Etec Philadelpho Gouvêa Netto Francisco Libanio Nascimento Neto Articulador semi-ajustável: Uma avaliação histórica, descrição, desenvolvimento e utilização clinica São José do Rio Preto 2009 Francisco Libanio Nascimento Neto Articulador semi-ajustável: Uma avaliação histórica, descrição, desenvolvimento e utilização clinica Trabalho curso de apresentado Philadelpho como conclusão Gouvêa pré-requisito à de Etec Netto, para a obtenção do titulo de técnico em prótese .Orientador:Gustavo B. Nogueira. São José do Rio Preto 2009 dentaria Cosenza Agradecimento A Deus essa força maior ,pelo milagre da vida. Aos meus professores ,pela lição do saber pela orientação constante,dedicação e renúncias pessoais , por repartirem suas experiências de vida e auxiliarem a trilhar este caminho. Aos meus familiares que compartilharam comigo as ansiedades na busca da realização profissional, me apoiando e me compreendendo minha ausência ,tanto no lazer como no fazer e por acreditarem em mim. Aos meus colegas com os quais vivemos juntos tantas horas e carregamos a marca das experiências comuns.A minha amizade àqueles que me quiseram bem e me apoiaram nos bons e maus momentos Em memória a José Libanio Nascimento É fazendo que se aprende a fazer, aquilo que se deve aprender a fazer. Aristóteles Resumo Atualmente, na prótese dentária os articuladores semi-ajustáveis, são aparelhos extremamente confiáveis, e reproduzem de maneira satisfatória o posicionamento maxilo-mandibular. Através destes aparelhos posicionamos modelos representando as duas arcadas dentárias, reproduzimos medidas anatômicas muito importantes como ângulo de Bennett e ângulo da inclinação condilar do paciente e também grande parte dos movimentos cêntricos e excêntricos da mandíbula. Por essas e outras vantagens esse aparelho, quando usado corretamente e respeitando as medidas anatômicas do paciente, é de suma importância para a realização de trabalhos protéticos. Palavras-chave: Articuladores, Articulador semi-ajustável, Ângulo de Bennett, Ângulo de inclinação condilar 1. Introdução Os primeiros pesquisadores que perceberam a importância da anatomia e filosofia da ATM (Articulação Temporomandibular) e dos movimentos mandibulares na oclusão, sentiram a necessidade de criar um aparelho que pudesse simular as ATMs, (Articulações Temporomandibulares) posicionar os modelos e reproduzir os movimentos mandibulares essenciais a uma oclusão satisfatória. Assim em 1711 Matias Purman1, da o primeiro passo para suprir essa necessidade, quando faz impressões de modelos em cera. Mas em 1756 Phillip Pfaff1 articula seus modelos com gesso. Surgiu então o articulador, que mais tarde se torna um instrumento mecânico que representa a Articulação Temporomandibular, maxila e a mandíbula, na qual se podem adaptar modelos que representam as duas arcadas. Desde 1711 até os dias de hoje muitos articuladores foram lançados, a cada lançamento um novo dispositivo uma nova técnica era implanta para conseguir chegar o mais próximo possível da ATM(Articulação Temporomandibular) e oclusão do paciente. Porém, não é um instrumento mágico e infalível, sendo que as suas possibilidades dependem de quem o manuseia e trabalha. Hoje em dia é um aparelho de suma importância para o Técnico em Prótese. 2. A historia dos articuladores A história dos articuladores numa revisão rápida e dinâmica desde seu surgimento até os dias atuais, verificando a evolução dos matérias, dispositivos, técnicas, pensamentos e indicações. Tudo começou com MATIAS GOTTFRIED PURMAN1 que em 1711, fez impressões de modelos em cera dando as descrições das próteses totais do nosso tempo. Mas em 1756, - PHILLIP PFAFFBERLIM1 foi o primeiro a fazer modelos de gesso e descreveu como se registra a relação maxilo-mandibular com suas impressões seccionadas em cera, tomando a metade da boca ao mesmo tempo, acredita-se que ele articulava seus modelos com gesso sendo provavelmente o inventor do articulador. GARIOT, em 18057, foi o primeiro dentista que articulou modelo superior e inferior, desenvolvendo um aparelho que consistia de dois ramos metálicos, nos quais os modelos podiam ser adaptados. Um parafuso na parte posterior do instrumento mantinha a dimensão vertical. Esse articulador possibilitava apenas um movimento arbitrário de abertura e fechamento. EVAN, em 18407, apresentou um articulador capaz de reproduzir os movimentos de lateralidade da mandíbula. O seu instrumento apresentava a parte inferior móvel e a superior fixa. BONWILL7 desenvolveu, em 1858, o primeiro articulador capaz de imitar alguns movimentos mandibulares excêntricos. Este foi considerado o primeiro articulador anatômico. Em 1866, BALKWIL1 descreveu as características dos movimentos mandibulares em um plano horizontal. JAMES E, DEXTER1 escreveu em 1876 “os articuladores tem sido tão perfeitamente desenvolvidos, que deixam pouco a desejar. Os tipos e modelos são muito variados e as graduações de valor comparativo são imperceptíveis.” Figura 01 Articulador de Oehlecker, de 1878. Fonte: HTTP/www.eprodonto.com.br-imgs-historia-histo17_jpg.mht W. G.A.BONWILL1 introduziu em 1889 a teoria