Francisco em Roma
Reflexões 2013
Flash 2013
Francisco, já quase esquecido,
Um Bergoglio do sul da Terra
Que foi ser Bispo de Roma.
A Roma eterna,
De imperadores e césares,
De exércitos e poderes,
De mártires e papas.
Roma da idade da pedra,
Roma de mármore,
Roma florentina, gótica, veneziana,
Roma renascentista,
Quase moderna, pós-moderna,
Roma de todas as idades.
A Roma das cruzadas e das inquisições,
A Roma de pagãos e cristãos,
De monumentos e artes,
A Roma das colinas e das fontes,
A Roma de gatos e peregrinos,
Turistas e gaivotas,
Da dolce vita e das flores.
Roma de Galileu,
Roma de Giordano Bruno,
Roma da Navona e da Fontana di Trevi.
Roma de cardeais, das vestes clericais,
Dos padres e dos religiosos,
Das irmãs e dos irmãos.
Franciscanos e Jesuítas, Dominicanos e
Beneditinos,
Dos Maristas, dos Lassalistas,
Roma de fiéis e Roma de agnósticos,
De comunistas e cristãos.
Das cartomantes e dos iluministas.
A Roma das sandálias de pescador,
Do Banco do Vaticano,
De negócios mundanos,
Da magia religiosa e das manias,
Da basílica de São Pedro e dos
mendigos,
A Roma de todo mundo,
De um Bispo para o mundo.
Em algum canto de mesa,
Está um Bispo na liturgia simples de sorrir
e olhar.
O vinho, daí de perto, anoitece as
conversas,
E tece a amizade que retira as
excomunhões.
Enquanto isso,
O sereno da noite prepara os raios de sol.
E outra vez será dia,
E Francisco será Bispo de novo,
Bispo de Roma, de todas as romas.
Roma onde um Papa renuncia,
Muito raramente,
Onde Francisco de Assis foi ser pobre,
Onde Francisco dos Bons Ares, chegou
de ônibus.
Roma das tardes de domingo:
Onde o silêncio carrega de longe os
sons das liturgias,
O sol se espreguiça no horizonte,
À espera do anoitecer,
E as pizzarias se vestem de aventais.
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