NOTA FISCAL PAULISTA Como tirar proveito desta arma contra a sonegação. Pág. 6 UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA Foto: StockXpert | Design: Christian de Oliveira MAIO 2008 DESAFIO Alunos, docentes e funcionários falam sobre a inclusão dos negros e afrodescendentes na educação, mídia e política. | Págs. 8, 9 e 10 ANO 24|EDIÇÃO 400 2 CARTAS CARTAS publicação do Departamento de Comunicação e Marketing da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) Reitor Davi Ferreira Barros Pró-reitor administrativo Sérgio Marcus Nogueira Tavares Pró-reitora de graduação e educação continuada Rinalva Cassiano Silva Pró-reitora de pós-graduação, pesquisa e extensão Rosa Gitana Krob Meneghetti Gerente de Comunicação e Marketing Jorge Vidigal da Cunha Edição Celiana Perina MTb - 31.320 Textos Angela Rodrigues Celiana Perina Vanessa Piazza Fotografia Thiago Altafini Seção Foca Paula Eliza Mar Tatiane Ceron Projeto e Diagramação Ozonio Propaganda e Marketing Fotolito e Impressão Gráfica Mundo Digital A Unimep é mantida pelo Instituto Educacional Piracicabano (IEP) Conselho Diretor do IEP Paulo Borges Campos Júnior (presidente); Márcio Rillo (vice-presidente); Clóvis de Oliveira Paradela (secretário); Misael Lemos Silva (titular); Parabéns Matérias Gostaria de dizer que gostei da matéria sobre intercâmbio. O texto, as fotos, a estrutura da matéria... enfim, ficou ótima mesmo. Parabéns e muito obrigado!! Cumprimento pelas matérias. O Acontece está muito legal! Abraços. Gustavo Leoce Ex-aluno de gestão em negócios internacionais e professor da Unimep ‘Feedback’ Ótima a matéria sobre liderança, tema que infelizmente se encontra marginalizado na pauta de discussões dos nossos jovens. Esperamos dar o pontapé inicial para reverter essa situação. As portas da FGN Consultoria Júnior estarão sempre abertas ao pessoal do Acontece Unimep. Parabéns. Diego Fantim Presidente da FGN Júnior e aluno do 7º semestre de economia Arsênio Firmino de N. Netto Professor do mestrado profissional em administração Dengue Gostaria de sugerir à equipe do Acontece Unimep, uma matéria sobre o mosquito da dengue. Apesar das campanhas, rondam boatos, e a equipe do curso de biologia poderia esclarecer. Carlo Mattioli Ex-aluno de análise de sistemas ilustração: Ricardo Stoco O Acontece Unimep é uma É COM VOCÊ Participe! Sua colaboração é muito importante para otimizar este jornal. Então, envie críticas, comentários ou sugestões sobre o conteúdo geral ou específico do Acontece Unimep. Faça contato pelo email [email protected], telefone 3124-1646; por carta ou pessoalmente, no endereço rodovia do Açúcar, km 156, Taquaral (Piracicaba), CEP 13400-911, 1º andar do prédio administrativo, no Departamento de Comunicação e Marketing da Unimep. Parkinson Achei interessante a matéria sobre o Mal de Parkinson e queria sugerir a produção de outras matérias na área da saúde. Ester dos Santos Ex-aluna e enfermeira México que Conheci Ao desembarcar na cinzenta Cidade do México, não imaginava as tantas experiências que teria nesse país. Depois de três meses de intercâmbio posso dizer que essa foi a melhor e mais proveitosa fase da minha vida. Além de conhecer um novo idioma e lugares muito bonitos, estou vivendo em uma cultura muito diferente da nossa. O México é um país que soube aproveitar tudo que lhe foi deixado pelos povos antigos que viveram aqui, como Maias e Astecas, e melhor, soube mesclar todos os conhecimentos indígenas com os costumes dos colonizadores espanhóis. Tais mesclas compuseram o país que conheci: com culinária rica e muito característica; com ritmos como a salsa, os sons lindos da marimba ou dos mariachis; os sítios arqueológicos preservados de Palenque; as belezas naturais exóticas e as diferenças culturais dentro do próprio território mexicano. Tais vivências compõem o aprendizado que um intercâmbio pode proporcionar. A dica é sempre aproveitar as oportunidades para aprimorar os conhecimentos e ampliar os horizontes, sempre abertos a novas culturas e costumes. Lílian Migliorini Andrade Aluna do 7º semestre do curso de jornalismo e atualmente participa do programa de intercâmbio na Universidad Madero, Puebla (México). Vânia Aparecida Ferreira Sakiyama (titular) e Leila Machado Pereira (suplente) Diretor Geral do IEP Davi Ferreira Barros OPS! »» O nome da produtora de moda Carol Alleoni saiu grafado com apenas um l na última edição. »» A modelo fotografada na seção de moda da página 13 é Silmara Pachiani, funcionária do Setor Financeiro da Unimep. AMBIENTEUNIMEP O professor de mestrado em educação física da Unimep João Paulo Borin foi convidado para participar como palestrante do 12º International Science Congress Olympic and Paralympic Sport and Sport For All, que ocorre entre os dias 20 e 31 de maio em Moscou (Rússia). Trata-se de um congresso mundial sobre esportes de alto rendimento, no qual participam profissionais do mundo todo. Na ocasião, o docente ministra a palestra Avaliação e Monitoramento de Treinamento, nos dias 24 e 27, sobre a utilização das novas metodologias para o aperfeiçoamento físico dos atletas. Pela primeira vez convidado em virtude do trabalho que realiza, Borin também cita os resultados desenvolvidos no Laboratório de Avaliação Física e Monitoramento do Treinamento Desportivo da Unimep. “No laboratório oferecemos assessoria de avaliação a equipes esportivas externas, entre as quais a de futebol do XV de Novembro Piracicaba, a do XV de Jaú e União São João de Araras, além de equipes de vôlei e basquete. Por meio do trabalho, também fazemos pesquisas com os orientandos de mestrado e iniciação científica”, conta. As avaliações consistem na aplicação de testes que apontam o Prof. Borin PROFessor BORIN 3 perfil e as capacidades físicas dos atletas, seguidas de orientações à equipe técnica. Na Prática Vinculado à Unimep desde 2004, João Paulo Borin é doutor em educação física pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pesquisador na área de fisiologia, metodologia e avaliação da performance humana, possui experiência em treinamento desportivo, com atuação em preparação física, basquetebol e futebol. Já integrou bancas examinadoras em 29 apresentações de dissertações, em sete teses e duas qualificações de doutorado, além de supervisionar e orientar oito dissertações de mestrado. VAI A MOSCOU PARCERIA NOTA 10 A Unimep, a Caixa Econômica Federal, o Simespi, sindicato que representa o setor metal-mecânico, e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) assinaram convênio inédito na região na última semana de abril. Com a iniciativa, será possível apoiar pequenos e médios empresários para um crescimento efetivo e estruturado. Aproximadamente 190 empresas vinculadas ao Simespi terão acesso a um crédito avaliado em R$ 300 milhões, disponibilizado pela Caixa Federal. O convênio prevê linhas de crédito, assessoria para elaboração de projetos, consultoria para inovação tecnológica e atendimento personalizado aos empresários, a grande maioria micro e pequenos, que sem ajuda espe- Representantes das entidades durante anúncio da parceria cial, não conseguem financiamento para a aquisição de máquinas, entre outros. A participação da Unimep será na fase de elaboração de projetos e assessoria aos empresários. Para o coordenador do curso de economia e do banco de dados socioeconômicos da Unimep, Prof. Francisco Constantino Crócomo, o convênio acontece graças à estreita relação que o curso de economia tem com a comunidade piracicabana, já que há mais de 30 anos, desde a sua origem, desenvolve pesquisas so- cioeconômicas de impacto local e regional. “Há ainda uma vasta possibilidade de apoio técnico e científico, pois a área de gestão e negócios é composta por outras ciências, como contábeis, negócios internacionais, turismo, administração, entre outras. Aos alunos, a iniciativa permitirá o estudo de casos, inclusive possibilitará um melhor entendimento das aulas teóricas”, ressalta. Para o diretor da Faculdade de Gestão e Negócios da Unimep, Prof. André Sathler Guimarães, o convênio dá continuidade à parceria existente com a Caixa há quatro anos, período em que foram desenvolvidos cerca de 80 projetos com 100% de aprovação. “A universidade devolverá à sociedade o conhecimento produzido no meio acadêmico e, ao mesmo tempo, contribuirá para seu desenvolvimento”, destaca. O Simespi fará atendimento personalizado aos interessados em beneficiar-se dos serviços disponíveis e no Sebrae, por meio do programa SebraeTec de Consultoria Tecnológica, disponibilizará modalidades de apoio para inovação tecnológica das empresas, contribuindo para a adequação de sua capacidade produtiva às necessidades do mercado em que atuam. 