geométrica da relação e movimentos da mandíbula e verificou que a Distância Intercondilar e o ponto incisal forma um triângulo eqüilátero, inventando assim o primeiro articulador anatômico. Ainda em 1889-RICHMOND S. HAYES1 foi o primeiro a construir um articulador que tratava de reproduzir movimentos para baixo e para frente da cabeça da mandíbula (côndilo). WALKER, em 18957, observou que na abertura bucal os côndilos se deslocavam para frente e para baixo, e assim um dispositivo chamado clinômetro foi criado para registrar os movimentos e um articulador para execução dos movimentos mandibulares conforme suas observações Em 1900- PAUL SCHWARSE-LEIPZIG1 construiu um articulador semelhante ao de Bowill, com guias condilares ajustáveis. CARL CHRISTENSEN1 em Copenhague no ano de 1902 introduziu o registro de protrusão como meio de ajustar o articulador. GEORGEB. SNOW 1 no ano de 1906 construiu um articulador com guias condilares ajustáveis, ficando conhecido com articulador de gritman-snow. Em 1909-Eltener1, inventou um articulador com guias condilares ajustáveis, com dois eixos fixados no ramo superior. Ele afirmava que a distância entre o mecanismo condilar (ATM) e o plano coronário pode variar. Em 1910, GYSI7 inventou um articulador inédito, que possuía um dispositivo de guia incisal adaptada. Este instrumento era muito avançado para época, e apresentava como novidade a possibilidade de registros extra-orais; entretanto este articulador não foi bem aceito pelos profissionais da época, surgindo então o Gysi Simplex. Figura 02: Gisy Simples. Fonte, site: www.db.uth.tmc.edu/.../Gysi_Simplex/index.htm Logo depois no ano de 1916 GYSI1 idealizou um articulador chamado “Gysi três pontos” tratava-se de um articulador rígido e simples desprovido de qualquer ajuste. MONSON, em 19187, apresentou um articulador baseado na teoria esférica. Este conceito é derivado da idéia de Von Spee, na qual, explicava-se que os dentes inferiores moviam-se contra as superfícies dos dentes superiores seguindo a superfície externa de uma esfera de 10 cm de raio de 11 cm. Os movimentos reproduzidos por este articulador, não estão de acordo com as trajetórias produzidas pelos côndilos durante os movimentos da mandíbula. RUDOLPH HANAU1 criou em 1921 o “HANAU MOD H.” Com guias condilares e incisais ajustáveis. Figura 03: Hanau mod. H Fonte site: http://shop.whipmix.com/images/96H2_closed.jpg HANAU, em 19227, idealizou um Articulador Semi-Ajustável que reproduzia alguns movimentos mandibulares. Esse articulador permanece o mesmo até hoje, apenas a guia incisal universal foi introduzida há alguns anos. Em 1926-ALFRED GISY1 inventou o articulador Trubyte no qual se podia localizar centralmente o registro do Ângulo de Bennett e a mesa incisal, adaptável ao traçado do arco gótico STANSBERY1 desenvolveu em1932 o “Trípode de Stansbery” ele tinha a forma de um tripé com duas guias anteriores e uma posterior é um articulador adaptável a qualquer posição mandibular, sendo que cada guia se adepta independentemente a uma trajetória. Ainda em 1932 SCHRODER-TREBITSH1 desenvolveram um articulador com o eixo de abertura semelhante ao eixo de abertura da mandíbula. BRADRUP-WONGNSEN1 apresentaram em 1936 um articulador que era a fusão do articulador de Wadsworth, Hanau mod. H e do Gisy Trubyte. É um articulador muito ajustável e provido de parafusos para o controle dos movimentos anteriores e posteriores MC COLLUM1 lança no ano de 1939 o Gnatoscópio articulador adaptável que acompanhava um arco facial cinemático e um pantógrafo BEYRON1 no ano de 1944 indica a construção do articulador Dentatus possui os parafusos condilianos deslocáveis para serem utilizados com a técnica do eixo de bisagra, nele podemos ajustar o Ângulo de Bennett em até 40°depois dele vieram os modelos DENTATUS ARL e o DENTATUS ARH que possibilitam a montagem dos modelos no plano de Frankfurt. BERGSTRÖN1 cria em 1950 o articulador denominado ARCON (articulação côndilo) com guias condilares curvas, dispostas no ramo superior, e os côndilos no ramo inferior. Um verdadeiro protótipo da mandíbula em relação da maxila. Ainda em 1950- GERBER1 cria o CONDYLATOR, articulador desenvolvido com base nos movimentos de Bennett, relativamente amplos, para que em 1958 criar o modelo numero 4 com guias condilares ajustáveis. Figura 04: Condilator Fonte site: http://turbodat.de/datenpool/mc-dental/image/condylator6.jpg MILLER1 1953: modifica o articulador Hanau mod. H, tornado adaptável para atender às necessidades clinicas. HANAU1 da mais um passo na evolução dos articuladores quando em 1954 desenvolve o articulador SMX uma modificação do Hanau mod. H. O SMX é provido de indicador orbital e hastes móveis para o eixo condilar. GRANGER1 apresenta o GNATHOLATOR no ano de 1955, com guias condilares curvas localizadas no ramo superior, ele vem com guias para o Ângulo de Bennett e centros de rotação adaptáveis aos movimentos de lateralidades. Figura 05: Gnatholator Fonte site: http://www.db.uth.tmc.edu/Articulators/Granger_Gnathalator/GRANGER_GNATHOLAT_fram e01.jpg STUART1 1955 cria seu articulador totalmente adaptável, capaz