Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 Relatório: Uma avaliação da GEstão dos SIstemas e Tecnologias de Informação nos Hospitais Brasileiros: estudo de caso realizado pela Universidade Federal do Amazonas Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues Chaves1 Antonio José Balloni – CTI Renato Archer Rosa Maria da Silva Nunes Mayara Pereira da Silva Talita de Melo Lira Eliete Oliveira de Souza Ana Rafaela Gonçalves de Lemos Marklize dos Santos Siqueira Dayse Costa Dantas Ana Caroline Marques Crespo Resumo Este trabalho apresenta uma caracterização de 05 hospitais situados na cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas, participantes do estudo intitulado: Uma avaliação da GEstão dos SIstemas e Tecnologias de Informação nos Hospitais Brasileiros, são eles: Hospital Universitário Francisca Mendes, Hospital Universitário Getúlio Vargas, ProntoSocorro 28 de Agosto, Hospital e Pronto Socorro João Lúcio e Hospital Infantil da Zona Leste (Joaozinho). A respectiva pesquisa está sendo realizada pela equipe de pesquisadores da universidade Federal do Amazonas liderado pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos Sócio-Ambientais e de Desenvolvimento de Tecnologias Apropriadas na Amazônia. Palavras-chave: tecnologias de informação, avaliação, gestão, sistema de saúde. 1.Introdução “Chegar a possíveis explicações ou soluções para um problema pode significar não apenas aquisição de novos conhecimentos, mas, também, favorecer uma determinada intervenção. Um problema é sempre uma falta de conhecimento”(Laville & Dionne, 1999, p.11) Este trabalho efetua uma breve caracterização dos 05 hospitais, da cidade de Manaus, no estado do Amazonas que fazem parte da pesquisa intitulada: Uma avaliação da GEstão dos SIstemas e Tecnologias de Informação nos Hospitais Brasileiros. O estudo foi 1 Docente do Departamento de Serviço Social e Assessora Especial para Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Amazonas, Doutora em Política Científica e Tecnológica e coordenadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos Sócioambientais e de Desenvolvimento de Tecnologias Apropriadas na Amazônia; e-mail [email protected] - [email protected] Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 iniciado em meados de novembro, os avanços têm sido limitados pelos tramites burocráticos para obter as autorizações para iniciar a pesquisa no interior dos hospitais, no momento as autorizações já foram obtidas. Na realidade brasileira contemporânea, a oferta dos serviços de saúde que atenda efetivamente às demandas da população com qualidade e integralidade necessária ainda requer um grande esforço. Assim, para além daqueles esforços empreendidos pelas instituições responsáveis por viabilizar políticas públicas neste setor, verifica-se a necessidade de envolver nesta empreitada diferentes segmentos organizados da população, bem como órgãos de ensino e pesquisa. Entende-se que a pesquisa proposta no GESITI, compreende uma proposta inovadora, catalisadora do empenho de muitos e uma significativa diligência nesta direção. Ao fazer parte desta empreitada apresentada pelo GESITI e, no caso específico da UFAM, na qual se empreende a tarefa de promover a associação entre diversos quadros técnicos (medicina, enfermagem, biotecnologia e serviço social), entende-se que este interesse representa um marco na criação de possibilidades para de modo articulado e competente constituir um amplo leque de alianças em prol da consolidação de informações qualificadas que possam subsidiar a formulação de políticas no âmbito do SUS no sentido de sua estruturação como sistema de atenção eficiente no cumprimento da universalidade e integralidade de atenção à saúde no estado do Amazonas. 