4 SALADENOTÍCIAS ›› Arquitetura ›› Vestibular Julho Com as mãos na massa, os cerca de 200 alunos de arquitetura e urbanismo da Unimep inauguraram na primeira semana de abril, no campus Santa Bárbara, o primeiro ateliê integrado do curso da Unimep. Localizado no canteiro experimental, o espaço permite o desenvolvimento e execução de projetos da graduação integrando professores, alunos e técnicos. De acordo com o coordenador do curso, Natanael Jardim, os discentes terão a oportunidade de pensar e intervir num espaço de uso próprio. “Além das possibilidades de pesquisa, é um lugar experimental”, diz. As primeiras oficinas e intervenções práticas tiveram início no dia da inauguração. As inscrições para o Vestibular Unimep Julho têm início no próximo dia 20. Há vagas para os cursos superiores de tecnologia em gestão de recursos humanos (noturno) e tecnologia em logística (noturno), ambos oferecidos no campus Centro; administração (noturno), direito (diurno e noturno), farmácia (noturno), negócios internacionais – bacharelado (noturno) com turmas no campus Taquaral; e no campus Santa Bárbara, engenharia de alimentos (noturno), engenharia mecânica – ênfase em manutenção (noturno) e engenharia química (noturno). As inscrições podem ser feitas até 27 de junho. A prova será no dia 6 de julho. Informações no site www.unimep.br/ vestibular ou nos tels. (19) 3124-1749 e 0800-0555616. ›› Pós-Graduação ›› Corrimão Tem continuidade a série de seminários de pesquisa promovida pelos professores da pós-graduação em administração. A terceira palestra está marcada para o dia 29 de maio, às 13h no anfiteatro de pesquisa do bloco 7. Na ocasião, fala sobre Customer Equity a professora Cleusa Satico Yamamoto Sublaban. A proposta da iniciativa, que tem entrada gratuita e é aberta à comunidade, é discutir e socializar temas de pesquisa desenvolvidos pelos docentes no campo da administração. ›› Direito O curso de direito do campus Santa Bárbara d’Oeste recebeu moção de aplausos da Câmara Municipal de Americana pela realização da palestra A Importância da Mulher no Século 21: Conquistas e Desafios, realizada no último dia 27. O evento foi o primeiro de uma série de seminários gratuitos e abertos à comunidade sobre o papel da mulher na região metropolitana de Campinas, planejados para ocorrer ao longo do semestre. ›› Jornalismo O coordenador do curso de jornalismo, professor Paulo Roberto Botão, foi eleito integrante da nova diretoria do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) para o cargo de Para atender às solicitações do funcionário da Unimep José Salvador, foi instalado um corrimão na rampa que dá acesso à entrada principal do prédio administrativo do campus Taquaral na primeira semana de abril. Sobre a conquista, Salvador disse que simples, mas eficientes medidas como essa são fundamentais para as pessoas que têm algum tipo de dificuldade para se locomover. diretor editorial e de comunicação. A nomeação ocorreu durante o 11º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo, realizado em São Paulo. A diretoria eleita será presidida pelo professor Edson Spenthof, da Universidade Federal de Goiás, e atuará entre 2008 e 2010. ›› Ensino a Distância A Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Unimep aprovou a análise feita com professores e alunos do oferecimento de duas disciplinas curriculares a distância do curso de ciências da computação. Para alunos e professores, o processo ocorreu de forma favorável e satisfatória. A comissão encaminha proposta junto aos órgãos responsáveis, para estender a oferta de disciplinas a distância a todas as faculdades no 2º semestre. ›› Farmácia Cerca de 60 alunos de farmácia, coordenados por docentes do curso, orientaram a comunidade sobre doenças como hipertensão arterial, diabetes, asma, câncer de pele e AIDS. A iniciativa, intitulada O Farmacêutico na Praça, é um trabalho preventivo e ocorreu na praça José Bonifácio, em Piracicaba. Na ocasião, os alunos deram dicas sobre o uso racional de medicamentos e os perigos da automedicação. Outra proposta da iniciativa é valorizar o farmacêutico enquanto agente de saúde. A atividade, realizada há seis anos, é uma parceria da Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, Conselho Municipal de Saúde e Centro Acadêmico de Farmácia da Unimep. SALADENOTÍCIAS 5 ›› Reciclar Geral “Aqui, se recicla tudo”. A afirmação é de João Alberto Costa, coordenador do setor Gestão de Documentos (Gedoc) da Unimep e um dos executores do Projeto de Reciclagem, implantado na universidade em 2003 e regulamentado por meio da portaria 03/2008, da direção geral do Instituto Educacional Piracicabano (IEP) em fevereiro. O projeto, que prevê a reciclagem de papel, plástico, vidro e metal nos campi da universidade e no Colégio Piracicabano, possui a marca de 53.928 toneladas de papel e milhares de latas de alumínio desde 2005, período em que os materiais passaram a ser quantificados. Com a implantação do Gedoc, Costa reforçou a coleta de papel para reciclagem nos setores administrativos da universidade por meio da distribuição de caixas coletoras. “A comunidade abraçou a causa e ajuda a arrecadar. Aqui as pessoas são bem conscientes e colaboram”, garante. Os coletores de vidro, metal, papel e plástico, respectivamente nas cores verde, amarelo, azul e vermelho, estão nos campi Centro e Taquaral, em Piracicaba, e Lins. (leia na seção notícias no site www.unimep.br texto com os nomes dos pontos de coleta). Para aqueles que chegaram à universidade, como também aos que estão há mais tempo, nem sempre é fácil identificar os responsáveis pelas unidades acadêmicas. Para facilitar e auxiliar sua estada, o Acontece Unimep publica nesta edição o diretor e os coordenadores da graduação da Faculdade de Gestão e Negócios (FGN). Confira ainda os integrantes de outras faculdades nas edições anteriores do informativo, disponíveis para consulta nas bibliotecas de cada campus. ›› Diretor André Sathler Guimarães Costa, coordenador do Gedoc ›› Coordenadores Cléber Folharine Mazzolini Administração foto: Alessandro Maschio Miltes Angelita Machuca Martins Ciências contábeis Cristiano Morini e Paulo Pavão ›› Destaque Internacional O prêmio Destaque Municipal em Negócios Internacionais 2007, uma parceria entre a Unimep, por meio do curso de negócios internacionais, Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), Simespi (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas), Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Prefeitura do Município de Piracicaba, por meio da Semdec (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), tem vencedores. O estudante da Unimep e estagiário da Elring Klinger, Miguel Augusto Matiussi Rull Arnal, recebeu o prêmio aluno de destaque. Já na categoria