de reproduzir todos os movimentos mandibulares do paciente. Logo em seguida no mesmo ano STUART1 desenvolve um articulador semi-ajustável muito eficiente e simples chamado de Wip-Mix. A.J. DE PIETRO(L) 1955, cria um articulador totalmente ajustável :THE NEY ARTICULADOR.” BERGSTRON, em 19557, introduziu o conceito o conceito "arcon" na construção do seu articulador. Criava-se pela primeira vez um articulador que possuía as estruturas condilares ligadas ao ramo inferior. NILES GUICHET1 lança no ano de 1956 o articulador DENAR, totalmente ajustável provido de estiletes de registro acionados por pressão hidrostática. STUART, em 19597, conceituou bem o problema ao afirmar que o articulador não é uma máquina mastigatória e nem a boca do paciente; é em primeiro lugar um instrumento de registro das relações crânio-dentais e maxilo-mandibulares, os eixos de rotação e as trajetórias destes eixos. ASH, M e RAMFJORD, em 19851, comentam que o articulador é um instrumento mecânico para conectar os modelos das arcadas dentárias de pacientes, de forma que procedimentos diagnósticos e restauradores possam ser conduzidos sem a presença do paciente. 3. Classificação dos articuladores Segundo a ADA-(American Dental Association), os articuladores podem ser classificados em 5 grupos: 3.1. Articuladores não ajustáveis Nesses modelos conseguimos apenas reproduzir o movimento cêntrico de abre e fecha da mandíbula. A posição habitual só pode ser reproduzida quando os modelos são montados nessa posição, todas as outras posições e movimentos mandibulares não reproduzem corretamente a anatomia e fisiologia do paciente. Os modelos devem ser montados em Máxima intercuspidação Habitual (MIH) com os dentes tocando, se for utilizado o registro de mordida em cera que separa os dentes teremos uma MIH errada, pois o eixo de rotação do paciente não é reproduzido com eficiência, no articulador não ajustável. Outras desvantagens desse modelo é que, como a prótese foi confeccionada em MIH, o cirurgião dentista gastara muito tempo para ajustar a prótese aos movimentos excêntricos do paciente; com esses ajustes muitas vezes temos a perda da morfologia oclusal da prótese. Uma grande limitação dos articuladores não ajustáveis é a impossibilidade do uso de arco facial. As únicas vantagens que encontramos nesse modelo de articulador é seu baixo custo e o pouco tempo que é gasto para a montagem dos modelos. Porem as desvantagens se sobrepõe às vantagens. Assim deixando inviável o isso desse aparelho no dia a dia do laboratório de prótese dentara Figura 06: Articuladores Não Ajustáveis Fonte site: www.dentalcaliari.com.br/produtos/produto.asp... 3.2. Articulador de trajetória condilar fixa São aqueles que permitem a reprodução dos movimentos de lateralidades e protrusão através de uma guia condilar e uma distância intercondilar fixas. FIGURA 07: Articulador de Trajetória Condilar Fixa Fonte site: http://img.mercadolivre.com.br/jm/img?s=Mlb&f=99062628_8027. jpg&v=E 3.3. Articuladores totalmente ajustáveis É o mais sofisticado e completo, sua maior vantagem é a reprodução precisa dos movimentos excêntricos da mandíbula, e individualização de varias medidas anatômicas. Figura 08: Articulador Totalmente Ajustável Conteúdo próprio 3.4. Articuladores de fossa individualizada São articuladores de guia condilar moldável, onde esse dispositivo é em resina, assim podemos individualizar a forma da fossa articular e movimentos excêntricos da mandíbula. 3.5. Articuladores semi-ajustáveis Temos dois tipos de articuladores os ARCON (articulação côndilo) e os NÃOARCON. Os articuladores NÃO-ARCON as esferas que representariam, os côndilos ficam localizadas no ramo superior do articulador. O articulador que estudaremos é um articulador semi-ajustável do tipo ARCON (Articulador Côndilo). Nesse tipo de articulador temos duas esferas condilares fixas no ramo inferior representando assim os côndilos, eles são mais didáticos por estar mais próximos a anatomia da articulação Temporomandibular. Esses articuladores nos permitem fazer três tipos de ajustes: podemos ajustar o Ângulo da Inclinação Condilar, Ângulo de Bennett e Distância intercondilar. São anatômicos pelo fato de que permite a montagem do modelo maxilar através de um ponto de referencia tomado no maciço facial do paciente com a ajuda de um instrumento chamado arco facial. Esses pontos geralmente são três, um na horizontal e dois na vertical. O bicondilar situado horizontalmente para situação do modelo no sentido antero-posterior e os pontos infra-orbitário no sentido vertical. Figura 09: Articulador Semi-Ajustável tipo ARCON, Conteúdo próprio 4. Vantagem do articulador semi-ajustável Com eles temos uma visão geral dos dentes, e região de segundo molar sem a interferência de tecidos moles. Temos uma visão da face lingual dos dentes, visão que não conseguimos clinicamente. Possibilidade de reproduzir os movimentos excêntricos da mandíbula sem interferências neuromusculares. Quando temos pacientes com contatos prematuros no ASA conseguimos diagnosticar esse toque com mais eficiência, porem os modelos devem estar bem montados para não