Efeito do tipo de material de embalagem na actividade antioxidante de Thymus
mastichina, Thymbra capitata, Origanum vulgare e Calamintha baetica
S. Dandlen1, G. Miguel1, M. Costa2, I. Monteiro2
1
Faculdade de Engenharia de Recursos Naturais Renováveis, Universidade do Algarve, Campus de
Gambelas, 8005-139 Faro
2
Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, 8001-904 Faro
Resumo
No presente trabalho são apresentados os resultados das actividades antioxidantes, determinados
por três métodos diferentes (capacidade de captar radicais, capacidade de impedir a peroxidação
lipídica e poder redutor) das amostras de óleos essenciais extraídos a partir de Calamintha baetica,
Thymus mastichina, Origanum vulgare e Thymbra capitata, armazenados em diversos tipos de embalagens: tecido, papel, polietileno de baixa densidade (PEE), polipropileno (PPE) e vidro, durante 6 e
18 meses, depois de colhidas em períodos igualmente diferentes (primeira e segunda colheita).
Introdução
Os antioxidantes naturais ou sintéticos são adicionados aos mais diversos tipos de alimentos de
modo a impedir a peroxidação lipídica e, consequentemente, prevenir a degradação do alimento durante o período de armazenamento. A degradação oxidativa dos ácidos gordos poli-insaturados
(PUFA), presentes em alimentos, principalmente, durante o processamento e o armazenamento, provoca alterações indesejáveis no aroma, no sabor, nas propriedades reológicas do alimento, na perda
do valor nutritivo e potencial risco para a saúde. Para retardar e/ou impedir tais alterações indesejáveis adicionam-se geralmente antioxidantes.
É cada vez maior a procura de compostos de origem natural, como antioxidantes, por serem considerados pelo grande público menos prejudiciais para a saúde. Contudo, os antioxidantes de origem
natural não têm só vantagens, têm de ser purificados para terem uma maior actividade, o que encarece o processo. Quase sempre é necessária esta purificação, não só para obter uma maior actividade como ainda, para garantir as propriedades do antioxidante que, caso esteja sob a forma não purificada, pode levar ao surgimento de interacções entre os componentes do extracto que não são desejadas. É ainda, de referir que em muitos casos a segurança destes antioxidantes de origem natural
não é, ainda, totalmente conhecida. Estes antioxidantes podem alterar a cor, o sabor e o aroma do
produto alimentar.
A maioria dos antioxidantes naturais são compostos fenólicos que, com a excepção dos tocoferóis,
contêm grupos activos em posição orto- (o-), enquanto os antioxidantes sintéticos têm tais grupos em
posição para- (p-). Os grupos de compostos de origem natural mais importantes são os flavonóides e
seus derivados em extractos de plantas, os compostos fenólicos em plantas aromáticas e
especiarias, proteínas e hidrolisados de proteínas, péptidos, aminoácidos e produtos da reacção de
Maillard [1].
Vários são os métodos possíveis para a determinação da actividade antioxidante das amostras em
estudo, não devendo nunca fazer-se um único método. Esta advertência deve-se ao facto do processo oxidativo ocorrer em mais de um passo e ser, portanto, necessário saber a capacidade dos antioxidantes para inibir os vários passos do processo oxidativo. Muitos métodos têm sido desenvolvidos
para a avaliação da actividade antioxidante. Contudo, a interpretação destes resultados tem de ser
cuidadosa uma vez que os diversos métodos baseiam-se em diferentes mecanismos, o que pode
levar a valores de actividade antioxidante muito diferentes. Os diversos métodos podem, contudo, ser
classificados em dois grandes grupos: a) determinação da capacidade de remoção de radicais;
b) determinação da capacidade de inibição da oxidação lipídica. Neste último grupo, o lípido é oxidado sob condições padronizadas, e a extensão da oxidação é medida através de métodos químicos ou
sensoriais [1].
No presente trabalho foram ensaiados três métodos na avaliação da capacidade antioxidante dos
óleos essenciais de Thymus mastichina, Thymbra capitata, Origanum vulgare e Calamintha baetica,
espécies produzidas no campo de produção/demonstração da Direcção Regional de Agricultura e
Pescas do Algarve (DRAPALG): método do DPPH (reflecte a capacidade de um antioxidante ceder
ao radical livre estável, neste caso o DPPH, um electrão), método TBARS (ou do “thiobarbituric acid
reactive species” que testa a capacidade de inibição da peroxidação lipídica) e método do poder redutor (averigua a susceptibilidade da amostra para transferir um electrão para o ferro férrico Fe3+, reduzindo-o a Fe2+). Os óleos essenciais foram obtidos por hidrodestilação a partir de plantas aromáticas
secadas. As plantas encontravam-se guardadas em quatro tipos diferentes de material de
embalagem (vidro, papel “craft”, tecido, polietileno de baixa densidade e polipropileno). As amostras
foram recolhidas em intervalos de tempo regulares.