empresa de grande porte, a Caterpillar Brasil foi a vencedora. Nas categorias médio e pequeno portes venceram a Stork Print Ltda. e a BBL Brazilian Beverages, respectivamente. O prêmio profissional de destaque foi entregue ao secretário-adjunto estadual do Desenvolvimento, Luciano Tavares de Almeida, ex-titular da extinta Semic (Secretária de Indústria e Comércio) até o final de 2007. O objetivo da iniciativa é reconhecer e incentivar as empresas do município que se destacaram no comércio exterior, de acordo com o coordenador do curso de negócios internacionais, Cristiano Morini. Francisco Constantino Crocomo Ciências econômicas Cristiano Morini Negócios internacionais Antonio Carlos Sarti Turismo 6 SINTONIZADO pessoas que têm conhecimento dessa iniciativa? Ainda falta divulgação”, afirma. Outro aspecto apontado por Romanini é a tendência de aumento nos preços de mercadorias, que as empresas terão um determinado custo para se adequar à nova legislação e fatalmente repassarão aos consumidores. Já a professora Miltes diz que “ficar preso ao benefício individual não deve ser o foco, que o exercício da cidadania é pensar no bem-estar coletivo”. Receio NOTA FISCAL Vanessa Piazza [email protected] Os vários segmentos do comércio varejista do Estado de São Paulo são obrigados a participar do projeto Nota Fiscal Paulista, que tem como principal objetivo aumentar a arrecadação estadual por meio da redução de sonegação fiscal dos estabelecimentos comerciais. O projeto consiste em devolver ao consumidor 30% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) recolhido pelo estabelecimento no mês e na proporção de consumo. O crédito poderá, dentro de cinco anos, ser utilizado para reduzir o valor do débito do IPVA, transferido para a conta corrente, poupança, creditado em cartão de crédito, transferido para outra pessoa ou devolvido em prêmios. Na Galeria Unimep, das 21 lojas em funcionamento, sete já aderiram ao projeto. As outras 14 estão em processo de adequação. PAULISTA A Nota Fiscal Paulista entrou em vigor em outubro de 2007 e faz parte do programa Estímulo à Cidadania Fiscal, instituído pelo Governo do Estado de São Paulo por meio da lei n° 12.685/07. Mês a mês, desde a data da implantação e de acordo com um cronograma preestabelecido pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, setores da economia foram obrigados a aderir. Para tanto o consumidor deve informar, a cada compra, o CPF (Cadastro de Pessoa Física) ou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) e solicitar o documento fiscal. A iniciativa é válida somente para o Estado de São Paulo. A partir desses dados os estabelecimentos comerciais devem enviar periodicamente as informações para a Secretaria da Fazenda, que calculará o crédito do consumidor (veja quadro nesta página). Também não é necessário se cadastrar no programa para gerar créditos. Na avaliação da professora Miltes Martins, coordenadora do curso de ciências contábeis da Unimep, o maior ganho da iniciativa é instigar o hábito de solicitar a nota fiscal após uma compra. “Se a receita do Estado crescer, teoricamente ele terá melhores condições de aplicar os recursos em benefício da população, já que a maior arrecadação poderá ser utilizada para aumentar os investimentos públicos em setores como educação, saúde e segurança”, avalia. Contramão Há também quem acredite que a porcentagem de transferência de crédito ao consumidor pode ser desestimulante. Para se ter uma idéia, segundo dados da Secretaria da Fazenda, o valor médio de crédito gerado por documento fiscal emitido com a designação do CPF ou CNPJ entre os meses de outubro e dezembro de 2007 foi de R$ 1,50. Nesse sentido, na opinião de Cléber Folharine Mazzolini, coordenador do curso de administração da Unimep, uma das formas de garantir o sucesso do projeto seria aumentar a taxa de transferência ao consumidor. De acordo com o professor Geraldo Romanini, do curso de ciências contábeis da Unimep, além do pequeno retorno, a insatisfatória divulgação sobre o projeto pode atrapalhar. “Quem são as Diante de qualquer sinal de mudança, as dúvidas e incertezas são comuns. Um dos receios dos consumidores é de que ao informarem o CPF ou CNPJ no momento da compra, os dados possam ser utilizados pela Receita Federal, em uma tentativa de fechar o cerco aos que sonegam Imposto de Renda. O prof. Romanini diz não acreditar que em curto prazo as informações da Nota Fiscal Paulista e as do Imposto de Renda sejam cruzadas, já que elas são emitidas a esferas distintas. De acordo com a profa. Miltes, se o consumidor não sonega informações não há com que se preocupar. Passo a Passo A cada compra o consumidor informa seu CPF ou CNPJ e solicita o documento fiscal. O representante do estabelecimento registra os dados do comprador e emite o cupom fiscal, a nota fiscal tradicional ou gera a nota fiscal on-line. Após o recolhimento do ICMS pelo estabelecimento, a Secretaria da Fazenda creditará ao consumidor a parcela do imposto a que ele tem direito, proporcional ao valor da compra. Para obter mais informações ou acompanhar a inclusão de créditos e definir a forma como deseja resgatá-los, o consumidor deve se cadastrar no site: www. nfp.fazenda.sp.gov.br Informações no tel. 0800-170110 SINTONIZADO TECNOLOGIA RSS O RSS é uma maneira simples e prática de acessar canais de informações de um único site. Com ele o usuário não precisa visitar diariamente “blogs” e serviços favoritos, pois ao usar o RSS de imediato o internauta é informado quando uma notícia de seu interesse é publicada. É uma maneira de manter-se atualizado por meio da internet. Mas o que é RSS de fato? Essa tecnologia funciona basicamente da seguinte maneira: um site que possui RSS tem um “feed” (alimentador) e por meio desse serviço usuários podem acessar as informações armazenadas e visualizá-las. Administradores de outros sites também podem incluir as notícias publicadas em um “feed” em seus sites. Sua sigla possui diferentes significados de acordo com a versão, como Rich Site Summary para RSS 0.91; RDF Site Summary para RSS 0.9 e 1.0 e Really Simple Syndication para RSS 2.0. O RSS é manipulado e armazenado por meio de uma linguagem conhecida por XML (eXtensible Markup Language), que é codificada em formato de texto, parecida em alguns aspectos à linguagem html. O RSS pode ser visualizado em qualquer “browser” (o navegador, o software que interpreta a linguagem html, permitindo assim explorar textos, fotos, gráficos, sons) como o Mozilla Firefox ou Microsoft Internet Explorer. 7 Em Bom Português Línguas Africanas A data comemorativa referente à Abolição da Escravatura, neste mês de maio, se, por um lado, leva-me a refletir sobre até que ponto a assustadora crueldade da raça humana pode chegar, por outro, não posso deixar de pensar na rica contribuição que os povos africanos deram ao Brasil, em muitos sentidos. Assim, compartilho com vocês uma interessante pesquisa a respeito das palavras de origem africana que pertencem ao nosso vocabulário. Os milhões de africanos trazidos ao Brasil durante três séculos, principalmente no período colonial, contribuíram, significativamente, para a colonização desta nação, tanto com sua mão-de-obra quanto com sua cultura, religião e, obviamente, suas línguas e os seus dialetos. Segundo Yeda Pessoa de Castro, doutora em línguas africanas e autora de “Falares Africanos na Bahia: um Vocabulário Afro-brasileiro” (2001), os povos africanos trazidos ao Brasil procediam de duas regiões subsaarianas: 1) o domínio banto, englobando, entre outros, Camarões, Gabão, Congo, Angola, África do Sul, Botsuana, Moçambique, Tanzânia, Zimbábue; 2) a África Ocidental, que vai do Senegal à Nigéria. Como essas, outras palavras oriundas das