nº10 abril/Maio/Junho 2013 www.revistaoutdoor.pt outdoor Revista Torna-te fã trailers portugueses nascidos para correr por Aurélio Faria Entrevista Trail Running no Feminino Aventura com Natércia Silvestre Ararat por Luísa Tomé soS Sobrevivência Urbana projeto Desafio a Dois descobrir Pequenas Rotas de Arouca desporto adaptado A Hipoterapia Diretrizes EDITORIAL 05 GRANDE REPORTAGEM Trailers portugueses, Nascidos para correr! 06 PUBLIREPORTAGEM — Connect to your World com a Merrel 14 nº10 Abril a Junho 2013 EM FAMÍLIA EVENTO — 8ª Maratona do Douro Vinhateiro 18 ATIVIDADE — Caminhada Forte Ajuda Grande 20 VIAGEM — As rosas de Atacama 22 06 aventura DESAFIO — Juncal, Nova Via de Canyoning 24 DESAFIO — Ararat por Luísa Tomé 28 CRÓNICA — Lousã, Uma caminhada Interna por Sílvia Romão 34 entrevista Natércia Silvestre — Trail Running no Feminino 40 POR TERRA DESCOBRIR — Geoparque de Arouca 46 ROTAS — PR´s de Arouca 50 EVENTO — Oh meu Deus 2013 60 INDOOR — Preparação Indoor para Trail Running 64 ÁGUA atividade — Canyoning 66 SUGESTÕES — Onde fazer Canyoning em Portugal 68 FOTOGRAFIA PORTFOLIO DO MÊS — Sérgio Azenha 74 FOTO-REPORTAGEM — Os Geosítios de Arouca 80 SOS Sobrevivência Urbana por Luís Varela 86 Após 12 horas de trabalho, que partilha desportiva há entre um médico de 57 anos e um empresário quarentão de horários incertos? Na grande reportagem teremos a resposta dada por Aurélio Faria. 40 DESCOBRIR LIVRO AVENTURA — Alma de Viajante 90 PROJETO — Desafios a 2 94 kids campos de férias e FESTAS DE ANIVERSÁRIO com aventura ATIVIDADES OUTDOOR 98 102 DESPORTO ADAPTADO HIPOTERAPIA Natércia Silveste, um nome do Trail em Feminino. Para Natércia, o trail começou quase por engano... Hoje é uma das principais atletas desta modalidade em Portugal. 106 ESPAÇO APECATE Certificação de Activos em Turismo de Ar Livre: RVCC ou Reconhecimento APECATE? 112 PUBLIREPORTAGEM 116 EQUIPAMENTO 120 a fechar 122 106 Ana Marisa Brito, conta-nos a importância da hipoterapia e dá-nos a conhecer alguns casos reais de crianças portadoras de deficiências que aderiram a esta modalidade. Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores. Não é permitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista. Editorial Ficha técnica chegou o número 10! N esta edição rendemo-nos à nova febre do Mundo Outdoor: o Trail Running! Identificámos praticantes desta modalidade e surpreendemo-nos com a quantidade de fãs que está a atrair (acreditamos que inspirados na fantástica história de Carlos Sá, que revelámos na edição 6). Sabiam que o João Garcia e João Rodrigues já praticam Trail Running? Descubram estes e outros praticantes portugueses na grande reportagem. Também temos revelações no feminino: Natércia Silvestre, na grande entrevista. Ainda no Trail Running, descobrimos alguns eventos que se vão realizar, ideais para quem se pretende aventurar na modalidade e damos a conhecer mais um fantástico fotógrafo português, num portfólio dedicado aos fãs de corridas na natureza. Parando de correr e passando a caminhar, aceitem o nosso convite internacional: explorar o Ararat com a Luísa Tomé. Por cá, sugerimos o Geoparque de Arouca e apresentamos algumas das suas rotas. www.portalaventuras.clix.pt Edição nº8 WPG – Web Portals Lda NPC: 509630472 Capital Social: 10.000,00 Rua Melvin Jones Nº5 Bc – 2610-297 Alfragide Telefone: 214702971 Site internet: www.revistaoutdoor.pt E-mail: [email protected] Registo ERC n.º 126085 Editor e Diretor Nuno Neves | [email protected] Marketing, Comunicação e Eventos Isa Helena | [email protected] Sofia Carvalho | [email protected] BEBIANA CRUZ | [email protected] Porque o tempo já convida, que tal iniciar-se no Canyoning? Tome nota de alguns dos locais onde pode praticar a modalidade em Portugal. Se gosta do tema, não perca a aventura da abertura da maior via de canyoning existente no nosso país. Revisão Cláudia Caetano Na secção do desporto adaptado o destaque vai para a hipoterapia. Neste artigo pode conhecer alguns casos reais de crianças portadoras de deficiências que aderiram a esta modalidade. Colaboraram neste número: Amâncio Santos, ana barbosa, Aurélio Faria, filipe morato gomes, ivo brandão, luís varela, luísa tomé, marisa brito, natércia silvestre, sérgio azenha, sílvia romão, telmo veloso. Para fechar e, para além das habituais sugestões de equipamentos e atividades para miúdos e graúdos, queremos que estejam preparados para sobreviver a catástrofes em meio urbano. Este é o convite do SOS desta edição. E aproveitando a primavera, sugerimos que aproveite o bom tempo para quebrar a rotina do dia a dia e abrir o espírito para um enorme mundo de aventuras tão perto de nós! Divirta-se! Até julho e… boas aventuras. ø som bebiana cruz Design Editorial Inês Rosado Fotografia de capa berg outdoor Desenvolvimento Ângelo Santos 5 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Grande Reportagem Por Aurélio Faria 6 Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR Grande Reportagem Trailers Portugueses TRAILERS PORTUGUESES, NASCIDOS PARA CORRER Grande Reportagem A pós 12 horas de trabalho, que partilha desportiva há entre um médico de 57 anos e um empresário quarentão de horários incertos? Que gosto comum une um alpinista dos Himalaias a um velejador do Atlântico? O que é que reforçou o casamento entre uma técnica de Recursos Humanos e um engenheiro químico? A resposta simples é: Trail running. A explicação mais original pode estar na Mensagem de Fernando Pessoa e no poema breve mais conhecido da língua portuguesa, tornado lema de vida por um trail runner de 57 anos, o economista e administrador bancário João Neto. mista que inclui no palmarés a participação em Ultratrails (provas superiores a 42,195km, a distância da maratona) e em provas extremas como a Maratona das Areias (240km em autonomia no deserto do Sahara), o Ultratrail do Monte Branco (168km) e a Comrades (89km, África do Sul) Outsider que pratica a modalidade como complemento ao treino sem altas montanhas quando está em Portugal, o alpinista João Garcia destaca «a camaradagem única e a família fantástica» que são os trail runners portugueses. «É engraçado perceber a origem desportiva de cada um: há aqueles oriundos do atletismo de estrada, os que vieram da BTT, e os começaram no montanhismo/pedestrianismo, e que, tal como eu, querem cumprir mais rápido a mesma distância.» - descreve Garcia. Há ainda os praticantes improváveis como João Rodrigues. O velejador e atleta olímpico madei«(...)Tudo vale a pena se a alma não é pequena rense iniciou-se na modalidade em resposta ao Quem quer passar além do Bojador desafio de uns amigos inscritos numa prova na Tem que passar além da dor. floresta Laurissilva de Santana. «Pela simples Deus ao mar o perigo e o abismo deu, razão de viver numa ilha com uma natureza abMas nele é que espelhou o céu. » solutamente ímpar, ao mesmo tempo agressiva e desafiadora, ter o privilégio de correr neste ceA Associação de Trail Running de Pornário, foi e é uma necessidade!» - explica tugal define a modalidade como o atleta de 41 anos que sempre adorou corrida pedestre em Natureza, O mesmo a sensação de caminhar ou correr com o mínimo de 10% de perem plena natureza, e pratica Trail gosto pela Natucurso pavimentado em serra, running como complemento da reza, e a vontade de montanha, alta montanha, e preparação para o windsurf. planície, e em terrenos como transpirar e ultrapasestradões, caminhos e trilhos A família fantástica de que fala sar limites levou David florestais. João Garcia inclui ex-maratoFaustino a sair das Aos 54 anos, faça chuva ou nistas amadores como o emcorridas em alcabrilhe o sol, de dia ou já noite presário João Neto que desejava escura, sinta frio ou transpire apenas recuperar a forma física. trão. de calor, Rui calça as sapatilhas e Aos 43 anos concilia corrida e gosto sai de casa para treinar, e prepararda natureza «Não há melhor conjugação. -se para corridas extenuantes de 10 horas, Neste momento não preciso de motivações, mas que o deixam sempre relaxado e despreo- estou completamente viciado. Sinto-me bem e cupado. faz parte do meu dia a dia, tal como comer ou dormir.» UMA FAMÍLIA FANTÁSTICA «Depois de ter tentado diversas atividades, che- O mesmo gosto pela natureza, e a vontade de guei à corrida e acabei por ficar. Porque é fácil, transpirar e ultrapassar limites levou David permite pensar e meditar em muitas coisas en- Faustino a sair das corridas em alcatrão. «Gosquanto corremos em contacto com a natureza. tando de correr e de ar livre, a escolha foi naE eu adoro a montanha, apesar de ter vertigens tural.» O engenheiro químico de 47 anos subterríveis!» - conta Rui Pedras que começou a pra- linha a motivação proporcionada pelo equilíbrio ticar trail running pela necessidade de mudar de físico e psíquico. «A cada treino ou prova, essa estilo de vida. motivação fica reforçada. E o facto da minha «Penso em muitas coisas, normalmente posi- mulher participar comigo nas provas e em tivas. Se começarem a surgir pensamentos nega- muitos treinos, é só por si uma importante fonte tivos, a prova não vai ser acabada ou vai ser mal de motivação porque partilhamos objetivos e acabada! Já encontrei soluções para problemas experiências.» David recorda, em particular, complexos durante a corrida!» - relata o econo- os quilómetros finais das duas últimas provas 8 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Grande Reportagem Trailers Portugueses Rui Pedras com Carlos Sá e Armando Teixeira no Ultra Trail do Monte Branco de 100kms em que participou em Espanha. Em ambas, encontrou casualmente Isabel «É marcante o facto do companheiro nessas aventuras, principalmente nos momentos finais onde o desgaste é elevado e as emoções estão ao rubro, ser o nosso companheiro de vida.» Isabel Moleiro é técnica de Recursos Humanos e aos 45 anos, satisfeita a curiosidade, acabou por encontrar motivações para partilhar experiências e objetivos desportivos longe do ar condicionado.«Proporciona-me bem estar físico e psicológico, para além de ser uma modalidade que consigo conciliar com a minha vida profissional e familiar.» E aos 57 anos, Pedro Amorim é um dos veteranos da modalidade em Portugal. No trail running, o médico anestesista e professor universitário recuperou o gosto da juventude pela montanha e pela aventura, e encontrou forma de combater o stress de turnos laborais de 12 horas. «Além de adiar o envelhecimento, permaneço saudável, faço amigos e socializo...» íDOLOS E PROVAS Dean Karnazes, Killian Jornet e Ann Trason são referências internacionais dos trailrunners portugueses. Em Portugal, todos referem com orgulho o nome de Carlos Sá como atleta de renome mundial. Armando Teixeira e Susana Simões e Rosália Camargo são também apontados como modelos desportivos. Em Portugal, o Ultra Trail da Serra da Freita, o Trilhos dos Abutres, a OMD Run Series Vila do Rei, a Madeira Island UT, o Trail noturno da Lagoa de Óbidos e Barcelos Amigos da Montanha são algumas das provas mais concorridas. No estrangeiro, o EcoTrail Paris (80 kms) deste ano contou já com a participação de trailers portugueses. David Faustino e Isabel OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 9 Grande Reportagem conversas com atletas com quem partilhou 2 O CÉU E A SOLIDÃO Do suor, das cãimbras ou 3 horas de percurso em provas anteriores. e das dores musculares Depois, diz «fico atento, oiço, cheiro, toco na não se fala aos profanos vegetação e nas pedras, desfruto dos abastecida modalidade. Os trail mentos, cumprimento os habitantes locais com runners preferem sempre quem me vou cruzando, e algumas horas derecordar os momentos pois chego, feliz por não ter pensado em nada felizes. «A mais difícil foi do que habitualmente me atormenta.» Mais raa Freita» - recorda João cional, Isabel explica que «os pensamentos vão Neto. «Por ser a mais longa surgindo e, procuro pensar em coisas positivas, e com mais altimetria, de que sou capaz...» tenho boas memórias do percurso e das conversas. O TREINO A única má memória são Conhecer um trail runner amador é também coas dores musculares, mas nhecer alguém que, por mais que trabalhe, tem habituamo-nos incrivel- sempre tempo para correr num dia de 24 horas. mente depressa» Já para Rui Pedras, nada David Faustino garante que a conciliação é conseguida com disciplina. «Treina-se sempre se compara à expeque possível e não se pode passar riência de abril tempo improdutivo no escritório. de 2011 e Os Horário de treino só mesmo ao «céu treinos variam João Garcia no fim de semana, com saída fantásconsoante a minha por volta das 9h30. Durante tico do deserto do Sahara e a semana, por vezes muito disponibilidade e as à solidão, durante a noite cedo (no verão), de prefeda etapa mais longa da Maprovas programadas. rência ao início da manhã, ratona das Areias. Rui desNormalmente faço treinos mas também muitas vezes à taca ainda outras 2 provas: mais curtos durante a noite, depois das 22h.» «O início da Comrades Marathon (cerca de 90 kms) na semana e ao fim de David é também o treinador África do Sul, quando os partisemana são mais de Isabel, mãe trabalhadora, e cipantes entoam a Shololosa e o longos.» sempre com tempo para treinar hino sul africano… é uma emoção «Não é uma tarefa fácil… O meu hotremenda! O mais difícil até hoje: rário ideal é de manhã bem cedo, antes a neve nos primeiros 50 kms da Western States, prova de 160 kms na Califórnia, o que em da família acordar entre as 06h00 e as 07h00... montanhas, para quem tem vertigens como eu, Os treinos variam consoante a minha disponibilidade e as provas programadas. Normalmente foi extraordinariamente difícil.» faço treinos mais curtos durante a semana e ao David Faustino afiança que tenta controlar a fim de semana são mais longos.» inquietação nos minutos antes da partida em Rui Pedras 10 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Armando Teixeira Isabel em prova Isabel e David João Rodrigues Grande Reportagem Trailers Portugueses João Garcia Normalmente,e para evitar lesões, realizo-os longe de provas relevantes. Procuro escolher percursos técnicos, que exijam atenção constante, e não escolho percursos rápidos, porque não servem os meus propósitos para a prancha à vela». Para Pedro Amorim, que trabalha diariamente 12 horas, e por vezes aos fins de semana, as sapatilhas são calçadas para correr depois das 22h ou 23h, ou até mesmo mais tarde. «Os treinos têm normalmente entre 8 e 30Kms, sendo a distância mais habitual os 12 a 15kms, ou então cerca de 2 a 2h30mins para treino mais técnico.» - explica este médico do Porto. Rui Pedras diz que o importante é «encontrar sempre um período para treinar, seja a que horas for. Aos fins de semana, o treino é matinal; durante a semana de trabalho, o treino é à noite. Desde intervalos de 400 metros a treinos de longa distância, que podem ir até aos 60/70 kms aos sábados ou aos domingos.» João Neto aproveita também organizar da melhor maneira os intervalos laborais. «Treino muitas vezes às 6:30 da manhã, também à hora do almoço e quase sempre faço treinos longos aos fins de semana. Procuro fazer muitas subidas e nas fases que estou a preparar Maratonas para recorde pessoal, faço muitas séries.» Trail runner por carolice, o velejador João Rodrigues treina de acordo com a programação da época de prancha à vela. «Normalmente, e para evitar lesões, realizo-os longe de provas relevantes. Procuro escolher percursos técnicos, que exijam atenção constante, e não escolho percursos rápidos, porque não servem os meus propósitos para a prancha à vela». OBJETIVOS Aumentar as distâncias percorridas e o prazer retirado de cada experiência é o objetivo dos praticantes regulares de trail running. Para quem prefere correr até 12 horas e distâncias entre 60 e 100km, como David Faustino, a próxima etapa é a participação na prova com mais desnível do mundo «Vou continuar a tentar ir ao Ultra Trail do Monte Branco… Por isso, se o sorteio permitir, talvez para o ano!». Para se candidatar ao sorteio, David terá de obter 7 pontos em não mais que três provas realizadas durante o ano. OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 11 Grande Reportagem Os 168km e 10km de desnível positivo da famosa corrida dos Alpes são também o objetivo de Pedro Amorim e João Neto nos próximos 2 anos. Pedro sonha ainda com a mais mítica das provas, a Maratona das Areias e os 240km em autonomia no deserto do Sahara. Rui Pedras, que cumpriu já as duas provas, e correu ainda a Comrades, na África do Sul, continua a preferir as provas de montanha com trilhos pouco técnicos «A Western States (100 milhas, Califórnia) é a prova que mais me fascina, até porque desisti aos 90 kms, o que me obriga a pensar que tenho de regressar! Para 2013, o grande desafio é o Tor des Géants (330km), em setembro, nos Alpes italianos». Depois de ganhar endurance nos 45/50km, Isabel Moleiro experimentou novas distâncias de 98km e 103km. «Não me dei mal, pelo que julgo estar numa nova fase e à procura de novos desafios». Atletas de outras modalidades, João Rodrigues e João Garcia não têm objetivos tão ambiciosos. O velejador madeirense prefere continuar a apostar em trails curtos que permitam desfrutar da Natureza da ilha. Por sua vez, e habituado à autonomia das expedições himalaianas, o alpinista lisboeta não faz questão de participar em ultratrails concorridos. «Para a minha idade e para aquilo que treino, 5070km é a distância preferida. 100km já envolve sacrifício e capacidade de sofrimento que não tenho necessidade porque me obriga a treinar só atletismo com risco de lesões.» AOS INICIADOS, DIGO... David Faustino garante que, «com o mínimo de preparação, qualquer um termina uma prova de 10kms em 40 minutos, ou em 2 horas. «Mas todos nós, no fim de um ou dois anos de trail, tivemos uma má prova longa, que não terminámos. A longa distância não perdoa!» - avisa o trail runner que aconselha os estreantes a iniciar-se por «distâncias pequenas, ir aumentando muito gradualmente, até ganhar experiência antes de arriscar distâncias mais longas. Isabel Moleiro confirma os conselhos do marido, e acrescenta que é preciso «criar rotinas, disciplina, e objetivos. Se não for capaz sozinho, arranjar amigos para correr.» Como médico-atleta, Pedro Amorim dá os conselhos mais enquadrados: «Deve evoluir-se passo a passo, com calma. Aprender a sentir o corpo. Alternar corrida e marcha. Procurar o “cross training”. Juntar-se a um grupo ou clube. Fazer musculação e aquecimento e estiramentos. Nadar, Pedalar, Ir ao ginásio. Participar em provas, populares de strada ou de trail ou montanha. Ler. Procurar os melhores sites e blogues e revistas e livros. Assinar uma boa revista.» Já João Neto diz que «é só começar e evoluir durante um ano até não custar. Depois, é automático...». Como alpinista habituado a outras provações, João Garcia dá conselhos práticos. Aos iniciados, digo que é preciso ir primeiro a algumas provas, a trails curtos (inferiores a 21,0975km, a distânica da meia maratona), e João Neto com outros atletas portugueses na partida da Comrades, África do Sul. 12 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR aprender teoria do treino com outros atletas. Devemos evitar overtraining e nunca dar passos maior que as pernas. As lesões maltratadas acompanham-nos para o resto da vida» Grande Reportagem Trailers Portugueses Carlos Sá Filosoficamente, Rui Pedras conclui que «a vontade, a paciência e a disciplina são os elementos essenciais, e que vamos adquirindo com o tempo. A recompensa final é enorme: sentimo-nos melhor com nós próprios e com os outros.» SEM ARREPENDIMENTOS... Felizes os que participam nas provas e, terminam sem lesões podia ser uma das ladainhas dos trail runners. Para quem começou sozinho, e por iniciativa própria, David Faustino ganhou já muitos novos amigos na modalidade. E reforça a opinião de Isabel Moleiro que sublinha o «espírito de entreajuda, partilha e respeito que existe entre atletas, com muito poucas atitudes desportivas anti-éticas». Conclui Pedro que «as longas distâncias requerem sobretudo superação mental e como a idade proporciona sabedoria e experiência, torna-se mais fácil resistir à dor, ao sofrimento e superar os limites.» E como é possível esquecer o sofrimento e o esforço físico extremo? Os lemas de vida de cada um respondem à questão. «Um dia, quando olhares para trás, só te irás arrepender do que não fizeste» - responde David Faustino. Isabel prefere antes a frase de Horácio. “A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas”. Pedro Amorim cita Nelson Mandela “It always seems impossible until it's done”. (Até que seja feito, parece sempre impossível.) Aurélio Faria Jornalista Fotos: Lina Branco Costa Mas é Rui Pedras, o trail runner que cita Fernando Pessoa, que melhor resume o espírito da tal família fantástica: «Penso sempre na máquina que é o corpo humano e nas pessoas que me são mais próximas: os meus filhos e a minha mulher, estão sempre comigo, e têm uma paciência enorme para esta minha atividade. Espero, na minha próxima Marathon des Sables, levar a minha filha Inês! Já andamos a treinar.» ø OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 13 Publireportagem “Connect to Your World” com a MERRELL A MERRELL dá-lhe um motivo para se desligar das tomadas, sair de casa e conectar-se com o ar livre e com os outros através da sua campanha “Connect to Your World” da linha M-Connect. Esta campanha proporciona uma experiência outdoor mais rica, celebrando os benefícios do ar livre e a ligação ao que nos rodeia. A linha M-Connect conjuga todas as facetas da MERRELL, desde a ligação ao terreno à abordagem minimalista no design dos modelos. Através de quatro coleções - Barefoot, Bare Access, Mix Master e Proterra - , a M-Connect apresenta várias propostas para atletas adeptos da natureza, através de um ajustamento mais natural e de um design que garante maior rapidez e leveza, seja no asfalto, na pista, na montanha ou num treino mais generalizado. Cada uma das coleções garante soluções para as necessidades de cada atleta em cada atividade dependendo da finalidade do treino e do terreno. 