2.Caracterização dos Hospitais 2.1. Hospital Universitário Francisca Mendes Identificação CADASTRADO NO CNES EM: 19/11/2002 ULTIMA ATUALIZAÇÃO EM: 17/4/2010 NEGATIVA:01/02/2010 ULTIMA CERTIDÃO Nome: CNES: HOSPITAL UNIVERSITARIO FRANCISCA MENDES 2018403 Razão Social: CPF: Personalidade: FUNDACAO DE APOIO INSTITUCIONAL RIO SOLIMOES UNISOL -- JURÍDICA Logradouro: Número: Telefone: RUA CAMAPUA 108 92-2123-2999 Município: UF: Complemento: CNPJ: Bairro: CEP: CIDADE NOVA II 69097720 MANAUS - IBGE - 130260 AM Tipo Unidade: Sub Tipo Unidade: Esfera Administrativa: Gestão: HOSPITAL ESPECIALIZADO CARDIOLOGIA ESTADUAL PRIVADA Natureza da Organização: Dependência: FUNDACAO PRIVADA MANTIDA Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 2.2.Hospital Universitário Getúlio Vargas O Hospital Getúlio Vargas, por iniciativa do Governo Estadual do Amazonas, foi inaugurado em 1965. Em sua criação o hospital possui uma estrutura moderna, foi bem equipado para os padrões da época. Ao longo da sua história tornou-se um hospital de referência na região servindo à clientela amazonense e territórios limítrofes e dele foram gerados ao demais hospitais que existem no estado. Desta maneira, suas atividades básicas eram fundamentais na assistência médica em clínica e cirurgia geral. Fazia parte de sua estrutura um pequeno Ambulatório e um Pronto Socorro, o maior e mais importante da cidade de Manaus, originário do SANDU. A população de Manaus girava em torno de 300.000 habitantes. Os leitos dos hospitais filantrópicos somados aos do HGV eram suficientes para atender a demanda existente na cidade e nas adjacências. Em 1967 implantou-se a Zona Franca de Manaus, importante pólo de desenvolvimento para o Estado e para a Região Amazônica. Com o surgimento das indústrias houve intensa migração das populações interioranas para a Capital, Manaus. Esse crescimento populacional não foi acompanhado de um programa de infraestrutura adequado, sobretudo na área de saúde. A Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas teve o seu curso implantado em 1965 e estrategicamente iniciou seu funcionamento nas dependências do Grupo Escolar Plácido Serrano localizado ao lado do HGV. No inicio, apenas 10 leitos do Hospital eram destinados aos estudantes de medicina. Essa situação tornou-se conflituosa quando novas turmas de alunos surgiram através dos exames vestibulares nos anos subseqüentes. O quadro agravou-se quando a Universidade recebeu alunos de Medicina de outros Estados brasileiros, considerados excedentes em outras Universidades do Brasil. Em 1981, a pressão crescente entre a Faculdade e a Direção do Hospital desencadeia vigoroso movimento estudantil apoiado por alguns professores da Faculdade de Ciências da Saúde. As negociações entre a Universidade e o Governo do Estado chegaram a bom termo e assim o HGV foi cedido para Universidade Federal do Amazonas através do Termo de Convênio celebrado entre o Governo do Estado do Amazonas, com o objetivo de promoverem a transformação do Hospital Getúlio Vargas da Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas em um Distrito Docente Assistencial do sistema Único de Saúde e administrado em regime de cogestão, pelo prazo de 10 anos. De imediato passou a ser chamada de Hospital de Ensino Getúlio Vargas. No entanto, em 4 de fevereiro de 1983, através do Decreto n.º 6994, publicada no D.O.G. na mesma data, o então Governador do Estado, Dr. Paulo Pinto Nery, por proposição Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 do hospital negociada através da Secretaria de Saúde e de mensagem parlamentar, doou à Fundação Universidade do Amazonas o imóvel e seu patrimônio. O hospital passou então a ser reconhecido e denominado Hospital Universitário Getúlio Vargas, para servir como campo de estágio aos cursos da área da saúde. De imediato, o hospital passou a ser chamado de Hospital de Ensino Getúlio Vargas-HEGV. Logo, no início do ano de 1983, o então Governador do Estado Dr. Paulo Pinto Nery por proposição do Hospital negociada através da Secretaria de Saúde e de mensagem parlamentar, sancionou Lei doando o Hospital e seu patrimônio à Universidade do Amazonas. O Hospital passou então a ser reconhecido e denominado Hospital Universitário Getúlio Vargas -HUGV. A missão do HUGV, na condição de hospital universitário, é cultivar o saber em todas as áreas do conhecimento por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, contribuindo para a formação de cidadãos e o desenvolvimento da Amazônia.Enquanto a visão se pauta pelo reconhecimento da excelência alcançada do ensino público, na produção científica e na contribuição para o desenvolvimento social; servidores capacitados, valorizados e comprometidos com a missão; infra-estrutura adequada para a missão; gerenciamento eficaz para informações dos processos administrativos acadêmicos e técnicos. 