línguas africanas, inclusive de outros povos como os jejes e os nagôs, incorporaram-se ao nosso léxico e conseqüentemente à cultura do povo brasileiro. Geralmente, são palavras relativas à família, à música, a comidas, a práticas religiosas e à vida cotidiana, por exemplo, angu, axé, banguela, berimbau, caçula, cachaça, cachimbo, camundongo, cangaço, canjica, capenga, encabulado, forró, fungar, Iemanjá, marimbondo, maxixe, moleque, moranga, oxalá, quiabo, quibebe, quitanda, quitute, samba, tutu, vatapá, zabumba. Trajetória A tecnologia foi criada em 1999, pela Netscape, no momento uma das maiores companhias da internet. Porém a Netscape acabou por abandonar o projeto achando-o inviável. Anos depois o RSS renasceu e tornou-se um dos pilares de “blogs” e “sites” que distribuem e trocam informações. Hoje todos os grandes portais de notícia possuem RSS. E o novo site da Unimep também. LÍNGUA Stockxpertcom Os povos bantos, em virtude de sua superioridade numérica em relação aos demais, estiveram presentes em todas as regiões brasileiras. Falavam variadas línguas. Dentre elas, três foram marcantes: umbundo, quimbundo e quicongo. Castro apresenta em sua obra um rico vocabulário afrobrasileiro, com palavras que têm origem nessas línguas, tais como: babá, bagunça, cafuné, caxumba, cochilo, dendê, dengo, fubá, jiló, miçanga, moqueca, tanga, zangar, etc. Então, se tiver um “site” ou “blog” e quiser disponibilizar as notícias da Unimep www.unimep.br você já pode. Entre para conferir e pro- cure pelo símbolo RSS 2.0 Departamento de Tecnologia e Informática da Unimep (DTI) Mirian de Fátima Polla Graduada em letras e funcionária da Unimep Comentários, críticas e sugestões: [email protected] 8 CAPA LIBERDADE PLENA Angela Rodrigues [email protected] Há mais de um século, os acontecimentos do 13 de maio são questionados e já não têm o mesmo significado para 49,4% da população brasileira, que se declarou negra segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) de 2006. O motivo é que em 1888, ao receber a tão sonhada liberdade por meio da assinatura da Lei Áurea, os cerca de 700 mil escravos da época foram lançados à própria sorte, sem moradia e emprego. Há exatos 120 anos, embora os afrodescendentes tenham conquistado merecidos direitos, há muito o que conquistar. Sob essa perspectiva, o Acontece Unimep lançou um desafio: fazer uma reflexão sobre a inclusão social do negro na sociedade quando serão completados 200 anos da abolição. Márcia Antônio, 31, aluna do 7º semestre de educação física, acredita que em 80 anos a situação esteja diferente. “A melhora deve ocorrer não só ...o acesso à educação ajudará a amenizar o preconceito. em relação ao preconceito contra o negro, mas também com as pessoas com deficiência e homossexuais. O negro vem lutando por diferentes espaços. Se lutar, conquista seu espaço, desde que haja oportunidade”, destaca. “Minha previsão é positiva. Penso que no futuro as coisas estarão bem melhores”, diz Lucimara Silva, 21, aluna do 7º semestre de enfermagem. Para a aluna, o acesso à educação ajudará a amenizar o preconceito. “Quero crer que a população negra tenha um papel de maior inserção na sociedade e que isso ocorra pela Márcia Lucimara Silva J á Fábio Veríssimo Martins, 35, publicitário, pós-graduado em marketing pela Unimep, aluno de especialização em gestão financeira e funcionário da instituição, acha difícil refletir sobre um cenário. Para ele, para mudar o futuro deve-se lembrar e entender o passado. “O que tem de ser feito é reavivar o passado. Na Alemanha, por exemplo, não se esqueceu o preconceito contra os judeus, os campos de concentração em Auschwitz (símbolo do holocausto perpetrado pelo nazismo) estão lá para serem lembrados a todo o momento. No Brasil, ocorre o processo inverso. As pessoas querem esquecer que houve escravidão, assim como todas as crueldades que se fizeram contra o negro. É um preconceito omisso, o que é muito pior”, diz. Em sua opinião, mesmo se houvesse a iniciativa de reflexão, os estudos ficariam restritos ao segmento intelectualizado. “No futuro não será diferente, os negros estarão inseridos, mas a maioria ainda sofrerá pela falta de oportunidade”, completa. Gustavo Lima, 25, que é neto de negro e aluno do 10º semestre de direito, acredita própria decisão de se buscar um espaço, porque foi ensinado desde o início que determinadas funções não devem ser ocupadas por negros. A população “branca” se acostumou a ver os negros em posições subalternas. À medida que ela deixa essa função, causa espanto e inclusive posturas de preconceito, desprezo e de descrédito da atividade que exerce”, afirma José Carlos Silva, professor de química do campus Santa Bárbara da Unimep e um dos diretores do Pamhi (Plano de Assistência Médico-Hospitalar), que já sofreu discriminações, algumas no próprio trabalho. que a inclusão no futuro será melhor. Sobre o preconceito, ele considera fundamental discussões sobre o tema. “Morei dois anos no bairro de negros Dorchester, em Boston (EUA), e senti um isolamento social. Os amigos do meu irmão, que é mais moreno que eu, perguntavam quem era e o que estava fazendo ali”, conta. A inclusão passa pela igualdade econômica, social e pelo acesso aos bens culturais, às tecnologias e à educação formal, na avaliação de Belarmino Guimarães, diretor da faculdade de comunicação da Unimep. Assim, a inserção de segmentos historicamente excluídos por meio da indústria cultural se dá via mercado. “Contudo, o preconceito é muito forte: é o caso de programas de humor que criam personagens estereotipadas. O pobre nordestino, a mulher que enfrenta dupla jornada de trabalho, negro, sobretudo em programas policialescos, sofrem com a violência simbólica. Esta violência consentida precisa ser esclarecida. Minha expectativa é de que o esclarecimento se dê na crítica à mídia, que é um papel da sociedade e de suas instituições, particularmente as de ensino”, avalia. CAPA 9 Em sentido horário: Grasiela, Solange, Moreira e Martins “...a parcela de nãonegros chega a ser quase cinco vezes maior que a de negros....” Passado No Brasil o regime de escravidão vigorou desde os primeiros anos, logo após o descobrimento, até o dia 13 de maio de 1888, quando a princesa regente Isabel assinou a Lei 3.353, mais conhecida como Lei Áurea, libertando os escravos. Hoje amplas discussões marcam as comemorações históricas do 13 de maio. No entanto, a população negra prefere lembrar suas conquistas em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. “A abolição da escravatura, apenas uma imposição por causa da reforma industrial, fez o negro deixar a senzala e não ter onde morar. E aí o negro perambulava pela cidade. Foi quando se criou o termo vadiagem no Código Penal Brasileiro. Se via um negro sem ter o que fazer, a polícia prendia-o por vadiagem. Criou-se aí o primeiro estigma”, conta o professor José Carlos Silva. Para o publicitário Fábio Veríssimo Martins a abolição tem de ser lembrada como um marco da revelação de que a união social da classe pode ser um agente transformador. “Digo também que a mulher negra foi o primeiro símbolo da liberação feminina, porque enquanto o negro não conseguia emprego, sua mulher é que era aceita para ser a babá, lavadeira, empregada e sustentar a família”, conta. Prof. Silva Acesso à Educação Uma das diferenças mais gritantes refere-se ao ingresso no ensino superior. A pesquisa Escolaridade e Trabalho: Desafios para a População Negra nos Mercados de Trabalho Metropolitanos (2007), elaborada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), concluiu que o acesso à educação é segmentado segundo a cor, com forte concentração de negros nos níveis básicos. Ainda segundo o estudo, a maior desigualdade de acesso