DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO - DOP ANEXO A – ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS RETIFICADORES DO SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO EM TENSÃO CONTÍNUA. 1. INTRODUÇÃO Esta especificação técnica tem como objetivo estabelecer requisitos técnicos mínimos exigidos para os retificadores a serem implantados no sistema de alimentação contínua das subestações a serem automatizadas. 2. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS 2.1. PAINEL • O Retificador Carregador deve ser fornecido completo, para pronta utilização, com todos os dispositivos e acessórios montados e fiação instalada; • O Retificador deve ser construído com quadro de distribuição; • Os módulos retificadores deverão ser instalados em painéis de dimensões máximas 0,80m x 2,00mx 0,80m (L x A x P) devido ao espaço disponível para instalação; • O sistema de alimentação contínua será instalado em containers cujo compartimento disponível para instalação terá 4,5m x 2,50m x 2,30m (L x A x P) com previsão de instalação de outros painéis. • Dispor de canaletas para acomodar, suportar e conduzir os cabos às réguas de bornes e aos terminais dos componentes; • Estrutura robusta constituída por um conjunto metálico autoportante; • Quatro olhais para içamento localizados na parte superior do painel; • Abertura para entrada e saída dos cabos; • Todas as partes metálicas dos Painéis devem ser devidamente conectadas a barra de aterramento; DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP • Os painéis devem ter placa de advertência em português, nos pontos de tensões perigosas; • As partes energizadas do painel do retificador que possam causar perigo de choque para as pessoas, tais como barramentos, colunas retificadoras e fusíveis devem ser protegidas através de chapas de acrílico; • O painel deverá possuir tratamento e pintura adequados com grau de dureza suficiente para resistirem ao tempo. 2.2.TECNOLOGIA CONSTRUTIVA • Utilizar a técnica modular com tomada de encaixe tipo "plug in", para facilitar a retirada ou reposição dos módulos durante as manutenções, através da parte frontal do armário; • A montagem dos componentes deve ser feita de forma a permitir ventilação por convecção natural; • Se um módulo retificador for retirado de serviço por defeito os outros módulos devem assumir toda a carga automaticamente e deve ser sinalizado o defeito para que seja providenciada a substituição da(s) unidade(s) defeituosa(s) e se proceda(m) reparo(s) na(s) mesma(s); • Na ocorrência de uma falha no sistema de comunicação ou na unidade de supervisão, as funções do Módulo de Controle e da Monitoração e da Unidade Retificadora devem permanecer intactas; • A retirada de qualquer módulo com função essencial deve implicar em tensão de saída nula ou no desligamento da unidade; • O Retificador deve ser fornecido com no mínimo 03 (três) Módulos, mais um de Controle e Monitoração; • Módulo de controle e monitoração microprocessado com disponibilidade de operação manual e automática. 2 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP 2.3. COMPONENTES ELÉTRICOS • O barramento do consumidor de corrente contínua 125 Vcc deve ser constituído por barra retangular de cobre eletrolítico fixado rigidamente à estrutura por meio de suportes isolantes adequados para suportar os esforços eletromecânicos, correspondentes à máxima corrente de curto circuito prevista; • Os condutores devem ser contínuos, sem emendas ou derivações e instalados de tal forma que a isolação não esteja sujeita a danos mecânicos; • O isolamento da fiação deve ser de material que não propague a chama. • Para o dimensionamento das seções dos condutores, devem ser considerados o tipo de isolação, a intensidade das correntes e os esforços eletromecânicos; • A identificação da fiação deve ser do tipo origem/destino em cada extremidade do cabo. As extremidades dos condutores devem ser identificadas com anilhas não metálicas, com letras visíveis e indeléveis; • Os terminais para os circuitos de corrente devem permitir curto-circuitar as chegadas dos transformadores de corrente e realizar de forma segura as medições de corrente; • Deve dispor de disjuntores termomagnéticos para proteção dos circuitos de entrada e saída do Retificador, do Banco de Baterias e do Quadro de Distribuição; • Correção da tensão de saída em função da temperatura nas baterias, programável. 