2.3. Hospital Pronto-Socorro 28 de Agosto O Hospital Pronto-Socorro 28 Agosto foi criado em 1986 para ampliar os atendimentos do Pronto-Socorro Universitário Getúlio Vargas. Na época, a unidade hospitalar ocupava uma área de 3.543 metros quadrados e mantinha um atendimento de 1,3 mil pacientes. O nome do Hospital é em homenagem a Lei da Anistia no Brasil. Foto 02: Hospital Pronto Socorro 28 de Agosto Ao longo dos anos, a demanda de atendimentos cresceu e o hospital precisou passar por uma reforma interna e externa. Atualmente, são aproximadamente 15 mil pacientes que procuram os serviços do hospital durante o mês. O Pronto Socorro passou por uma intensa reforma e foi inaugurado no dia 31 de março de 2010. No processo de reestruturação foi ampliada a sua capacidade para 378 leitos distribuídos em sete pavimentos, totalizando dez mil metros de área construída. A moderna estrutura com equipamentos de última geração inclui um parque de imagem Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 totalmente digitalizado, com tomógrafo computadorizado de 16 canais. O Raio X foi acrescido de 2 aparelhos digitais. O Hospital dispõe de atendimento em endoscopia digestiva alta e baixa e endoscopia respiratória, ultrassonografia, eletrocardiograma e ecocardiograma. Outro ponto importante e inovador do Pronto Socorro 28 de Agosto diz respeito à Hemodinâmica. Trata-se de um conjunto de procedimentos médicos minimamente invasivos para diagnóstico e tratamento de cardiopatias. Atualmente, o hospital conta com um corpo clínico de quase 800 funcionários, no turno diurno. 2.4.Hospital e Pronto Socorro João Lúcio O Hospital João Lúcio é referência em cirurgia para o trauma em 14 especialidades médicas, incluindo neurologia, cabeça e pescoço, e cirurgia vascular. Em média, são atendidos todos os dias 680 pacientes. A ampliação e modernização do Pronto Socorro João Lúcio faz parte do programa de reestruturação da rede de saúde, do qual fazem parte atualmente mais de 30 unidades. HOSPITAL E PRONTO-SOCORRO JOÃO LÚCIO Identificação CADASTRADO NO CNES EM: 1/8/2003 - ULTIMA ATUALIZAÇÃO EM: 17/4/2010 - ULTIMA CERTIDÃO NEGATIVA:01/02/2010 Nome: CNES: CNPJ: HOSPITAL E P S DR JOAO LUCIO P MACHADO 2019574 00697295006561 Razão Social: CPF: Personalidade: HOSPITAL E P S DR JOAO LUCIO P MACHAD0 -JURÍDICA Logradouro: Número: Telefone: ALAMEDA COSME FERREIRA 3937 (92) 6471751 Complemento: Bairro: CEP: Município: UF: SAO JOSE 1 69083000 MANAUS - IBGE - 130260 AM Tipo Unidade: Sub Tipo Unidade: Esfera Administrativa: Gestão: PRONTO SOCORRO ESTADUAL DUPLA GERAL Natureza da Organização: Dependência: ADMINISTRACAO DIRETA DA INIDIVIDUAL SAUDE (MS,SES e SMS) Caracterização da Unidade Tipo de Unidade: Esfera Atividade Ensino/Pesquisa: Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 Admnistrativa: PRONTO SOCORRO GERAL ESTADUAL Natureza da Organização: Tipo de Prestador: ADMINISTRACAO DIRETA DA SAUDE (MS,SES e SMS) PUBLICA ESTADUAL Nível de Atenção: UNIDADE SEM ATIVIDADE DE ENSINO Atividade: Gestão: AMBULATORIAL ATENCAO BASICA MUNICIPAL AMBULATORIAL MEDIA COMPLEXIDADE ESTADUAL AMBULATORIAL ALTA COMPLEXIDADE ESTADUAL HOSPITALAR MEDIA COMPLEXIDADE ESTADUAL HOSPITALAR ALTA COMPLEXIDADE ESTADUAL UNIDADE PUBLICA Atendimento Prestado Tipo de Atendimento: Convênio: AMBULATORIAL SUS INTERNACAO SUS SADT SUS URGENCIA SUS Fluxo de Clientela: ATENDIMENTO DE DEMANDA ESPONTANEA E REFERENCIADA Consulta Estabelecimento - Módulo Conjunto – Informações Gerais Informações Gerais Instalações Físicas para Assistência URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Instalação: CONSULTORIOS MEDICOS SALA DE GESSO SALA DE HIGIENIZACAO HOSPITAL E P S DR JOAO LUCIO P MACHADO Qtde./Consultório: 4 1 1 Leitos/Equipos: 0 0 0 Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 SALA PEQUENA CIRURGIA 1 SALA REPOUSO/OBSERVACAO - FEMININO 2 SALA REPOUSO/OBSERVACAO - MASCULINO 3 0 15 15 AMBULATORIAL Instalação: Qtde./Consultório: Leitos/Equipos: SALA DE NEBULIZACAO 1 0 SALA DE CIRURGIA 4 0 SALA DE RECUPERACAO 1 4 Serviços de Apoio Serviço: Característica: AMBULANCIA PROPRIO CENTRAL DE ESTERILIZACAO DE MATERIAIS PROPRIO FARMACIA PROPRIO LAVANDERIA PROPRIO NECROTERIO PROPRIO NUTRICAO E DIETETICA (S.N.D.) PROPRIO S.A.M.E. OU S.P.P.