à universidade ocorre na região metropolitana de São Paulo, em que a parcela de não-negros chega a ser quase cinco vezes maior que a de negros. O índice é associado à baixa qualidade do ensino público no país e à necessidade maior entre jovens afrodescendentes de inserção precoce no mercado de trabalho. “A política de inserção por meio de cotas ainda é mínima se olharmos a população de negros do país. Algumas pessoas condenam e criticam o sistema, mas se não se fizer isso, a diferença jamais diminuirá”, salienta o professor Silva. “Tudo o que possa contribuir é positivo. Com o sistema de cotas conseguimos colocar mais negros na universidade, por mais que se critique”, ressalta Márcia. Defensora do sistema de cotas, Telma Regina de Paula Souza, coordenadora do curso de psicologia e do Comitê de Ética em Pesquisa da Unimep, fala que a questão vai além. “Não basta você fornecer bolsas, se não acolher esse aluno para que ele se sinta incluído”, destaca ela, que também é membro da Secretaria Executiva do Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Já Grasiela Souza, 19, que cursa o 1º semestre de administração da Unimep, fala que fazer uma classificação por meio de cor é inadequado e discriminatório. Seu colega, Felipe Moreira, 18, também do 1º semestre de administração diz que o sistema de cotas deve ser por classe social. Solange Borges, 19, aluna do 5º semestre de fisioterapia, pensa que o ingresso no ensino superior deve ser igual para todos, e que o que tem de mudar é a conscientização das pessoas. 10 CAPA COMUNIDADE NEGRA EM NÚMEROS Professora Telma Regina A professora Telma Regina de Paula Souza, coordenadora do curso de psicologia, entre os anos 2001 e 2003 integrou o extinto Núcleo de Afrodescendentes da Unimep (Nadu), que propôs a realização de estudos, reflexões, análises e um censo sobre a presença da comunidade negra nos três campi Taquaral (Piracicaba), Santa Bárbara d’Oeste e Lins. “Tivemos depoimentos pesados de sentimentos de isolamento de alunos, onde no máximo eles conseguiam em trabalhos em grupos ficar com os pobres. Não tinham receptividade. Apesar de todas as contradições que um sistema de cotas traz, permite o debate. Quando eles não estão aqui, ficam invisíveis”, afirma. Financiado pelo Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP), o censo Para uma Política de Reconhecimento Identitário, o primeiro desenvolvido em instituições privadas de ensino superior, apontou dados comparativos completos identificadores de diferenças entre brancos e negros. Um deles mostra que em 2003, na Unimep, para cada 80,7 alunos brancos havia 13,8 negros; entre os docentes, eram 89,9 brancos e 4,5 negros e entre os funcionários, 77,8 eram brancos e 17,3 negros. “O que é bárbaro e na pesquisa ficou claro, é que os afrodescendentes que participaram da pesquisa disseram que para serem vistos e respeitados pela sociedade tinham que ser muito bons nas atividades que executavam”, observa. O Núcleo encerrou as atividades em 2003. “Promovemos momentos de reflexão muito importantes e apresentamos os dados do censo, mas não tivemos nenhuma ressonância, comentário ou manifestação, nem de apoio nem de crítica”, conta. Para ela, o que falta no país não são bons estudos sobre a questão, mas políticas de inclusão social, não só eficazes como justas. Em relação ao futuro do afrodescendente, Telma afirma que não se muda preconceito por lei ou decreto, e sim por meio de um longo processo histórico. “É possível controlar a discriminação, mas o que se mantém na realidade brasileira é uma cultura autoritária. É uma elite que ignora qualquer humanidade para se manter como elite”, afirma. FOFOCANÃO!SÓFOCA 11 tribos ilustração: Léo Zandoval UNIVERSITÁRIAS Paula Martim Tatiane Ceron Será possível, hoje em dia, observar um aluno pelos corredores da Unimep e descobrir que curso ele faz, apenas analisando sua aparência e suas atitudes? Pode parecer que não, mas em muitos casos essa análise é possível sim. Isso porque alguns estudantes representam claramente o estereótipo do curso em que estão matriculados e fica fácil identificar aspectos pertencentes a determinados grupos ou que constituem o que muitos chamam de “tribos da Unimep”. Veja esse exemplo: A garota veste calça “legging”, camiseta e tênis. O cabelo está preso em um rabo de cavalo no alto da cabeça. Fácil perceber que a personagem é aluna de educação física, não? Quer outro exemplo? Imagine então um aluno vestido de terno, gravata, sapato social e carregando alguns livros grossos debaixo do braço. Aposto que você não hesitaria em arriscar que ele cursa direito. Ainda seguindo essa linha, percebe-se que alunos das áreas biológicas, que sempre circulam pelos corredores e Galeria Unimep com o tradicional jaleco. E não é igualmente fácil identificar, pelas vestimentas despojadas, a forma de se expressar mais escandalosa e o vocabulário descolado, os alunos inconfundíveis do bloco de comunicação. São essas características da aparência, comportamentos e atitudes que traduzem e entregam os modelos estereotipados de alunos referentes a cada curso. De acordo com a professora de antropologia da Unimep Dora Maria Souza Tedrus para um grupo ser identificado como tribo é necessário certa manipulação simbólica que torne sua identidade reconhecível, contrastável perante as demais. Essa manipulação é a seleção de traços específicos: vestimentas, línguas, dialetos, gírias, religião, etc. Ela afirma que essa associação a determinados grupos é esperada. “Os cenários sociais possibilitam o contato com a diferença a partir da qual dialogamos e criamos algum nível de identificação. Assim, nos aproximamos e nos associamos a grupos que proporcionam referências que fazem sentido em nosso universo simbólico”, reforça. Perfil X Emprego Embora alguns perfis sejam visíveis dentro da Unimep, o professor da instituição e psicanalista Luiz Calmon Nabuco diz que os estereótipos não devem ser estimulados. “Quando um indivíduo aceita um comportamento estereotipado, sua capacidade de reflexão fica limitada”, afirma. Alana Reis, estudante do 7º semestre de jornalismo, também destaca o perigo que envolve o estereótipo. “Me chamam de hippie, mas não sou. Uso roupas que se assemelham às que eles usavam antigamente, mas não porque quero ser, e sim porque gosto dessas roupas”, defende. A necessidade de ingressar no mercado de trabalho também determina o estilo de se vestir e o comportamento a seguir. De acordo com Domingos José dos Santos, estudante do 10° semestre de direito, as roupas sociais são o “slogan” da profissão. “Os ambientes que os advogados freqüentam pregam essa necessidade”, diz. Mas na opinião de Nabuco, o mesmo mercado que reforça perfis, elimina os candi- datos que fazem uso constante dos clichês e dos estereótipos. “Posso tipificar um candidato à vaga de um emprego, mas se durante a entrevista ele somente reforçar clichês, dificilmente o contrato, porque o estereótipo está ligado à insegurança e à ignorância”, exemplifica. Visão de Mundo Para o professor da Unimep e sociólogo Gessé Marques Júnior, outro aspecto que pode consolidar estereótipos é a teoria vista em aula. “O curso de direito tem formação mais conservadora e as referências são as de que as leis devem ser respeitadas. Já os estudantes de comunicação lêem teorias que instigam mudanças no que está preestabelecido. Isso reflete no comportamento”, esclarece. Em seu ponto de vista, a profissão cria modos de entender o mundo. “Quem faz uma disciplina técnica como engenharia vai ter uma visão mais dicotômica. Já quem está numa área de humanas provavelmente vai ter uma maneira de reflexão que a profissão exige. Assim, diferente da área de exatas, o aluno de humanas não vai falar isso está certo