Data de Publicação: 31 de outubro de 2012
Comunicado à Imprensa
S&P realiza diversas ações de rating no FIDC da Indústria Exodus
Master
Contatos Analíticos: Hebbertt Soares, São Paulo, (55) 11-3039-9742, [email protected]; Leandro
Albuquerque, São Paulo, (55) 11-3039-9729, [email protected]
Diretor analítico: Juan Pablo De Mollein, Emerging Market Structured Finance, Nova York, (1) 212-438-2536,
[email protected]
Resumo
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A Standard & Poor’s Ratings Services retirou hoje de sua listagem CreditWatch Em
Desenvolvimento os ratings atribuído às primeira e segunda séries de cotas seniores do
FIDC Exodus Master. Ao mesmo tempo, elevamos os ratings atribuídos à primeira e
segunda séries de cotas seniores de ‘brAA (sf)’ para ‘brAAA (sf)’ após a atualização feita em
nosso modelo CDO Evaluator.
Simultaneamente atribuímos o rating preliminar ‘brAAA (sf)‘ à terceira série de cotas
seniores a ser emitida pelo FIDC Exodus Master no montante de até R$ 60 milhões;
A carteira do FIDC Exodus Master pode ser composta por empréstimos concedidos a
pequenas e médias empresas brasileiras e representados CCBs, NCEs e CCEs. Em
outubro de 2012, a carteira era composta exclusivamente por CCBs.
São Paulo (Standard & Poor’s), 31 de outubro de 2012 — A Standard & Poor’s Ratings Services
retirou hoje os ratings atribuídos à primeira e segunda séries de cotas seniores do Fundo de
Investimento em Direitos Creditórios da Indústria Exodus Master (FIDC Exodus Master) da
listagem CreditWatch Em Desenvolvimento, na qual foram colocados em 12 de outubro de 2012.
Ao mesmo tempo, os ratings foram elevados seguindo-se à atualização de nosso modelo CDO
Evaluator (ver tabela “Resumo das Ações de Rating” abaixo) e o cancelamento das alterações
estruturais que poderiam ser propostas aos cotistas. Simultaneamente, atribuímos o rating
preliminar ‘brAAA (sf)’ à proposta de emissão da terceira série de cotas seniores no montante de
até R$ 60 milhões.
De acordo com nossas definições, uma obrigação avaliada como ‘brAAA’ tem o rating mais alto
atribuído na Escala Nacional Brasil da Standard & Poor’s. A capacidade do devedor para honrar
seus compromissos financeiros relativos à obrigação, em relação à de outros devedores nacionais,
é extremamente forte.
A carteira do FIDC Exodus Master pode ser composta, de acordo com o regulamento do FIDC, por
empréstimos concedidos a pequenas e médias empresas brasileiras e representados por Cédulas
de Crédito Bancário (CCBs), Notas de Crédito à Exportação (NCEs) e Cédulas de Crédito à
Exportação (CCEs) que atendam, no momento da cessão ao FIDC, os critérios de elegibilidade e
as condições de cessão definidas no regulamento. Em outubro de 2012, a carteira era composta
exclusivamente por CCBs.
Atualizamos a análise de crédito e fluxo de caixa, considerando-se a estrutura do FIDC e a
atualização do modelo CDO Evaluator, que é um modelo de análise proprietário da Standard &
Poor’s que utiliza a simulação estatística de Monte Carlo para avaliar a qualidade de crédito de
uma carteira de ativos. O modelo leva em conta a avaliação de risco dos tomadores de crédito, o
setor, o tamanho e o prazo de cada operação, em conjunto com a correlação entre cada par de
ativos. Com base nestas definições, o modelo fornece os índices de inadimplência esperada (SDR,
na sigla em inglês para Scenario Default Rate) e de perda esperada (SLR, para Scenario Loss
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Rate) para cada categoria de rating. Na versão 5.1 do modelo na matriz de default distinguiam-se
os ativos classificados como pequenas e médias empresas (SMEs, na sigla em inglês para Small
and Medium Enterprises) daqueles classificados como ativos corporativos (Corporate Assets). No
CDO Evaluator 6.0, a probabilidade de default para todos os ativos corporativos, incluindo SMEs, é
a mesma. Como na atribuição do rating às cotas seniores do FIDC Exodus Master foi utilizado o
tipo de ativo SME, promovemos a atualização da estimativa. A tabela 1 abaixo compara os
resultados com as duas versões do modelo.
Tabela 1 - Comparação dos resultados
CDO Evaluator 5.1
CDO Evaluator 6.0
Categoria de
Rating
Inadimplência esperada (SDR
- Scenario Default Rate)
Perda esperada (SLR Scenario Loss Rate)
Inadimplência esperada (SDR
- Scenario Default Rate)
Perda esperada (SLR Scenario Loss Rate)
brAAA
44,44%
34,52%
39,39%
31,31%
brAA
41,41%
32,03%
35,35%
27,63%
Adicionalmente, atualizamos nossa modelagem de fluxo de caixa. Na tabela 2, os resultados do
modelo de fluxo de caixa são apresentados, considerando-se dois cenários de distribuição das
perdas. A perda suportada nos dois cenários indica que o FIDC seria capaz de absorver o nível de
inadimplência esperada para a carteira hipotética condizente com uma categoria de rating ‘brAAA’,
considerando-se o reforço de crédito disponível, bem como a recuperação de parte dos créditos
em default. A expectativa de recuperação é estimada em 20,5%, ocorrendo seis meses após o
evento de inadimplência. A taxa de inadimplência suportável nos dois cenários indica que o FIDC
seria capaz de absorver o nível de inadimplência estimado para a carteira hipotética. Com base na
comparação entre o nível de inadimplência estimada pelo modelo CDO Evaluator e o nível de
inadimplência suportada no modelo de fluxo de caixa, o rating atribuído às cotas seniores do FIDC
Exodus Master foi elevado.