apareçam contatos inexistentes. Outra grande vantagem é a comunicação com o paciente permitindo apresentar e justificar as opções terapêuticas consideradas Diminuição dos ajustes feitos pelo cirurgião dentista na fase clinica. Tanaka & Finger (1978);13. Afirmaram que “os semi-ajustáveis apresentam uma relativa capacidade em reproduzir, com precisão e consistência, a cinemática mandibular, desenvolvendo movimentos Intermediários arbitrários.” A dissociação do ramo superior, próprio aos articuladores ARCON, proporciona melhores condições de acesso para a escultura em cera acrescentada. De acordo com Taylor, Huber & Aquilino (1985);14, Os ASA são os aparelhos. Mais utilizado para a realização de próteses dentárias. A sua incapacidade em Simular com precisão os movimentos mandibulares é compensado pela sua Estabilidade, durabilidade e facilidade com que pode ser manuseado. Em sua Programação, a utilização de equações matemáticas e o ajuste arbitrário das guias. Condilares, aceita por alguns autores, pode resultar em erros significantes na Superfície oclusal das restaurações fabricadas por esses aparelhos, causando. Possíveis desconfortos ao sistema estomatognático. A individualização desses Aparelhos pode minimizar os erros nas superfícies oclusais dos dentes posteriores 5. Desvantagens do articulador semi-ajustável Temos que reservar um tempo relativamente extenso para a montagem dos modelos e sua individualização das guias condilares Não conseguimos realizar o movimento mandibular de retrusão. Não conseguimos registrar o deslocamento lateral imediato. No ASA (Articulador Semi-Ajustável) os deslocamentos condilares seguem uma trajetória retilínea sendo que em vivo, essa mesma trajetória é curvilínea. Oliveira (2002);11, observou que existem discrepâncias entre o articulador e o paciente quanto ao deslocamento do côndilo de balanceio. A trajetória do côndilo de balanceio no ASA pode gerar um Ângulos de Bennett com características diferenciadas, se comparada com o.deslocamento in vivo, visto que, no ASA, o direcionamento do côndilo é. Realizado de forma retilínea. sendo assim o ângulo formado tem um valor menor do que in vivo, em função, do deslocamento lateral imediato, incapaz de ser quantificado pelos ASA. Gracis (2003);5 Considerou um fator de segurança o fato de as guias condilares do ASA serem planas, visto que a quantidade de desoclusão na boca do indivíduo será sempre maior, quando comparada ao articulador. Alertou também para as diferenças entre as estruturas anatômicas do sistema estomatognático, que estão sujeitas às mudanças e capazes de graus de elasticidade. Que para os modelos de trabalho que assim como os articuladores são rígidos e não retratam com exatidão as características cada indivíduo. Entretanto OLIVEIRA 200211 diz que no momento da programação temos regular a guia condilar com um aumento de 5° a partir do registro obtido. Isso se deve ao fato de que nos ASAs(Articuladores Semi-Ajustáveis) nós não conseguimos registrar o deslocamento lateral imediato. 6. Peças do articulador Semi-Ajustável mod. 4000 Bio Art Figura 10: peças do Articulador Semi-Ajustável, cortesia Dr. Gustavo Cosenza B. Nogueira, folheto Bio-art 0.7 Listas de peças do Articulador Semi-Ajustável mod. 4000 Bio Art ITEM PEÇA 1 Ramo inferior 2 Elemento condilar 3 Mola estabilizadora 4 Placa de montagem metálica 5 Anel elástico 6 Pino guia da placa de montagem 7 Pino limitador de curso 8 Pino guia do arco 9 Guia condílica direita 10 Alheta direita 11 Parafuso de fixação da alheta 12 Bucha da guia condílica direita 13 Fuso expansor micrométrico 14 Roldana do fuso expansor 15 Fixador da guia condílica 16 Parafuso de fixação da guia condílica 17 Etiqueta de identificação do modelo 18 Parafuso de fixação da placa de montagem 19 Alheta esquerda 20 Guia condílica esquerda 21 Bucha da guia condílica esquerda 22 Ramo superior 23 Parafuso de fixação do pino incisal 24 Pino incisal 25 Mesa incisal padrão acrilica 26 Parafuso de fixação da mesa incisal 27 Etiqueta de identificação da empresa 28 Haste do elemento condilar 08. Descrição das peças do ASA 8.1. Ramo superior O ramo superior é a parte do articulador que representa a maxila, nele encontramos duas cápsulas posicionadas bilateralmente representando as cavidades glenóides, onde ajustamos Ângulo de Bennett e Ângulo da Inclinação Condilar, no ramo superior conseguimos também ajustar a Distância Intercondilar. Na parte anterior possui um orifício para o posicionamento do pino guia (ou pino incisal). Possui um parafuso na porção anterior que trava o pino guia incisal, e um parafuso no meio do ramo que segura o suporte para gesso. No dispositivo articular é encontrado um pino lateralmente que é o local onde encaixa o dispositivo auricular do arco facial. Há um parafuso na parte superior do dispositivo articular que solta a guia do movimento lateral, e outro na parte posterior do ramo superior que solta o dispositivo articular para se determinar a inclinação condilar que esta gravada lateralmente. Figura 11: Ramo Superior Conteúdo próprio 8.2. Ramo inferior Ramo inferior tem duas hastes verticais