14 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR “ Connect to Your World” chega com os 4 Fundamentals of Outside Fitness, um programa de fitness em quatro etapas, concebido por Tim Ferriss, mentor da MERRELL, autor e adepto do minimalismo, que contempla todo o corpo para um benefício otimizado através da conexão ao ar livre. “A campanha “Connect to Your World” é a nossa maneira de inspirar todos a reconectarem-se com o ar livre e com os que os rodeiam,” afirmou Craig Throne, vice-presidente de marketing da MERRELL. “Os nossos fãs continuam a dizer-nos o quanto apreciam estar ao ar livre quando conseguem sentir o terreno que pisam. Esta ideia de sentir e conectar-se com o terreno orientou a marca para criar formas de desbloquear o ponto de ligação – com os modelos minimalistas da linha M-Connect e uma campanha conjunta que chama todos para a ação. Os 4 Fundamentals of Outside Fitness são a forma “A conexão, para mim, significa ter a noção do que nos rodeia, assim como estar presente no próprio corpo enquanto este se relaciona com o que está ao seu redor,” afirmou Tim Ferriss, o autor do bestseller The 4-Hour Body. “O importante a reter deste programa é que o fitness tem de ser simples e elegante para cativar o maior número de pessoas. Desenvolvi os 4 Fundamentals com uma abordagem minimalista, focando-me no poder da conexão com o ar livre, o que, espero, tire as pessoas da frente dos ecrãs e as desperte para a natureza, mesmo que seja por curtos períodos de tempo.” Os 4 Fundamentals são quatro movimentos simples que trabalham um maior número de músculos no menor tempo para um efeito otimizado. É um programa inclusivo que pode ser realizado por uma pessoa, por um grupo num parque na cidade, ou mesmo como parte de um treino mais alargado. O objetivo é que as pessoas saiam para o ar livre de uma forma ativa e conectada com o mundo. Os essenciais incluem: 1. The Trap Walk – um movimento inspirado no yoga que ajuda a aquecer todo o corpo 2. The Cat Crawl (ou a variação Bear Crawl) – um exercício de gatas, para trás e para a frente, que conecta as mãos e os pés ao terreno e tra- KIDS homem mulher OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 15 Publireportategm Conect to your World que criámos com Tim Ferriss para encorajar todos a saírem para a rua e conectar-se.” Publireportagem 16 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Publireportategm Conect to your World balha o core 3. The Blurpee – uma variação do blurpee tradicional que trabalha os músculos das costas ao puxar as pernas e glúteos para a frente 4. The One-Legged Pistol – um agachamento numa só perna Através da campanha “Connect to Your World”, a MERRELL pretende demonstrar visual e socialmente a importância de se reconectar com o ar livre e com os outros. Para marcar o lançamento da campanha, a MERRELL apresenta a sua linha M-Connect, que proporciona uma conexão otimizada ao terreno graças ao seu design minimalista. ø OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 17 Em Família Evento EDP 8ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro O ra aí está mais uma edição daquela que é já aclamada como A MAIS BELA CORRIDA DO MUNDO, a EDP 8ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro. Terá lugar no próximo dia 19 de Maio, pelas 11.00 horas. Um corrida de vinte um quilómetros sempre ao longo das margens do Rio Douro, a escassos metros do espelho de água, com as gigantescas encostas vinhateiras (quer de um lado, quer do outro). Uma estrada plana, que serve de pista, e uma linha de comboio na outra margem que parece acompanhar todo o percurso. Uma corrida que oferece a serenidade silenciosa do Vale do Douro e o fascínio do cultivo secular dos Vinhos do Douro e Porto. Com organização da Global Sport, o evento conta com o intenso apoio da melhor maratonista de todos os tempos a nível mundial, a madrinha Rosa Mota, que desde 2010 oferece a imagem 18 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR ao projeto vinhateiro, e também com o apoio do Diretor Técnico do evento, o mais prestigiado técnico do atletismo português, o professor João Campos. E assim nasce um fenómeno mundial, com uma dinâmica muito própria: o evento do Vale do Douro atrai já participantes de mais de vinte países, congrega concertos musicais, noites de fado, exposições de fotografia, showcookings e uma conferência internacional sobre sustentabilidade rural, culminando com uma prova desportiva de excelência, nos vinte e um quilómetros que a Organização anuncia como os mais belos do planeta. A EDP 8ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro tem lugar naquela que é a Mais Antiga Região Demarcada e Regulamentada do Mundo, o Douro Vinhateiro, considerado Património Mundial da UNESCO, prova integrada nos calendário AIMS e, com elevada distinção, prova premium Em Família Maratona Douro Vinhateiro do novo projeto mundial RUNNING WONDERS, um circuito mundial que irá englobar um conjunto de meias maratonas realizadas em Patrimónios Mundiais de ímpar beleza, como as Cataratas do Iguaçu, no Brasil, a Cidade Velha, em Cabo Verde, a Grande Muralha, na China ou os Glaciares de Calafate, na Argentina. É difícil encontrar um projeto desta natureza em Portugal, que concentra a união de dezanove municípios, constituintes da Comunidade Intermunicipal do Douro, numa prova de união autárquica para promover a Região no seu todo. Mas este projeto não se fica por aqui, Uma prova e tem também a participacom um percurção ativa de outras entiso rápido, praticadades da Região, como a Confraria dos Vinhos mente plano, de ímpar do Douro, que integra o beleza, que se transforprojeto desde o primeimou numa gigantesro minuto, assim como o Museu do Douro, local ca festa do Vale do onde a Organização deDouro. senvolve um vasto conjunto de ações integradas, e ainda o envolvimento do Turismo do Douro, da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro, da Associação de Hotelaria e Turismo do Douro e da Associação Comercial e Industrial do Peso da Régua. Para esta edição, para além da tradicional garrafa de Vinho do Douro que a Organização tem por hábito oferecer a todos os atletas que cortam a meta dos vinte e um quilómetros, nesta edição, no lugar da medalha a Global Sport irá oferecer um símbolo da Região, que para já é surpresa. Para chegar ao Douro é hoje muito acessível, quer através das novas auto-estradas que ligam Bragança, Aveiro, Viseu, Guimarães, Chaves ou Porto à cidade do Peso da Régua. É possível também chegar através de comboio, com viagens acessíveis disponibilizadas pela CP, sublinhando a beleza da viagem de comboio entre o Porto e a Régua. Uma prova com um percurso rápido, praticamente plano, de ímpar beleza, que se transformou numa gigantesca festa do Vale do Douro. Seja na Meia Maratona ou na Mini Maratona, (cinco quilómetros) , A CORRER OU A CAMINHAR EU VOU LÁ ESTAR! ø Organização Maratona Douro Vinhateiro Inscrições abertas: www.meiamaratonadouro.com OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 19 Em Família Atividade percurso pedestre: Ajuda Grande 20 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 20 P As Linhas de Torres foram uma obra realizada numa extensão de 88Kms ao longo de 4 linhas defensivas, que envolveu a construção de 152 fortificações e redutos armados com 600 peças de artilharia defendidos por mais de 140.000 homens, com estradas de ligação e sistema de comunicações, uma obra inigualável de engenharia construída em tempo recorde. O percurso pretende associar ao local de interesse histórico, ou seja, o forte da Ajuda Grande, uma componente panorâmica sobre o natureza envolvente, serão abordados temas como a flora, fauna e geologia local, a necessidade de conservação e recuperação do património histórico e paisagístico entre outros. Ao longo do percurso serão atravessados diversos pontos de interesse como por exemplo, um bosque de carvalhos, um rio sazonal, um vale, moinhos, uma quinta de interesse vinhateiro, uma perspetiva diferente sobre o Rio Tejo e respetivas lezírias. Será efetuada uma visita ao Forte recuperado onde estaria uma bateria formada com quatro peças de artilharia de calibre 12 e cerca de 300 soldados. Este Forte faz parte de um conjunto de obras recuperadas na comemoração do bicentenário das Invasões Francesas a Portugal. Em Família Atividade ara além das paisagens urbanas e campestres, do monte ou da planície, há agora um novo caminho para descobrir… Alie a marcha/caminhada/pedestrianismo à história e desfrute de um percurso pedestre pela 2ª Linha defensiva de Torres criada durante as Invasões Napoleónicas. Um percurso circular com uma extensão de aproximadamente 11km em trilhos rurais e antiga estrada militar, iniciando-se e terminando no Parque Aventura, com visita ao Forte da Ajuda Grande (obra militar n.º 18), com um grau de dificuldade baixo/médio adequando-se assim a todos os participantes. Este percurso também é "Dog Friendly", ou seja, pode trazer o seu Cão para o/a acompanhar neste percurso. Estes companheiros também podem desfrutar de um maravilhoso passeio ao ar livre e em ambientes naturais. ø Nuno Sousa Um programa: Sniper ficha técnica Tipo de percurso: Caminhos rurais e trilhos pedestres. Grupo Mínimo: 10 pessoas Duração: 4 a 5h. Dificuldade: Fácil Preço: 9,90 € Programa: 10h00 -Receção 10H30 - Exibição de pequeno filme sobre as Linhas de Torres 11H00 - Início Caminhada 12H30 - Chegada ao forte da Ajuda Grande + almoço (não incluído no valor) 13H15 - Explicação de toda a estrutura das linhas de Torres. 14H00 - Início do Regresso 15H30 - Chegada ao Parque Aventura 16H00 - Fim do Programa OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 21 Em Família Viagem As rosas de Atacama Uma viagem fascinante… A viagem percorre os caminhos do Norte da Argentina e Chile e do Salar de Uyuni na Bolívia, oferecendo-nos uma experiência inigualável nas regiões do Altiplano, da Quebrada e dos Salares. Tanto pela espetacular paisagem que usufruiremos, como também pela hospitalidade e riqueza patrimonial e cultural de séculos de ocupação humana. seleção dos locais percorridos reflete-se nas espetaculares paisagens do Norte Argentino, do Salar de Uyuni na Bolívia e de Atacama no Chile. O itinerário foi desenhado tendo em conta a adequada combinação entre as caminhadas que faremos e os locais que visitamos, a cuidadosa Esta viagem aos confins da América do Sul, é contagiante, pitoresca e transbordante de cores e luz. Surpreende qualquer viajante pela sua beleza. ø 22 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Partiremos à descoberta das culturas ancestrais da região, percorrendo os caminhos dos Kolas e dos Incas, admirando os campos de cultivo nas terras altas e nos vales e contemplando os terrenos de pastagens nos terraços das quebradas. Em Família Viagenm ficha técnica Tipo: Cultural e Descoberta Número de dias de viagem: 17 Tipo de Alojamento: Hostel Refúgio Grau de dificuldade: Médio Próximas datas: 14/06; 05/07; 26/07; 16/08 Programa previsto Fotos: Papa-Léguas Dia 1: Voo cidade de origem - Salta Dia 2: Chegada a Salta Dia 3: Salta - San Antonio de los Cobres - Salinas Grandes - Tilcara Dia 4: Garganta do diabo - Tilcara Dia 5: Tilcara - Iruya - Humahuaca Dia 6: Uquia - Quebrada das Señoritas Humahuaca Dia 7: Região das Quebradas de mil cores Dia 8: Quebrada de Sapagua - Comunidade indígena de Hornaditas Dia 9: Humahuaca – La Quiaca, Villazon – Uyuni (Bolívia) Dia 10: Salar de Uyuni Dia 11: Salar de Uyuni - Lagoas do altiplano Dia 12: Lagoas do altiplano - San Pedro de Atacama Dia 13: Lagoas de sal de Cejar e Esta viagem Tebinquinche aos confins da Dia 14: Caminhada nas cornijas América do Sul, é da cordilheira de La Sal contagiante, pitoresca Dia 15: San Pedro de Atacama Salta e transbordante de Dia 16: Voo Salta - cidade de oricores e luz (...) gem Dia 17: Chegada à cidade de origem Preços: 2370€ (Preço Terra) Desde 1100€ (Preço voo) Um Programa: Papa-Léguas OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 23 Aventura Desafio: A minha expedição - Rui Dantas juncal O MAIOR CANYON DE PORTUGAL 24 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 25 Aventura Nova Via de Canyoning P ara quem pratica canyoning, a Madei- gosta de montanhismo como eu, este era, e ainra está desde 1989 referenciada como da é, um atrativo extra para a prática do canyoum dos melhores locais para a moda- ning. Há muito tempo que tinha referenciado o Juncal, mas só o ano passado alcancei as lidade em Portugal. Mas poucos condições ideais para concretizar a sabem ainda que existe na O descida com o José Orlando Nuilha o maior canyon até hoje exnes e o Paulo Sérgio Camacho. plorado em território nacional: canyon que se a Ribeira do Juncal. inicia nas imediações A margem direita é de do pico do Arieiro tem 8 acesso mais fácil a parO canyon que se inicia nas tir da estrada, mas fiz a imediações do pico do cascatas, 253 m de rappels, primeira descida a 7 de Arieiro tem 8 cascatas, 253 e foi aberto a 7 de outubro de outubro de 2012, pela m de rappels, e foi aberto 2012 por um grupo liderado margem esquerda - a a 7 de outubro de 2012 por primeira vertical tem um grupo liderado por Rui por Rui Dantas, um madeirencerca de 60 metros! Dantas, um madeirense se ativamente envolvido na ativamente envolvido na organização de atividaorganização de atividades LOCALIZAÇÃO E ACESSOS des Outdoor. A ribeira do Juncal nasce no Outdoor. Pico do Arieiro, e ganha verticalidade aos 1530m de altitude, O PROJETO muito próximo da chamada curva do Sou um apaixonado pela cordilheira Poço da Neve. central da Madeira, e é lá que se encontra um conjunto significativo de grandes verticais, com uma envolvente de média montanha. Em 1988, As coordenadas Google 32º 43´39,46” N e 16º quando iniciei esta atividade, as linhas de água 55´10,77”O marcam o início da descida da ribeieram mais constantes e mais fáceis, e para quem ra e do canyon que termina nas imediações da Aventura central hidroelétrica da Fajã da Nogueira (32º mas que não aconselho pessoalmente: em vez de continuar em frente pela ribeira até à Fajã 44´19,23”N e 16º 54´15,44”O ). Para a abertura, optámos por um dia de nível 1, da Nogueira, pode-se optar, à direita, pela lequase seco, e com pouco caudal... Mas a varia- vada que segue até aos Balcões; está em muito mau estado, e é extremamente perigoção do nível da água pode ser radical, sa, especialmente quando estamos e há dias em que o canyon se torO cansados e carregados de equina impraticável. Desde outubro, maior dos rapamento. já fiz filmagens no Juncal com caudal de nível 5. ppels tem 253 metros, RAPPELS E CASCATAS e está fracionado em Para o Juncal, é preciso conOBSTÁCULOS E DESAFIOS três: o primeiro tem 40m, o tar com um percurso de 6 A vertical (V) é sempre de horas em que se têm de fanível 5, e o “obstáculo-espesegundo tem 70m (passará zer dez rappels e atravessar táculo” é o terceiro rappel em breve, a oito cascatas. de 143 m - cem metros são 90m), e o 3º com 143 m suspensos, sem contacto com a parede, o que dificulta o fraO maior dos rappels tem 253 (vamos diminui-lo cionamento deste troço. metros, e está fracionado em para 123m). três: o primeiro tem 40m, o segunAté ao verão, contamos atenuar esta dificuldade, e deslocalizar 20 m mais para baixo a 3ª ancoragem, de forma a equilibrar melhor os desníveis entre os 2º e o 3º rappels. Na saída, há um desafio facultativo, 26 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Aventura Nova Via de Canyoning do tem 70m (passará em breve, a 90m), e o 3º com 143 m (vamos diminui-lo para 123m). PAISAGEM E METEOROLOGIA O cerro (escória vulcânica) com grandes diques basálticos marca geologicamente este canyon. A flora é predominantemente Laurissilva, com espécies arbustivas desta floresta endémica e protegida da Madeira. A nível de passarada, pode ter-se a sorte de avistar um tentilhão (Fringilla coelebs), ou um bisbis (Regulus ignicapillus madeirensis), a ave mais pequena existente no arquipélago. Por mim, fevereiro e março são os meses mais favoráveis para este canyon porque se pode (teoricamente) escolher o nível de água mais a gosto, e dentro dos padrões de segurança. No verão, o Juncal está habitualmente seco! CANYONING NA MADEIRA Haverá novidades este ano porque neste momento trabalhamos já num canyoning com uma vertical substancialmente superior ao Juncal! A não ser durante as grandes chuvadas, habitualmente irregulares, a Madeira não tem canyoning tecnicamente muito aquático, de nível 4 e 5, mas esse aparente “handicap” é compensado por um conjunto de ofertas únicas para a prática da modalidade: a concentração de canyons numa ilha tão pequena, as verticais, a floresta Laurissilva, e a possibilidade de terminar a descida no oceano Atlântico com um bom mergulho! Acresce a logística das empresas credenciadas e a informação já existente sobre os percursos. Tive o privilégio de ser pioneiro desta modalidade na Madeira. Conheci o Fréderic Fau que comercializou pela primeira vez em 1990 o canyoning madeirense através dos franceses da Atalante. Com outro francês, que editou o único livro sobre os Canyons da Madeira, o Antoine Florin, (infelizmente já falecido), aprendi muito. Mas de todos os pioneiros, destaco o Izamberto Silva, que fez equipa comigo desde a primeira hora, e é irmão do Dr. Rui Silva, o mais conhecido montanhista madeirense. ø Conversa editada por Aurélio Faria Jornalista OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 27 Aventura Perfil ararat 28 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR S Aventura Ararat olto uma gargalhada sonora, não consigo evitar. O Artur mostra-me o cartão de visita mais curioso que recebi na minha vida. Sobre uma foto antiga da montanha leio “Dono do Monte Ararat”. A primavera tinha começado em Portugal há bem pouco tempo, quando recebo um email dum amigo que vive na Turquia cujo título era Have you ever climbed a 5,000 m summit? Come and do it in Turkey - July. A ideia encantou-me; regressar à Turquia, um país que adoro, conhecer a sua zona leste e estar com o Zé Pedro que nos acolheu em sua casa em Ankara uns anos antes. A mensagem tinha o itinerário descrito, com toda a informação para podermos decidir e pouco bastou para começarmos a sonhar com esta viagem. Ironia do destino, o nosso amigo acabou por cancelar a sua ida, a nós já ninguém nos demovia, havemos de encontrar a Arca de Noé! Das primeiras histórias que ouvimos do livro do Génesis, a da Arca de Noé é talvez a mais fascinante. Monte AraLembro-me ainda criança de pensar que maravilhorat, Agri Dagi em sa aventura esta de partir turco, é um maciço numa enorme arca cheia vulcânico extinto a leste de animais. Esta alegoria bíblica tão encantadora da Turquia na converaos olhos dos mais novos, gência das fronteiras ganhou novo sentido e da Turquia, Irão e parti com espírito expediArménia. cionário em busca de vestígios desta grande embarcação. Deus salvou Noé e sua família do grande dilúvio. Era o único homem virtuoso do seu tempo que merecia viver sobre a Terra. Foram 40 dias e 40 noites de chuva ininterrupta, que eu esperava não encontrar durante a minha estadia, e a água permaneceu sobre a Terra durante 150 dias. E quando finalmente as águas começaram a diminuir a Arca acabou por vir a descansar no cume do monte Ararat. Monte Ararat, Agri Dagi em turco, é um maciço vulcânico extinto a leste da Turquia na convergência das fronteiras da Turquia, Irão e Arménia. Todo o maciço tem cerca de 40 km de diâmetro. Consiste em dois picos, que distam cerca de 11 km entre eles. Grande Ararat, ou Büyük Agri Dagi, que atinge uma altitude de 5137 metros acima do nível do mar, é o pico mais alto da Turquia. Pequeno Ararat, ou Küçük Agri Dagi, sobe numa superfície lisa e íngreme, num cone quase perfeito para 3896 metros. Ambos Grande e Pequeno Ararat são produto da atividade erupti- OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 29 Aventura va vulcânica. O único verdadeiro glaciar é encontrado no lado norte do Grande Ararat, perto do seu cume. A sensação de fazer parte de um filme de Kusturica acompanha-me desde