Tabela 2 - Resultado Modelo de Fluxo de Caixa para as Cotas Seniores
Inadimplência Esperada
(SDR - Scenario Default Rate)
Inadimplência Suportada
(BDR - Breakeven Default Rate)
Curva de Perdas 1
39,39%
40,18%
Curva de Perdas 2
39,39%
39,97%
A rentabilidade-alvo da primeira série de cotas seniores do FIDC é equivalente a 135% da taxa DI
Over, enquanto a rentabilidade-alvo da segunda e terceira séries de cotas seniores será
equivalente a 130% da taxa DI Over. As cotas subordinadas – não classificadas pela Standard &
Poor’s – não apresentarão rentabilidade-alvo, porém deverão se beneficiar de qualquer
rentabilidade excedente disponível após pagamento de despesas, recomposição de reservas e
cumprimento da rentabilidade-alvo das cotas seniores.
As cotas subordinadas não apresentam uma meta de rentabilidade, porém deverão se beneficiar
dos eventuais retornos excedentes gerados pela carteira de direitos creditórios. As cotas
subordinadas serão resgatadas somente após o resgate final das cotas seniores do FIDC. Caso a
subordinação alcance um patamar superior a 35% em um determinado mês, as cotas
subordinadas poderão ser parcialmente amortizadas, respeitando-se a manutenção de um piso
mínimo de subordinação. Para efeitos de amortização e resgates, as cotas subordinadas classe A
possuirão preferência em relação às cotas subordinadas classe B.
Resumo das Ações de Rating
Instrumento
De
Para
Montante em Circulação em 31 de
Agosto de 2012
Vencimento
Legal Final
Cotas seniores - 1ª
série
brAA (sf) preliminar CW em
Desenvolvimento
brAAA (sf)
preliminar
304.169,62
Abril de 2016
Cotas seniores - 2ª
série
brAA (sf) preliminar CW em
Desenvolvimento
brAAA (sf)
preliminar
6.705.718,10
Abril de 2015
Cotas seniores - 3ª
série
Não Classificadas
brAAA (sf)
preliminar
Até 60 milhões
Outubro de
2015
Cotas subordinadas
Não Classificadas
Não
Classificadas
55.211.779,35
Indefinido
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A Escala Nacional Brasil de ratings de crédito da Standard & Poor’s atende emissores,
seguradores, terceiros, intermediários e investidores no mercado financeiro brasileiro para oferecer
tanto ratings de crédito de dívida (que se aplicam a instrumentos específicos de dívida) quanto
ratings de crédito de empresas (que se aplicam a um devedor). Os ratings de crédito na Escala
Nacional Brasil utilizam os símbolos de rating globais da Standard & Poor’s com a adição do
prefixo “br” para indicar “Brasil”, e o foco da escala é o mercado financeiro brasileiro. A Escala
Nacional Brasil de ratings de crédito não é diretamente comparável à escala global da Standard &
Poor’s ou a qualquer outra escala nacional utilizada pela Standard & Poor’s ou por suas afiliadas,
refletindo sua estrutura única, desenvolvida exclusivamente para atender as necessidades do
mercado financeiro brasileiro.
Relatório de Divulgação 17g-7 da Standard & Poor’s
A Regra 17g-7 da Securities And Exchange Commission (SEC) exige que uma Organização
Nacionalmente Reconhecida de Ratings Estatísticos (NRSRO, na sigla em inglês) inclua uma
descrição das representações, garantias e mecanismos de execução disponíveis aos investidores
e uma descrição de como estes se diferem das representações, garantias e mecanismos de
aplicação em emissões de títulos similares, no caso de qualquer relatório que acompanhe um
rating de crédito relacionado a um título lastreado por ativos como definido na Regra.
Se aplicável, o Relatório de Divulgação 17g-7 da Standard & Poor’s 17g-7 incluso neste relatório
de rating está disponível em http://standardandpoorsdisclosure-17g7.com.
Critérios e Artigos Relacionados
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Credit Rating Model: CDO Evaluator 6.0, publicado em 19 de março de 2012.
Update to Global Methodologies and Assumptions For Corporate Cash Flow and Synthetic
CDOs, publicado em 17 de setembro de 2009.
Update: Jurisdiction-Specific Adjustments To Recovery And Issue Ratings, publicado em 20
de junho de 2008.
Análise Global de Cenário e Sensibilidade Para Operações Estruturadas: Os Efeitos dos
Cinco Principais Fatores Macroeconômicos, publicado em 4 de novembro de 2011.
Latin American Structured Finance Scenario And Sensitivity Analysis: The Effects Of
Regional Market Variables, publicado em 21 de junho de 2012.
Counterparty Risk Framework Methodology and Assumptions, publicado em 31 de maio de
2012.
Methodology: Credit Stability Criteria, publicado em 3 de maio de 2010.
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