26/08/2015
Ministro da Saúde nega 'afrouxamento' de regras para escolas de Medicina
(http://portalnoar.com/)
Em 26 de agosto de 2015 às 08:16
Ministro da Saúde nega ‘afrouxamento’ de
regras para escolas de Medicina
Arthur Chioro citou o novo sistema de avaliação seriada, aplicado no segundo, quarto e sexto ano
como um exemplo de avanço da nova proposta
Por Estadão Conteúdo
O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, negou nessa terça­
feira (25) que os critérios
para abertura de novos
cursos de medicina tenham
sido afrouxados, como
afirmou o Conselho Federal
de Medicina. “O grande
problema é achar que
quantidade se antepõe à
qualidade”, rebateu o
ministro, que atribuiu as
críticas ao corporativismo.
“Não posso falar de
qualidade quando deixo
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Arthur Chioro rebateu as críticas do CFM (Foto: Wilson Dias/ABr)
milhões de brasileiros de fora
porque não tem
médico.Temos de ter
medicina de qualidade para
203 milhões de brasileiros. O
problema é que isso mexe
com interesses,
corporativos”, completou.
De acordo com o ministro, a escola citada pelo CFM como exemplo para a falta de critérios para abertura de
novos cursos não poderia ser usado. A escola se instalou graças a uma liminar obtida na Justiça, pois teve seu
pedido recusado pelo governo. “O MEC foi bastante criterioso. Muitos dos quesitos exigidos atualmente para
novas escolas não seriam alcançados pelas escolas antigas”, disse.
Ele citou o novo sistema de avaliação seriada, aplicado no segundo, quarto e sexto ano tanto para escolas
quanto para professores como um exemplo de avanço da nova proposta. As avaliações, feitas pelo Inep,
começam a ser aplicadas no próximo ano. Caso as instituições não se encaixem nos critérios, uma série de
punições será determinada. Elas vão desde a redução do número de vagas até proibição de vestibular. “Só
espero que as entidades médicas, em vez de fazer luta política para cada assunto, contribua. Qual é a
contribuição que eles têm?”
Chioro afirmou não ser por acaso que haja um número reduzido de escolas no Centro­Oeste. De acordo com
ele, a região se caracteriza por grande número de cidades de pequeno porte, muitas vezes distantes uma das
outras. “Já identificamos que para o Centro­Oeste a estratégia de formação terá de ser diferente”, disse. Ele
garantiu, porém, que isso não vai significar critérios mais frouxos. “Vamos verificar o que é necessário para se
abrir vagas com qualidade. Talvez seja aumentar vagas em instituições que já estão em funcionamento. O país
não é igual. Tem gente que acha é que a sua cidade pode ter três faculdades, mas outra não pode ter
nenhuma. O Brasil precisa enfrentar sua desigualdade.
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Ministro da Saúde nega 'afrouxamento' de regras para escolas de Medicina
O CFM apresentou nesta terça­feira, 25, a Radiografia de Ensino Médico, um estudo feito entre maio e julho
deste ano com dados sobre os cursos em funcionamento no País. O trabalho demonstra que, dos 42
municípios que receberam escolas médicas desde 2013, cinco estão em regiões que não atendem aos
critérios mínimos de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para cada aluno matriculado, o equivalente a
11%.
Atualizado em 26 de agosto às 08:16
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