que saí do avião em Van e iniciei a viagem de carro até Dogubeyazit. As aldeias, as gentes, a música, até a língua, tudo é muito distinto da Turquia que eu conhecia. Esta é uma zona maioritariamente curda, e a proximidade com o vizinho Irão sente-se tanto nos costumes da população, como na quantidade 30 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR de tanques de guerra apontados para a fronteira, que avistamos ao longe. Dada a sua posição geográfica é um local de ténue estabilidade, está muito militarizada e as paragens para mostrar identificação são constantes. Fazemos o nosso melhor sorriso para os militares que espreitam para dentro da carrinha. E ali estávamos nós em frente do homem que se intitula dono do ponto mais alto da Turquia. Entramos na sua carrinha em Dogubeyazit, pequena cidade situada no planalto seco que cir- Aventura Ararat E ali estávamos nós em frente do homem que se intitula dono do ponto mais alto da Turquia. cunda o monte Ararat. Após 2 horas de caminho chegamos à aldeia de Eli que se encontra a 2200m, onde iniciamos a nossa ascensão para o campo 1 a 3340m. Ao começarmos tranquilamente a caminhada cruzamo-nos com os aldeões que vivem nas aldeias circundantes, pastores na sua maioria. Passam por nós crianças que tentam vender leite de cabra. Ganham uma sanduíche e correm pelo trilho poeirento. Meninas aparecem com bonecas de trapos, cabelo seco do pó e do sol, tez escura de quem vive ao ar livre, olhos profundos e sinceros de criança. Afastamo-nos a sorrir. Chegamos ao campo 1 a meio da tarde, procuramos o melhor local para montar a nossa tenda, rodeada por muros de pedra para proteger do vento. O terreno pedregoso rapidamente fica pintalgado do cor de laranja das tendas, subo um pouco para apreciar o cenário, gosto de ver o efeito que tem o acampamento, a sua disposição, o local das refeições, a tenda cozinha, afinal vai ser a nossa casa por uns dias e quem não gosta de ter a sua casa arrumada! OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 31 Aventura A hora das refeições é onde o grupo mais confraterniza e os nossos amigos turcos através das refeições saborosas que confecionaram tornaram esta hora numa verdadeira festa. Seis mesas alinhadas olhando o Irão enchiam-se de iguarias turcas que agradavam todos os paladares. ter oportunidade de se habituar à escassez de oxigénio que se faz sentir com o aumento de altitude e consequente diminuição da pressão atmosférica. Este processo em que existe um aumento de hemoglobina no sangue para que a quantidade de oxigénio a ser transportada seja maior chama-se aclimatação. Convém que tudo seja tranquiGrupo curioso o nosso. Búlgaros e belgas. lo e a um ritmo lento, e por isso foi um Os búlgaros trouxeram as mochilas dia de conversas, histórias de viagens cheias de comida, que se tornaram anteriores, e claro canto, muito Convém desnecessárias dada a excelente canto búlgaro. À noite, as tenque tudo seja qualidade da que nos era servidas messe iluminadas mostram tranquilo e a um da. Traziam também grandes outro encanto ao acampamencâmaras de filmar para fazer to, e é debaixo daquele céu de ritmo lento, e por isso uma reportagem. Começamos a mil estrelas que repousamos e foi um dia de conversa, apelidá-los de bardos, qualquer recuperamos energias para o histórias de viagens momento é bom para começadia seguinte. rem a cantar, ouvimos um bom anteriores, e claro repertório de música tradicio- Rafa! És mesmo tu? – O seu sorcanto, (...) nal dos Balcãs. Os belgas traziam riso não me engana, o meu comconsigo o romance de D. M. Thomas, panheiro do Kilimanjaro desce pelo Ararat, começando numa Rússia do sécutrilho seguido de um enorme grupo de lo XIX até à Nova Iorque de hoje, o enredo do espanhóis. O marinheiro que se tornou num poeta Sergel Rosanov envolve o leitor com uma montanheiro ali estava para mais uma ascensão. fantasia complexa e brilhante. Foi essa fantasia Que surpresa tão boa reencontrar aquele amique os trouxe até esta montanha, notava-se a sua go tão pitoresco. O nosso grupo dirige-se para o falta de conhecimento de montanhismo mas uma campo avançado. Este campo localiza-se numa forte vontade de realizar um sonho. zona onde a montagem da tenda é mais comO dia seguinte aproximou-nos um pouco mais. plicada, ficamos encarrapitados numa pequena Dia calmo em que subimos ao campo avançado e área inclinada. Temos que ter cuidado ao sair regressamos ao campo 1, para o nosso organismo da tenda. A escuridão do céu anuncia trovoada, 32 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Aventura Ararat e em poucos minutos o vale é varrido por uma chuva forte; como se dum espetáculo se tratasse, a minha atenção foca-se na luz etérea, no som dos trovões, na fúria do vento, na capa de água que dança perante os nossos olhos. Estará Deus a lançar um novo dilúvio sobre a Terra? Somos apenas espetadores, a trovoada dirige-se para leste. A algumas horas da ascensão o grupo mostra-se mais cabisbaixo, a meteorologia é determinante no nosso sucesso. Despertamos às 4 horas da manhã e depois de um breve pequeno-almoço, iniciamos a subida. Eu e o Artur fazemos a ponte entre os dois grupos, à frente ficam os que têm mais dificuldades, os belgas; atrás os búlgaros. Frontais ligados, seguimos a um passo lento. O trilho é bastante pedregoso o que dificulta a progressão e a atenção tem que ser redobrada. Começo a ouvir um burburinho, os búlgaros estão a impacientar-se. É certo que o ritmo tem que ser lento, mas estava a impor-se uma lentidão tal que para espíritos mais inquietos era difícil acompanhar. Ia connosco um guia auxiliar que a pedido de Ercan, o nosso guia, segue com os mais rápidos. É melhor assim, quem está a “atrasar” o grupo ainda fica mais nervoso, sente-se “culpado” e assim se torna muito mais difícil avançar. Ficamos para trás. É importante haver alguém a fechar o grupo. Depois de amanhecer o cansaço já é grande e Ercan decide que eu, o Artur, Koen e Jan devemos avançar. Naquele momento já não tem a certeza que os mais lentos cheguem ao cume e isso também iria por em causa a nossa ida. Poder ir ao nosso ritmo dá-nos ânimo e em pouco tempo conseguimos alcançar o restante grupo. Encontramo-nos mesmo à chegada do glaciar, avistamos o cone quase perfeito do pequeno Ararat. Colocamos também os nossos crampons que nos ajudarão a progredir no gelo. Vento frio e cortante faz-se sentir, mas ao avistar o nosso objetivo tudo parece mais fácil, os músculos respondem de outra maneira, as pernas tornam-se mais leves, os pulmões aumentam de tamanho, os planaltos da Anatólia e os vales do Irão encantam-nos o olhar. Sob a bandeira da Bulgária tiro uma fotografia nos 5165m do monte Ararat. Iniciamos o regresso ao campo base sem tempo para procurar vestígios da Arca de Noé, a descida pode ser tão ou mais penosa que a subida e a atenção deve ser redobrada. Na refeição dessa noite deliciámo-nos com um bolo de chocolate para comemorar o dia. Nem todos subimos ao cume, mas foi sem dúvida para todos uma bela aventura. ø Luísa Tomé Papa-Léguas www.papa-leguas.com OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 33 Aventura Crónica Crónica por Sílvia Romão lousã, lOUSÃ, Uma caminhada caminhadainterna... Interna... Uma 34 Janeiro_Fevereiro 2013 OUTDOOR Aventura Lousã OUTDOOR Janeiro_Fevereiro 2013 35 Aventura O mês passado propus-me a uma caminhada pela serra da Lousã. Normalmente estou à vontade para me fazer à montanha sozinha. Tenho alguma experiência em escalada e montanhismo. E este percurso anunciava-se fácil. Coisa para durar umas duas horas. Parei por momentos para beber água. Continuei enquanto trincava uma tosta. Talvez me tenha distraído com a tosta, com a aldeia ou com os meus pensamentos, quando dei por mim já não havia sinais do trilho. Não foi muito tempo que estive desatenta, mas dado o meu inexistente sentido de orientação foi o suficiente para me perder. No início o trilho oferecia uma estrada larga, bem definida, com sombras e fresco. Foram dez Tinha três hipóteses: minutos neste cenário até encontrar o rio. A partir daqui começou a subida. Nada de especial. - Aventurar-me por um outro caminho de pé Depois um pouco mais íngreme. Fazível. Ainda posto que havia ali ao lado, correndo o risco de mais íngreme. E uma hora depois já tinha de me perder ainda mais para dentro da montanha. usar três apoios (dois pés e uma mão) para tre- - Seguir pela estrada asfaltada sabendo que tepar. Haviam pedras altas e rochas incontorná- ria 18 quilómetros pela frente até ao local onde veis. Se o percurso está classificado com dificul- tinha deixado o carro. dade média, esta subida há-de acabar não tarda, - Regressar pelo trilho que tinha feito, conhepensei. E acabou. Uma hora e meia depois para cendo as dificuldades que já me tinham sido dar lugar a uma descida acentuada e de casca- apresentadas no caminho até ali. lho que me fazia escorregar a cada passo. Meia hora a deslizar encosta abaixo. Uma viagem que iria terminar em Terminou.Outra subida. Desta vez meia hora, perspetivava-se agora de terra batida mas bastante inbem mais longa. Corra melhor ou clinada. Mais um hora. Já ia com as duas horas que tinha Nos caminhos que já percorri pior estamos naquele previsto e mais meia quando por essas montanhas, sempercurso porque escolhefinalmente cheguei à aldeia pre tive dificuldade em lidar mos. Os nossos sonhos, tal de xisto. Linda. Mágica. Em com as subidas. Olho para ruínas. elas e acho que não sou cacomo os caminhos, acon- tecem porque demos o primeiro passo. 36 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Aventura paz, as minhas pernas vão ceder, vai faltar-me o fôlego. Sofro por antecipação. É uma espécie de vertigem mas ao contrário. O que me fez optar por voltar pelo mesmo caminho foi exatamente o facto de ter passado tanto tempo a subir. Era quase sempre a descer, havia de ser rápido. As subidas que agora iam ser descidas não deviam ter sido assim tão complicadas porque afinal eu tinha-as conseguido fazer. Três dificuldades: Algum cansaço, sol abrasador e falta de água. Avancei. Ficar ali parada é que certamente não me ia levar de volta ao início. Nestes passos de regresso percebi que afinal a subida que eu tinha empreendido era mesmo difícil e demorada. O que tornou a respetiva descida também ela um desafio. Espantei-me de a ter conseguido fazer e quase que me alegrei pela forma que o destino tinha arranjado para me mostrar a real dimensão das minhas capacidades físicas. A partir daqui começaram a encaixar-se algumas conclusões. Enfrentar a adversidade da montanha é como concretizar um sonho ou perseguir uma paixão. Se não, vejamos: Corra melhor ou pior estamos naquele percurso porque escolhemos. Os nossos sonhos, tal como os caminhos, acontecem porque demos o primeiro passo. Seja para tomar contacto profundo com a natureza e paisagens que só estão acessíveis através de caminhos de pé posto ou para correr atrás de uma paixão, temos de decidir que queremos fazê-lo. E a seguir temos de agir. Mesmo com as adversidades e dificuldades próprias de quem decide arriscar, o resultado é sempre compensador. A concretização de um sonho pode falhar. Mas a maior frustração vai para quando nunca se tentou. Tal como uma caminhada. Há locais e paisagens que nunca conheceria se nunca tivesse penetrado no coração de algumas serras por veredas onde só cabem as minhas botas de caminhada. As aldeias, os riachos e as árvores que vi, os sons, e os cheiros da montanha dificilmente os teria experimentado se tivesse optado por não sair da comodidade do carro na estrada asfaltada. Quando começamos a nossa viagem, seja ela a busca de um sonho ou por trilhos sinuosos de uma serra, é fundamental irmos estabelecendo pequenos objetivos que vamos celebrando como grandes vitórias até à nossa meta final. OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 37 Aventura Por vezes a distância a percorrer até ao destino a alcançar é longa e esse facto pode ser bastante desmotivador. No meu caminho de regresso, cansada, sem água e com o sol a queimar pensava: é só chegar ao cimo daquela ladeira e descanso, se conseguir passar aquela curva, depois o caminho até à ruína é mais fácil ou no final deste destrepe há o rio, posso refrescar-me. E assim sucessivamente. Devemos focar-nos no momento presente. No meu percurso de regresso houve uma altura em que dei por mim a escorregar várias vezes e a desequilibrar-me. Abrandei e pensei que arriscar-me a torcer um pé não podia ser uma hipótese. Por isso trouxe mais atenção à minha passada, abrandando o ritmo e assegurando-me que colocava os pés em locais firmes. Abandonei a ansiedade e a urgência de chegar. Por vezes, ao decidirmos concretizar um sonho deixamos a nossa mente pousar num futuro onde o caminho já foi percorrido. O futuro é algo que ainda não existe e se desviarmos a nossa atenção do que estamos a viver no presente corremos o risco de que nunca chegue a existir. Calar as vozes traiçoeiras. É importante reconhecermos quando as nossas vozes internas estão apenas a tentar boicotar-nos. Muitas vezes essas vozes são apenas os nossos medos infundados. A dada altura do meu caminho, no início de uma subida inclinada e sem sombras, surgiram vozes na minha cabeça que repetiam constantemente: “Não tens pernas para isto. Estás exausta. Não tens água. O sol que está vai acelerar a desidratação. Para.” Estas vozes somos nós mesmos. Como tal temos o poder de as controlar. Temos autoridade sobre elas. Foi assim que decidi por um ponto de ordem e silenciá-las. Chegar ao final e fazer uma re38 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR ci que era. Viajar sem grandes planos por este país e partilhar esta experiência através da escrita é o que estou a fazer cada vez mais assiduamente. O caminho que tenho feito para chegar aqui é muito semelhante à minha experiência na serra da Lousã. Os métodos aprendidos pela experiência da escalada e da caminhada têm sido boas ferramentas nesta epopeia. Afinal na vida tudo se toca. ø Sílvia Romão 30dp.org OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 39 Aventura Lousã trospetiva. Tomarmos consciência do nosso valor real. Arriscar a sair da zona de conforto, concretizar um sonho é um grande feito. A modéstia excessiva, a falta de valorização das nossas verdadeiras capacidades traem-nos tanto quanto a presunção exagerada. Há que gozar o momento em pleno, sermos honestos connosco mesmos. Nesta minha experiência tive a oportunidade de perceber que as minhas capacidades físicas e de determinação eram muito mais fortes do que eu julgava. Mais, ao fazer o caminho de regresso, o destino demonstrou-me que tenho muito mais potencial para fazer subidas íngremes do que alguma vez eu tinha julgado. Olhando para trás agora parece-me que nem foi assim um esforço tão grande como na altura eu quase me conven- Em família Entrevista natércia silvestre, o trail em feminino por Isa Helena emanuel pombo, um prazer sobre rodas por Bebiana Cruz fotografias: Luís lopes 40 Julho_Agosto 2011 2013 Janeiro_Fevereiro OUTDOOR OUTDOOR OUTDOOR Julho_Agosto 2011 41 Entrevista Natércia Silvestre Entrevista Natércia Silvestre, um nome sonante do Trail em Feminino. Para Natércia, o trail começou quase por engano... Hoje é uma das atletas de referência desta modalidade em Portugal. Como surgiu a paixão pelo Trail Running? A minha paixão pelo Trail Running começou quase ao engano! Em 2008, um amigo desafiou-me a participar numa prova que ia haver na zona dele. Fui com um grupo de amigos, almoçámos junto a uma praia fluvial e depois alguns foram à caminhada e outros à corrida. Lembro-me que a prova custou um pouco, mas gostei tanto do ambiente da prova e da paisagem, dos locais por onde passámos, que decidi começar a inscrever-me noutras provas do género, quase só com o intuito de conhecer alguns cantos deste Portugal que eu desconhecia. O que te fascinou para escolheres esta modalidade? Desde há muito tempo que me lembro de correr só por correr. Sair de casa e ir correr para espairecer. E raramente participei em provas de estrada. No que respeita a participação em provas, quase comecei no trail e por ter gostado tanto decidi continuar a participar neste género de provas. Entretanto um desafio chama outro, as distâncias das provas que me aventurei fazer foram aumentando e continuo a querer superar novos desafios… Gosto muito do ambiente das provas, das pessoas amigas que se lá encontram, do desafio que é ultrapassar certos obstáculos, do superar-nos a nós mesmos… O que te motiva para praticares esta modalidade? O gosto pela natureza. Acho que é acima de tudo isso. A liberdade que se sente ao estar em contacto com a natureza, o desafio de ultrapassar os obstáculos que ela nos impõe – incluindo as condições atmosféricas, a beleza com que nos deparamos em certos locais 42 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR ao longo da prova, seja um arco-íris, um riacho fantástico, um animal… É isso que neste momento me leva também a inscrever-me em provas lá fora, utilizando a corrida como estímulo para ir conhecer outros locais… Entrevista Natércia Silvestre Como são os teus treinos de preparação para as provas? Treino com a orientação do meu treinador, Paulo Pires. Desde meados de 2011 é ele o responsável pela minha orientação para as provas em que me proponho a participar. Semanalmente faço 5 a 7 treinos de corrida, para além de uma parte importante de flexibilidade e musculação após o treino propriamente dito. Praticas outras modalidades para além do Trail Running? Não. Sinceramente não tenho muito tempo, a maioria das semanas não consigo sequer cumprir o plano de treino… Qual a distância que preferes correr? Distâncias acima dos 30-40km. Em que é que inspiras quando praticas este desporto? Nunca pensei nisso… Há várias pessoas que admiro e que acho que Talvez a são um exemplo de pessoa que mais superação, mas me tem motivado e não os vejo como fonte de inspirainspirado seja mesmo o ção. Paulo. É ele que tem acre- ditado em mim e me tem Talvez a pessoa desafiado a traçar para que mais me tem motivado e inspimim mesma desafios rado seja mesmo e a tentar superáo Paulo. É ele que -los. tem acreditado em mim e me tem desafiado a traçar para mim mesma desafios e a tentar superá-los. Obrigada Paulo! Quais os teus principais objetivos no mundo do Trail Running? Em termos concretos nem sei bem definir os meus objetivos no mundo do trail. Tento viver o dia a dia de cada vez! Há 2 anos não me imaginava a fazer uma prova de 42km, há um ano achava que seria incapaz de completar uma de 80km. Neste momento não sonho fazer mais que 100km numa mesma prova… Quem sabe para o próximo ano… Os meus principais objetivos no mundo do trail são na verdade o querer ultrapassar, pouco a pouco, os obstáculos e desafios que me proponho a fazer. Também como experiência ou moral de vida, de querer sentir que somos mais fortes do que algumas vezes pensamos, que por vezes a força surge nem sabemos bem OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 43 Entrevista de onde… E as provas mais longas, como desafio de superação, têm-me ensinado a conhecer-me um pouco melhor, a perceber que realmente às vezes valho mais do que penso e que tenho aqui ou ali uma estrelinha que me guia e apoia, que me leva a seguir em frente sem cair ou desmoralizar… Achas que esta paixão pelo trail está a crescer entre as mulheres? Penso que sim. Felizmente há cada vez mais mulheres a participar em provas de trail. Qual foi até agora o ponto alto da tua carreira como atleta? Talvez a prova em que participei nos Pirinéus em agosto de 2012. Foi a primeira (e única por enquanto) prova que fiz fora de Portugal, a primeira com distância superior a 50Km e em que corri acima dos 2000m de altitude. Foi uma experiência gratificante em termos pessoais, correu bastante melhor do que eu esperava e permitiu-me conhecer um pouco dos Pirinéus, que eu não conhecia. Que conselhos dás a quem se quer iniciar na modalidade? A quem não faz desporto por rotina sugiro começar correr progressivamente e inscrever-se em caminhadas (porque as há em quase todas as provas de trail), para conhecer um pouco o ambiente e perceber qual o terreno e em que consiste o trail. A quem já é um corredor habitual, sugiro apenas que se inscreva numa prova e participe! Vai ver que é um ambiente fantástico e apaixonante e ficará certamente a vontade de participar noutras provas. ø 44 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Entrevista Natércia Silvestre OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 45 Por terra Descobrir Arouca Geopark descobrir-se a si mesmo, numa viagem no A rouca, o território «Arouca Geopark», não é um sítio onde se vai, ou onde se chega. Arouca é um destino que se descobre. Que se vai descobrindo. Que interroga o viajante. Que o seduz. Que se deixa descobrir. Quando o viajante inicia a descida para o vale de Arouca, já depois de se ter deixado invadir pela magia das montanhas, experimenta o mesmo que muitos dos que o fizeram anteriormente relataram nas suas crónicas de viagem. Aquilino, que por aqui fez passar o seu «Malhadinhas». Camilo, que