(SERVIÇO DE PRONTUARIO DE PACIENTE) PROPRIO SERVICO DE MANUTENCAO DE EQUIPAMENTOS PROPRIO SERVICO SOCIAL PROPRIO Cod.: Serviço: Carcterística: Ambulatorial: Hospitalar: SUS: não SUS: SUS: não SUS: Serviços Especializados 151 MEDICINA NUCLEAR TERCEIRIZADO NÃO NÃO SIM NÃO 121 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR PROPRIO SIM NÃO SIM NÃO Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 IMAGEM 121 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM TERCEIRIZADO NÃO NÃO SIM NÃO 145 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO PROPRIO SIM NÃO SIM NÃO 122 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR METODOS GRAFICOSDINAMICOS PROPRIO SIM NÃO SIM NÃO 142 SERVICO DE ENDOSCOPIA PROPRIO SIM NÃO SIM NÃO 125 SERVICO DE FARMACIA PROPRIO SIM NÃO SIM NÃO 128 SERVICO DE HEMOTERAPIA PROPRIO SIM NÃO SIM NÃO 136 SERVICO DE SUPORTE NUTRICIONAL PROPRIO SIM NÃO SIM NÃO Comissões e Outros Descrição NOTIFICACAO DE DOENCAS CONTROLE DE INFECCAO HOSPITALAR REVISAO DE PRONTUARIOS Serviços e Classificação Codigo: Serviço: Classificação: Terceiro: 128 – 002 SERVICO DE HEMOTERAPIA DIAGNOSTICO EM HEMOTERAPIA NÃO 142 – 001 SERVICO DE ENDOSCOPIA DO APARELHO DIGESTIVO NÃO 142 – 002 SERVICO DE ENDOSCOPIA DO APARELHO RESPIRATORIO NÃO 136 – 001 SERVICO DE SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL NÃO 122 – 003 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR METODOS GRAFICOSDINAMICOS EXAME ELETROCARDIOGRAFICO NÃO 145 – 001 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES BIOQUIMICOS NÃO Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 145 – 004 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES COPROLOGICOS NÃO 145 – 005 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES DE UROANALISE NÃO 145 – 010 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES EM OUTROS LIQUIDOS BIOLOGICOS NÃO 145 – 002 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES HEMATOLOGICOS E HEMOSTASIA NÃO 145 – 006 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES HORMONAIS NÃO 145 – 013 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES IMUNOHEMATOLOGICOS NÃO 145 – 009 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES MICROBIOLOGICOS NÃO 145 – 003 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES SOROLOGICOS E IMUNOLOGICOS NÃO 145 – 008 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO CLINICO EXAMES TOXICOLOGICOS OU DE MONITORIZACAO TERAPEUTICA NÃO 125 – 006 SERVICO DE FARMACIA FARMACIA HOSPITALAR NÃO 151 – 001 MEDICINA NUCLEAR MEDICINA NUCLEAR IN VIVO SIM 121 – 001 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM RADIOLOGIA NÃO 121 – 004 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM RESSONANCIA MAGNETICA SIM 121 – 004 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM RESSONANCIA MAGNETICA SIM 121 – 003 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SIM 121 – 003 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NÃO 121 – 003 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SIM Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 121 – 002 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM ULTRASONOGRAFIA NÃO Outros: Nivel de Hierárquia: 08-Alta HOSP/AMB Tipo de Unidade: Turno de Atendimento: PRONTO SOCORRO GERAL ATENDIMENTO CONTINUO DE 24 HORAS/DIA (PLANTAO:INCLUI SABADOS, DOMINGOS E FERIADOS) 2.5.Hospital Infantil da Zona Leste (Joaozinho) Essa unidade de saúde é referência em Manaus para urgência e emergência de alta complexidade para o atendimento infantil. Em 2 de julho de 2009, foi reinaugurado o novo João Lúcio e assinado o pacto pela redução da mortalidade infantil, com o apoio de 12 municípios do interior do Estado. estrutura do hospital foi ampliada e modernizada, dobrando a capacidade de Foto 01: A Hospital Infantil da Zona Leste atendimento em setores essenciais como UTI, Centro Cirúrgico, Politrauma e Neurologia, Fonte: www.shengenharia.com.br além de ter recebido 75 novos leitos e serviços avançados de diagnóstico e tratamento, como um equipamento de Hemodinâmica, o primeiro na região norte do país, que permite angiografias e cirurgias de embolização e máquina de hemodiálise. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que antes contava com 11 leitos, foi ampliada e agora oferece 30 leitos para os pacientes em estado grave ou submetidos a procedimentos cirúrgicos que exigem acompanhamento intensivo, duas novas salas foram criadas no Centro Cirúrgico, que agora conta com seis leitos para procedimentos simultâneos. Os outros leitos de um total de 75 implantados a partir da reforma estão distribuídos na Recuperação Pós-Anestésica (4), nas novas enfermarias de Clínica Cirúrgica (12) e de Clínica Médica (24), na Reanimação (1), no Politrauma (6) e Neurologia (7). Com a nova configuração, o João Lúcio passa a contar com 210 leitos. O conjunto das ações empreendidas pautam-se pela orientação do Conselho de Desenvolvimento Humano (CDH), que atua na coordenação das ações de humanização nas unidades ambulatoriais e hospitalares da rede estadual de saúde, com o desenvolvimento de programas como o “Amigos da Saúde” para promoção de orientação, informação e acolhimento aos usuários e familiares. Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 Na área externa do hospital foi construído um Centro de Convivência com lanchonete e espaço para atividades de integração e leitura. O Governo do Estado ampliou o quadro de pessoal com a contratação de 147 servidores aprovados no concurso público da Secretaria de Estado da Saúde (SUSAM), elevando para 772 o total de funcionários que atuam na unidade, onde também prestam serviços 12 cooperativas médicas e de enfermagem de áreas especializadas e promoveu capacitação focada na qualidade e humanização do atendimento. Informações Gerais HOSPITAL E P S DA CRIANCA ZONA LESTE Instalações Físicas para Assistência URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Instalação: Qtde./Consultório: Leitos/Equipos: CONSULTORIOS MEDICOS 8 0 ODONTOLOGIA 1 0 SALA DE ATENDIMENTO PEDIATRICO 4 0 SALA DE CURATIVO 1 0 SALA DE GESSO 1 0 SALA DE HIGIENIZACAO 1 0 SALA PEQUENA CIRURGIA 1 0 SALA REPOUSO/OBSERVACAO – PEDIATRICA 2 14 AMBULATORIAL Instalação: Qtde./Consultório: Leitos/Equipos: SALA DE NEBULIZACAO 1 0 HOSPITALAR Instalação: Qtde./Consultório: Leitos/Equipos: SALA DE CIRURGIA 2 0 SALA DE RECUPERACAO 1 3 Serviços de Apoio Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 Serviço: Característica: AMBULANCIA PROPRIO BANCO DE LEITE TERCEIRIZADO CENTRAL DE ESTERILIZACAO DE MATERIAIS PROPRIO FARMACIA PROPRIO LACTARIO PROPRIO LAVANDERIA PROPRIO NECROTERIO PROPRIO NUTRICAO E DIETETICA (S.N.D.) PROPRIO E TERCEIRIZADO S.A.M.E. OU S.P.P.(SERVIÇO DE PRONTUARIO DE PACIENTE) PROPRIO SERVICO DE MANUTENCAO DE EQUIPAMENTOS PROPRIO SERVICO SOCIAL PROPRIO Serviços Especializados Ambulatorial: Cod.: Serviço: 121 Hospitalar: SUS: não SUS: SUS: não SUS: SERVICO DE DIAGNOSTICO TERCEIRIZADO POR IMAGEM NÃO NÃO SIM NÃO 121 SERVICO DE DIAGNOSTICO PROPRIO POR IMAGEM SIM NÃO SIM NÃO 145 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR LABORATORIO PROPRIO CLINICO SIM NÃO SIM NÃO 122 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR METODOS PROPRIO GRAFICOSDINAMICOS SIM NÃO SIM NÃO 128 SERVICO DE HEMOTERAPIA SIM NÃO SIM NÃO Comissões e Outros Descrição Carcterística: PROPRIO Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 NOTIFICACAO DE DOENCAS ETICA DE ENFERMAGEM CONTROLE DE INFECCAO HOSPITALAR REVISAO DE PRONTUARIOS INVESTIGACAO EPIDEMIOLOGICA ETICA MEDICA Serviços e Classificação Codigo: Serviço: Classificação: Terceiro: CNES: EXAME ELETROCARDIOGRAFICO NÃO NAO INFORMADO 122 003 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR METODOS GRAFICOSDINAMICOS 145 001 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES BIOQUIMICOS POR LABORATORIO CLINICO NÃO NAO INFORMADO 145 004 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES COPROLOGICOS POR LABORATORIO CLINICO NÃO NAO INFORMADO 145 011 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES DE GENETICA POR LABORATORIO CLINICO NÃO NAO INFORMADO 145 005 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES DE UROANALISE POR LABORATORIO CLINICO NÃO NAO INFORMADO 145 010 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES EM OUTROS LIQUIDOS