ou está errado, vai analisar o contexto”, observa. O estudante do 1° semestre de sistemas de informação Ricardo Henrique Tassi compartilha da opinião. “O profissional de exatas tem raciocínio mais lógico, tem paciência para resolver os problemas. Seu pensamento é mais frio”, define. Marques diz ainda que a adequação aos estereótipos está ligada à necessidade de interação, mas que fazer uma definição de perfis com base em características externas não é adequado. “É perigoso cair na caricatura”, diz. Ele defende também que mesmo quando os parâmetros considerados para traçar os perfis estão muito claros, nem sempre é possível definir. “Se pensarmos na roupa, existe um meio-de-campo que a gente não consegue separar, por isso é preciso muito cuidado para tratar da questão”, destaca. Paula Martim e Tatiane Ceron são alunas do 7º semestre do curso de jornalismo e foram orientadas pelo coordenador do curso, Paulo Roberto Botão. mudança de planos, quando uma pauta não se concretiza nas falas dos entrevistados. Essa experiência certamente nos amadurece profissionalmente”. Paula Martim “Participar de uma edição do Acontece reflete a possibilidade de expor à universidade todos os elementos apreendidos ao longo do curso de jornalismo: o apuro, o contato com as fontes, a busca pelo rápido fechamento e até a “Fazer essa matéria foi como estar, de fato, inclusa em uma redação jornalística e, portanto, propensa a esbarrar em todos os obstáculos que o exercício da profissão impõe, seja no contato com as fontes ou até mesmo na corrida louca contra o tempo na necessidade de se fechar o material dentro do prazo estipulado. Contudo, a experiência foi válida e me permitiu perceber ainda mais claramente quão complexo, mas também delicioso e gratificante, é ser uma jornalista”. Tatiane Ceron 12 UNIVERCIDADES ‘ANGOLA’CANTADA Os africanos Luciano, Sofia e Octávio Seguindo a trilha traçada pela música, que cantam para festejar ou lamentar, eles vão desmistificando informações sobre Angola com a divulgação da sua cultura e do continente africano. E vão se aperfeiçoando para um dia retornar e ajudar na reconstrução do país, após o fim da guerra civil em 2002. Eles são Octávio Goio, 28, nascido em Luanda, Angola, e mestrando em direito internacional pela Unimep, e os irmãos Luciano Chingui, 29, fisioterapeuta, e Sofia Chingui, 23, nutricionista, ambos nascidos em Huambo, Angola, e graduados pela Unimep. Participantes desta edição da série Univercidades, os três integram o grupo musical africano de raiz Sanguluka que já se apresentou em Brasília, Goiás, Minas Gerais e Bahia. “A música faz parte da nossa cultura. Nossas manifestações de sentimentos, para comemorar ou lamentar, é com a música e a dança”, conta Goio, que chegou ao Brasil aos 17 anos, em 1997, por meio de uma bolsa de estudos do governo angolano. O benefício foi cancelado após dois meses de sua chegada, mas não suficiente para fazê-lo desistir. Goio interrompeu o segundo ano de teologia que cursava na Faculdade Teológica Cristã do Brasil (FTCB) e transferiu-se para o curso de direito do campus Taquaral da Unimep Piracicaba, que conheceu em 2000, em uma apresentação no Teatro Unimep. Luciano e Sofia viveram uma trajetória semelhante. Ambos vieram ao Brasil, respectivamente aos onze e cinco anos. Conheceram Goio em 1999, de quem passaram a ser amigos e em seguida companheiros de grupo. A seu convite vieram a Piracicaba para estudar. “Chegamos muito novos e, apesar da boa recepção, foi um choque cultural. Por exemplo, levamos muito tempo para entender algumas palavras”, conta Chingui. Para a irmã Sofia, o processo foi mais fácil; em compensação não conheceu a fundo o seu país de origem, o que pretende resgatar um dia. O desejo é o mesmo de Goio e Chingui. Sanguluka O Sanguluka nasceu em 1998, a partir de convites a Goio e seu tio e o ex-integrante José Cardoso, 31, para cantarem em encontros religiosos. Cardoso retornou a Angola, mas antes de sua partida o grupo era composto por Chingui e Sofia. Nessa formação nasceu o primeiro CD “Kixanu Kia Jezu” (O Chamado de Jesus), em 2005. A maior parte das músicas, entre elas hinos do folclore angolano, é cantada em línguas nativas e sem qualquer tipo de instrumento, estilo conhecido como capela. Além de compor, eles falam nas letras das músicas sobre a realidade de Angola. “Há quem pense que vivemos em tribos e andamos de elefante. Mas os lu- Angola Habitantes: 12,5 milhões de habitantes. Características gerais – Angola é composta de vários povos, etnias e culturas, uma diversidade de idiomas, embora o português seja a língua oficial. Atividades econômicas: exploração de diamante e petróleo e comércio. gares são urbanizados e apesar das favelas, a África não é só fome e miséria”, conta Goio. Nas palestras há também orientações dadas por eles em suas profissões. O grupo pretende nesse ano lançar um DVD, que ainda se encontra em processo de edição. Principais municípios: Luanda, Benguela, Cabinda, Huíla e Huambo. Fonte: site oficial do Governo da República de Angola Luanda Benguela Huambo ANGOLA CULTURAÉOQUEHÁ MODA É Música Faz Bem ARTE? A proposta do criador da moda como arte é a confecção de peças a partir de idéias e percepções pessoais associadas ao contexto da história e da época em que vive, visando, a partir da inovação, buscar o único num universo onde peças em série comandam o mercado. Esses profissionais primam pela estética e pelo “design”, desafiam o óbvio e se reinventam a cada estação, sendo responsáveis pela criação de roupas que são verdadeiras obras-primas e que ainda influenciam toda a rede de produção da moda comercial, aquela que vemos nas vitrines e que segue uma linha de criação baseada em cópias e estudos de tendências para agradar ao grande público, despertar o desejo de consumo de identidades e marcas e colaborar na incessante busca do ser humano pelo belo, pela juventude e pela sensualidade. O problema de muitos criadores é que suas idéias inusitadas geram O Negro na Música Brasileira Entre as raças que moldaram a música brasileira – a indígena, a branca e a negra – esta última foi, sem dúvida, a que nos deu maior originalidade e graça. pouca identificação e não vendem. A massificação e a padronização da moda infelizmente dominam o mercado, mas é assim que o consumidor quer que seja. Para quem gosta de vestir algo diferente, achar uma roupa original não é tarefa fácil, mas opções existem. A característica comercial não faz a moda perder as suas linguagens e possibilidades de comunicação. Como diria o filósofo Manuel Fontán de Junco, a moda consegue estabelecer uma ponte entre a beleza e a vida, é uma arte que se usa e se leva pra rua. E é fundamentalmente humana, feita por e para o homem. Em quatro séculos de comércio de escravos, chegaram ao Brasil cerca de quatro milhões de africanos. Seu estágio de cultura era mais avançado que o dos nossos índios, tanto na organização política como na riqueza de elementos artísticos e folclóricos. Além de serem mais arraigados à sua cultura, principalmente a religiosa, tiveram maior contato com os brancos na vida doméstica e na mestiçagem. Por essas razões, a influência negra na música brasileira foi grande, bem maior do que a influência indígena. A música dos negros possuía função social e religiosa. No cativeiro, o canto era a única diversão permitida; cantavam no trabalho e no descanso, e comemoravam as festas públicas. Com a mestiçagem intensa, o negro nos legou sua música e também assimilou a música européia, que aprendeu nas igrejas e nas casas dos senhores. Participaram dessa edição Vanessa Anastácio, estudante de letras, com licenciatura em português, Vânia Anastácio, vendedora da Galeria Unimep Carol Alleoni é produtora de moda e