aqui contou os seus «Vulcões de Lama». Saramago, o Nobel, que narrou a sua viagem de uma forma parecida à de Alexandre Herculano. Se tantos o imortalizaram pelas palavras, é porque o que resta de imaginário, 46 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR a fotografia deste passeio, tem de ser preenchido pelo próprio viajante. Disse Herculano: «Torneia-se o monte e começa a descida para o vale de Arouca. A encosta e o vale igualam em beleza Sintra, e excedem-na em vastidão». É aqui, na estrada que nos conduz, a direito, ao coração destas terras, que se inicia a odisseia do viajante. A chegada À medida que se vai aproximando do centro da vila, o viajante vê crescer, diante de si, um edifício a cuja monumentalidade o olhar não consegue fugir. Depois de um primeiro olhar sobre a vila, o viajante verifica que não consegue descobrir todos os encantos por si mesmo. São muitos e demasiado profundos para não serem interpretados e devidamente absorvidos. No Posto de Por terra Arouca Geopark Turismo local, sede da Associação Geoparque Arouca, recolhe as informações e desenha o mapa da sua descoberta. O Mosteiro de Arouca, o tal edifício monumental, que ainda espreita por uma nesga da janela do Posto de Turismo, parece atraí-lo, como se o convidasse a uma viagem no tempo. A viagem no tempo De facto, Arouca nasceu e desenvolveu-se «à sombra» do seu Mosteiro, como o povo costuma dizer e como se pode ver pela forma como as casas foram «abraçando» o edifício. Numa rápida subida ao monte da Senhora da Mó, com uma vista ampla sobre o vale, o viajante poderá ver isso mesmo. O Mosteiro de Arouca, um dos legados da ordem de Cister, marcou, como todos os mosteiros, a identidade e a dinâmica desta terra. o tempo Foto: Arouca Geopark Ao iniciar a visita ao Museu de Arte Sacra, instalado numa das alas do edifício, o viajante é surpreendido pelo silêncio que as grossas paredes do monumental espaço conseguem conservar. A grossa chave de ferro rodou sobre a fechadura, depois de uma breve passagem pelo claustro. O viajante inicia uma outra viagem, desta vez no tempo. A respiração sustém-se e o olhar é, de repente, inundado pelo brilho e pela imponência do cadeiral. Ao cimo, a Rainha Santa Mafalda, filha de D. Sancho I, outrora rosto do governo deste Mosteiro e destas terras, manifesta a sua autoridade com um sorriso, presidindo a um capítulo, em que as santas freiras de Cister estão dispostas lateralmente, À medida que se nas estátuas de Jacinto Vieira. vai aproximando do centro da vila, o viajante vê crescer, diante de si, um edifício a cuja monumentalidade o olhar não consegue fugir. Em baixo, o viajante deixa-se absorver pelo som e pela monumentalidade do fabuloso órgão de tubos, de 1743, exemplar raro da organaria ibérica. Ao lado, na Igreja, repousa o corpo de Santa Mafalda, como que conduzindo, ainda, as almas deste povo. Na ala do Museu, o viajante percebe que era esta casa o centro da vida cultural, religiosa, política e até mesmo tecnológica. Aqui se ensinou e aprendeu, aqui se fez a melhor música da época, aqui se rezou, aqui se desenvolveram as melhores espécies e técnicas de cultivo, na cerca, OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 47 Por terra milhões de anos. No xisto, ficaram a «quinta». Lá dentro, da joalharetratados os animais de aspeto ria à paramentaria, da pintuCom o mesmo enigmático que habitavam os ra à escultura, do mobiliário nome, «Trilobite», o mares dessas eras: as trilobites. aos utensílios quotidianos, o Aqui, no «Arouca Geopark», o viajante para se deixar surviajante deixa-se seduvisitante descobre, nesta viapreender pela riqueza dos zir pelos sabores tradigem no tempo, os maiores manuscritos musicais, ricacionais, aliados à teexemplares do mundo, fossimente iluminados, concebilizados na rocha, no xisto, com dos, os mais antigos, pela mão mática geológica. características bem diferentes de dos copistas medievais. De reoutros testemunhos geológicos que gresso ao claustro, o viajante está encontrará, entretanto. A fome aperreticente em regressar ao tempo de ta, e o viajante procura prosseguir a sua que realmente é. Sobre o claustro quadrangular, penetrando as arcadas, há um sol descoberta. Recorre ao mapa traçado, e segue viagem. que o convida a prosseguir viagem. Os retratos na rocha O viajante apercebe-se que o «Arouca Geopark», vai passar o tempo a interrogá-lo, a levá-lo a buscar no passado a explicação para o presente e a vontade de preservar esse legado para o futuro. Embrenha-se, novamente, na montanha, aprecia o ondulado do terreno verde que o ladeia. Volta a subir à montanha, e encontra um edifício onde o xisto impera. A viagem no tempo que está prestes a começar é bem mais longa. O viajante chegou ao Centro de Interpretação Geológica de Canelas, e prepara-se para mergulhar num vasto mar de cerca de 500 48 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Com o mesmo nome, «Trilobite», o viajante deixa-se seduzir pelos sabores tradicionais, aliados à temática geológica. A vitela arouquesa, que marca os sabores destas terras, ganha outra forma, mas mantém o paladar. O viajante delicia-se com as iguarias que não encontrará, sente-o, em mais nenhum destino, e espera pela sobremesa para, no imaginário, regressar ao Mosteiro, e saborear a fabulosa doçaria conventual, ainda confecionada seguindo o receituário monástico. É hora de partir, para outra viagem no tempo. «Pedra que pare pedra» O viajante volta a consultar o mapa de viagem. Encontra traçados vários percursos pedestres, verdadeiras rotas mágicas, que o levarão à descoberta de si mesmo, ladeado por paisagens que talvez já não pensasse existirem. Ao caminho. Do alto do ponto mais alto da Freita, em São Pedro Velho, o viajante sente-se no topo do mundo. Além, a ria de Aveiro, o mar, o Porto, mais ao lado, outras montanhas mágicas, roda o olhar para o Montemuro, e volta a si mesmo. O viajante está pleno de si mesmo, e volta ao centro da vila. É tempo de retemperar forças. O regresso De regresso, o viajante não deixa de reparar nas vacas de raça arouquesa que pontuam as margens da estrada. Dizem-lhe, com toda a verdade, que é daqui, de forma absolutamente natural, que é criada a carne que saboreou e que vai saborear à mesa. O viajante está, sem dar conta, quase a terminar o capítulo da sua viagem. No Hotel Rural Quinta de Novais, espera-o um jantar e um alojamento com um acolhimento praticamente familiar. O viajante distende-se, e sente-se em casa. Fecha o livro de viagens. E verifica que há muito do que viu, muito do que descobriu que estava em si mesmo. O «Arouca Geopark» apenas teve o dom de o interrogar a cada passo. Voltará às (boas) memórias sempre que queira. Será sempre bem-vindo. ø Ivo Brandão www.geoparquearouca.com o que é um geoparque? Um Geoparque é um território com limites bem definidos que possui um notável Património Geológico aliado a toda uma estratégia de Desenvolvimento Sustentável. Os principais pilares de um Geoparque são a Geoconservação, a Educação para o Desenvolvimento Sustentável e o Turismo, com o propósito de fomentar a construção de novas infraestruturas, que promovam a conservação do património geológico, a educação e o turismo; o desenvolvimento de novos produtos locais e serviços; o encorajamento do artesanato e do crescimento económico local e, assim, a criação de novas oportunidades de emprego. O «Arouca Geopark», correspondendo à área administrativa do Concelho de Arouca, é reconhecido pelo seu excecional Património Geológico de relevância internacional, com particular destaque para as Trilobites gigantes de Canelas, para as Pedras Parideiras da Castanheira e para os Icnofósseis do Vale do Paiva. Este valioso e singular Património Geológico inventariado, num total de 41 geossítios, constitui a base do projeto Arouca Geopark, cuja entidade responsável pela gestão é a AGA - Associação Geoparque Arouca. OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 49 Por terra Arouca Geopark «Pedras Parideiras» foi o nome com que os habitantes da aldeia da Castanheira, em plena Serra da Freita, batizaram uma ocorrência geológica única no mundo, tão intrigante como belo, no seu aspeto e no imaginário que desperta. Depois de subir à Serra da Freita, e depois de deixar o tempo parar diante da Frecha da Mizarela (uma queda de água de cerca de 60 metros de altura, junto à nascente do rio Caima), o viajante acaba de percorrer um caminho que serpenteia por entre a urze colorida, até chegar à Casa das Pedras Parideiras, um centro de interpretação, recentemente inaugurado, e que serve de bússola ao viajante nesta nova viagem no tempo. Da «rocha mãe» de granito, vão-se destacando nódulos negros, de textura e densidade diferentes, o que levou os aldeões a dizerem que aqui há «pedra que pare pedra». Por terra Descobrir Arouca Geopark 13 pequenas rotas para descobrir PR1— Percurso de Santa Maria: O PR1 é um percurso pedestre de pequena rota, circular, com um pequeno ramal de acesso à Sra. do Monte. Tem cerca de 19 km. Sai do Santuário da Sra. do Monte por um caminho florestal que se inicia no largo em frente ao portão daquele, indo pela curva de nível, quer dizer, não sobe nem desce… Passado 1 quilómetro encontra-se numa portela (Fojo) onde há cinco caminhos. O Marco Geodésico da Pedra Posta é o ponto mais alto do Concelho de Arouca e um dos pontos mais altos deste recanto da Serra do Montemuro (1222m). características: Distância a percorrer: 19 km (circular) Duração média do percurso: cerca de 6 horas Local de saída/chegada: Srª do Monte (Alvarenga) Dificuldade: Médio Mais Informações: Arouca Geopark 50 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR PR2— Caminhos do Vale do Urtigosa: Por terra Arouca Geopark Pode iniciar o percurso, por ser em circuito, em qualquer uma das localidades por onde passa. Siga em direção ao lugar de Torneiro, depois de atravessar o rio Urtigosa e um dos seus maiores afluentes: o ribeiro de Escaiba. Depois de Torneiro iniciará uma subida que o levará ao lugar de Póvoa. Daqui irá avistar uma maravilhosa paisagem sobre Souto Redondo e o vale do rio Urtigosa, com Rossas ao fundo. É por caminhos centenários de calçada marcada por carros de bois que seguirá até Souto Redondo. Em Lourosa de Matos desça até ao rio Urtigosa, que atravessará por uma antiga ponte de arco. Siga um caminho tradicional acompanhando o rio para jusante. Após 300 metros vire à sua esquerda e siga o trilho estreito que acompanha a levada. Sem subir nem descer, à sombra fresca dos castanheiros... rapidamente alcançará o lugar da Cavada e de seguida a igreja de Rossas, que se toma como ponto de partida. características: Distância a percorrer: 11 km (circular) Duração média do percurso: cerca de 5 horas Local de saída/chegada: Igreja Matriz de Rossas Dificuldade: Baixo / Médio Mais Informações: Arouca Geopark PR3— Caminhos do Sol Nascente: O PR3 é um percurso que se inicia junto à Igreja Matriz de Moldes e que termina no mesmo local. No entanto, por ser circular pode ser iniciado em qualquer dos lugares por onde passa e em qualquer sentido. Durante esta caminhada desfrutará de uma deslumbrante panorâmica sobre o Vale de Moldes e a Srª da Mó. Destes caminhos ora asfaltados, ora empedrados, estenda sobre a paisagem os derradeiros olhares de quem está de partida, já com vontade para voltar. características: Distância a percorrer: 13 km (circular) Duração média do percurso: cerca de 5 horas Local de saída/chegada: Igreja Matriz de Moldes Dificuldade: Médio Mais Informações: Arouca Geopark OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 51 Por terra PR4— Percurso de Santa Maria: O percurso inicia-se junto à capela de Stª. Maria do Monte, na freguesia de Stª. Eulália. Começamos a marcha rumando para sul, em direção à Serra da Freita. Chegando ao topo da aldeia da Ameixeira, atravessa-se a estrada de asfalto e por estreito carreiro atinge-se um estradão que se dirige ao lugar de Currais. Para se chegar aí, toma-se um caminho à direita, que sobe, primeiro, suavemente, e depois de passar o ribeiro, de forma mais acentuada, até atingir um estradão que se desenvolve pela curva de nível e se encaminha para os Viveiros da Granja. Deste estradão tem-se uma imponente panorâmica sobre o vale de Arouca ao fundo e sobre a Serra do Montemuro ao longe. características: Distância a percorrer: 13,3 km (circular) Duração média do percurso: cerca de 5 horas Local de saída/chegada: Capela de Stª Maria do Monte; Dificuldade: Médio Mais Informações: Arouca Geopark Toma-se este estradão, à esquerda, até à antiga casa do guarda florestal e parque de merendas, rumando, de seguida, para Chão de Espinho. Depois de uns 500 metros de asfalto volta-se a atravessar uma estrada de asfalto e inicia-se a descida para o vale de Arouca, em direção ao pequeno povoado de Povos. O caminho até esse povoado é um dos recantos mais belos do percurso. Daí continua-se por um estradão agradável até à Forcada. Daqui até Stª Maria do Monte o percurso faz-se por caminhos antigos de rara beleza. PR5— Rota das Tormentas: O PR5 “Rota das Tormentas” inicia-se junto à capela de Silveiras, percorrendo caminhos comuns com o GR28 “Por Montes e Vales de Arouca”. Desce até à ribeira das Silveiras, que atravessa, iniciando a subida, primeiro por um caminho de calçada, depois por trilhos de montanha até ao ponto mais alto do percurso: a portela Malhada com 646 metros de altitude. O caminho prossegue pela curva de nível, não descendo nem subindo significativamente, até iniciar a descida para Cortegaça. características: Distância a percorrer: 8,1 km (linear) Duração média do percurso: cerca de 3 horas; Local de saída/chegada: Capela de Silveiras / Janarde Dificuldade: Médio Mais Informações: Arouca Geopark 52 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Durante este trajeto, a paisagem é deslumbrante: vales profundos que se encaminham para o vale do Paiva, encostas íngremes e floridas, a vista da Serra de Montemuro ao longe, a norte… Em Cortegaça inicia-se uma pequena subida até à cumeada, onde existe uma estrada asfaltada seguindo-se por ela, pela esquerda, iniciando-se aqui a descida para Meitriz. É no pequeno largo da velha aldeia tradicional de Rio de Frades que se inicia este percurso. Pouco antes do fim do asfalto, toma-se, à esquerda, o antigo caminho que inicia a subida para Cabreiros. Depois de passar por algumas galerias das antigas minas e respetivas cascalheiras, prossegue-se, durante algum tempo, pela curva de nível, sem subir, nem descer, à vista do Rio Frades. Logo de seguida, inicia-se suave descida que nos conduz ao pequeno pontão pelo qual é feita a travessia do Rio. Dobrado o Rio, vem a subida constante até Cabreiros. À entrada do lugar, deparamos com a escola primária, depois da qual tomamos o caminho da direita que nos leva até Tebilhão. O trajeto entre as duas aldeias é de rara beleza: do lado de Cabreiros avistam-se as deslumbrantes leiras em socalcos de Tebilhão; do lado contrário avistam-se o casario da velha aldeia de Cabreiros e o verde que cobre os seus múltiplos e pequenos campos de cultivo. Prosseguindo o trajeto dobramos a capela de Sta. Bárbara de Tebilhão e atingimos a carreira de moinhos do mesmo lugar, junto à estrada de asfalto. Aí chegados, volta-se pelo mesmo caminho até Cabreiros. Retemperadas as forças, inicia-se a longa descida até Rio de Frades. Por terra Arouca Geopark PR6— Caminhos do Vale do Urtigosa: características: Distância a percorrer: 6 km (linear) (iniciando junto ao cemitério +1000m) Duração média do percurso: cerca de 3 horas Local de saída/chegada: Largo de Rio de Frades / Carreira de Moinhos de Tebilhão Dificuldade: Alto Mais Informações: Arouca Geopark PR7— Nas Escarpas da Mizarela: Este percurso inicia-se no parque de lazer fronteiro ao parque de campismo do Merujal, através de um caminho que se dirige à Mizarela. Chegando à Mizarela, passa-se pelo miradouro e prossegue-se descendo pela estrada de acesso à aldeia da Ribeira. 300 metros abaixo do miradouro, vira-se à esquerda, por um carreiro, entre um carvalhal, com vista soberba sobre a Frecha da Mizarela. Seguindo este carreiro, toca-se mais a baixo, numa curva, a referida estrada de acesso à aldeia da Ribeira que, logo de seguida, se deixa para continuar por outro carreiro, que desce abruptamente por entre escarpas com a bela cascata da ribeira da Castanheira, do lado de lá, em escadaria. Chegando ao ponto de confluência desta com o rio Caima, o caminho torna-se suave e, pela margem esquerda do rio rapidamente se chega à aldeia da Ribeira. Passada a aldeia, atravessa-se o rio num pequeno pontão rumando-se à esquerda por um trilho que, subindo ao longo da margem direita do rio, chega à ribeira da Castanheira, acompanhando-a. Transposta esta, atinge-se a crista da escarpa leste e rapidamente se chega à ribeira dos Cabaços e à escola de escalada. Após a passagem de um colo toca-se o PR15, já junto à estrada de asfalto, que se toma à esquerda, chegando-se à aldeia da Mizarela. Aqui retoma-se o caminho. características: Distância a percorrer: 8 Km (Circular) Duração média do percurso: cerca de 3h30m Local de saída/chegada: Parque de Campismo do Merujal (Serra da Freita) Dificuldade: Alto Mais Informações: Arouca Geopark OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 53 Por terra PR8— Rota do ouro Negro: O PR8 – “Rota do Ouro Negro” tem o seu início em Fuste (Freguesia de Moldes), junto à capela de Santa Catarina onde também passa o PR3 – “Caminhos do Sol Nascente”. características: Distância a percorrer: 6 km (linear) Duração média do percurso: cerca de 2h30m Local de saída/chegada: Capela de St.ª Catarina de Fuste (Moldes) / Rio de Frades (Cabreiros) Dificuldade: Médio /Alto Mais Informações: Arouca Geopark Durante uns 150 metros percorrem caminhos comuns até que, no meio do lugar o PR3 diverge para a esquerda e o PR8 para a direita descendo por entre os campos da aldeia para o lugar do Pedrógão continuando, a partir daqui, para as minas da Pena Amarela. Após alguns estradões florestais, chega ao trilho agora refeito e que passa em frente de dezenas de bocas de minas rudimentares. Lá em baixo, num vale profundo e encaixado, uma majestoso ribeiro da Pena Amarela recebe a água do ribeiro da Covela, que ali chega por um leito em escadaria, formando cascatas. Ainda na zona de mineração atravessa o ribeiro da Pena Amarela numa pequena ponte de madeira iniciando, de seguida, a subida por um carreiro tradicional. Chegado ao alto desta subida inicia a descida para o lugar de Rio de Frades (Freguesia de Cabreiros) onde, faz ligação com o PR6 – “Caminho do Carteiro”, outro emblemático percurso pedestre de Arouca. Como o percurso é em travessia, isto é, termina num sítio diferente daquele onde se iniciou, tanto pode ser começado em Fuste como em Rio de Frades. PR9— Rota do Xisto: A Rota do Xisto é um percurso pedestre de pequena rota com cerca de 16 quilómetros, em circuito. Inicia-se junto à igreja matriz de Canelas e termina no mesmo local. Todo este troço do PR9 decorre por caminhos comuns ao GR 28 “ Por montes e Vales de Arouca”, grande rota esta que, no Centro de Interpretação Geológica de Canelas, se separa da “Rota do Xisto” para continuar para o Gamarão de Cima e depois para Arouca, onde termina. As Aldeias de Canelas e Vilarinho e a Mina do Pereiro são alguns dos pontos de interesse deste percurso. características: Distância a percorrer: 16 km (circular) Duração média do percurso: cerca de 6 horas Local de saída/chegada: Igreja Matriz de Canelas Dificuldade: Médio Mais Informações: Arouca Geopark 54 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR PR13— Na Senda do Paivô: As grandes lages que acamam o caminho, e que seguem em direção a Covêlo de Paivô, o nosso destino, estão profundamente marcados pelo desgaste das incontáveis passagens dos carros de bois. Ao fim de cerca de dois quilómetros a ribeira de Regoufe junta-se ao rio Paivô, que nos vai acompanhar até Covêlo de Paivô. Doravante, a paisagem que se mostra durante este percurso encontra-se marcada pela forte presença daquelas linhas d’água, sulcando um vale de elevada beleza. Ao chegar a Covêlo de Paivô pode passear pela aldeia e mais tarde procurar a sua pequena praia fluvial para um descanso merecido. Para voltar, a pé, ao local de partida, terá de percorrer, em sentido contrário, o mesmo caminho. Por terra Arouca Geopark Para iniciar o percurso há que atravessar a aldeia até às últimas casas, localizadas na zona oeste, onde se vai encontrar um trilho. Seguimos por ele e um pouco mais à frente encontramos um cruzamento, no qual tomamos a esquerda. características: Distância a percorrer: 4,5 km (linear) Duração média do percurso: cerca de 1h30m Local de saída/chegada: Regoufe / Covelo de Paivô Dificuldade: Baixo Mais Informações: Arouca Geopark PR14— A Aldeia Mágica Deixe o carro no início de Regoufe e passeie-se pelas ruas tranquilas. Partindo da capela, segue-se em frente, passando pelo meio da povoação. Vire no primeiro desvio à esquerda. Caminha-se então cerca de 100 metros entre muros de pedra que delimitam as