posicionadas bilateralmente chamadas de poste que representam os ramos da mandíbula. A distância média entre os dois ramos é de 10 a 11 cm e em sua ponta encontramos as esferas condilares. Na parte anterior ele tem uma abertura para o posicionamento da mesa inicisiva que é presa por um parafuso existente na sua parte inferior. No meio do ramo inferior temos um parafuso para prender o suporte para gesso. No ramo inferior podemos ajustar distancia intercondilar e o posicionamento da mesa incisiva. Figura 12: Ramo Inferior Conteúdo próprio 8.3. Guia da Inclinação Condilar Temos duas guias condilares, uma em cada extremidade do ramo superior do articulador, cada uma delas representando uma ATM. Nelas podemos ajustar a guia de inclinação condilar nos valores de 0° até 60°, onde cada intervalo corresponde a 5°. Figura 13: Inclinação Condilar Conteúdo próprio 8.3.1. Inclinação Condilar 1984- W.E.MILLER –NOVA ORLEANS1 reconheceu a importância da trajetória sagital do côndilo nos movimentos mandibulares À medida que o côndilo sai de relação cêntrica e desliza sobre a eminência articular da cavidade glenóidea. O ângulo no qual o côndilo se move a partir do plano horizontal de referencia é chamado de ângulo de guia condilar. Esse ângulo varia muito entre os diferentes tipos de paciente, mas forma em média um ângulo de 30,4° em relação a um plano oclusal como referencia (43 mm acima da margem incisal do central superior). Geralmente o Ângulo de Guia Condilar gerado pelo côndilo orbitante quando a mandíbula move-se lateralmente é maior do que quando a mandíbula protui. Isto deve se ao fato de que a parede mediana da fossa mandibular é geralmente mais angulosa do que a iminência articular da fossa diretamente anterior do côndilo. 8.4. Guia do Ângulo de Bennett Temos duas guias; uma em cada extremidade do ramo superior, cada uma representando uma ATM. Nelas podemos ajustar a guia horizontal onde controlamos o deslocamento do côndilo de balanceio no movimento de lateralidade e protrusão, essa guia pode ser ajustada entre 0° e 30°, lembrando que cada intervalo corresponde a 5°. Figura 14: Guia do Ângulo de Bennett Conteúdo próprio 8.4.1.Ângulo de Bennett Em 1894 M.MAREY1 imagino o Ângulo de Bennett , e em 1896,J.ULRICH1 demonstro o movimento lateral da cabeça da mandíbula, somente em 1924 NORMAN G. BENNETT1 , estudando os movimentos mandibulares, registrou o deslocamento do centro de rotação ,descrevendo o Ângulo, que mais tarde seria chamado de Ângulo de Bennett. Ele ocorre no movimento de lateralidade quando no lado de balanceio o côndilo orbitante efetua uma trajetória ampla superior a 10 mm onde efetua uma fase de excursão por translação pra frente, pra baixo e pra dentro esse movimento comparado a um plano vertical formam o Ângulo de Bennett. Em 1899 A. D GRITIMAN1, da Universidade da Pensilvânia, inventou e melhorou a forma do articulador. Com guias condilares fixadas em 15° 8.5. Distância Intercondilar Esse dispositivo nos permite o ajuste da Distância Intercondilar do paciente, que é registrada a partir da utilização do arco facial, baseando-se em medidas crâniométricas médias. Temos no ramo inferior do articulador na parte superior três orifícios, com as respectivas marcações: S-M-L, P-M-G ou 1-2-3, onde representam respectivamente as Distâncias Intercondilares pequeno (96 mm), médio (124 mm) e grande (124 mm). Figura 15: dispositivo para individualização da Distância Intercondilar Conteúdo próprio Depois ajustamos à distância intercondilar no ramo superior colocando ou tirando espaçadores no eixo das guias condilares. Utilizamos dois espaçadores para a medida grande, um para a medida média e nenhum para a medida pequena. Os espaçadores devem ficar entre o ramo superior. Devem também ter o lado biselado em contato com as guia condilares para não prejudicar o ajuste do Ângulo de Bennett. Figura 16: Espaçador da Distancia Intercondilar Conteúdo próprio Figura 17: Espaçador posicionado na Guia Condilar Conteúdo próprio 8.6. Pino Guia Incisal Confeccionado em metal e com formato cilíndrico o Pino Guia Incisal fica posicionado na pare anterior do ASA, ele é preso em orifício no ramo superior e a outra extremidade toca na mesa incisiva. Nele temos algumas marcações que nos auxiliam no registro da DVO (Dimensão Vertical de Oclusão) do paciente, ele também nos guia na execução dos movimentos de protrusão, lateralidades, abertura e fechamento. Provavelmente o Gisy Simplex de 1914 foi o primeiro articulador a conter esse dispositivo Figura 18: Pino Guia Incisal Conteúdo próprio Figura 19: Pino Guia Incisal em posição conteúdo próprio 8.7. Mesa incisiva A mesa incisiva pode ser de plástico ou de metal com ela conseguimos travar a MIH(Máxima Intercuspidação Habitual) do paciente, nos auxilia na execução dos movimentos de protrusão e nas lateralidades, e também em conjunto com o Pino Guia Incisal registrar a DVO(Dimensão Vertical de Oclusão) do paciente. Com a mesa de metal conseguimos ainda individualizar os Ângulos de Bennett e da Inclinação Condilar. Figura 20: Mesa Incisiva de plástica Conteúdo próprio Figura 21: Mesa Incisiva de metal Fonte