jornalista Tempo de Teatro “Tudo a seu tempo”, assim a funcionária da Editora Unimep Ivonete Savino define sua recente entrada em um dos grupos teatrais da Unimep, o No Espaço. Coordenado pelo ator e diretor Antonio Chapéu, o grupo, que recentemente estava com inscrições abertas para novos integrantes deu espaço para 10 das 32 inscrições que recebeu. “Sempre tive certeza de que um dia iria desempacotar o meu sonho de ser atriz”, afirma Ivonete. E assim o fez. Aos 50 anos, com seu ingresso à trupe, ela realiza esse desejo que cultiva desde a infância. Após inúmeros adiamentos, o momento chegou. “Era dia 7 de março, último dia de inscrição. Estava chovendo muito e precisei mudar o caminho. Então, parei em frente ao NUC (Núcleo Universitário 13 Até o século 19, a profissão de barbeiro era desempenhada por negros, e incluía as tarefas de “médico” e de músico. As bandas de negros eram comuns nas festas populares e eram chamadas de “músicos barbeiros” ou “ternos de barbeiros”. Esses foram, provavelmente, os primeiros conjuntos de músicos profissionais do Brasil. Muitos são os elementos negros presentes na música brasileira. Podemos citar: • ritmo sincopado, característico do nosso samba; • riqueza de instrumentos, como cuíca, ganzá, atabaque, marimba e berimbau; • muitas danças e elementos coreográficos, como a umbigada; • coreografia sensual nas danças nacionais; • cantos de rituais fetichistas com emprego de escalas exóticas; • estrofe improvisada, seguida de refrão fixo, comum nas cantorias de violeiros; • existência, na voz cantada brasileira, de um som nasal causado, possívelmente, pelo mestiçamento com o negro, que se distingue do nasal caipira, de origem indígena. Ivonete Savino de Cultura) e pensei: nunca venho aqui, deve ser um sinal”, recorda. Já integrada às propostas do grupo, as reuniões semanais, e os exercícios corporais a fazem superar outros limites. “No dia seguinte de cada reunião, a Ivonete, funcionária da Editora Unimep, a psicóloga ou a avó jamais faria o que a Ivonete atriz fez na noite anterior. Naquele momento tudo parece possível. Você sente que pode brilhar, isso me motiva, pois em um palco o público acompanha o desempenho de cada ator e ninguém pode camuflar”, conta ela, que é uma das 18 integrantes do grupo. Foram os africanos do grupo banto que legaram à música brasileira as bases do samba. Provavelmente derivado de “semba”, ritmo onde os dançarinos davam “umbigadas”, abrasileirou-se, e hoje é a preferência nacional em ritmo, música e dança. Já dizia Caymmi: “quem não gosta de samba, bom sujeito não é...” Beatriz de Castro Victoria Diretora Executiva da Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle [email protected] 14 MAIS CULTURA... Estréia LEITURA Sicko / Europa Filmes CINEMA X O Cine Humberto Mauro da Unimep apresenta o documentário norte-americano “Sicko” (2007), dirigido por Michael Moore que fica em cartaz entre dias 26 e 31 de maio. Na trama, histórias de americanos comuns cujas vidas foram despedaçadas, arruinadas e, em alguns casos, destruídas pelo sistema de saúde. O filme mostra que a crise não somente afeta os 47 milhões de cidadãos que não têm seguro de saúde, mas também milhões de outros que pagam suas prestações e que estão freqüentemente lutando com a burocracia e com suas regras oficiais. As exibições são gratuitas e acontecem de segunda a sexta-feira, às 9h, às 15h e às 19h30, e aos sábados, às 9h e às 14h, no auditório verde, bloco 2, campus Taquaral. Informações no tel. (19) 3124-1707 ou no site www.cinehumbertomauro.com.br Difundir a cultura cinematográfica e literária para as comunidades periféricas de Piracicaba é a proposta da parceria firmada oficialmente, na última semana de abril, entre os representantes dos projetos Cinema de Rua (Cine Humberto Mauro Unimep) e Biblioteca Volante (Prefeitura de Piracicaba). Com a união, os bairros do município recebem quinzenalmente a programação de filmes nacionais mais o acervo de livros, presentes no ônibus. A também participa de atividades promovidas pelos alunos de pedagogia. Tais atividades têm a meta de promover e incentivar o gosto pela leitura, sobretudo para aqueles que, devido a agravantes econômicos e culturais, não têm acesso a livros de qualidade. mudança inclui o expediente da Biblioteca Volante, que vai chegar às 14h e permanecer aberta até às 18h. Já a projeção do filme será às 19h30. As atividades são gratuitas. Os projetos funcionam em caráter experimental desde o segundo semestre de 2007. Por meio da parceria com o curso de pedagogia da Unimep e com a Fundação Educar– DPaschoal são distribuídos, gratuitamente, livros didáticos para a comunidade carente, que Agenda Os programas ECO, exibido às segundas-feiras às 21h, às quintas-feiras às 10h15 e às 15h e na sexta-feira às 16h, e Comida Boa, exibido às segundas às 10h30, 15h30 e 21h, pela Unimep TV (canal 13 da NET Piracicaba), também passam a integrar a grade da programação do NET Cidade a partir desse mês. Sendo assim, serão exibidos nos municípios de Americana, Sumaré, Rio Claro, Limeira, Mogi-Mirim, Mogi-Guaçu, Santa Bárbara d’Oeste, São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano, Diadema, Mauá, Atibaia, Itapetininga, Araraquara, Bragança Paulista, Araçatuba, Jacareí, São José dos Campos, Jundiaí, Sorocaba, Franca e Ribeirão Preto. Assim como nas cidades de Bauru, São Carlos, São José do Rio Preto, Resende, Barra Mansa (RJ) e Manaus (AM). Motoboys / Paramount Unimep TV O documentário “Motoboys – Vida Loka” (2003), de Caíto Ortiz, abriu o convênio e também será exibido nos dias 17 de maio, no Bosques do Lenheiro; no dia 31 em Santa Olímpia; 7 de junho em Santana e 28 de junho no bairro Mário Dedini. Ran / Paramount Cerimônia de oficialização do projeto Cine às Quartas Na programação Cine às Quartas, o Cine Humberto Mauro apresenta no dia 21 o drama japonês “Ran” (1985), de Akira Kurosawa. No enredo, a história da obra trágica de William Shakespeare, “Rei Lear”, transposta para o Japão. No dia 4 de junho, está previsto outro drama, “O Ladrão de Sonhos”(1995), direção de JeanPierre Jeunet e Marc Caro. Na trama, Krank envelhece numa nebulosa torre aquática por não poder sonhar e tenta resolver a sua limitação seqüestrando crianças das cidades vizinhas. Já no dia 11 de junho, está na lista o espanhol “Má Educação” (2004), de Pedro Almodóvar. Enrique Goded é um cineasta que passa por um bloqueio criativo e que se aproxima dele um ator que procura trabalho, se identificando como Ignacio Rodriguez, que foi o amigo mais íntimo de Enrique e também o primeiro amor da sua vida. As exibições são gratuitas e acontecem às 9h, às 15h e às 19h30, no auditório verde, bloco 2, campus Taquaral. Informações no tel. (19) 3124-1707 MarcoMary e RobertoBetinaBotox ou no site www.cinehumbertomauro.com.br. CULTURA Ela voltou com tudo e com “os olhos” na produção acadêmica. Trata-se da Editora Unimep, setor montado no campus Taquaral desde 1992 e responsável pela produção de revistas institucionais, com oportunidades de publicações a docentes, alunos e membros da comunidade unimepiana. A Editora esteve com suas atividades suspensas entre novembro de 2006 e março de 2007 em virtude de uma reformulação estrutural, para a implantação de um formato condizente com as reestruturações pelas quais passam a universidade. Para os próximos meses, a proposta é consolidar seu novo projeto de trabalho, valorizando as atuações dos profissionais da casa com publicações de artigos, livros, entre outros. “Neste momento de reorganização, o principal objetivo é que a Editora volte a cumprir seu papel, especialmente no que se refere à publicação das revistas institucionais. A partir de março de 2007, as primeiras ações foram realizadas e hoje ela