hortas, até atravessar uma ponte sobre a Ribeira de Regoufe. De seguida inicia-se o percurso por um carreiro do lado direito, marcado por uma subida de elevada inclinação. Atingido o topo, será surpreendido pela beleza e imensidão da paisagem. Continuamos então por um trilho à esquerda onde se avista, incrustada num fundo vale, a aldeia de Drave. Na entrada de Drave começam os originais muros de pedra, construídos de forma a sustentarem o homem nestas terras de acentuado declive. Nos dias de mais calor poderá, depois da caminhada, refrescar-se nas águas da ribeira de Palhais que atravessa a aldeia. Para voltar faça o mesmo percurso, agora no sentido inverso, até Regoufe, onde poderá visitar ainda as minas abandonadas de volfrâmio. caracteristicas: Distância a percorrer: 4 Km (Linear) Duração média do percurso: cerca de 3 horas Local de saída/chegada: Regoufe/Drave Dificuldade: Baixo Mais Informações: Arouca Geopark OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 55 Por terra PR15— Viagem à Pré-história: O percurso inicia-se na aldeia do Merujal. Segue pela estrada nova, em asfalto até ao Parque de Campismo. Logo após o Parque de Merendas segue pelo trilho da direita até Albergaria da Serra. No cemitério desta aldeia segue por um pequeno carreiro que se apresenta pela sua esquerda, paralelo com o lindíssimo rio Caima até ao Junqueiro. Junto ao muro segue as marcas no trilho bem definido até ao chamado Vidoeiro. A agradável e abundante sombra proporcionada pelas “Bétulas” convida a uma pausa. Continua o trilho pela direita, passando pela Manoa da Portela da Anta à sua direita e pouco depois, envereda pela esquerda por estrada de paralelos numa distância considerável. Atravessa a estrada principal de asfalto e segue pela direita até à Mamoa do Monte Calvo. Aí toma o carreiro da direita, em pleno monte, até à aldeia da Castanheira. Chegando à aldeia visite as “Pedras Parideiras” e PR16— Passeio Exótico: O início do itinerário faz-se na aldeia do Merujal. Regresse à estrada de alcatrão e vire à direita na direção de Albergaria da Serra. De seguida opte pelo primeiro caminho de terra, à esquerda. Chegados ao nível de cota mais baixa do percurso (400m), e após atravessar a linha de água, deparamo-nos com um pinhal velho. Prossegue-se o caminho sempre em frente até encontrarmos um primeiro desvio à direita. De imediato iniciamos a subida. Ao encontrarmos um caminho florestal bem definido, correspondendo ao segundo desvio à direita viramos, começando a subir a encosta por trajeto em zig-zag bastante íngreme. Segue-se sempre pelo caminho melhor definido que vai terminar, no fim da subida, noutro que percorre a encosta ao longo das curvas de nível, onde se vira à direita. Seguindo em frente, chegamos à estrada de alcatrão. Neste ponto opte pela esquer56 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR pare um pouco para se familiarizar com a população. Atravessa os campos da aldeia e sobe a encosta até à aldeia tradicional dos Cabaços. Passando a estrada principal para a Zona de Lazer, atravessa a ponte em madeira até um carreiro rodeado de muros que segue pela esquerda até à aldeia da Mizarela. Poucos metros à frente da aldeia encontrará o miradouro para a Frecha da Mizarela. Contemple as águas a despenharem-se desde 70 metros, antes de se fazer ao caminho que o levará de novo à aldeia do Merujal. características: Distância a percorrer: 17 km (circular) Duração média do percurso: Cerca de 5 a 6h Local de saída/chegada: Merujal (Serra da Freita) Dificuldade: Médio Mais Informações: Arouca Geopark da e entre no primeiro trilho de terra. Pouco depois vira-se à direita por um antigo caminho rural entre muros. No cimo da encosta tem-se uma vista bastante ampla, antes de se entrar num pinhal que vamos atravessar até chegarmos a um pequeno vale com Pinheiro-Silvestre e tuias. Atingimos de novo uma estrada de alcatrão, onde vamos virar à direita na direção do Parque de Campismo do Merujal. Mais à frente viramos à esquerda, na direção da Frecha da Mizarela e pouco depois deparamo-nos com um desvio à direita não sinalizado para a aldeia do Merujal, término do percurso. características: Distância a percorrer: 9 km (circular) Duração média do percurso: cerca de 3horas Local de saída/chegada: Aldeia do Merujal (Serra da Freita) Mais Informações: Arouca Geopark Por terra Arouca Geopark Alojamento Casa do Paúl A Casa do Paúl resulta da recuperação de um imóvel em ruínas, mantendo as paredes exteriores em xisto. O conforto, a simplicidade e a adequação ao espaço rural foram os critérios determinantes na recuperação do imóvel. Fica localizada próximo do rio Paiva com praia fluvial a 100 metros e excelentes condições para a prática de desportos de aventura, em particular em águas bravas. Contactos: Dulce Soares Telefone: +351 938 336 017 E-mail: [email protected] Mais Informações: Casa do Paúl Casa do Passadiço “A Casa do Passadiço encontra-se localizada no Centro Histórico de Alvarenga junto ao seu Pelourinho. Recuperada pelos seus proprietários com materiais da região como o granito mas adaptando-a aos tempos modernos com todo o conforto. São 11 suites climatizadas, um salão muitíssimo acolhedor e um pequeno bar no antigo lagar.” Contactos: Lugar de Trancoso Alvarenga 4540-048 Arouca Telefone: +351 915 499 171 Morada: [email protected] Mais Informações: Casa do Passadiço OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 57 Por terra Alojamento hotel são pedro Hotel S. Pedro é um hotel moderno no centro de Arouca, que disponibiliza quartos e suites contemporâneos e um bar no terraço com vista para as serras envolventes. O Hotel tem restaurante próprio que apresenta uma mistura de receitas tradicionais, receitas locais e cozinha inovadora. O elegante, bar no piso térreo apresenta uma grande oferta de vinhos locais e espirituosas. Hotel S. Pedro está equipado com tecnologias amigas do ambiente, incluindo painéis solares e sistema de tratamento de águas residuais. Durante a estadia em Arouca, os hóspedes podem visitar o Arouca Geopark, classificado pela UNESCO. O centro da vila fica a uma caminhada de 5 minutos do Hotel S. Pedro. Poderá estacionar gratuitamente no local. Contactos: Dulce Soares Telefone: +351 256 944 580 Morada: [email protected] Mais Informações: Hotel de São Pedro 58 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Por Terra Evento OMD Run 2013 C “Estes loucos que correm” orrer, libertar-se, exceder-se e passear. Tudo num só e ainda acompanhado de paisagens magníficas, numa “nova” modalidade que encanta dos mais novos aos mais velhos. Tudo isto representa o Trail Run. O Trail Run, ou corrida por trilhos, é uma modalidade que tem ganho importância e adeptos por todo o mundo, e Portugal não é exceção. As provas e as suas inscrições têm aumentado substancialmente por todo o país, fazendo com que o calendário das provas esteja pomposamente preenchido. Compostas geralmente por largos quilómetros, este é um novo desporto que desperta interesse e paixões. Desde logo, por ser corrida fora de alcatrão, tem muito mais para oferecer aos olhos. E à alma. O que atrai mais nestas provas é o contacto com a Natureza, é a superação de limites pessoais e a descoberta de locais onde dificilmente se chega de carro, ou 60 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR não se chega de todo. E Portugal tem tanto para descobrir… De Proença-a-Nova, surge a Horizontes, uma empresa especializada na criação e gestão de eventos desportivos de cariz de natureza, um “turismo desportivo” como gosta de dizer Paulo Garcia, responsável pela empresa. “O objetivo é conhecer Portugal, fazer turismo ao mesmo tempo que se pratica desporto”, explica. Uma das provas de maior nome desta empresa é o “Oh Meu Deus” (OMD), que se bifurca nas modalidades de corrida e bicicleta. A origem do nome tem dois principais pontos: primeiro, a universalidade da expressão. Segundo, é um presságio para a sua própria composição: isto não é para meninos! O OMD Run, teve a sua primeira edição em 2011 e desde aí tem vindo a ganhar participantes. Este ano, à semelhança do ano passado, reali- Já a segunda etapa, realizada em março, contou com a participação de 150 pessoas. Foi uma prova bastante dura, com subidas íngremes até ao Centro Geodésico de Portugal e com algumas travessias que bem podiam ser feitas a nado. Parece que os deuses quiseram dar mais uma pitada de dificuldade no trajecto, e por isso, fizeram chover durante uma semana inteira, alagando muitos dos locais por onde os atletas iriam passar. Mas para quem corre em montanhas, com trilhos de uma exigência técnica tremenda, a chuva não assusta! E no final, a medida que os atletas iam chegando à linha de meta, era notório o sorriso de felicidade que esboçavam. E aqui as opiniões eram unânimes: paisagens fantásticas, uma dificuldade acima da média e uma diversão enorme, que culminaram numa excelente prova. É este o espírito do Trail Run. Não é chegar em primeiro e ganhar contra não sei quantos participantes. Não é ganhar um prémio monetário quando se chega ao fim. É uma luta pessoal, é um ultrapassar de expectativas, é o chegar ao fim. E aqui vence-se (quase) sempre! É turismo, é desporto, é aventura, é diversão! A Etapa Rainha Já diz o ditado: “ à terceira é de vez”. E aqui o ditado aplica-se de uma forma singular. A terceira etapa do OMD vai ser a rainha da prova, a majestade do Trail em Portugal Continental. Além do local privilegiado, Por Terra OMD zou-se em três etapas, tendo duas já concluídas. A primeira em “casa” da organização, em Proença-a-Nova, logo no início do ano, que contou com mais de 130 participantes. Luís Mota, um expert na matéria alcançou o primeiro lugar, numa prova onde o frio e a chuva também participaram. Não é ganhar um prémio monetário quando se chega ao fim. É uma luta pessoal, é um ultrapassar de expetativas, é o chegar ao fim. E aqui vence-se (quase) sempre! É turismo, é desporto, é aventura, é diversão! a Serra da Estrela, esta será a primeira prova em Portugal a percorrer 160 km. Mas as novidades não se esgotam por aqui: além de ser a prova mais comprida, esta será também a única prova em Portugal Continental pontuável com quatro pontos para o Ultra-Trail de Mont-Blanc, a Meca do Trail Run. Esta corrida, pela sua exigência e dificuldade, só pode ser feita por quem tenha conquistado pontos em provas similares. Para o ano de 2014 são exigidos sete pontos, que podem ser conquistados na execução de três provas. Até agora, era necessário rumar à Madeira para conquistar quatro pontos, dia 26 de abril já pode ser feito em Portugal Continental. Além dos quatro pontos, o OMD Covilhã irá ainda pontuar três pontos nos 100 km e dois pontos nos 60 km. Esta prova contará ainda com a “participação especial” de Márcio Villar, um analista de sistemas brasileiro que tem como principal motivação “fazer algo OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 61 Por Terra que nunca ninguém fez”. Encontrou a solução na sua nova “mania”: dobrar as provas em que participa. Ou seja, em vez de 160 km, Márcio vai percorrer 320 pelos trilhos da Serra da Estrela. Esta prova é tão especial que até vai ser objecto de estudo. Miguel Ângelo Oliveira, docente e investigador da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física (FCDEF) da Universidade de Coimbra (UC) vai levar a cabo uma série de testes médicos aos atletas dos 160 km que queiram contribuir para os avanços científicos desta modalidade. No âmbito da sua dissertação para obtenção de grau de Doutor, sobre a fisiologia do treino e o esforço em altitude, o investigador pediu a colaboração do Oh Meu Deus, na crença de que será um excelente meio para a sua investigação. O Trail mais bonito do Mundo Não satisfeitos com a prova mais longa de Portugal, a Horizontes decidiu também fazer a prova mais bonita. E que local poderia responder melhor a esse apelo sem ser Sintra? É claro que a competição era fincada, em Portugal temos esse problema de ter uma paisagem natural tão bela quanto vasta de norte a sul do país, de este a oeste. Mas Sintra, pelo seu misticismo e esplendor, tinha que ter uma prova de Trail. A organização explica essa escolha: “O Trail Monte da Lua é uma viagem pela Sintra encantada, cheia de história e glamour que tanto encanta nativos como forasteiros. É um dos mais emblemáticos destinos turísticos de Portugal e é património mundial.” Esta vai ser a segunda edição do Trail Monte da Lua, que passa por locais tão emblemáticos como a Quinta da Regaleira, o Palácio da Pena ou o Castelo dos Mouro, quase como que numa História de Encantar. Se a prova da Covilhã é a Rainha, esta é sem dúvida a prova Princesa! A prova realiza-se a 13 de julho e não será fácil. Os mais de 50 km de percurso da prova (existe ainda o percurso de 25 km) irão resultar numa prova às capacidades de sofrimento e superação de todos os participantes. “Os quilómetros finais, no regresso ao mar, serão de êxtase paisagístico e uma enorme dificuldade para progredir nos acentuados declives junto às Arribas do Cabo da Roca” lê-se no site da organização. As inscrições para estas provas estão abertas e podem ser feitas no site da organização, em: www.horizontes.com.pt. ø Organização OMD 62 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Por Terra OMD OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 63 Por Terra Indoor PREPARAÇÃO Indoor para trail running Por Amâncio Santos Club Manager Fitness Hut Amoreiras O trail running é uma corrida realizada em percursos de trilhos, muitas apenas acessíveis a pé. Zonas montanhosas, subidas de pequenos riachos, com fundos rochosos e com pouca água, entre outros tipos de piso… Por vezes a tecnicidade e dureza desta atividade impede que os atletas consigam correr, tendo que caminhar, saltar e subir pedras. Normalmente são provas longas e são feitas em corrida lenta. É uma modalidade muito saudável, com muito respeito pela natureza e pelos participantes. ø www.fitnesshut.pt Notas de treino: 2 a 3 séries de cada exercício 12 repetições de cada exercício 15 a 20 segundos de transição entre exercícios 1 Jacob ladders - 5min 2 Batling ropes - 3 exercícios 64 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Por Terra Indoor 4 3 Squat com salto com barra - 25kg Push ups - peso corporal 5 6 Subida banco unilateral com barra - 20kg 7 Remada com halteres em posicão prancha - 5kg Burpees - peso corporal 8 Knees to elbows no banco OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 9 Lombares no chão 65 Por Água Atividade canyoning 66 Maio_Junho 2012 OUTDOOR Fotos: Tobogã Por Água Canyoning Por Água É cada vez mais notória a reaproximação do Homem à Natureza, não só pelo crescimento de praticantes de desportos de evasão mas também pela aproximação a estas atividades por parte daqueles que se limitavam a ser “meros espetadores”. Estamos perante uma mudança de atitudes em que aqueles que apenas “contemplam” a Natureza procuram agora modos de a “viver” recorrendo aos Desportos de Evasão e ao Turismo de Ar Livre como meios para atingir esse fim. Uma das atividades que vai de encontro às perspetivas destes “novos exploradores” é o Canyoning por possibilitar o acesso a locais, que, de outra forma seriam impossíveis de alcançar ainda nos esperam as mais belas, selvagens e intactas paisagens onde a ação do Homem é quase nula. piscinas naturais de água cristalina e beleza ímpar, destrepar pequenos ressaltos, descer em rapel, slide e outras técnicas de cordas necessárias para ultrapassar os sucessivos desníveis naturais que os desfiladeiros nos apresentam. É, sem dúvida, uma das atividades de exploração da Natureza mais completas através da qual podemos descobrir e desfrutar de paisagens que de outro modo seriam impossíveis de apreciar, aliando as componentes de aventura, desporto e lazer. As sensações refrescantes de mergulhar e nadar em piscinas naturais de água límpida e cristalina, a beleza natural das paisagens mais escondidas como as cascatas e os desfiladeiros, a aventura e a emoção, tudo numa só atividade! QUEM PODE PRATICAR? O Canyoning é uma atividade para todas as idades e sexos, desde que o nível de dificuldade do percurso seja adequado ao grupo. Começando pela etapa inicial, recomenda-se que participantes comportem habilidades básicas de progressão/caminhada em terrenos irregulares como os de montanha, por períodos de pelo menos 2 horas a uma intensidade baixa, com várias pausas. Devido à flutuabilidade do equipamento e ajuda dos guias, não é necessário saber nadar. O QUE É O CANYONING? O Canyoning é uma das atividades de Natureza que maior crescimento tem registado nos últimos anos. Consiste na descida de rios ou ribeiras em vales de montanha ultrapassando todos os obstáculos ,recorrendo às mais variadas técnicas, usando o indispensável equipamento de proteção individual. No mesmo percurso, é possível caminhar Consiste na pelo leito dos rios, nadar, merdescida de rios gulhar e saltar (facultativo) para ou ribeiras em vales de montanha (...) 68 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR QUAL O EQUIPAMENTO NECESSÁRIO? É muito importante utilizar o equipamento adequado, específico para a modalidade e que cum- Por Água Canyoning (...) muitas pra as Normas Europeias. Uma to que não é fornecido aos partivez cumpridas as normas, ainda cipantes, pela dificuldade óbvia vezes para enexiste uma grande variedade no em garantir os mais variados trar ou sair do que respeita à qualidade e contamanhos que os diferentes canyon é necessário grupos podem apresentar. No textualização dos equipamentos. Por exemplo, se estamos a falar entanto, na Tobogã há a possirealizar camide Canyoning no nosso país, os bilidade de alugar, não estando nhadas (...) fatos isotérmicos deverão ter entre incluído no EPI devido à impossi4mm a 5mm de espessura. Se falarbilidade de garantir sempre o stock, mos de Canyoning no norte da europa como atrás referido); devem ser mais espessos e em países tropicais mais finos. Sendo assim, vamos descrever ape- OS PROCEDIMENTOS DE UMA DESCIDA nas o EPI (Equipamento de Proteção Individual) TURÍSTICA mínimo necessário para um praticante iniciado Uma descida turística envolve processos difee devidamente enquadrado (acompanhado por rentes de uma descida desportiva, principalGuias) em Portugal. mente devido ao facto de muitas vezes estarmos na presença de estreantes na modalidade. As• Fato de neoprene de 5mm no tronco e 4mm sim sendo, mesmo antes de entrar no canyon, é nos membros de forma a tornar-se mais con- necessário passar por um briefing inicial onde, fortável, não condicionando negativamente os entre muitos aspetos, será apresentada a modamovimentos necessários a uma boa progressão; lidade, as regras e os procedimentos que se irão • Meias de neoprene de 3mm; efetuar. • Capacete com a norma EN12278 (de preferência um modelo totalmente ajustável, leve e con- Após a distribuição do devido equipamento, cofortável); meça a verdadeira aventura. É importante re• Arnês de norma EN12277 equipado com longe ferir que muitas vezes para entrar ou sair do dupla de EN566; canyon é necessário realizar caminhadas de • Conectores (mosquetões) com norma EN12275 aproximação/saída cuja duração varia consoane EN362 (segurança com aperto de rosca); te os percursos. • Descensor oito com certificação ISO ou CE; • Calçado anfíbio, com boas características de Na seleção dos canyons de iniciação esse factor aderência em pisos húmidos, boa proteção e es- deve ser tido em conta, optando por percursos tabilidade dos tornozelos (no meio da animação com aproximações e saídas curtas. turística, geralmente este é o único equipamenOUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 69 Por Água ONDE POSSO PRATICAR? Em Portugal o Canyoning é praticado em algumas ilhas dos arquipélagos dos Açores e Madeira e nas zonas Centro/Norte. No continente português, considera-se como sendo o melhor local para a prática desta atividade o Parque Nacional Peneda Gerês por vários fatores, destacando-se as suas paisagens únicas e as águas cristalinas das suas piscinas naturais escavadas em granito, de tons azul-turquesa ou esverdeados quando expostas ao sol. É sem dúvida o paraíso do Canyoning em Portugal Continental. Além disso, devido às caraterísticas geológicas destes percursos, tornam-se menos escorregadios e por isso de mais fácil progressão. IMPORTANTE SABER O Canyoning, assim como muitas das outras atividades de exploração da Natureza, não está isento de riscos. De forma a minimiza-los, recorra sempre a empresas devidamente certificadas/legalizadas, com equipamento adequado e acompanhamento por Guias Profissionais e Especializados, respeitando e cumprindo todas as regras de segurança que lhe forem transmitidas. Ser conduzido por alguém que saiba comunicar de forma simples e esclarecedora, antecipe devidamente todos os passos/riscos, selecione e conheça muito bem os percursos, domine todas as técnicas envolvidas, haja em função de todos os participantes, entre outros pormenores, certamente distinguirá positivamente uma experiência deste tipo. Estamos a falar de lazer mas também na nossa