Materiais e métodos
Isolamento dos óleos essenciais: Os óleos essenciais de cada amostra colectiva foram isolados a
partir de 100g de material vegetal fresco por hidrodestilação, usando um aparelho de Clevenger, de
acordo com a Farmacopeia Europeia [2].
Determinação da actividade antioxidante: Método do ácido tiobarbitúrico modificado (método
TBARS): Dois conjuntos de experiências foram ensaiados: um conjunto em que era adicionado um
indutor da peroxidação lipídica e o outro conjunto em que não foi adicionado nenhum indutor da peroxidação lipídica. Em ambos os casos, utilizou-se como substrato rico em lípidos a gema de ovo e o
ensaio foi efectuado de acordo com o descrito por alguns autores [3].
Método do DPPH: As amostras foram analisadas de acordo com o método descrito por alguns
autores. [4].
Método do poder redutor: As amostras foram analisadas de acordo com o método descrito por
alguns autores. [5].
100
100
90
90
80
80
70
60
18 meses (1ª colheita)
50
6 meses (2ª colheita)
40
30
20
10
Capacidade antioxidante (%)
Capacidade antioxidante (%)
Resultados
As figuras 1, 2, 3, 4 e 5 representam a capacidade de captar radicais pelo método do DPPH dos
óleos essenciais depois de extraídos a partir de Calamintha baetica, Thymus mastichina, Origanum
vulgare e Thymbra capitata, nas concentrações 2,366 g/L, 2352 g/L, 2,5 g/L e 1,5 g/L, respectivamente, que se encontravam guardadas em diferentes tipos de embalagem. Os óleos essenciais de C.
baetica e de T. mastichina são os que apresentam menor capacidade de captar radicais comparativamente aos óleos de O. vulgare e de T. capitata. De entre os quatro tipos de óleos estudados o que
aparenta ter maior actividade é o óleo de T. capitata, uma vez que com uma concentração de
1500 mg/L apresenta maior actividade que o óleo de orégão com uma concentração de 2500 mg/L.
Ao contrário, os óleos essenciais de C. baetica são os que apresentam menor actividade em comparação aos restantes óleos.
Foi nos óleos de orégãos onde se verificou maior diferença entre as amostras que tinham dezoito
meses de armazenagem e as amostram que tinham 6 meses de armazenagem mas resultantes de
um segundo corte das plantas inicialmente cultivadas no campo de experimentação da DRAALG. O
mesmo se verifica para as amostras de C. baetica, embora com uma excepção que se verificou nas
amostras embaladas em tecido (Fig. 1). Nas amostras de T. capitata verifica-se o contrário, i. e., as
amostras de 6 meses apresentam uma actividade ligeiramente maior, contudo, não tão significativas
e, portanto, carecendo de confirmação.
70
60
18 meses (1ª colheita)
50
6 meses (2ª colheita)
40
30
20
10
0
0
Calamintha
T. mastichina
Origanum
Thymbra
Planta aromática
Fig. 1. Capacidade de captação de radicais dos
óleos essenciais obtidos a partir das plantas
armazenadas em tecido durante 18 meses
resultantes de uma primeira colheita e seis meses
a partir de plantas obtidas a partir de uma segunda
colheita.
Calamintha
T. mastichina
Origanum
Thymbra
Planta aromática
Fig. 2. Capacidade de captação de radicais dos
óleos essenciais obtidos a partir das plantas
armazenadas em papel durante 18 meses
resultantes de uma primeira colheita e seis meses
a partir de plantas obtidas a partir de uma segunda
colheita.
90
80
80
70
70
60
50
18 meses (1ª colheita)
6 meses (2ª colheita)
40
30
20
Capacidade antioxidante (%)
Capacidade antioxidante (%)
90
60
50
18 meses (1ª colheita)
6 meses (2ª colheita)
40
30
20
10
10
0
0
Calamintha
T. mastichina
Origanum
Calamintha
Thymbra
T. mastichina
Origanum
Thymbra
Planta aromática
Planta aromática
Fig. 3. Capacidade de captação de radicais dos
óleos essenciais obtidos a partir das plantas
armazenadas em PEE durante 18 meses
resultantes de uma primeira colheita e seis meses
a partir de plantas obtidas a partir de uma segunda
colheita.
Fig. 4. Capacidade de captação de radicais dos
óleos essenciais obtidos a partir das plantas
armazenadas em PPE durante 18 meses
resultantes de uma primeira colheita e seis meses
a partir de plantas obtidas a partir de uma segunda
colheita.