retorna em pleno funcionamento”, conta Rosa Gitana Krob Meneghetti, pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unimep e atual editoraexecutiva da Editora Unimep. Projetos e metas não faltam. Além da retomada e atualização das publicações das revistas institucionais, outras atividades constam no Plano de Trabalho 2008-2010 a ser apresentado ao Conselho de Política Editorial. PRODUÇÃO ACADÊMICA A partir desta edição, as curiosidades históricas contidas nos ricos acervos históricos da Unimep têm espaço garantido nesta seção, que se originou da série de mesmo nome publicada durante 6 edições na página 16. Uma curiosidade sobre futebol abre este seção. Se você Os livros mais retirados nas bibliotecas dos campi da Unimep. ››Taquaral Atuação Coletivo Olho de Peixe Bincoletto e Nilza (em pé), Rosa e Ivonete NA MIRA De acordo com Rosa, entre os projetos estão a reativação da publicação de livros, inclusive os já editados e que possuem bom acolhimento entre o leitor; o desenvolvimento de campanhas junto aos alunos para assinaturas de periódicos; a re- BAÚ UNIMEP Artilheiro ativação da linha editorial “Cadernos Universitários”, para atender à demanda do corpo docente em relação à produção de textos utilizados em sala de aula; a realização de estudos para a disponibilização das revistas institucionais em formato eletrônico e a publicação semestral da revista “Cadernos de Direito”, antes produzida pela coordenação do curso de mestrado de direito da universidade. 15 pensa que o maior artilheiro negro mundial foi Pelé, errou. Ao contrário do que muitos pensam e de acordo com o “Guiness Book of Records” (O Livro dos Records), o maior goleador do mundo é o afrodescendente Arthur Friedenreich (1892-1969), autor de 1.329 gols. Embora a informação não tenha sido oficializada pela Fifa (Fédération Internationale de Football), Desde a sua implantação, a Editora Unimep publicou mais de 70 livros nas áreas de ciências humanas, ciências sociais, ciências exatas e tecnologia, ciências biológicas e de saúde e educação, além de revistas como “Saúde em Revista” e “Revista Impulso”, ambas quadrimestrais; “Revista da Faculdade de Odontologia de Lins (FOL)” e “Revista de Ciência & Tecnologia”, semestrais. Compõem a equipe da Editora, Ivonete Savino, assessora da editora-executiva, Maria Nilza Facco Preeg e Pedro Luís Lopes Bincoletto, auxiliares administrativos. O setor está localizado na sala 8 do bloco 7 do campus Taquaral. Funcionamento: das 7h30 às 12h e das 13h às 17h30, de segunda a sexta-feira. Informações no tel. (19) 3124-1620 ou no e-mail [email protected] “Curso de Direito Civil Brasileiro” (2007); Maria Helena Diniz; Ed. Saraiva. ››Santa Bárbara d’Oeste “Fundamentos da Termodinâmica” (2003); Gordon J. Van Wylen; Editora Edgard Blucher; 577 páginas. ›› Lins Fonte: “O Livro de Ouro do Futebol”, de Celso Unzelte, Acervo Rocha Netto. ela está registrada em várias enciclopédias de futebol. Craque das décadas de 10 a 30, o lendário “El Tigre” deu os primeiros passos no futebol em 1909, período em que utilizava as meias da mãe para alisar os cabelos e muito pó de arroz com a proposta de esconder a cor morena e poder atuar no aristocrático Sport Club Germania, hoje Esporte Clube Pinheiros. “Princípios de Termodinâmica para Engenharia” (2002), Michel J. Moran; Editora LTC; 681 páginas. Fonte: Bibliotecas Unimep Os Mais, Mais... 16 HUMOR GRÁFICO SALÃO UNIVERSITÁRIO Celiana Perina Obra: Leo Valente consideravelmente nos últimos dias. Com relação às inscrições, fomos um dos primeiros salões do país a receber desenhos pela internet, fato hoje adotado por um número crescente de eventos do gênero”, destaca o coordenador do salão, professor Camilo Riani, que ressalta que a parceria com a Assessoria para Assuntos Internacionais, consolidada este ano, e a divulgação pela internet possibilitaram uma rapidez maior para que a proposta fosse difundida em várias partes do mundo. Ainda relacionado à informática está o perfil dos trabalhos recebidos pelo Salão Universitário Os vencedores serão anunciados no dia 6 de junho durante a festa de premiação, a ser realizada no átrio da biblioteca do campus Taquaral, onde também estarão expostos os trabalhos vencedores. Na ocasião estão previstas performances de “clowns” e a confecção de desenhos dos convidados por cartunistas. Estão confirmados para compor o júri de premiação a renomada dupla Gual (Gualberto Costa) e Jal (José Alberto Lovetro), que assina a criação do Troféu HQ-MIX e são autores de dezenas de personagens e projetos culturais; Jean, chargista oficial da Folha de S. Paulo; o próprio Baptistão, entre outros. Anote Dados sobre regulamento, bem como ficha de inscrição, fotos de salões anteriores, história e obras premiadas se encontram no site www.unimep.br/salaodehumor. Informações no tel. (19) 31241611 (das 8h às 12h) ou no e-mail [email protected]. da Unimep. De acordo com Riani foram confeccionados a partir da utilização de programas gráficos. “Existe um grande uso de inovações visuais, não por acaso, já que se trata de uma geração que cresceu tendo a informática no seu dia-a-dia”, observa. Prêmio Aos vencedores serão divididos R$ 3.000 em prêmios, além dos portfólios especiais – CDs com dados sobre a carreira, contatos, trabalhos e imagens de cada um dos artistas e escolhidos pelo júri – que serão enviados para profissionais da área do humor gráfico, imprensa, revistas e agências de publicidade. Após a cerimônia de premiação, estará disponível para votação a categoria internet, que permitirá que os internautas escolham o melhor trabalho selecionado. A arte do material de divulgação, como de costume nas edições anteriores, é confeccionada por um profissional do humor gráfico brasileiro. Nessa edição o desafio ficou a cargo do premiado caricaturista Eduardo Baptistão, que atua no O Estado de S. Paulo e é considerado um dos maiores profissionais da atualidade. Obra: Behzad / Iran Ainda dá tempo de se inscrever para a 16ª edição do Salão Universitário de Humor de Piracicaba-Unimep, que ampliou a possibilidade de participação, já que não só universitários de graduação e pós-graduação da América Latina, como de todo o mundo, podem mandar seus desenhos. As inscrições, que são gratuitas, se encontram abertas até 26 de maio e podem ser feitas pessoalmente, pela internet ou pelo correio nas categorias charge, cartum, caricatura e HQ (História em Quadrinhos). Criado com a finalidade de ser uma vitrine para o universitário, o salão é um projeto pioneiro dedicado especialmente ao segmento do humor gráfico. E não foi à toa que com a ampliação da participação os organizadores receberam, além dos brasileiros, trabalhos originários de países do Oriente Médio, Europa e América Latina. A expectativa é que o número de inscritos aumente nos últimos dias de prazo de inscrição. “A experiência dos anos anteriores mostra que a procura aumenta Obra: Rodrigo Godinho [email protected] História O Salão Universitário de Humor é um projeto dedicado especialmente ao universo do humor gráfico, que nasceu em 1992 com o propósito de ser um verdadeiro espaço para a manifestação artística e revelação de jovens talentos. Nele foram revelados craques do traço nacional, como Flávio Rossi, Rodrigo Rosa, Pryscila Vieira, Páffaro e muitos outros. No início com âmbito nacional, o evento passou a ser latino-americano, até chegar ao atual estágio, aberto a universitários de todo o mundo. Ao longo desses anos, mais de 1.000 universitários de todo o Brasil e América Latina participaram do evento, o que gerou um acervo com cerca de 1.500 trabalhos selecionados. O material traduz a história brasileira e mundial, por meio de sártiras de momentos críticos da política, sob o olhar do universitário.