segurança, por isso não descorar estes princípios de seleção. É fundamental para que a experiência se torne inesquecível em toda a sua plenitude. Agora…não se fique pela imaginação quando já sabe do que precisa para experimentar! Tal como um bom jantar, que é melhor saborear do que observar, o Canyoning também é muito melhor experimentar! Tudo está previsto para o contacto com a água, como a utilização obrigatória dos fatos de neoprene. Venha divertir-se e não se esqueça do protetor solar, não vá o Sol fazer das suas… ø Bruno Silveira, Manuel Costa, Joel Pereira ww.toboga.pt 70 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Por Água Canyoning atividades canyoning em portugal canyoning no gerês ficha técnica: Duração: 5 a 6 horas Nível: Fácil Mínimo: 4 pessoas Preço: 50€ por pessoa Organização: Tobogã canyoning ribeira da pena (góis) ficha técnica: Duração: Cerca de 5 horas Nível: Médio Mínimo: 6 pessoas Preço: 35€ por pessoa Organização: Transserrano Canyoning só com a TRILHOS. Primeira empresa Portuguesa de Canyoning. Responsável pela abertura de mais de meia centena de novos Canyons: Rio Caima/ Mizarela, Rio Olo/ Fisgas do Ermelo, Rio Poio/Ribeira de Pena, Rios Conho, Arado, Germil, etc, na Serra do Gerês, inúmeros rios nas Serra de Arga, Douro Internacional, Açores, Madeira, etc. Primeiras descidas no estrangeiro com clientes (desde 1996): Espanha, França, Suíça. Primeiras descidas Noturnas com clientes(2000) canyoning rio frades + teixeira ficha técnica: Duração: 2 dias Nível: Médio/Alto Mínimo: 10 pessoas Preço: 95€ por pessoa Organização: Vertente Natural Responsável Técnico: Pedro Pacheco Primeiro Monitor Português da Ecole Francaise de Canyoning (1996) Treinador Desportivo do IPDJ com a Cédula de Instrutor de Escalada e Alta Montanha e de Monitor de Canyoning; Iniciador Alpino da Federação Francesa de Montanha A sua escolha para realizar canyons com a segurança de + 20 anos de experiência. Contactos: [email protected] | +351 967 014 277 www.trilhos.pt Facebook Youtube OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 71 Por Água canyoning no rio lordelo canyoning rio arado ficha técnica: Duração: Cerca de 5 horas Nível: Médio Mínimo: 5 pessoas Preço: Desde 50€ por pessoa ficha técnica: Duração: Cerca de 5/6 horas Nível: Fácil Mínimo: 10 pessoas Preço: 50€ por pessoa Organização: Geoaventura Organização: Javsport canyoning na madeira canyoning em mortágua ficha técnica: Duração: 4 a 6 horas Nível: Alto Mínimo: Sob consulta Preço: 60€ por pessoa ficha técnica: Duração: 2 horas Nível: Médio Mínimo: Sob consulta Preço: 20€ por pessoa Organização: Vertente Natural Organização: Aventuris 72 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Fotografia Portfólio do mês — Sérgio Azenha 74 Novembro_Dezembro 2011 OUTDOOR Fotografia Portfólio OUTDOOR Novembro_Dezembro 2011 75 Fotografia Biografia sérgio azenha: Nascido em Coimbra, em 1980, licenciou-se em Jornalismo pela Universidade de Coimbra em 2002. Enveredou pelo fotojornalismo após um estágio curricular no Jornal de Notícias, iniciando a atividade profissional no Diário As Beiras. Trabalhou depois, a partir de 2003, no jornal Público. Em 2005 torna-se freelancer, mantendo colaborações com o Público, o jornal i, as revistas Sábado e Exame Informática, bem como as agências noticiosas Associated Press (AP) e LUSA. Colabora também com entidades fora do mundo do jornalismo, como a Universidade de Coimbra, a Universidade Católica e o Círculo de Leitores. ø 76 Novembro_Dezembro 2012 OUTDOOR Site: www.sergioazenha.com Fotografia Portfólio OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 77 Fotografia 78 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Fotografia Portfólio OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 79 Fotografia Foto-Reportagem geossítios de arouca Marco Geodésico da Pedra Posta Aspetos Geotectónicos de Espiúnca 80 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Cascata das Agueiras Fotografia Geossítios de Arouca Garganta do Paiva Sítio de Mira Paiva Côto do Boi Pedra Má Marco Geodésico de S. Pedro Velho Contacto Litológico da Mizarela OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 81 Fotografia Miradouro da Frecha da Mizarela Pedras Parideiras Filão de Quartzo de Cabaços 82 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Campo de Dobras da Castanheira Panorâmica da Costa da Castanheira Fotografia Geossítios de Arouca Pedras Boroas do Junqueiro Pias do Serlei Bolas Quartzodioríticas dos Viveiros da Granja Minas da Penas Amarela Galeria do Vale da Cerdeira (Rio de Frades) OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 83 Fotografia Conheiros de Janarde Meandros do Paiva Complexo Mineiro da Poça da Cadela (Regoufe) Portal do Inferno e Garra 84 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Gola do Salto Fotografia Geossítios de Arouca Coleção de Fósseis do CIGC Panorâmica da Srª. da Mó Graptólitos do Silúrico Inferior Conglomerado Carbónico Crista Quartzítica da Gralheira d’Água Praia Fluvial do Vau OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 85 S.O.S. ... Código de Segurança Outdoor sobrevivência urbana… 86 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR que não dispensam tudo aquilo que necessita de eletricidade para funcionar. Em termos sociais, no caso de uma catástrofe prolongada, esqueça as classes tal e qual como as conhece hoje: o dinheiro não serve para comer nem beber, deixando por isso de ter valor. Prepare-se antes para trocar água por alimento, alimento por medicamentos, etc. As regras de boa conduta que constituem a base da sociedade são um mero fator psicológico, facilmente esquecido quando surgir o pânico e o stress. A falta de comida e de água e a competição pelos mesmos irá quebrar a barreira ética entre o bem e o mal, uma vez que quase todos entrarão em “modo sobrevivência”. AS RAZÕES PARA SE PREPARAR Acha que estar preparado para uma eventualidade é coisa de filmes? Ou porque vive num país de “brandos costumes” não necessitará de o fazer? Pois pense de novo. Os “brandos costumes” do nosso país não o tornam imune ao descalabro económico que vivemos, às tensões religiosas entre povos, à nova “guerra fria” a que assistimos entre o Ocidente e o Oriente e muito menos às recentes notícias vindas do espaço: segundo a NASA, o ano de 2013 será extremamente perigoso devido a grandes explosões e tempestades solares, que poderão fazer colapsar a rede elétrica. Sabendo nós que os computadores controlam praticamente tudo hoje em dia e que os mesmos precisam de eletricidade para funcionar, já pensou na tragédia que podemos ter à espreita? O Senado dos E.U.A. elaborou recentemente um documento em que chama a atenção da população para a necessidade de se preparar para este tipo de situações, nomeadamente para os efeitos das tempestades solares. No nosso país parece que as autoridades não estão preocupadas, aparentemente somos mais organizados e temos mais recursos do que os E.U.A. Para começar, precisa apenas das seguintes dicas: COMO SE PREPARAR Mesmo uma preparação mínima já lhe dará uma vantagem substancial sobre todos os outros, que estarão pouco sensibilizados para estas questões. Não necessita de um bunker, um armazém de comida e um arsenal de armas de guerra. Alimentação: Dos estudos que realizei sobre eventuais catástrofes, cheguei à conclusão que numa situação realmente grave deve ter comida em casa pelo menos para um mês. Mas não pense que é fazer as compras que faz normalmente para esse período de tempo e já está, pois esquecemo-nos de muitas coisas básicas. Você terá uma arca cheia de carne e sentir-se-á seguro, no entanto essa carne estará estragada em poucos dias assim que ficar sem eletricidade. Assim sendo, que comida deve escolher? Idealmente aquela que não necessite de refrigeração, com boa relação volume/valor nutricional (especialmente calórico), longo prazo de validade e não necessite de água nem de ser cozinhada. Não se esqueça que também existem vegetais enlatados, embora não tenham a quantidade de vitaminas e outros nutrientes importantes que os frescos têm. OS FATORES PSICOLóGICOS E SOCIAIS A robustez psicológica, que tende a ser desvalorizado, tem um papel importantíssimo para sabermos lidar com uma situação como esta. Os escoteiros e campistas frequentes (por exemplo) habituados a viver por alguns dias sem as mordomias e os equipamentos modernos, terão uma vantagem psicológica sobre todos os outros OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 87 S.O.S. Sobrevivência Urbana O s meus artigos anteriores sobre sobrevivência a catástrofes centraram-se na eventualidade de abandonarmos a cidade para um local mais calmo e seguro. Se acha que esta é uma opção mais válida para si, então não deixe de ler os referidos artigos. No entanto, nem toda a gente está preparada psicologicamente para abandonar a cidade e os seus pertences e muitos não o podem fazer por várias razões, principalmente por terem familiares acamados ou com mobilidade reduzida. Para estes grupos, que se manterão na cidade, será então necessário ter algumas noções de sobrevivência urbana. Gostava de salientar que esta é a minha visão do tema, havendo outras tão válidas como a descrita neste artigo. O mesmo não pretende ser um guia exaustivo, apenas alertar para a problemática e dar dicas importantes que poderão fazer a diferença. Estas dicas são válidas para qualquer tipo de catástrofe que altere radicalmente o cenário e a rotina a que estamos habituados, de origem natural, económica ou outras. S.O.S. Uma forma de contornar este problema será aproveitar a água dos mesmos, bebendo-a se for necessário. Prove primeiro este tipo de produtos alimentares antes de comprar grandes quantidades, para não correr o risco de ficar um mês a comer produtos de que não gosta. Não se esqueça também de ter a maior variedade possível ou de ter em atenção se alguém do seu agregado familiar tem uma dieta especial. Deve fazer e manter um inventário desta comida atualizado (só ocupa algum tempo no início depois é fácil de gerir) e consumir pela ordem de prazo de validade, adicionando posteriormente a mesma quantidade daquela que consumir. Água: É tão importante que merece estar destacada da alimentação em geral. O ser humano, dependendo de vários fatores, aguentará em média 3 dias sem água. Deverá ter 1,5 litros de água por pessoa e por dia só para hidratação. A partir do momento em que a rede elétrica entre em colapso, não confie na água da rede pública, pois o seu tratamento está muitas vezes automatizado e pode deixar de ser realizado. No entanto aproveite para armazenar o máximo que possa para higiene, por exemplo enchendo uma banheira com a mesma, porque ela não vai durar muito tempo. O stock de água engarrafada deve ir sendo consumido mesmo que não exista nenhuma calamidade, para promover a rotatividade e não deixar acabar os prazos de validade. Cada vez que for às compras, reponha o stock em falta. Identifique locais com água nos arredores (lagos, poços, etc.) e tenha sempre maneira de a desinfetar (por exemplo com pastilhas purificadoras), não vá a situação manter-se quando esgotar o seu stock. Ferramentas e equipamento: A falta de luz em casa causa-nos enormes transtornos mesmo sendo de pouca duração. Imagine um mês sem luz. Tenha sempre reserva de pilhas adequadas para as lanternas que tiver (de preferência LED, que são mais económicas), mas se puder tenha um carregador solar e pilhas recarregáveis. É importantíssimo ter duas ou três lanternas de dínamo, pois mesmo que acabem totalmente as pilhas, vai ter sempre luz garantida. Também é boa ideia ter lanternas frontais de colocar na cabeça, que dão muito jeito para ter ambas as mãos livres para qualquer tarefa que necessite realizar. Mantenha um kit com as ferramentas essenciais, um multifunções, uma corda resistente, cordel ou similar, fita-cola larga e de boa qualidade, meios de fazer fogo e aprenda alguns nós úteis. Se possível tenha um fogão portátil com algumas botijas de gás para o mesmo, porque de vez em quando uma refeição quente é bom para a moral. Algo que parece menos importante, mas que a médio prazo fará a diferença é ter algum tipo de entretenimento, como por exemplo jogos de tabuleiro tipo Monopólio, que também levantará a moral e ajudará a passar o tempo. Higiene e saúde: Mantenha um kit de primeiros socorros o melhor equipado possível, tendo o cuidado de verificar periodicamente as datas de validade. Em termos de medicamentos o mesmo deve conter no mínimo Ibuprofeno (que é um 3 em 1: Anti-pirético, anti-inflamatório e analgésico) e antibióticos de largo espectro. Não se esqueça de ter um stock adequado de medicamentos que use com alguma regularidade ou que tome diariamente para doenças crónicas. 88 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Numa situação extrema a recolha de lixo não funcionará e as condições degradar-se-ão de tal maneira que começam a aparecer este tipo de animais, que podem ser extremamente perigosos: a sua urina transmite Leptospirose aos humanos (uma infecção bacteriana que pode ser fatal) e a sua dentada pode transmitir tétano, raiva e outras doenças. Luís Varela Formador Certificado Instrutor de Bushcraft e Sobrevivência na Escola do Mato www.luisvarela.pt | www.escoladomato.com Foto: Equinócio Proteção e segurança: Como referi acima, o pânico e o stress poderão alterar a forma como as pessoas reagem normalmente. Prepare-se em casos mais extremos para tentativas de roubos e pilhagens na sua própria casa. Esteja atento, porque estas pessoas não aparecerão em blusões de cabedal e montadas em motos ruidosas como nos filmes. Esta pessoa pode ser o seu vizinho do lado, que atingiu uma situação de desespero. A nossa legislação em termos de armas é muito restritiva, por isso não vamos abordar este aspeto, mas deve usar o bom senso e a imaginação para defender os seus bens e a sua família. Provavelmente será bom começar a cumprimentar e a ser simpático para os seus vizinhos, porque em situações extremas uma pequena comunidade obtém melhores resultados do que as pessoas ou famílias isoladas. De certeza já ouviu o ditado “não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”. Deve pensar seriamente nestas questões e começar a preparar-se assim que possível, antes que seja tarde demais. Não tenha dúvidas que apenas ao seguir as dicas deste artigo passará muito menos dificuldades do que a restante população. Informe-se, procure formação, mantenha livros em casa sobre este assunto e imprima tudo o que tenha importância extrema, pois provavelmente não poderá consultar o computador nem a internet. Para terminar lembre-se que tudo isto não é um estilo de vida de alguns loucos mas sim uma necessidade… e uma necessidade cada vez mais atual. Sobreviver não é uma questão de sorte mas sim uma questão de preparação. ø OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 89 S.O.S. Sobrevivência Urbana Tenha sempre pacotes de toalhitas e bastante álcool, pois à falta de água ajudam a manter uma higiene aceitável, servindo o álcool não só para desinfetar o corpo e utensílios, mas também como combustível, se necessário. Por estranho que lhe pareça, guarde em sítio seguro uma forma de exterminar ratos, baratas e afins. Descobrir Livro Aventura livro “alma de viajante” M ais do que um relato de viagem, este livro é uma viagem de emoções. De histórias. Relata momentos ímpares vividos no desconforto da estrada durante a primeira volta ao mundo levada a cabo pelo cronista-viajante Filipe Morato Gomes, o estado de permanente descoberta, a empatia das amizades efémeras, os cheiros, os sabores, os sorrisos, a magia das coisas simples, enfim, o prazer inigualável da liberdade. Mas relata também experiências emocionalmente arrasadoras, para as quais seria impossível estar preparado, como o tempo passado na Tailândia e no Sri Lanka nos dias seguintes ao devastador maremoto do oceano Índico e consequente tsunami. Sobre todas as incidências da volta ao mundo, Fi- lipe Morato Gomes foi escrevendo, semanalmente, ao longo dos catorze meses que durou a odisseia, nas páginas da revista Fugas - o suplemento de viagens do jornal Público. São essas crónicas que se encontram no livro Alma de Viajante, em versões pontualmente alteradas, a que se adicionaram alguns escritos nunca antes publicado em papel e uma seleção de fotografias que retratam, elas próprias, à sua maneira, os catorze meses de viagem. "Alma de Viajante" é o primeiro livro do autor. O texto de uma das crónicas foi já adaptado para teatro pela DançArte – Companhia residente no Teatro S. João, Palmela, para um espetáculo intitulado “Segredo do Chá”. Como tudo começou “Um dia despeço-me e dou uma volta ao mundo” – disse várias vezes perante a incredulidade da minha companheira, cúmplice, amiga de todas as horas e desde um dia também minha mulher. Não tenho noção precisa sobre a altura em que a ideia começou a tomar forma na minha cabeça. Talvez tenha sido durante uma prolongada hibernação profissional numa empresa em lenta e inexplicável agonia. Antes, viajar era já uma obsessão, mas nunca como nessa altura tinha sentido tamanha vontade, desejo, necessidade de explorar o mundo de forma mais profunda, independente, livre, como que sedento de contactar realidades diferentes, outras culturas, pequenos lugares, tantas pessoas... Tenho para mim que viajar é naturalmente enriquecedor. Relativiza a importância das coisas, esculpe mentalidades, fermenta o autoconhecimento. O curioso é que, quanto mais viajava, melhor me apercebia de quão pouco conhecia do mundo e melhor noção tinha de que seriam precisas infinitas “férias de verão” – durante todo o tempo de uma vida – para sentir verdadeiramente o pulsar do planeta. E muito, muito mais dinheiro do que fazendo uma ou várias voltas ao mundo... ø Filipe Morato Gomes 90 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 91 Fotos: Filipe Mourato Gomes Descobrir Livro Aventura Descobrir Livro Aventura 92 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Quem é o filipe morato gomes? Viaja por paixão e profissão. Na pele de cronista e fotógrafo de viagens, percorre o mundo em busca de histórias e pessoas que dão vida às suas reportagens. Colabora com a agência Nomad, liderando viagens de aventura no Irão. É fundador do projeto Alma de Viajante (www.almadeviajante.com), um portal sobre viagens em português. E orienta workshops sobre Escrita de Viagens e outras temáticas relacionadas com a arte de viajar. É apaixonado pelo complexo mundo da comunicação, incluindo a fotografia, o design e a publicidade. Entre as suas múltiplas viagens, contam-se duas voltas ao mundo de longa duração. Em 2004/2005, deu uma volta ao mundo em solitário durante 14 meses, viagem que acabou vertida no referido livro “Alma de Viajante”. Em 2012, embarcou numa segunda volta ao mundo, desta feita em família, incluindo a sua filha então com 5 anos de idade (www.pikitim.com). Prefere aldeias sem asfalto aos grandes centros urbanos, gosta de experimentar comidas estranhas mas não resiste à simplicidade de um bom peixe grelhado. Desde que não esteja confinado a um resort, sente-se bem tanto na selva amazónica como no deserto central do Irão, numa praia caribenha como nas montanhas do Nepal, ou até numa cidade art-deco europeia. Já visitou mais de 80 países. OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 93 Descobrir desafios a dois Uma história de amor a correr...! O Telmo Veloso e a Susana Simões são dois atletas de Trail Running e Triatlo que adoram participar em provas exigentes, que desafiem as suas capacidades e que os obriguem a superar-se. Nesses eventos participam sempre os dois porque, segundo eles, “os bons momentos da vida devem ser partilhados com quem mais gostamos”. Não estranhamos portanto que o seu lema seja “Desafios a Dois”. 