior
público português tem sido uma constante. Por fim, é possivel ainda aferir que no lectivo de 2008/09 o
ensino politécnico teve uma quota de 38% de novas inscrições
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
Politécnicos
2000- 2001- 2002- 2003- 2004- 2005- 2006- 2007- 200801
02
03
04
05
06
07
08
09
26.70026.68626.66923.56322.48521.13225.37131.46133745
Universidades 39.22939.22541.97141.23840.88042.55944.78052.81854243
Total
65.92965.92167.64064.80163.36563.69170.15184.27987988
Gráfico 1 – Inscritos no ensino superior no 1.º ano, pela 1.ª vez, por subsistemas de ensino – 2000-01 a 2008-0913
3.3 Diplomados
Também o número de diplomados crescido no sistema de ensino superior público português. Para se
ter uma ideia, no ano 95/96 os politécnicos diplomaram 8789 estudantes sendo que em 2007/2008
esse número aumentou para os 27103, um aumento de mais de 300%. Da mesma forma, o ensino
13
Inclui todas as formações ministradas em estabelecimentos de ensino superior (desde que tenham duração igual ou
superior a 2 semestres e 60 ECTS ou 300 horas e sejam sujeitas
12
superior universitário viu o seu número de diplomados crescer cerca de 235%. Outro aspecto que
poderemos retirar da leitura deste gráfico prende-se com o aumento da quota de diplomados do
subsistema politécnico no ensino superior público, uma vez que esta era de 36% no ano de 1995/96 e
passou para 42% em 2007/2008
Diplom ados do Ensino Sup. Público
70 000
60 000
50 000
40 000
N . º de A l u n os
30 000
20 000
10 000
0
1995- 1996- 1997- 1998- 1999- 2000- 2001- 2002- 2003- 2004- 2005- 2006- 200796
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
Ensino Superior Público - Universit ário a)
15 869 16 996 17 787 17 785 18 159 19 466 21890 24 462 24 614 25 283 27 376 34 497 37 366
Ensino Superior Público - Polit écnico b)
8 789
9 580 10 116 12 324 14 242 19 151 20 310 22 037 22 240 23 901 23 142 27 566 27 103
13
4 O Contrato entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior e o Ensino Superior Politécnico
No início de 2010 o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior assinou um contrato com o
Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos referente a um programa de
desenvolvimento do respectivo sector para o período de quatro anos entre 2010 e 2013. Os aspectos
principais do programa são:
Œ
Aumentar o número de vagas nos Cursos de Especialização Tecnológica (i.e., mais de 10
000);
Œ
Duplicação do número de vagas em regime pós-laboral;
Œ
Criação do programa e-politécnico com mais de 1000 vagas (i.e., ensino à distância para
maiores de 23 anos aprendizagem ao longo da vida);
Œ
Duplicação do número de vagas ao nível do mestrado e em cursos de pós-graduação;
Œ
Aumento de número de vagas para maiores de 23 anos de idade;
Œ
Apoiar a requalificação dos estudantes graduados através de programas de pós graduação e
de mestrado;
Œ
Aumento do número de membros do corpo docente com o grau de doutor de modo a cumprir o
objective de 50% do corpo docente ser detentor do grau de doutor no sector politécnico;
Œ
Promover o sucesso escolar
Œ
Criação de um gabinete de empreendedorismo;
Œ
Criação de centros de ciências aplicadas para que estas possam operar em rede com a
comunidade académica e com o mundo empresarial e ajudar o desenvolvimento regional
através de projectos de investigação aplicada e de desenvolvimento experimental que
envolvam investigadores, empresas e industrias.
Œ
Internacionalização.
14
5 Colaboração dentro do Sector Politécnico
O problema da reorganização da rede instituições de ensino superior bem como a eventual fusão de
instituições tem sido um tema recorrente nos últimos anos. Contudo, não há qualquer indicação
governamental neste sentido no presente momento. O Regime Jurídico das Instituições de Ensino
Superior versa o problema e aponta para a ideia de consórcios e a nível oficial o governo tem
sublinhado a importância dos consórcios constituídos numa base voluntária. Existe algum interesse na
figura dos consórcios no sector politécnico e algumas instituições tem constituído consórcios para
oferecer determinados programas em conjunto.
6 Perspectivas Internacionais
O contrato entre o Ministério e o sector politécnico também faz referência à internacionalização. O
ensino superior politécnico pretende apostar na internacionalização de acordo com duas linhas
estratégicas. A primeira visa a criação de um programa que afirma a transversalidade da educação
politécnica oferecida em Portugal ao nível europeu e a sua ligação à Rede Europeia das
Universidades de Ciências Aplicadas (UASNET).Os objectivos deste programa são a inclusão e a
transferência de competências profissionais e a integração das ciências aplicadas na missão educativa
ao nível profissional e tecnológico. O sector gostaria de iniciar este programa em 2011. Em segundo
lugar, o sector gostaria de promover o ensino superior politécnico de modo a aprofundar o
desenvolvimento de um Espaço Lusófono de Ensino Superior. Para tanto, o sector pretende
aprofundar as relações com as instituições de ensino superior que estão localizadas em países cuja
língua oficial seja o português, promover iniciativas de intercâmbio e de mobilidade discente e docente
tal como existe na Europa através do ERASMUS bem como apostar no ensino à distância com as
instituições
nestes
15
países.