90
Capacidade antioxidante (%)
80
70
60
50
18 meses (1ª colheita)
6 meses (2ª colheita)
40
30
20
10
0
Calamintha
T. mastichina
Origanum
Thymbra
Planta aromática
Fig. 5. Capacidade de captação de radicais dos
óleos essenciais obtidos a partir das plantas
armazenadas em vidro durante 18 meses
resultantes de uma primeira colheita e seis meses
a partir de plantas obtidas a partir de uma segunda
colheita.
Considerando apenas os óleos essenciais com maior actividade antioxidante (O. vulgare e T. capitata) fizeram-se gráficos destas amostras que representam o efeito do material de embalagem sobre
a capacidade de captar radicais livres (Fig. 6, 7, 8 e 9).
A partir dos gráficos atrás referidos é possível verificar que a capacidade de captar radicais por
parte dos óleos essenciais obtidos a partir das plantas de orégãos aumenta à medida que a
concentração das amostras também cresce, atingindo-se um máximo aos 5 g/L que pode ser de
80 %. Contudo, para as amostras guardadas em material de vidro e independentemente do tempo de
armazenamento, o material de vidro parece influenciar negativamente a propriedade das amostras de
captar radicais livres. Neste material, a capacidade de captar radicais por parte dos óleos essenciais
é menor comparativamente às restantes amostras, mais notório para as concentrações mais
elevadas.
No caso das amostras de T. capitata, também se verifica um aumento da capacidade de captar
radicais à medida que aumenta a concentração dos óleos, atingindo-se 80 % com uma concentração
de 1,5 g/L. Contudo, não se verifica grande diferença das actividades no que diz respeito ao tipo de
material utilizado para guardar as plantas, durante os 18 ou os 6 meses armazenamento (Fig. 8 e 9).
90
90
80
70
Oregão Tecido
60
Oregão Papel
50
Oregão PEE
40
Oregão PPE
30
Oregão Vidro
20
10
Actividade (%)
Actividade (%)
80
70
Oregão Tecido
60
Oregão Papel
50
Oregão PEE
40
Oregão PPE
30
Oregão Vidro
20
10
0
0
500
1000
2500
5000
Concentração (mg/L)
Fig. 6. Capacidade de captação de radicais dos
óleos essenciais de O. vulgare obtidos a partir das
plantas armazenadas em diferentes tipos de
500
1000
2500
5000
Concentração (mg/L)
Fig. 7. Capacidade de captação de radicais dos
óleos essenciais de O. vulgare obtidos a partir das
plantas armazenadas em diferentes tipos de mate-
Thymbra
capitata Tecido
100
80
Actividade (%)
meses
Thymbra
capitata Papel
60
Thymbra
capitata PEE
40
Thymbra
capitata PPE
20
0
250
500
1000
1500
Thymbra
capitata Vidro
material durante 6 meses resultantes de uma
segunda colheita.
100
Thymbra capitata
Tecido
80
Actividade (%)
material, armazenados durante 18
resultantes de uma primeira colheita.
Thymbra capitata
Papel
60
40
Thymbra capitata
PEE
20
Thymbra capitata
PPE
0
250
500
1000
1500
Concentração (mg/L)
Concentração (mg/L)
Fig. 8. Capacidade de captação de radicais dos
óleos essenciais de T. capitata obtidos a partir das
plantas armazenadas em diferentes tipos de
material, armazenados durante 18 meses
resultantes de uma primeira colheita.
Thymbra capitata
Vidro
Fig. 9. Capacidade de captação de radicais dos
óleos essenciais de T. capitata obtidos a partir das
plantas armazenadas em diferentes tipos de material durante 6 meses resultantes de uma segunda
colheita.
As Fig 10-13 representam a capacidade de inibição da peroxidação lipídica dos óleos essenciais de
C. baetica, T. mastichina, O. vulgare e T. capitata extraídos a partir das respectivas que se encontravam guardadas em diferentes tipos de material e armazenadas durante dois intervalos de tempo (18
meses resultantes de um primeiro corte e 6 meses resultantes de um segundo corte). Os resultados
das actividades representados nos gráficos correspondem às seguintes concentrações: 2,336 g/L,
2,350 g/L, 0,5 g/L e 0,5 g/L, para C. baetica, T. mastichina, O. vulgare e T. capitata, respectivamente.