POR LABORATORIO CLINICO BIOLOGICOS NÃO NAO INFORMADO 145 002 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES HEMATOLOGICOS E POR LABORATORIO CLINICO HEMOSTASIA NÃO NAO INFORMADO 145 006 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES HORMONAIS POR LABORATORIO CLINICO NÃO NAO INFORMADO 145 013 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES IMUNOHEMATOLOGICOS POR LABORATORIO CLINICO NÃO NAO INFORMADO 145 009 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES MICROBIOLOGICOS POR LABORATORIO CLINICO NÃO NAO INFORMADO 145 012 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES PARA TRIAGEM NEONATAL POR LABORATORIO CLINICO NÃO NAO INFORMADO 145 - SERVICO DE DIAGNOSTICO NÃO NAO EXAMES SOROLOGICOS E Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 003 POR LABORATORIO CLINICO IMUNOLOGICOS INFORMADO 145 008 SERVICO DE DIAGNOSTICO EXAMES TOXICOLOGICOS OU DE POR LABORATORIO CLINICO MONITORIZACAO TERAPEUTICA NÃO NAO INFORMADO 128 004 SERVICO DE HEMOTERAPIA MEDICINA TRANSFUSIONAL NÃO NAO INFORMADO 121 001 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM RADIOLOGIA NÃO NAO INFORMADO 121 004 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM RESSONANCIA MAGNETICA SIM 2018950 121 004 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM RESSONANCIA MAGNETICA SIM 2018942 121 – 003 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SIM 2018942 121 – 003 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA SIM 2018950 121 – 002 SERVICO DE DIAGNOSTICO POR IMAGEM ULTRASONOGRAFIA NÃO NAO INFORMADO Outros: Nivel de Tipo de Unidade: Hierárquia: Turno de Atendimento: 07-Media M3 ATENDIMENTO CONTINUO DE 24 HORAS/DIA (PLANTAO:INCLUI SABADOS, DOMINGOS E FERIADOS) PRONTO SOCORRO ESPECIALIZADO Hospital Avaliado Segundo o NBAH do MS: NÃO 3.Referencial Teórico-metodológico No que diz respeito à saúde, a partir da Constituição Federal de 1988, a mesma foi garantida como direito de cidadania e dever do Estado. O acesso aos serviços de assistência à saúde passou a ser pautado pela universalidade e o seu funcionamento submetido ao controle social. Esses princípios foram regulamentados pelas Leis Orgânicas da Saúde 8.080 e 8.142/90, respectivamente. Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 A proposta da Política de Saúde construída na década de 80 foi sendo paulatinamente desconstruída nos anos 90. A saúde nessa lógica fica vinculada ao mercado, enfatizando-se as parcerias com a sociedade civil, responsabilizando a mesma para assumir os custos da crise. Os indivíduos, famílias e comunidades passaram a responsabiliza-se pelo seu bem-estar, promovendo o que Bordieu (1998) chama de responsabilização da vítima. Segundo Bravo (1004:11), na década de 90, o orçamento destinado à área da saúde não foi respeitado. Tratava-se de uma proposta avançada de financiamento que combinava diversas fontes que taxavam também o capital além do trabalho. As receitas do orçamento da Seguridade Social, unificadas no Tesouro Nacional, passaram a ser utilizadas para múltiplas finalidades além das previstas constitucionalmente, sobretudo, para financiar os déficits fiscais, em um primeiro momento, e, em seguida, o superávit fiscal, cujas metas foram “negociadas” com o Fundo Monetário Internacional. Dessa forma, ficou clara a supremacia da política econômica em detrimento da política social. Diante desse quadro dois projetos entram em tensa disputa: o projeto da Reforma Sanitária, construído na década de 80 e o Projeto de Saúde Privatista, hegemônico a partir da segunda década de 90 (BRAVO, 1999). Assim sendo, a construção e consolidação dos princípios da Reforma Sanitária permanecem como desafios na agenda contemporânea. O Sistema Único de Saúde-SUS pauta-se em três princípios constitucionais: universalidade, integralidade e equidade, aplicam-se igualmente a política de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde-PNCTI/S, de forma que, do ponto de vista da Ciência e da Tecnologia, a aplicação desses princípios devem estar imbuídos de valores éticos e políticos para a produção e apropriação de conhecimentos e tecnologias que contribuam para a redução das desigualdades sociais, manifestada pela crescente concentração de renda, o