2.4. DESENHOS 3 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP • Independente dos desenhos fornecidos com a Proposta, o Contratado deverá submeter à aprovação, antes do inicio da fabricação, 2(duas) cópias dos desenhos do projeto do retificador; • Feita a análise dos desenhos, dentro do prazo de 15 (quinze) dias após publicação no diário oficial da união será devolvida ao Fabricante uma das cópias enviadas para exame, a qual receberá um dos seguintes carimbos: “APROVADO”, “APROVADO CONDICIONAL” OU “REPROVADO”. • Sempre que houver modificações anotadas nos desenhos, enviados ao Contratado, este deverá submeter novas cópias para aprovação. • Concluído o processo de aprovação, o Fabricante deverá fornecer um conjunto de cópias dos desenhos, além de CD-ROM contendo todos os desenhos em formato “dwg” compatível com software AutoCAD. • O FORNECIMENTO só será realizado com a APROVAÇÂO da CERON após analisados os desenhos e estruturas dos equipamentos. 2.4. RELAÇÃO DE DESENHOS • Planta, vistas e cortes, com dimensões e peso; • Desenhos da base ou dos suportes das bases, com detalhes suficientes para a preparação das fixações. • Desenhos da placa de identificação; • Esquemáticos e desenhos de fiação interna, incluindo blocos terminais. • Cronograma de fabricação, com todas as etapas do fornecimento, inclusive os ensaios. 4 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP 3. CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS 3.1. FILTROS DE ENTRADA CA • O projeto deve prever a utilização de filtros adequados para redução de harmônica a valores inexpressivos, no que se refere à possibilidade de interferência em outros equipamentos alimentados pela rede. 3.2. FILTROS DE SAÍDA CC • Os circuitos relacionados à estabilidade de saída devem ser projetados de maneira a conter somente componentes de alta confiabilidade. 3.3. UNIDADE RETIFICADORA • Ser totalmente independente; • Permitir conexão tipo plug in sem auxilio de qualquer tipo de ferramenta, ou seja, os módulos podem ser conectados ou desconectados do sistema sem a necessidade de desligar disjuntores ou chaves mesmo com o equipamento ligado; • Possuir proteção contra sobreaquecimento; • Sinalizar defeito na UR; • Possuir proteção contra picos de tensão na entrada e na saída; • Manter a tensão de saída dentro dos valores especificados desde a energização a frio até a estabilização da temperatura; • Possuir proteção contra curto-circuito; 3.4. UNIDADE DE DIODO DE QUEDA 5 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP • A unidade de diodos de queda deve ser comandada automaticamente, através de um sensor de tensão, ligado ao barramento do consumidor, e a mesma permitirá ao retificador quando estiver em equalização, não deixar que a tensão para o consumidor ultrapasse 125 ± 10% Vcc. 3.5. MÓDULO DE CONTROLE, MONITORAÇÃO E PROTEÇÃO • Controlar a tensão de saída do retificador; • Limitar a corrente de saída do retificador; • Limitar a corrente de saída para a bateria; • Recarregar a bateria automaticamente; • Detectar eventos anormais e sinalizá-los via contato seco e display; • Controlar Unidade de Diodos de Queda; • Proteger a unidade retificadora. 3.6. SENSORES E SINALIZADORES • O retificador deve dispor de sensores capazes de desativar a unidade retificadora de operação quando a fonte de alimentação apresentar assimetria, inversão de seqüência de fase, subtensão ou sobretensão. • A reativação deve ser efetuada automaticamente com o restabelecimento das condições normais de operação. • Deve dispor de sensores capazes de monitorar o estado de carga da bateria, comandando automaticamente o retificador para o regime de carga de equalização, com limitação de corrente e tensão máxima préajustada. Completada a carga, este dispositivo deve comandar o retorno do retificador ao regime de flutuação. 