94 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Descobrir Desafios a dois N a sua opinião, o facto de participarem nas mesmas provas e terem os mesmos objetivos facilita o entendimento entre ambos (“não é necessário arranjar tempo para o outro porque o outro está sempre ao nosso lado nos treinos”) e ajuda na própria preparação, especialmente quando um deles se sente desmotivado e sem vontade de treinar. Este casal, bastante conhecido no “mundo” do trail e do triatlo, alcançou alguma projeção mediática com a participação na Marathon des Sables (Maratona das Areias) em 2012. Foi o concretizar de um sonho que se torNo nou possível após ambos vencerem a Isostar Desert Marathon final da Ma(110kms) em 2011. O prémio ratona das Areias a era a oferta da inscrição na classificação foi excelente Marathon des Sables, o equivalente a 3.500€ por atleta. uma vez que a Susana obNa Marathon des Sables teve o 6º lugar entre as mutiveram de correr 250kms lheres (120 participantes) e no Deserto do Sahara durante 1 semana em autoo Telmo foi 13º da geral nomia total (na mochila entre os 850 atletas que tiveram de transportar todos iniciaram a avenos mantimentos, roupa, sacotura. -cama, colchão…). No final da Maratona das Areias a classificação foi excelente uma vez que a Susana obteve o 6º lugar entre as mulheres (120 participantes) e o Telmo foi 13º da geral entre os 850 atletas que iniciaram a aventura. Conheceram-se em 2005 no clube Porto Runners, onde ambos começaram a treinar corrida de uma forma lúdica e a participar em algumas provas de estrada. Em 2006, já depois de várias meias-maratonas e 1 maratona, decidiram experimentar um duatlo (Moimenta da Beira) e depois 1 triatlo (Quarteira). Nessa altura ficaram com um vício tão forte em triatlo que em 2006 e 2007 fizeram quase todas as provas realizadas em Portugal e algumas em Espanha. A amizade entre ambos foi crescendo, crescendo, crescendo…. A “febre” pelo triatlo teve o ponto mais alto em 2009 com a conclusão do Ironman de Frankfurt. Foi o realizar de um objetivo que tinham desde que se iniciaram no triatlo e o culminar de 4 anos de preparação física e mental. Após o Ironman já tiveram a possibilidade de participar num Campeonato da Europa e num Campeonato do Mundo de Triatlo Longo, onde obtiveram sempre resultados interessantes, com destaque para o 3º lugar da Susana no Camp. Europa no escalão dos 35-39 anos. Depois de algumas participações em pequenos trails decidem, em 2010, aventurar-se no mundo do ultra-trail. Aproveitando umas OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 95 Descobrir férias nos Pirenéus inscreveram-se na “Volta ao Aneto”, um trail com 98kms. Decidem percorrer todo o percurso em conjunto uma vez que estavam receosos com a distância e porque como estavam de férias queriam estar juntos. No final, para além de terem superado o desafio, ficaram com vontade de fazer mais. Desde esse dia têm participando em inúmeros trails de longa distância. Após o gosto por correr na montanha é tal que, em 2011, aquando do seu casamento decidiram “gozar” a lua-de-mel a atravessar os Alpes. Inscreveram-se na Transalpine-Run e em vez do tradicional bikini e praia foram correr cerca de 300kms nos Alpes durante 8 dias e passando por 4 países (Alemanha, Áustria, Suíça e Itália). A particularidade deste ultra-trail é ser disputado por equipas de 2 elementos que nunca se podem afastar mais de 100 metros e por isso foram “obrigados” a estar sempre juntos. O nome “Desafios a Dois”, que começou por ser o nome da equipa com que correram na lua de mel a Transalpine, começou a ser falado entre os outros atletas de trail e eles decidiram adotá-lo como o nome oficial do seu “projeto de vida desportiva”. Para tal construíram um site www.desafiosadois. com e criaram um logotipo que os identifica. Os Desafios a Dois previstos para 2013 passam pelo Ultra-trail da Madeira (115kms), pelo Trans D´Havet - Camp. Europa Ultra Sky Running (80kms), pelo Grand Raid Pyrinneus (166kms) e pelo Tri-Iberman (Ironman). Para 2014, o sonho deste casal é voltarem outra vez ao deserto e se possível levarem com eles 2 equipas oficiais, uma de homens portugueses e outra de mulheres. Um projeto difícil por causa dos apoios necessários... mas fica lançado o repto. ø Telmo Veloso 96 Julho_Agosto 2012 OUTDOOR Descobrir Desafios a dois OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 97 Kids campos de férias campo jovem O CAMPO JOVEM situa-se em Tomar (centro do país) e foi distinguido como o Campo de Férias n.º1 em Portugal devido à qualidade dos seus Campos de Férias de verão e Programas Escolares, e às excelentes instalações que apresenta. O nosso plano de atividades é bastante rico pelo que nos propomos a conceber e executar actividades que, para além da componente lúdica, têm também uma componente educacional. Pretendemos que estas crianças e jovens, ao mesmo tempo que se estão a divertir e a realizar atividades dinâmicas e estimulantes, desenvolvam algumas competências relacionais e sociais, tais como a capacidade de trabalhar em equipa, de saber ouvir e de bem comunicar ou interagir com os seus colegas, de partilhar ideias e gerar consensos, assim como desenvolvam o sentido de responsabilidade e compreendam a importância da partilha e da solidariedade entre todos. Acreditamos que nessas atividades, os nossos monitores fazem a diferença. Contactos Local: Tomar Telefone: Tel: +351 218 155 690 | 962 785 998 Email: [email protected] Promotor: Campo Jovem 98 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Aceita o desafio descobre Pena Aventura… O Pena Aventura dispõe dois espaços únicos para o teu campo de férias, o Pena Aventura Park e Ecopark Azibo. Adrenalina e Aventura | Pena Aventura Park Emoção e Natureza | Ecopark Azibo A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das atividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. Das atividades por nós desenvolvidas, cuja informação detalhada disponibilizamos na nossa página destacamos a realização da descida no maior Fantasticable do Mundo e o alucinante Salto negativo. As nossas atividades são muitas e diversificadas como: Canoagem; Paddle surf; Catamaran; Paintball; Escalada; Segway; Snorkel e muito mais…. Atreve-te na mais louca aventura de sempre! Junta os amigos e parte à aventura... Contactos Local: Ribeira de Pena Telefone: Tel: +351 259 498 085 | 935 010 875 Email: [email protected] Promotor: Pena Aventura Park bodyboard&Aventura Colónia externa lúdico-pedagógica que promove multiatividades na grande área de Lisboa, com partida entre as 8h30 e as 9h00 de pontos centrais em Lisboa e regresso entre as 17h30 e as 18h00. Uma semana de férias inesquecível, recheada de actividade e de novas amizades para crianças e jovens dos 6 aos 12 anos! As manhãs são de Praia com a Iniciação ao Bodyboard. As tardes desafiam-te com attividades Lúdico-pedagógicas: Mega Aventura - Circuito de Cordas Altas, Bowling&Lasermaze – Jogos de perícia, Score 100 – Jogos de orientação estratégica; LaserTag - Jogo tipo Paintball mas com um sistema inofensivo de laser, e ainda uma Grande Viagem ao Jardim Zoológico de Lisboa! Almoço, Lanche, Materiais, Entradas e Seguros incluídos. Contactos Local: Lisboa Telefone: Tel: +351 210 155 139 | 962 785 998 Email: [email protected] Promotor: Equinócio OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 99 Kids Campos de Férias pena aventura park campo de férias património Inscreva o seu filho num Campo de Férias divertido e pedagógico! No campo de Férias Património pretendemos levar as crianças e jovens a descobrir outra forma de estar... em ambiente rural levamo-las a relacionarem-se com o património; a experimentar as tradições rurais; a conhecerem a vida no campo; a participarem em jogos tradicionais... tudo num ambiente descontraído mas super divertido!!! Recebemos as crianças numa casa tipicamente alentejana em Beja, no Monte da Corte Negra. O Monte fica a 8km de Beja e está rodeado de olivais a perder de vista, planície sem fim e toda a vida pura do campo. Aqui, as crianças poderão aprender tudo o que se pode fazer na terra, ter contacto com os animais da quinta e brincar num espaço dedicado inteiramente a elas. Quem pode participar? Crianças e jovens dos 6 aos 13 anos Quando? - 14 a 20 de julho de 2013 - 21 a 27 de julho de 2013 Contactos Onde: Campo Férias Património – Beja e-mail: [email protected] Telef: +351 284 475 413/ + 351 913 417 599 Promotor: Campo de Férias Património campo de férias sniper Os programas de Campo de férias do Parque Aventura Sniper destacam-se pelos seus desafios arrojados e únicos, levando os participantes a experienciar situações novas de vários níveis de dificuldade que lhes permite ganhar confiança, determinação e agilidade. Todos estes desafios estão acompanhados de diversão, emoção e histórias inesquecíveis. São muitas e variadas as atividades que constituem o programa do Campo de Férias: atividades de Desporto Aventura, paintball, slide, rappel, pontes de cordas, escalada, tiro com arco, percursos pedestres e de orientação, matraquilhos humanos, caça ao tesouro, jogos de dinâmicas de grupo, karaoke, gincanas, jogos de códigos, acampamento exterior em tenda e em abrigo improvisado, jogos de sobrevivência, etc., etc.. O Parque Aventura Sniper associa ao programa de Campo de Férias uma componente lúdica, mas tam bém uma forte componente pedagógica e cultural. Contactos Local: Parque Aventura em Bucelas Telefone: +351 912 426 118 Email: [email protected] Telef: +351 219 694 778 Promotor: Sniper 100 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR A revista Outdoor não se responsabiliza por eventuais alterações de preços e informações das atividades divulgadas. As mesmas são da responsabilidade das empresas que as organizam. Kids Kids Festas Aniversário festas de aniversário poneilândia Desde o espaço às animações, preparamos tudo aquilo que precisar. Mostre aos seus filhos que existem prendas diferentes das habituais e ofereça-lhes um dia único e inesquecível! Permitindo que cada cliente organize a festa de acordo com os seus objetivos e possibilidades, a Poneilândia isolou as várias opções para que o cliente possa escolher apenas o que pretende para a sua festa! Tão depressa não irão esquecer estes Momentos Mágicos Temos igualmente um Pack com atividades já incluídas e ofertas. Opções dos 0 aos 16 anos de idade. Podemos deslocar-nos a sua casa Animações: Póneis; Mini cursos Infantis (Póneis ou Cães e outros); Charrete de Póneis; Pinturas Faciais; Insuflável; Karts; Tiro com arco; Slide; Paintball; Mascote Panda e outros; Feira Medieval Kids; Recordações. - Os convites são OFERTA para festas realizadas nos nossos espaços; Diploma de Participação no Mini-Curso com fotografia Contactos Local: Algueirão Mem Martins - Parque Poneilândia Email: [email protected] Telefone: +351 932849199 Promotor: Poneilândia conquista ao castelo dos mouros As equipas irão saber como as tropas de D. Afonso Henriques, Conquistaram o Castelo dos Mouros, sem guerra e sem sangue. Pelos verdejantes trilhos da floresta, vem conhecer esta Vila e a sua História (e a de Portugal), envolta em mistério, onde a imaginação pode ganhar forma de realidade. Contactos Local: Sintra Email: [email protected] Telefone: +351 967 021 248 Promotor: Muitaventura OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 101 Atividades Outdoor red tour buggies e segways Sabe mais em www.redtourgps.com canyoning nível fácil gerês Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt rafting no rio paiva Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt 102 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR aventura do dia da mãe Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt Descida do rio Alva Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt coasteering pedra furada Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt caminhada Sanabria e seus Lagos Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt sintra fantasmagórica Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt Paintball nas termas do vimeiro Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt OUTDOOR Setembro_Outubro 2011 103 Atividades Outdoor tour em buggy Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt canoagem rio tâmega Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt Caminhada na serra de Montejunto Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt 104 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR pela costa atlântica Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt curso intensivo de bushcraft Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt fantasticable Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt Atividades Outdoor Rota do românico Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt canyoning no rio arado Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt gruta/Labirinto Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt canoagem no dão Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt kayak aventura Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt SCENIC STAND UP PADDLE (SUP) EXPERIENCE Sabe mais em www.portalaventuras.clix.pt OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 105 Desporto Adaptado hipoterapia O s efeitos terapêuticos da interação com o cavalo surgem desde a época de Hipócrates (458-370 a.C.), que indicava a equitação como forma de regenerar a saúde. É conhecido e admirado o valor do cavalo na vida do homem e o quanto tem sido útil no progresso da humanidade associado à nossa evolução. O cavalo foi utilizado como meio de conquista, imigração, 106 transporte, trabalho, veneração, na mitologia, na fabricação de soro e vacina, no lazer e no desporto. Nos dias de hoje passa a ter destaque como instrumento de reabilitação e educação. A Hipoterapia, segundo a ANDE-Brasil, consiste num dos programas básicos da Equoterapia. Neste método o cavalo é utilizado como ferramenta terapêutica sendo o que o distingue de outros métodos terapêuticos alternativos e/ou Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Cátia Valente complementares à clínica. Para além das características psicológicas deste magnífico animal, o mesmo executa uma série de movimentos multidimensionais naturais que permitem ao praticante de Hipoterapia uma estimulação multissensorial riquíssima de um modo geral não encontrada através de outros animais ou máquinas. Os cavalos utilizados nestas sessões deverão ser devidamente selecionados, com as características físicas e mentais desejadas para cada caso. químicos; stress e depressões; hiperatividade; dificuldades de aprendizagem; timidez; défices de coordenação-motora; postura; alguns problemas ortopédicos; distúrbios visuais e/ou auditivos. Em Portugal, este método é ainda recente em comparação com o Brasil, França e Inglaterra. Estudos realizados nestes países pioneiros confirmam ser um método educacional que favorece a alfabetização, socialização e o desenvolvimento global de praticantes com necessidades educativas especiais. Contra-indicações: lesões graves da coluna vertebral; luxações de quadril; síndroma de Down com excesso de afrouxamento nas primeiras vértebras cervicais; pouca sensibilidade na região das coxas. Desporto Adpatado Hipoterapia Carece obrigatoriamente de técnicos especializados em Hipoterapia com formação nas áreas da saúde ou educação, desporto e equitação, funcionando em equipa multidisciplinar. Antes de iniciar as sessões o praticante passará por uma avaliação técnica (psicólogo, fisioterapeuta, Hipoterapeuta) para indicação ou contra indicação da terapia. Após indicação a equipa multidisciplinar estruturará um programa específico e individual para cada praticante, adaptando-o às suas necessidades, visando atingir-se os objetivos terapêuticos estipulados. Não existe limite mínimo ou máximo de idade para os praticantes. A Hipoterapia também se realiza sem o “ato de montar”. A simples interação Homem-Animal oferece uma série de estímulos e benefícios gerais. O objetivo principal das sessões consiste em proporcionar a TODOS os praticantes o seu desenvolvimento biopsicossocial, estimulando as suas potencialidades, respeitando os seus limites e visando a integração e inserção social. Seguem-se alguns dos benefícios deste método: A terapeuta em sessão de Grupo - Quinta Pedagógica de Portimão Benefícios Físicos: permite o desenvolvimento do equilíbrio, da noção de espaço e postura; a tonificação da musculatura; melhorias ao nível da voz e da pronúncia de palavras devido a uma respiração correta. Benefícios Psicológicos: permite o aumento da autoestima, confiança e autonomia; desenvolvimento da sociabilidade; diminuição da agressividade e da intolerância à frustração; estimular a autonomia, independência na condução e interação com o cavalo; bom equilíbrio emocional. Benefícios Cognitivos: permite um aumento de vocabulário em crianças, melhorando o desempenho em sala de aula; estimulação da atenção seletiva e concentração; introduzir e reforçar aprendizagens pedagógicas. Encontra-se indicada em: paralisia cerebral; acidentes vasculares cerebrais; traumas crânio-encefálicos; diversos tipos de psicoses infantis; autismo; síndroma de Down; dependência de Aluno de “Unidade de Multideficiência” OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 107 Desporto Adaptado Terapeuta Marisa Recursos Humanos normalmente utilizados em Hipoterapia: • Terapeuta (especializado em Hipoterapia; formado em áreas da saúde, educação) • 1 Auxiliar Guia (conduzirá o cavalo) • 1 ou 2 Auxiliar(es) Lateral(is) (quando se justificar; de modo a garantir a segurança do praticante) • 1 Instrutor de Equitação (responsável pelo treino, selecção e manutenção dos animais) • Médico Avaliação das Sessões: A equipa técnica multidisciplinar acompanhará as diversas fases de implementação e execução do programa específico estipulado para cada praticando, devendo reunir-se semanalmente ou mensalmente para avaliação das atividades, sugerindo adaptações e modificações necessárias ao cumprimento dos objetivos propostos. ø Ana Marisa Brito Psicóloga Clínica Formada nos curso Básico e Avançado em Equoterapia [email protected] www.anamarisabrito.com 1º Testemunho: Chamo-me Cátia Valente, tenho 27 anos e diagnóstico de Paralisia Cerebral porém, não pensem que não luto por aquilo que mais gosto pois A minha incapacidade é apenas física. Jamais esquecerei a experiência pois resultados foram surpreendentes. O meu sonho é (Re)iniciar brevemente as sessões de hipoterapia. Desejo que os portugueses passem a dar mais valor a estas terapias para que seja possível ajudar muitas mais pessoas como eu. Cátia Valente 2º Testemunho: Sou mãe de uma linda e divertida menina, a Beatriz, que tem Paralisia Cerebral. Desde que a minha filha iniciou sessões de Hipoterapia e Terapias Assistidas Por Animais que noto melhorias no seu desenvolvimento. Ela adora o contato com os animais, montar a cavalo e até em termos de postura corporal a minha filhota tem revelado melhoras também. Acredito na magia destes animais que, apesar de inicialmente me assustarem um pouco pela sua imponência e tamanho, constatei que na verdade são verdadeiros “doutores” claro que, sempre acompanhados pela técnica especializada. Já havia experimentado a interação com cavalos num outro local mas, a experiência não foi semelhante pois, faltava aquele pormenor técnico que considero importante por isso, deixo o conselho de apenas procurarem sessões de Hipoterapia com técnicos formados na área. Felizmente o município de Portimão oferece estes serviços a custos simbólicos senão seria muito difícil para mim suportar as despesas. A minha filha está feliz, melhorou, adora lá estar e isso para mim é muitíssimo importante. Recomendo. Maria Lopes Completei o 12ºano de Humanidades e há cerca de 4 anos iniciei sessões de Hipoterapia com a Dr.ª Ana Marisa Brito. Podem crer que evoluí imenso quer física quer psicologicamente. Foi uma surpresa, até para mim mesma! Pois, com uma amplitude de abertura de pernas tão reduzida, elevada espasticidade, cada vez que montava a cavalo ainda que, em modo “saco de batatas” passei a relaxar imenso e, um ápice montei a cavalo como uma verdadeira cavaleira. Com dois meses de sessões de Hipoterapia, uma vez/semana já montava e iniciava o trote. 108 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Beatriz Desporto Adpatado Hipoterapia Carol, a menina diferente, que é normal! Ainda em comemoração do Dia Internacional da Síndrome de Down, a outdoor encontrou a Carolina uma menina de 12 anos, portadora de Síndrome de Down fã de atividades outdoor e praticante de hipoterapia. Paula Teixeira, mãe de Carol, conta-nos tudo… Outdoor: Com que idade começou a Carol a praticar atividades outdoor? PAULA TEIXEIRA: A Carolina começou com as atividades outdoor com apenas 5 anos. Quais as atividades que começou por praticar? Começou pela Hipoterapia, mais tarde teve contacto com o Surf , nas férias faz sempre arborismo e slide (num circuito júnior) e atualmente também faz patinagem/patins em linha. Como foi o primeiro contacto com os cavalos? Ao início teve algum receio, principalmente do pêlo do cavalo e da altura dele! Achava que não ía conseguir subir para a cela. Depois familiarizou–se de tal forma com ele que já executava pequenas acrobacias. No fim da aula levava o cavalinho para a box e ajudava a lavar e pentear o mesmo. Perdeu o medo de lhe tocar bem como de montar. Rapidamente passou das aulas de volteio para passar a controlar o cavalo sozinha e passou de trote para galope. Tomou gosto por senti-lo a andar mais rápido - como ela mesma dizia! OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 109 Desporto Adaptado Quais os benefícios físicos, psicológicos e cognitivos notados com a hipoterapia? Foram imensos os benefícios, desenvolveu a confiança quer no cavalo, quer na sua capacidade de controlar um animal de grande porte. Enquanto estava nas aulas era notória a satisfação dela e o orgulho que sentia em nos mostrar as suas conquistas – trabalhou muito a sua auto – estima, a responsabilidade (quer em cumprir os exercícios quer em tomar conta de outrem), a persistência, a paciência, a capacidade de concentração, o equilíbrio, a motricidade geral, o raciocínio, etc. Os resultados foram francamente bons !!! As melhorias descritas começaram a ser visualizadas com quantas sessões? A partir das 5 ou 6 sessões já se notavam diferenças significativas e daí por diante foi só somar conquistas e divertir-se muito. Para além da hipoterapia, quais as atividades desportivas preferidas da Carol? A Carolina adora dança, faz patins em linha e neste momento está apaixonada pelo Kickboxing, faz 3 vezes por semana, 1h30 por dia. É um treino muito intenso mas ela adora!! Para 110 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR relaxar e compensar um pouco, pratica Yoga comigo. O desporto faz parte do dia-a -dia da Carol? Sem dúvida!! E no que depender de nós , irá sempre fazer! Quais os conselhos que dão aos pais com filhos portadores de síndrome de Down? Aconselho a falar sempre dos seus filhos com muito orgulho e a partilhar experiências. Foi esse o meu objetivo quando aceitei responder a estas questões. Só assim podemos ajudar a quebrar preconceitos e a mostrar que as pessoas portadoras de síndrome de Down são pessoas capazes e autónomas desde que sejam muito Amadas e Estimuladas diariamente. Nunca desistam dos vossos filhos pois em dias mais difíceis, muitas vezes são os seus sorrisos iluminados que nos levantam e nos dizem que o que nos parece complicado….