que acarreta pobreza e exclusão social, constituindo-se como um desafio para garantir os direitos à saúde da população o compromisso para inclusão social (Brasil. Relatório Preliminar da 12ª Conferencia Nacional de Saúde, 2004). No que diz respeito ao processo de participação da sociedade sob a perspectiva de controle social a década de 80, apesar de ser considerada a década perdida, foi marcada pela efervescência dos movimentos sociais, sendo os mais expressivos no cenário brasileiro: o movimento pelas Diretas Já, o Grito dos Excluídos e o Grito da Terra, dentre outros. No âmbito da luta pelo acesso à saúde registra-se que os principais sujeitos sociais que contribuíram no cenário brasileiro para garantir a saúde como política pública foram: o sindicalismo operário, as mobilizações lideradas pelo movimento cristão (Igreja Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 Católica), as entidades coletivas como, a Sociedade Brasileira para o Progresso e Ciência (SBPC), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Partido dos Trabalhadores, a Central Única dos Trabalhadores, movimentos sociais de bairros e favelas, junto com os profissionais de saúde, contrapondo-se à força do grande capital. A VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, foi marco legal mais importante na trajetória da saúde, por lançar as bases dos princípios da Reforma Sanitária e também por ser a maior expressão da participação da sociedade no âmbito público. A Saúde foi assegurada na Constituição Federal de 1988 e tem como diretrizes os princípios de universalização, integralidade das ações e a Participação da Comunidade, visando o Controle Social, que segundo Vasconcelos (2003:77) define-se como: “[...] a ocupação dos espaços de participação social possibilitados – criados pela Constituição Federal de 1988 – a serem criados, objetivando o conhecimento, vigilância, comando e fiscalização dos recursos, espaços e serviços por parte da sociedade organizada.” A forma de participação da Sociedade Civil hoje na área da saúde, visando o Controle Social efetiva-se através dos Conselhos de Saúde, regulamentados a partir da Lei Orgânica da Saúde 8.142/90 que se constituem em órgãos permanentes de caráter deliberativo, existentes nas três esferas de governo e dotados de poderes legais, por meio dos quais os usuários possuem representação paritária em relação aos representantes do governo/prestadores de serviços e profissionais de saúde. Diante das perspectivas postas entende-se que as tecnologias de informação são portadoras de características determinadas pelo seu caráter histórico-social e fazem parte dos meios que possibilitam a realização de objetivos sociais, constituídos historicamente, em condições determinadas socialmente, que expressam as necessidades de diferentes agentes sociais. Portanto, a complexidade da interrelação entre os diferentes agentes, a dinâmica do jogo de forças políticas a própria dinamicidade das fronteiras tecnológicas internacionais podem configurar alternativas inéditas para as quais os países periféricos em conjunto ou isoladamente devem implementar ações efetivas para criação de capacidade de geração tecnológica, políticas públicas (recursos e investimentos) compatíveis com suas metas sociais. A convergência e a interação no plano da pesquisa entre os pesquisadores na proposta do GESITI será um fator fundamental para o sucesso desse estudo. A interação das tecnologias da informação e comunicação disponíveis nas instituições que atuam na rede de pesquisa cria possibilidades para o acesso e o uso de serviços e aplicativos Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 interativamente. O verdadeiro impacto da comunicação e da TI, além de unir vários setores da economia e alterar os canais de distribuição já existente, depende da capacidade de integrar um número de funções distintas ao processo de produção, da habilidade para controlar, monitorar, fornecer informações de acordo com a necessidade de cada processo. A gestão competente de TI podem mudar significativamente as organizações internas das instituições de saúde, em relação à entrega e ao conteúdo dos serviços públicos e privados; no caso específico de hospitais, elas podem