6 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP • O retificador deve dispor de comando que possibilite interromper a qualquer momento o processo. • O retificador deve dispor de sensores capazes de desligar o retificador no caso de defeitos no mesmo que resultem em sobretensão ou subtensão em sua saída, mantendo o quadro de serviços auxiliares sempre ligados à bateria independente de qualquer situação. • Possuir sensores para dispositivo de entrada gradativa, Sensor de falha CA, Sensor de bateria em descarga, Sensor de subtensão CC, Sensor de sobretensão CC, Sensor de flutuação anormal, Sensor de temperatura de bateria alta, Sensor de fusível / disjuntor aberto, Sensor de alarme remoto sumário, Dispositivo de detecção de Fuga à Terra. 3.7. MÓDULO DE SUPERVISÃO O projeto do Retificador deve contemplar um Sistema de Supervisão que desempenhe as seguintes funções: • Sistema de comunicação; • Interface homem-máquina; • Software supervisório; • Unidade de Processamento. 3.8. SISTEMA DE COMUNICAÇÃO • O Retificador deve dispor de um sistema de comunicação que permita ao operador o acesso às informações armazenadas em sua memória; 7 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP • ACESSO LOCAL através de uma Interface Homem Máquina (IHM), instalada na parte frontal do Retificador, composta por teclado digital e display de LCD; • ACESSO LOCAL através de micro-computador portátil via porta serial de comunicação (RS 232), instalada na parte frontal do Retificador, e software de usuário, que deve fazer parte do fornecimento; • ACESSO REMOTO através de sistema supervisório via porta dedicada para comunicação remota; • Protocolo de comunicação DNP3; • O retificador deve ter a opção de reposição remota de sinalizações e reposição local mediante teclado frontal. 3.9. SOFTWARE SUPERVISÓRIO A contratada deve fornecer Software Supervisório compatível com instalação em sistema operacional “Windows 7” ou “Windows 8”, permitindo no mínimo: • Visualizar e alterar parâmetros; • Visualizar, reconhecer e fazer download de alarmes e status do retificador; • Acessar as unidades de comando e controle dos retificadores tanto local quanto remotamente. 3.10. UNIDADE DE PROCESSAMENTO A unidade de comando e controle deve ser microprocessado e ser capaz de realizar as seguintes funções básicas: • Medir grandezas elétricas; • Monitorar e comandar corrente, tensão, temperatura, etc; 8 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP • Comandar o retificador. 3.11. MEDIÇÃO A unidade de comando e controle deve dispor de recurso para medir, no mínimo, as seguintes grandezas: • Tensão alternada na entrada do retificador (Vab, Vbc, Vca); • Corrente alternada na entrada do retificador (Ia, Ib, Ic); • Tensão de saída de Consumidor e Bateria (Vcc); • Corrente de saída de Consumidor e Bateria (Icc); • Todas estas grandezas medidas devem ser acessadas pelo operador via IHM local, via porta serial no frontal do retificador e via sistema supervisório remoto. 3.12. EVENTOS A unidade de supervisão deve gerar, no mínimo, os seguintes eventos (Alarme e Estado): • Retificador normal; • Retificador Anormal; • Retificador Ligado; • Retificador Desligado; • Ausência de fase CA; • Sobretensão CA; • Subtensão CA; • Bateria em Descarga; • Bateria Crítica; • Bateria Normal; • Sobretensão CC; • Subtensão CC; 9 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP • Fuga à Terra; • Flutuação Anormal; • Recarga; • Temperatura de Bateria alta; • Fusível/Disjuntor Aberto (gerado após a detecção de algum dos fusíveis de proteção dos componentes da bateria aberto); • Autoteste Normal (gerado após o início do autoteste de descarga de baterias); • Falha no Autoteste (gerado após detectado falha no autoteste de descarga de baterias); • Resete de eventos e alarmes. • O acesso a estes eventos deve ser possível através da IHM local, via porta serial no frontal do retificador e via sistema supervisório remoto. 