site: dentallaser.com.br/index.php?manufacturers_id 8.8. Suporte Para Gesso São placas confeccionadas em metal ou plástico com retenções mecânicas para aderência do gesso, e como função de serem base para montagem dos modelos superior e inferior no ASA elas são destacáveis do articulador.Ficam localizadas no centro dos ramos superior e inferior e presas por um parafuso. Em alguns modelos de ASA podemos encontrar ainda Suportes para Gesso que utilizem um sistema de imãs. Figura 22 :Suporte para Gesso Conteúdo próprio Figura 23 :Suporte para Gesso Conteúdo próprio 9. Articulador semi-ajustável na ortodontia A utilização do ASA pelo ortodontista lhe proporciona elementos essências para o diagnóstico e decisão terapêutica que pode ser usada antes, durante e depois do tratamento ortodôntico Antes do tratamento o ASA ajuda na decisão terapêutica, proporcionando uma importante analise oclusal, que em primeiro momento evidencia o fator dominante se ele é oclusal ou não. Num segundo momento se as funções oclusais são satisfatórias e ainda uma simulação dos deslocamentos dentários por meios ortopédicos. Durante o tratamento o ASA permite controlar a posição da mandíbula e as funções oclusais. (como a realização de dispositivos cirúrgicos) O exame dos modelos montados no ASA nos permite identificar as prématuridades. Mostra a ausência de estabilidade das arcadas e deslocamento em protrusão e lateralidades. Quando há a existência de deslocamento dental no tratamento. A fase de desgaste seletivo geralmente por subtração ou adição, dever ser antes simulado no ASA. No final do tratamento o ASA facilita a avaliação do posicionamento dos arcos superiores e inferiores, o equilíbrio entre eles e a confecção de dispositivos de contenção. 10. Articulador semi-ajustável na prótese fixa Na fase diagnóstica o ASA permite a analise da oclusão do paciente sem a presença do mesmo. Permite também estabelecer uma lógica racional de um tratamento ideal, que conduza ao melhor prognóstico. No laboratório a escolha do articulador leva em consideração o ponto de vista estático. E a simulação dos movimentos mandibulares. Na presença de uma guia anterior eficiente a utilização de um ASA com uma plataforma incisal individualizada nos permitira a reabilitação das funções oclusais estáticas e cinéticas com o mínimo de retoques clínicos. A programação das guias condilares com valores arbitrários ou através de cera mordida é o suficiente para obtermos um excelentes resultados. Em prótese fixa um ASA é melhor que um articulador não ajustável pelo falto de possuir dobradiças extremamente confiantes 11. O articulador semi-ajustável em prótese parcial removível Na presença de áreas anodonticas em um determinado setor da cavidade bucal pode ser indicado o tratamento através de Prótese Parcial Removivel, onde o ASA pode ser indicado em duas situações. No estudo do caso, e na realização do trabalho reabilitador. Na fase de estudo o uso do ASA nos permite completar o exame clinico da oclusão A perda de elementos dentais sem tratamento especifico acarreta ao longo do tempo, distúrbios que podem atingir o conjunto das estruturas do sistema estomatognatico como perda da Dimensão Vertical de Oclusão,Dimensão Vertical de Repouso,falhas nos movimentos excêntricos da mandíbula e curvas funcionais. A montagem dos modelos em ASA para a analise do caso clinico deve nos fornecer informações mais precisas possíveis em relação a esses fatores. 12. Articulador semi-ajustável na prótese total Por que utilizar um ASA em tratamento com prótese total? A resposta é muito simples sem um ASA não teríamos como colocar os modelos de gesso do paciente em oclusão O articulador é indispensável para se abordar algumas etapas da confecção como Estudo do caso clinico Transferência do modelo maxilar Estabelecimento da dimensão vertical do terço inferior da face Transferência do modelo mandibular após o registro entre os arcos Regulagem das guias condilares Montagem dos dentes anteriores com espaço de desoclusão e montagem dos dentes posteriores conforme o esquema de oclusão bilateralmente equilibrada Equilíbrio das próteses terminadas. Os ASAs ainda influenciam diretamente na escolha dos dentes na confecção de próteses totais . Em 1926 ALFERD GISY 1 ,Sugeriu o valor médio de 15° para o Ângulo de Bennett .mas para rebordo remanescente muito baixo no arco mandibular utilizar dentes sem cúspides (0°), para rebordos de altura média dentes com angulação das cúspides em 20° e para rebordos muito altos dentes com cúspides de 33° de inclinação 13. Articulador Semi-Ajustável no enceramento progressivo Os Ângulos de Bennett , Ângulo da inclinação condilar Distância Intercondilar e guia anterior influenciam diretamente na anatomia dos elementos dentais.como podemos ver na tabela 1 e tabela 2. Utilizando um ASA conseguimos no enceramento progressivo adaptar a morfologia oclusão dos elementos dentais a esses fatores anatômicos. 