melhorar o acesso à saúde de diversos segmentos sociais, além de proporcionar a assistência curativa, podem criar novas oportunidades para práticas preventivas. Portanto, assim sendo, a promoção da equidade na atenção a Saúde no combate às desigualdades sociais, a ampliação da oferta das ações de saúde garantindo a universalidade do acesso, principalmente aos setores em situação de maior vulnerabilidade social, são desafios postos, para que o direito deixe de ser mais que uma declaração e passe a integrar e proporcionar melhoria da qualidade de vida da população. Nesse sentido, a relevância do estudo a ser desenvolvido nas unidades de urgência e emergência de média e alta complexidade do Município de Manaus, Estado do Amazonas, visa contribuir para o fortalecimento da política regional de saúde com ênfase nos Serviços de Urgência e Emergência, através da produção de conhecimentos técnicos e científicos em consonância com as necessidades sociais, culturais e políticas da região. 4.Considerações Finais No Brasil, os debates sobre as políticas públicas de saúde a partir da instituição do modelo econômico neoliberal, ampliaram os efeitos danosos sobre a população usuária do Sistema Único de Saúde – SUS, tendo em vista o caráter restritivo do acesso que marca o referido modelo. O neoliberalismo é um projeto que defende o crescimento econômico com a redução das instituições públicas, a privatização do patrimônio do Estado. Com isto, observa-se o recuo crescente do Estado em suas responsabilidades e a proliferação da assistência privada na oferta de serviços de saúde. A principal conseqüência da privatização dos serviços essenciais à população é o enfraquecimento e a precarização dos serviços públicos. Outrossim, apesar de todo o processo de construção e legitimação do Movimento da Reforma Sanitária, o SUS ainda não conseguiu concretizar em sua plenitude seus três Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 princípios básicos: universalidade, eqüidade e integralidade. É um setor que tem os seus serviços oferecidos muito comprometidos. Ainda assim, reconhece-se que pesar das dificuldades vigentes, o SUS guarda potencialidades, como o dispositivo garantido pela Lei 8.142/90 que instituiu a criação dos Conselhos de Saúde que preconiza a melhoria dos serviços oferecidos à população, através de sua efetiva participação. Entretanto, ainda é muito baixo o grau de mobilização, bem como o nível de envolvimento da população usuária, dentre outros fatores, a falta de divulgação deste instrumento e suas diretrizes são as principais razões que têm dificultado essa participação. Mediante este quadro complexo e que requer soluções urgentes e eficazes, entende-se a necessidade de formulação e implementação de instrumentos, mecanismos e estratégias de mobilização e criação de condições reais para: a) socialização das informações por parte dos profissionais da saúde junto à sociedade para que esta conheça os mecanismos de participação no poder público; b) à instrumentalização dos setores sociais populares para que os mesmos não se tornem objetos de manipulação no interior do aparato estatal; c) a busca por identificar canais de comunicação para captar as contribuições via ações participativas; d) e, por fim, a criação de mecanismos para ações fiscalizatórias das políticas de saúde através do controle social, podem vir a tornar-se um conjunto articulado para alavancar e fortalecer as lutas atuais neste setor. 5.Referências BRAVO, Maria Inês Souza. Serviço Social e Reforma Sanitária: Lutas Sociais e Práticas Profissionais, 2ª edição, São Paulo: Cortez, 2007. BRASIL, Constituição Federal de 1988. BRASIL, Lei 8.080 de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde. BRASIL, Lei 8.142 de 28 de Dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da Comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico, 14ª ed., Porto Alegre, 2006. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. Brasília. Coordenação de Saúde da Comunidade, 1997. Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de 2010. ISSN: 1807-9350 VASCONCELOS, Ana Maria de. A prática do Serviço Social: Cotidiano, formação e alternativas na área da saúde. 2ª edição, São Paulo: Cortez, 2003.