é tão simples !!!! Bem haja a todos e estarei sempre disponível para trocar vivências, angústias, vitórias, dificuldades, etc. ø OUTDOOR Setembro_Outubro 2011 111 Espaço APECATE Certificação de Activos em Turismo de Ar Livre: RVCC ou Reconhecimento APECATE?? Em números anteriores da Revista Outdoor, noticiámos a entrega à ANQEP da proposta de criação da qualificação de Técnico de Turismo de Ar Livre e os conteúdos do novo Plano de Formação de Activos da APECATE. Agora que a qualificação está oficialmente criada e publicada no Catálogo Nacional de Qualificações, Área Turismo e Lazer, nível 5, é chegado o momento de analisarmos o que poderemos esperar relativamente à certificação de activos. nas áreas de trabalho mais desenvolvidas pelo conjunto do sector. Missão cumprida? Ainda não. Gostávamos de poder dizer: a partir daqui é fácil, missão quase cumprida! Mas não podemos fazê-lo. A criação da qualificação foi um passo decisivo mas representou apenas uma, entre muitas, das batalhas que teremos que travar até este assunto estar totalmente resolvido. É difícil vislumbrar a eventual racionalidade desta situação e, também, entender o que impede que um CET, que está obrigatoriamente organizado por UFCD – Unidades de Formação de Curta Duração, não seja compatível com um processo de formação modular avulsa, conforme seria adequado a profissionais no activo. Mas é o que se passa. Quando investimos neste trabalho, o que nos moveu foi a necessidade que têm as empresas de turismo de ar livre de poder contar, no seu país, com uma formação certificada nestas áreas. Esta vertente está adquirida com a criação do CET. Mas, como sempre afirmámos, moveu-nos também a consciência de que esta certificação é, cada vez mais, uma exigência dos clientes, realidade que aprofunda a urgência de levarmos o processo de reconhecimento de activos até às suas últimas consequências. Quem está já no mercado de trabalho e não pode frequentar um CET tem que ter o direito de ver reconhecidas as competências adquiridas e de poder completar a sua formação nas áreas onde sentir esta necessidade. A primeira condição está criada: está aprovado oficialmente um perfil de competências à luz do qual os activos podem ser avaliados, pelo menos 112 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Falta a segunda: operacionalizar a aplicação do instrumento denominado RVCC - Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências, que nunca foi considerado para o nível 5. Reside aqui o grande problema. Porquê esta lacuna que nos tem aparecido como um obstáculo sistemático às nossas pretensões? Considerando que o melhor a fazer seria propor uma solução, apresentámos à Direcção da ANQEP a proposta que, em nosso entender, nos competia dinamizar: a criação de uma equipa ANQEP – APECATE com a missão de implementar uma experiência piloto de RVCC, adequado a este nível profissional e às exigências específicas da profissão. Sabíamos que não receberíamos qualquer resposta enquanto não estivessem consumadas algumas alterações em curso no que respeita à formação profissional e predispusemo-nos a algum tempo de espera. Surgiu entretanto o requisito que nos parecia o mais determinante para este processo: os CNO – Centros Novas Oportunidades foram extintos e substituídos formalmente pelos CQEP – Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional. Nas suas funções, mantém-se o RVCC. Reza o Espaço APECATE Turismo Bicicleta Certificação Activos Foto:Javsport artigo 3º do diploma que os institui – Portaria nº 135-A/2013 –, que faz parte das atribuições dos CQEP, “c) O desenvolvimento de processos de RVCC, nas vertentes escolar, profissional ou de dupla certificação, com base nos referenciais do Catálogo Nacional das Qualificações (CNQ)”. Não se consagram excepções. Uma vez que o nosso referencial está no CNQ, seria legitimo considerar que, resolvidas as questões formais, poderíamos ter esperança numa resposta positiva à nossa proposta. Informações obtidas posteriormente levam-nos a pensar que tal poderá não acontecer em tempo útil. E agora? Esperamos ou avançamos? Neste quadro, a pergunta seguinte só pode ser uma: o que fazer? ficar à espera ou avançar, promovendo nós, enquanto associação do sector, um processo autónomo de reconhecimento, validação e certificação das competências dos nossos activos? A nossa resposta é avançar. O método do RVCC está testado e sabemos como adaptá-lo ao nosso sector. Tudo se resume a: definir os pré-requisitos de candidatura; criar as unidades de competência que permitam uma avaliação objectiva dos requisitos do perfil de saída do referencial do CET; definir o processo de avaliação; constituir júris de avaliação credíveis, reconhecidos pelo sector e, também, formal ou informalmente, pelas entidades que consideramos dever envolver neste processo. Como condição prévia de tudo isto, disponibilizaremos muito em breve os necessários percursos formativos para todos aqueles que quiserem, antes de se candidatarem ao reconhecimento, colmatar algumas lacunas de formação. Será um trabalho de monta. Mas não nos assusta. Quando se conta com o apoio de empresários-formadores e outros especialistas, que aceitaram ser autores do referencial aprovado, trata-se apenas de mais um desafio que estamos empenhados em vencer. Que validade terá este reconhecimento por uma associação sectorial? Não será uma perda de tempo e um investimento inútil? A nossa resposta é clara: este reconhecimento terá a validade que os empregadores e, através deles, o conjunto do mercado lhe reconhecerem. E não é uma perda de tempo nem um investiOUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 113 Espaço APECATE mento inútil, pelo contrário. O que nos diz a experiência é que avançar com rigor, coerência e competência é o método mais eficaz de pressionar a solução de problemas. Neste caso, é sempre ganhar tempo. Só há dois fins à vista para este processo, ambos de sinal positivo: ou, depois de implementado, é reconhecido e adoptado pelo Estado, ganhando assim a sua plena validade; ou mantém-se como reconhecimento sectorial e constitui, na óptica de um qualquer outro futuro, uma etapa formativa útil para quem decidir participar nele. Esta garantia podemos dar: todos aqueles que se formarem em função de unidades de competência seleccionadas por nós e forem reconhecidos pela APECATE, serão seguramente aprovados em qualquer processo de RVCC que venha a ser implementado, seja ele de que natureza for. ø Ana Barbosa Presidente da Direcção da APECATE Foto:Vertente Natural ortográfico. 114 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Foto:Caminhos da Natureza A pedido da autora este texto encontra-se escrito com o antigo acordo Foto:Equinócio [email protected] Publireportagem A Garmin lançou a nova série Oregon 600 e 650. Os novos equipamentos da marca apresentam melhorias significativas ao nível da performance: novas funcionalidades, um ecrã tátil aperfeiçoado, e duas vezes mais brilhante que os modelos anteriores, que oferece grande legibilidade na sombra e sobre intensa luz solar. Ainda devido ao sistema de navegação GPS + GLONASS, a nova série oferece maior precisão, velocidade e potência. São várias as melhorias que as novas séries 600 e 650 incorporam. As melhorias no processador permitem um nível superior de interação do utilizador com os mapas de alta qualidade da Garmin, potencializando o zoom in, o arrastar e a rotação da imagem através do ecrã tátil, mesmo com uso de luvas. E o tempo útil da 116 bateria não é afetado com o aumento das funcionalidades, oferecendo por isso mesmo maior performance para aventuras mais duradouras. Maior precisão e rapidez de navegação A sua bússola eletrónica de três eixos, com inclinação compensada e acelerómetro, mostra para onde os utilizadores se dirigem. O seu altímetro barométrico regista as alterações na pressão para identificar a que altitude os utilizadores se encontram (e inclusive para traçar a pressão barométrica ao longo do tempo, ajudando-os a estarem atentos a alterações climatéricas. O receptor GPS de alta sensibilidade com WAAS/GLONASS e HotFix® aponta a localização do utilizador de forma extremamente rápida e precisa, mesmo em locais de difícil cobertura. Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Esta performance só é possível porque o Oregon recebe a informação de satélites GLONASS, conseguindo uma rapidez de localização 20 por cento maior (com mais 24 satélites) do que só usando um sistema GPS. Interface intuitiva e maior tempo útil de bateria Outra das novidades dos novos Oregon é a funcionalidade full track view que permite uma visualização mais abrangente e de alta qualidade dos mapas no display do equipamento. Pesando apenas 199 gramas, os Oregon 650 e 650t trazem de origem uma bateria NiMH recarregável (opcional para os Oregon 600 e 600t), oferecendo um sistema de bateria dupla de ultima geração. A bateria tem uma autonomia de até 16 horas, sendo que para uma viagem mais longa aconselha-se levar duas pilhas AA como backup. PubliReportagem Série Oregon Garmin Registar memórias para partilhar com amigos ou para mais tarde recordar Os novos Oregon possuem câmara fotográfica integrada de 8 megapixéis com digital zoom e flash automático (nos modelos Oregon 650 e 650t), e botões personalizáveis para uma rápida e fácil captura de imagem. Assim é possível registar os melhores momentos das aventuras outdoor. Outra vantagem é, cada foto da aventura de Geocaching ser etiquetada com a localização onde foi tirada, facilitando no futuro o acesso a esse exato local. Com esta funcionalidade, os geocachers podem registar digitalmente as geocaches – e de forma personalizada - sem terem de recorrer a papel para fazer as anotações. Outra grande vantagem trazida pelo novos upgrades é sem dúvida a capacidade de quando conectado com um smartphone, através da aplicação gratuita Garmin Basec Camp, os utilizadores do Oregon poderem ligar-se a outros utilizadores, partilhar dados, procurar novas aventuras registadas por outros fãs do outdoor, ajudando a organizar o seu futuro percurso. Este software gratuito para planear as viagens, ajuda os utilizadores a organizarem as suas aventuras no Garmin Adventures, a nova comunidade online de partilha de aventuras, facilitando a gravação de fotos à medida que vão traçando os percursos para depois poderem construir o seu álbum online e partilhar com quem quiserem. O software BaseCamp disponibiliza mapas em 2D ou 3D no display do computador, incluindo linhas de contorno e perfis de elevação. A nova série foi desenvolvida para ser a melhor ferramenta de navegação para diferentes atividades outdoor, com equipamentos que se posicionam como os melhores companheiro sdos fãs de aventuras ao ar livre. Desta forma, os modelos Oregon “t” oferecem uma excelente cartografia topográfica para a Europa (escala de 1:100K) e permitem acrescentar novos mapas topográficos, náuticos, de estradas, e inclusive a cartografia BirdsEye, de acordo com as necessidades dos utilizadores. Equipados com conectividade Graças à capacidade de conexão por Bluetooth, os utilizadores podem transferir ficheiros de grandes dimensões por wireless, como fotos, aventuras e mapas personalizados entre equipamentos Oregon de série 600. Com um smartphone com Bluetooth, os utilizadores poderão também partilhar dados da OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 117 Publireportagem sua atividade outdoor, nomeadamente pontos de referência, caminhos e estradas com amigos e família e encontrar as aventuras disponíveis mais próximas através do Garmin Adventures. escolhidos pelo utilizador. O kit (também opcional) de Auto Navigation adiciona à oferta uma ventosa para suster o equipamento no tablier e um carregador para automóvel. Os Oregon vêm assistidos com sistema wireless ANT+™, tornando a experiência ainda mais completa graças aos acessórios banda de frequência cardíaca, cadência, chip e sensores tempe. Na bicicleta Ideal para treinos em trilhos, os Oregon são ultra leves e compatíveis com monitores de ritmo cardíaco e sensores de cadência/ ritmo da Garmin. Um acessório de montagem para o guiador da bicicleta torna mais fácil o transporte do Oregon para verificar a velocidade, a distância, elevação e localização à medida que avança. Para caminhadas Os mapas de alta qualidade TOPO da Europa oferecem detalhes topográficos do mais alto nível (escala de 1:25K), onde se podem encontrar detalhes de grande qualidade como rios, lagos, contornos de terreno, e outros pontos geográficos. Na estrada O City Navigator (opcional) oferece mapas detalhados de ruas, milhões de pontos de interesse pré-carregados e direções turn-by-turn até aos destinos No mar Os mapas adicionais BlueChart® g2 oferecem tudo o que o utilizador pode precisar para uma aventura no mar, incluindo contornos de profundidade e portos. Geocaching ilimitado O Oregon consegue gerir um elevado número de geocaches e suporta ficheiros GPX de to- Para mais informações sobre os equipamentos outdoor da Garmin e outros serviços aceda a: www.garmin.com/pt-PT www.garmin.blogs.com twitter.com/garmin 118 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR das as plataformas existentes de Geocaching, como por exemplo OpenCaching.com para download de geocaches e de detalhes diretamente para o equipamento. Ao utilizar esta forma de gestão - sem papel - de Geocaching, os utilizadores estarão não apenas a ajudar a conservar o meio ambiente, como também a aumentar a eficiência da sua gestão de aventuras outdoor. Os Oregon armazenam e facultam informações chave, nomeadamente localizações, terrenos, dificuldades, dicas e descrições. Os Oregon até conseguem filtrar as caches dos utilizadores para tornar a busca mais leve e conectar com as caches Chirp® disponíveis. Preço e disponibilidade Os Oregon estão disponíveis no mercado a um PVP disponível de 379 euros (600), 449 euros (600t), 449 euros (650), 519 euros (650t). IVA incluído em todos os valores. ø Garmin Portugal Equipamento LYNX TRAIL RUNNER 10+5 1/2 ZIP HI-TECH TANK Descrição: Devido às suas caraterísticas garante um maior conforto, mobilidade e leveza: Fio Coolmax Fresh FX (antibacteriano) Costuras termo seladas Mesh respirável Logos Refletores PVP – €49,99 - disponível nas Lojas Sport Zone: C.C Vasco da Gama, Colombo e Norteshopping (nas restantes lojas sob encomenda) Mais informações: Berg Descrição: Capacidade: 10+5 litros 2 suportes para garrafas 3 fivelas para aplicar cinto EK Intervale leather ventilated Peso: 320gr Inclui saco água 1,5lt Garrafas não incluidas. PVP – €69,99 - disponível nas Lojas Sport Zone: C.C Vasco da Gama, Colombo e Norteshopping (nas restantes lojas sob encomenda) Descrição: Sapato desportivo com forro em PET reciclado, placa TPU anti-torsão, sola intermédia integral em EVA para um maior amortecimento e absorção de choque, sola exterior com gripstick e green rubber. Mais informações: Berg TIMEX ®Crono Alarm Timer PVP – €113,00 Mais informações: Timberland Descrição: Relógios desportivos Timex® com um look descontraído, disponíveis em 5 cores (preto, branco, verde tropa, multicor e laranja), estes modelos dispõem de: Cronógrafo até 100 horas com registo de voltas/ intervalos; Temporizador até 24h com stop e repeat; 3 alarmes (diário, dias úteis ou fins de semana); 2 fusos horários; Luz Noturna INDIGLO® com Função NIGHT-MODE® e Resistência à água até 50 metros. PVP – €54,99 Mais informações: Timex 120 Abril_Maio_Junho 2013 OUTDOOR Descrição: O Mix Master Road Glide é um modelo feminino desenhado para a corrida em asfalto que proporciona uma passada mais suave. Com uma sola de 8 mm na zona do calcanhar e 4 mm na parte dianteira do pé, o Mix Master Road Glide permite uma melhor sensação do terreno ao mesmo tempo que oferece um amortecimento melhorado. A gáspea em rede garante a circulação de ar mantendo os pés secos e leves nesta primavera-verão. Mix Master Tuff Descobrir Equipamento Mix Master Road Glide Descrição: Sinta a liberdade de uma maior conexão com o terreno sem ter de sacrificar a durabilidade com o resistente Mix Master Tuff da MERRELL. Este modelo minimalista para homem combina montanhismo com corrida, com uma inclinação da sola de 4 mm e um amortecimento otimizado, tornando-o num hibrido para conquistar terrenos difíceis. O design do Mix Master Tuff faz dele um modelo super leve, que se encontra entre os ténis tradicionais e o Barefoot, tornando-o na escolha perfeita para quem se está a iniciar em equipamentos outdoor que o aproximam do terreno. Mais informações: Merrell Approach S2 Descrição: O Approach S2 é um relógio de golfe com GPS elegante e confortável com um recetor de GPS de alta sensibilidade que apresenta distâncias precisas para a frente, trás e meio dos greens. O S2 tem a capacidade de medir a distância das pancadas e também inclui um odómetro de campos para medir a distância percorrida total durante a sua ronda. É semelhante ao nosso popular modelo Approach S1, mas o S2 sobe a parada com distâncias para layups e doglegs e cartão de pontuação digital. Mais informações: Garmin OUTDOOR Abril_Maio_Junho 2013 121 A fechar corrida forúm montijo A 12 de maio chega a primeira edição da prova criada a pensar em toda a família: correr ou caminhar dez quilómetros para jovens e adultos; Corrida do Gui para crianças dos 5 aos 11 anos. A correr ou a caminhar... venha participar na 1ª edição da Corrida Fórum Montijo! Sabe mais em www.portalaventuras.pt app portal aventuras A Aplicação Portal Aventuras para smartphones e iPad apresenta-se como um guia de sugestões sobre as temáticas de Turismo Ativo, Atividades ao Ar livre, Desporto e Natureza. Para onde for, ou onde estiver não pode deixar de consultar as sugestões do Portal Aventuras. Já disponível no teu smartphone e iPad! Sabe mais em www.portalaventuras .pt lisboa madrid em btt Esta é uma das maiores aventuras de BTT na Europa! Uma viagem, uma travessia, uma aventura. Dois países, duas capitais e 15 montanhas a separá-las com cerca de 28000m de desnível acumulado de subida! A travessia decorre de 8 a 22 de junho. Todos os ingredientes estão reunidos para que esta seja uma espetacular aventura em BTT para 2013. Inscreve-te! Sabe mais em www.portalaventuras.pt II Feira Náutica do Tejo em Algés Decorrerá nos dias 17 a 19 e 24 a 26 de maio de 2013, em dois fins de semana consecutivos, a segunda edição da Feira Náutica do Tejo. Com entrada gratuita para os visitantes, o evento tem lugar no Centro Náutico de Algés, à beira rio, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras e Lisboa. Sabe mais em www.portalaventuras.pt 122 Setembro_Outubro 2011 OUTDOOR Depois da sétima, a oitava. 2013 promete apresentar a melhor edição de sempre da EDP 8ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro, afirmando cada vez mais que na mais antiga região demarcada do planeta tem lugar A MAIS BELA CORRIDA DO MUNDO. Os 21 quilómetros da EDP 8ª Meia Maratona correm-se no dia 19 de maio de 2013. Sabe mais em www.portalaventuras.pt edições da revista outdoor Sabias que podes consultar todas a edições da Revista Outdoor, e sim desde o número 0. Não percas esta oportunidade de estar a par de todas as reportagens, entrevistas e novos conteúdos. Boas Aventuras! Sabe mais em www.revistaoutdoor.pt passatempos portal aventuras O Portal Aventuras tem constantemente passatempos com ofertas de atividades, equipamentos, bilhetes de parques zoológicos, aventura, corridas, maratonas e muitos mais! O que esperas? Concorre já ao passatempo em vigor e habilita-te a ser o vencedor! Sabe mais em www.portalaventuras.pt agenda outdoor Encontre no Portal Aventuras alguns percursos de pequenas rotas que pode realizar no nosso país… De norte a sul, venha descobrir Portugal a caminhar. Junte um grupo de amigos e parta a aventura! Boas Aventuras! Sabe mais em www.portalaventuras.pt OUTDOOR Setembro_Outubro 2011 123 A Fechar meia maratona do douro vinhateiro