13.1. ATM e os movimentos dentais Okeson 9 nos da uma ótima explicação sobre a relação entre esse fatores A relação dos dentes posteriores com os fatores de controle influenciam o movimento preciso do dente.Isto significa que quanto mais perto da ATM o dente está, mais a anatomia articular vai influenciar seus movimentos excêntricos e menos a anatomia dos dentes anteriores vai influenciar seu movimento.Da mesma forma, quanto mais perto um dente está dos dentes anteriores, mais a anatomia dos dentes anteriores vai influenciar seu movimento e menos a anatomia da ATM vai influenciar naquele movimento. As superfícies oclusais dos dentes posteriores constituem de uma serie de cúspides com dimensão vertical e horizontal. As cúspides são formadas de cristas convexas que variam em angulação (dimensão vertical ) e direção (dimensão horizontal). E os movimentos mandibulares também tem componentes verticais e horizontais essa é a relação desse componentes ou parte deles que é significativa para nosso enceramento progressivo 13.2. Guia anterior e a inclinação condilar São os dentes anteriores que vão determinar como a parte anterior da mandíbula efetua movimentos de protrusão ou de lateralidades. As bordas incisais dos dentes anteriores inferiores ocluem nas superfícies linguais dos dentes ânterosuperiores, a angulação dessas superfícies linguais determinam a quantidade do movimento vertical da mandíbula, ou seja, quanto maior for o ângulo da inclinação condilar a altura das cúspides poderá ser maior, no entanto se o ângulo for menor as cúspides terão que ser menores. Esta guia não é considera um fator fixo, mas pode ser variada por muitos fatores como restauração dentária, ortodontias, extrações, etc. 13.3. Influência da Distancia Intercondilar De acordo com Okeson (2000) 10, À distância intercondilar, é uma importante determinante da morfologia oclusal, cujos efeitos devem ser incorporados pelo articulador semiajustavel e transferidos às superfícies oclusais dos dentes posteriores e às superfícies palatinas dos dentes ântero-superiores. Afetam a direção de cristas e sulcos dos dentes posteriores superiores e inferiores, além da concavidade palatina dos dentes superiores. À medida que a distância intercondilar aumenta, a distância entre o côndilo e o dente na configuração da arcada aumenta. Isso tende a formar ângulos maiores entre os traçados látero e mediotrusivos. Ainda segundo Okeson9, existe uma descrição da importância das medidas angulares que vão influenciar diretamente a morfologia oclusal dos dentes tanto sentido verticalmente como horizontalmente.(vide tabela 01 e 02). FATOR CONDIÇÃO EFEITO Guia condilar Quanto maior a angulação Mais altas as cúspides posteriores Guia anterior Quanto maior o trespasse vertical Mais altas as cúspides posteriores Plano oclusal Quanto maior o trespasse Mais baixas as cúspides horizontal posteriores Quanto mais paralelo o plano à Mais baixas as cúspides guia condilar posteriores Movimento de Bennett Quanto maior o movimento Mais baixas as cúspides posteriores Curva de spee Quanto mais superior o Mais baixas as cúspides movimento de rotação do côndilo posteriores Quanto maior o descolamento Mais baixas as cúspides imediato posteriores Quanto mais aguda a curva Mais baixas as cúspides posteriores Tabela 01: Determinantes verticais da morfologia oclusal altura das cúspides e profundidade das fossas Fonte,:livro OKESON, J.P.Fundamentos de oclusão e desordens Temporomandibulares FATOR CONDIÇÃO EFEITO Movimento de Bennett Quanto maior o movimento Maior o ângulo entre os traçados látero e médiotrusivos Distancia intercondilar Quanto maior a distancia Menor o ângulo entre os traçados látero e médiotrusivos Tabela 02: Determinantes horizontais da morfologia oclusal direção das cristas e dos sulcos. Fonte,:livro OKESON, J.P.Fundamentos de oclusão e desordens Temporomandibulares 14.Movimentos Mandibulares Podemos dividir os movimentos mandibulares basicamente em quatro tipos os elementares .compostos fundamentais.funcionais. 14.1Movimentos Elementares Os movimentos elementares são dois rotação e translação e podem ser realizados nas duas ATMs de forma sincronizada ou não. 14.1.1. Movimento de Rotação O movimento de rotação ocorre quando o côndilo efetua um movimento de rotação no seu próprio eixo. 14.1.2 Movimento de Translação A translação condilar ocorre quando o côndilo efetua um movimento ao longo da vertente posterior do tubérculo temporal numa trajetória de abaixamento. Mas há também a possibilidade de uma translação numa direção transversal. 14.2. Movimentos Compostos O movimento composto nada mais é do que combinação entre os movimentos elementares são os movimentos compostos base para os movimentos funcionais 14.3. Movimentos Fundamentais Os movimentos fundamentais são subdivididos em cinco 14.3.1Movimentos de retrusão Esse movimento mandibular entre MIO e Relação Centrica tem uma amplitude muito limitada inferior a 1 mm de deslocamento horizontal. Foi descrito por Antoine Ferrein12 em 1744 O movimento de retrusão é possível porque a posição de máxima intercuspidação habitual é anterior e superior à posição de relação centrica em 90% ou mais dos pacientes. Este deslizamento corresponde à diferença entre a MIH e Relação Centrica é denominada centrica longa de grupo 14.3.2. Movimento de protrusão Segundo MOLINA8 o movimento protrusivo ocorre quando os côndilos se deslocam simultaneamente para frente e para baixo dentro da cavidade glenóide. Os dentes anteriores inferiores deslizam sobre a concavidade da face palatina dos dentes superiores, enquanto isso ocorre a desoclusão dos dentes posteriores. Fenômeno de Christensen O movimento de protrusão é um movimento sagital que leva a mandíbula de MIO para a posição de protrusão máxima essa trajetória oclusão conforme avaliações ,varia na media de 7,3 a 9,1 mm a translação do côndilo através da eminência articular é praticamente pura com muita pequena rotação. 