7
Anexos
I Mapa da distribuição das instituições de ensino superior público politécnicas
16
II Esquema de Acesso ao Ensino Superior
Acesso ao Ensino Superior
Ensino Superior Público
Ensino Superior Privado
Regimes Especiais
Concurso Especiais
Concurso Nacional
Acesso a medicina por titulares
Contingente Geral
Contingente Especiais
do grau de licenciado
Açores/ Madeira
Maiores de 23 anos
Militares em Regime de Contrato
Emigrantes Portugueses
Titulares de Cursos Superiores,
Médios e Diploma de
Especialização Tecnológica
Portadores de Deficiência
17
Concursos institucionais
III Evolução do n.º de estudantes no ensino superior público
N.º de Estudantes inscrito no Ensino Sup.
300 000
250 000
200 000
150 000
100 000
50 000
0
Politécnicos
1995-96 1996-97 1997-98 1998-99 1999-00 2000-01 2001-02 2002-03 2003-04 2004-05 2005-06 2006-07 2007-08 2008-09
59 673
65 377
72 691
80 007
90 286 101 795 108 486 112 532 111 482 108 376 103 946 105 872 108 335 106 973
Universidades 139 101 147 349 153 951 158 850 164 722 171 735 176 303 178 000 176 827 173 897 171 575 169 449 175 998 175 465
Total
198 774 212 726 226 642 238 857 255 008 273 530 284 789 290 532 288 309 282 273 275 521 275 321 284 333 282 438
18
IV Evolução do n.º de estudantes no ensino superior português
INSCRITOS POR SUBSISTEMAS DE ENSINO (ENTIDADE INSTITUIDORA) - 1995-96 A 2008-09
450 000
400 000
350 000
300 000
250 000
200 000
150 000
100 000
50 000
Ensino Superior Público
Ensino Superior Privado
19
Total
2008-09
2007-08
2006-07
2005-06
2004-05
2003-04
2002-03
2001-02
2000-01
1999-00
1998-99
1997-98
1996-97
1995-96
0
V Contrato de Confiança
METAS OBJECTIVOS INDICADORES Situação de partida N.º de vagas de CET's 2715
2010 2013 3718
5577 37%
105% 3009
4369 34%
94% 265
1195 165%
1095% 3717
5147 58%
119% 1310
1295
555 736
882
1726 1. Crescer o n.º de alunos de CET's Taxa de crescimento de vagas nos CET's 2. Crescer o n.º de alunos em ensino nocturno 3. Crescer o n.º de alunos em ensino à distância 4. Crescer o n.º de alunos em mestrados profissionais 5. Qualificar o corpo docente N.º de vagas em ensino nocturno Taxa de crescimento de vagas de ensino nocturno 2247
N.º de vagas em ensino à distância Taxa de crescimento de vagas de ensino à distância 100
N.º de vagas em cursos de mestrado Taxa de crescimento de vagas de cursos de mestrado N.º de docentes em doutoramento N.º de docentes doutorados 20
2350
N.º total de docentes 3539
3562
3520 Taxa de docentes em doutoramento 37%
36%
16% Taxa de docentes doutorados 21%
25%
49% Taxa de sucesso escolar 65%
65%
80% Melhorar as formas e os tempos de avaliação de aprendizagem, nas horas de contacto, aplicação e de trabalho; Reforçar mecanismos que explorem as sinergias da formação extra‐curricular dos estudantes, através da oferta de cursos breves de formação complementar; Potenciar mecanismos que favoreçam a formação através de e‐learning; 6. Promover o sucesso escolar N.º acções de dinamização 7. Apoiar os alunos e diplomados na inserção na vida activa 11
27
60 Criar e desenvolver Gabinetes de promoção do empreendedorismo; Dinamizar e potenciar relações de parceria e cooperação com entidades que operam na área do empreendedorismo; Estabelecer parcerias com centros de incubação de empresas e outras instituições 21
8. Reforçar a investigação aplicada (Recorrer a indicadores de produção científica!) Criar um programa, a nível europeu, de Ciências Aplicadas 9. Internacionalizar o Ensino Politécnico Português 10. Criar/acreditar Gabinete para a Garantia da Qualidade Criar Centros de Investigação Aplicada; Dinamizar linhas de investigação multidisciplinares envolvendo as áreas científicas associadas às unidades curriculares leccionadas; Incentivar a organização de eventos técnicos e científicos; Aumentar as receitas decorrentes de prestações de serviço com entidades privadas e públicas Promover acções (Gabinetes de empreendedorismo, cursos de mestrado, ensinoà distância) nos países da Lusofonia; Estabelecer protocolos com vista à criação de cursos de 2.º ciclo com componente presencial e/ou em e‐learning Existência de Gabinetes de Garantida da Qualidade Gabinetes de Garantia da Qualidade acreditados por agência internacional OBS: Para os objectivos de 1 a 5 podem ser definidas metas quantitativas (preencher apenas as células a branco) Para os objectivos de 6 a 9 podem ser definidas metas qualitativas (indicar outras metas) 22
0
18
18 0
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