3.13. COMANDOS O retificador deve permitir realizar os seguintes comandos a partir do teclado da IHM no frontal do retificador, através de um computador portátil via porta serial no frontal do retificador e a partir do sistema supervisório remoto: • Reposição dos alarmes memorizados; • Liga/Desliga Retificador; • Comando de Recarga das Baterias; • Comando de Flutuação das Baterias; • Teste de descarga nas baterias. 3.14. SOFTWARE 10 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP O Retificador deve dispor de um programa compatível em Windows 7 ou Windows 8, com interface ao usuário que permita realizar de forma amigável a configuração e ajuste do retificador, leituras de eventos e visualização de valores medidos a partir da IHM no frontal do retificador ou de um computador local ou remoto. Este software deve permitir ao usuário acessar e configurar os seguintes dados: • Data, hora, minuto, segundo; • Tensão alternada na entrada do retificador (Vab, Vbc, Vca), corrente alternada na entrada do retificador (Ia, Ib, Ic), tensão na saída do Retificador (Vcc), corrente na saída do Retificador (Icc), tensão da Bateria (Vcc), Corrente da Bateria (Icc); • O estado do Retificador (ligado/desligado); • Os registros de eventos armazenados na memória com data, hora, minuto, segundo e milissegundo; • Limpar os registros de eventos e alarmes; • Executar comandos de Liga/Desliga Retificador; • Liga/Desliga Recarga de Baterias, • Liga/Desliga Flutuação de Bateria; • Habilita/Desabilita AutoTeste de Baterias; • A execução confirmada de qualquer comando deve gerar um evento. 4. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DOS RETIFICADORES. Quantidade de Retificadores 06 (seis) retificadores; dois para cada subestação, operação com redundância. Quantidade Retificadores de painéis para 03 (três) painéis, sendo cada um com 2 (dois) Retificadores; 11 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP Quantidade de módulos por 03 (três) módulos de 20A cada um, mais Retificador 01 (um) módulo de supervisão e controle. Corrente de saída 20A por cada módulo. Tensão de entrada 220 Vca Tensão de saída 125 Vcc (± 10%) Frequência 60 Hz Desequilíbrio de corrente < 5% (condições nominais) Configuração Trifásica Regulação estática da tensão ± 1% de 0 a plena carga Regulação dinâmica < 300ms Ripple na saída ≤ 2% da tensão de saída Rendimento Global > 90% a plena carga Tensão de Flutuação para as 2,2V ajustável ou de acordo com o banco baterias de baterias fornecido Tensão de Equalização para as Ajustável e de acordo com o banco de baterias baterias fornecido Quadro de distribuição 48VCC No mínimo 6 (seis) consumidores em 48 fornecido juntamente com cada Vcc, sendo 3 (três) de 10A e 3 (três) de retificador 15A; Unidade de diodo de queda Sim Conexão Hot Plug In Correção da tensão de saída em Sim função da temperatura Proteção de entrada Disjuntor tripolar na entrada da rede, protegido por varistores e com desconexão em caso de sobretensão. Proteção na saída Disjuntores na saída para o banco de baterias e consumidores, limitadores automáticos de intensidade de saída, 12 DIRETORIA DE OPERAÇÃO – DO DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO DA DISTRIBUIIÇÃO - DOP Proteção contra sobretensão de saída com seletividade do módulo causador e desconexão do mesmo. Fator de potência > 0,99 Distorção Harmônica < 5% Temperatura de Operação - 2°C a +70° C Refrigeração Ventilação forçada de acordo com a temperatura Umidade 5% a 95% UR sem condensação Proteção contra temperatura alta Sim na ponte retificadora Resistor de aquecimento com Sim termostato Iluminação interna com lâmpada Sim Sensor para carga automática Sim Desconexão de consumidores e Sim baterias por baixa tensão 5. OPERAÇÃO DO CONJUNTO O sistema é formado por um retificador microprocessado modo de Operação manual/automático, com entrada trifásica, que alimenta o consumidor e carrega simultaneamente as baterias. Quando faltar energia, a bateria continuará alimentando o consumidor, inclusive o conversor cc/cc até que a rede comercial retorne e recarregue novamente a bateria. Todo o controle e supervisão do sistema será realizado por microcontrolador e acessível no local via interface Homem-Máquina “IHM” ou remotamente via sistema de comunicação com protocolo aberto DNP 3.0. 13