14.3.3Movimentos de lateralidade Os movimentos de lateralidade são movimentos assimétricos, excêntricos, de componente horizontal, que compreende uma fase de excursão (IR) e uma fase de incursão (VIR) esses movimentos ocorrem quando no lado de trabalho na fase de excursão um ponto interincisal mandibular parte de MIO e vai para ponto de movimento lateral Maximo. 14.3.4 Movimentos de Abaixamento e Elevação Os movimentos de abaixamento e Elevação são simétricos suas posições limites são a Máxima Intercuspidação Habitual de a posição de Abertura Máxima .o movimento de abaixamento tem amplitude de 50,2mm(Cornu e Dechoux,198212), essa fase pode ser dividida em duas partes a primeira com um simples rotação condilar sua amplitude é em média de 20mm interincisal na ausência de distúrbios musculares (Lavigne, 197212). e a segunda com uma rototranslação. O movimneto de elevação da mandíbula é simétrico por tanto é o oposto do abaixamento havendo contração dos músculos elevadores associados aos músculos retropulsores. 14.4. Movimentos funcionais Os movimentos funcionais são realizados durante a fonação, mastigação, bocejo, deglutição e todos ao que terem algum tipo de associação com eles. Como o foco desse trabalho não são os movimentos funcionais não vamos estudá-los mais a fundo. 15.Conclusão Concluem-se desta monografia que: 1-O ASA é um aparelho resistente pratico e eficiente não demanda muito tempo para a sua programação e conseguimos excelentes resultados quando utilizado corretamente. 2-Graças a sua versatilidade com ele conseguimos trabalhar em todas as áreas da prótese dentária. 3-Com a programação das guias condilares conseguimos um enceramento muito mais anatômico para o paciente e evitamos grande parte do desgastes efetuados no consultório prevenindo assim possíveis traumas ao sistema estomatognatico. 4- O fator custo beneficio é extremamente vantajoso pelo fato de ter um baixo custo em relação articulador totalmente ajustável e nos proporciona os elementos básicos para a execução de um ótimo trabalho 5- O ASA facilita muito a comunicação entre o dentista e o paciente. 6- É um aparelho de fácil manuseio 7- Nos proporciona visões privilegiadas da boca do paciente com uma vista lingual. 8- Um aparelho que esta em constante evolução nos proporcionando novos dispositivos e novas técnicas a cada dia. Lista de figuras Figura 01: Articulador de Oehlecker, de 1878. Figura 02: Gisy Simples Figura 03: Hanau mod. H Figura 04: Condilator Figura 05: Gnatholator Figura 06: Articuladores Não Ajustáveis Figura 07: Articulador de Trajetória Condilar Fixa Figura 08: Articulador Totalmente Ajustável Figura 09: Articulador Semi-Ajustável tipo ARCON Figura 10: peças do Articulador Semi-Ajustável Figura 11: Ramo Superior Figura 12: Ramo Inferior Figura 13: Inclinação Condilar Figura 14: Guia do Ângulo de Bennett Figura 15: Espaçador da Distancia Intercondilar Figura 16: Espaçador posicionado na Guia Condilar Figura 17: Pino Guia Incisal Figura 18: Pino Incisal em posição Figura 19: Mesa Incisiva de plástico Figura 21: Mesa Incisiva de metal Figura 22: Suporte para Gesso Figura 23: Suporte para Gesso Lista de tabelas Tabela 01: Determinantes verticais da morfologia oclusal altura das cúspides e profundidade das fossas Tabela 02: Determinantes horizontais da morfologia oclusal direção das cristas e dos sulcos. Referências Bibliograficas 1. Ceratti T.J.; Martins.T.L. Fundamentos de Prótese Total.8 ed. São Paulo. Editor Santos.2007. 2. Compagnoni, M.A., et all. “Avaliação da concordância da transferência com arco facial para um articulador com distância intercondilar fixa. Rev. Fac. Odontol. São José dos Campos, v.1, n.1, jul./dez. 1998. 3. DE PIETRO, A. J. The articulator as a dental instrument, not a dental philosophy. Dental Clinical of North American, v.23, n.2, p.213-229, Apr. 1979. 4. Fernandes Neto, A.J., et al. Montagem de modelos de estudo e aticulador classe III semi-ajustável – ASA. Univ. Fed. Uberlândia, 2005. Disponível em: http://www.fo.ufu.br/downloads/Cap13.pdf Acesso em 30de agosto de 2009 5. GRACIS, S. Clinical considerations and rationale for the use of simplified instrumentations in occlusal rehabilitation.Part II: Setting articulator and occlusal optimization. The international Journal of Periodontics & Restorative Dentistry, Milan, v.23, n.2, p.139-145, April 2003. 6. JESUS N.L. ET AL. Oclusão enceramento e escultura dental. 1 ed .são Paulo. 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