90
80
80
70
70
60
50
18 meses (1ª colheita)
6 meses (1ª colheita)
40
30
Actividade antioxidante (%)
Actividade antioxidante (%)
Exceptuando o caso das amostras de T. capitata, é notório que as amostras provenientes do
segundo corte e armazenadas durante 6 meses apresentam menor actividade, independentemente
do tipo de material usado para guardar as plantas aromáticas. Nas amostras de T. capitata, a maior
diferença detectada foi nas amostras guardadas em PEE.
60
50
18 meses (1ª colheita)
40
6 meses (1ª colheita)
30
20
20
10
10
0
0
Calamintha
Tecido
Calamintha
Papel
Calamintha
PEE
Calamintha
PPE
Thymus
mastichina
Tecido
Calamintha
Vidro
Planta aromática
Thymus
mastichina
PEE
Thymus
mastichina
PPE
Thymus
mastichina
Vidro
Planta aromática
Fig. 10. Inibição da peroxidação lipídica dos óleos
essenciais (2,336 g/L) obtidos a partir de C. baetica guardados em diferentes tipos de material e
armazenadas durante 18 meses (1ª colheita) e 6
meses (2ª colheita).
Fig. 11. Inibição da peroxidação lipídica dos óleos
essenciais (2,350 g/L) obtidos a partir de T. mastichina guardados em diferentes tipos de material e
armazenadas durante 18 meses (1ª colheita) e 6
meses (2ª colheita).
100
90
90
80
80
70
60
18 meses (1ª colheita)
50
6 meses (1ª colheita)
40
30
20
Actividade antioxidante (%)
Actividade antioxidante (%)
Thymus
mastichina
Papel
70
60
50
18 meses (1ª colheita)
40
6 meses (1ª colheita)
30
20
10
10
0
0
Oregãos
Tecido
Oregãos
Papel
Oregãos PEE
Oregão PPE
Oregãos
Vidro
Planta aromática
Fig. 12. Inibição da peroxidação lipídica dos óleos
essenciais (0,5 g/L) obtidos a partir de O. vulgare
guardados em diferentes tipos de material e
armazenadas durante 18 meses (1ª colheita) e 6
meses (2ª colheita).
Thymbra
capitata
Tecido
Thymbra
Thymbra
capitata Papel capitata PEE
Thymbra
Thymbra
capitata PPE capitata Vidro
Planta aromática
Fig. 13. Inibição da peroxidação lipídica dos óleos
essenciais (0,5 g/L) obtidos a partir de T. capitata
guardados em diferentes tipos de material e
armazenadas durante 18 meses (1ª colheita) e 6
meses (2ª colheita).
Tal como para o caso dos ensaios do DPPH, onde se detecta a capacidade de captação dos radicais, também neste ensaio da peroxidação lipídica se apresenta apenas os valores de inibição da
peroxidação lipídica do O. vulgare e da T. capitata para diferentes concentrações para estudar o efeito do tipo de embalagem na actividade antioxidante. As Fig. 14-17 representam a variação da actividade antioxidante entre 100 e 1000 mg/L para os orégãos e de 100 a 500 mg/L para a T. capitata.
120
100
80
Oregãos Tecido
80
Oregãos Papel
60
Oregãos PEE
Oregão PPE
40
Oregãos Vidro
Actividade (%)
Actividade (%)
100
Oregãos Tecido
Oregãos Papel
60
Oregãos PEE
40
Oregão PPE
Oregãos Vidro
20
20
0
0
100
250
500
1000
100
Concentração (mg/L)
Fig. 14. Capacidade de inibição da peroxidação
lipídica dos óleos essenciais de O. vulgare obtidos
a partir das plantas armazenadas em diferentes
tipos de material, armazenados durante 18 meses
resultantes de uma primeira colheita.
500
1000
Fig. 15. Capacidade de inibição da peroxidação
lipídica dos óleos essenciais de O. vulgare obtidos
a partir das plantas armazenadas em diferentes
tipos de material, armazenados durante 6 meses
resultantes de uma segunda colheita.
100
100
80
40
Thymbra capitata
Tecido
Thymbra capitata
Papel
Thymbra capitata PEE
20
Thymbra capitata PPE
60
100
250
500
80
Thymbra capitata
Tecido
60
Thymbra capitata
Papel
Thymbra capitata
PEE
Thymbra capitata
PPE
40
20
Thymbra capitata
Vidro
0
50
Actividade (%)
Actividade (%)
250
Concentração (mg/L)
Thymbra capitata
Vidro
0
50
Concentração (mg/L)
100
250
500
Concentração (mg/L)
Fig. 16. Capacidade de inibição da peroxidação
lipídica dos óleos essenciais de T. capitata obtidos
a partir das plantas armazenadas em diferentes
tipos de material, armazenados durante 18 meses
resultantes de uma primeira colheita.
Fig. 17. Capacidade de inibição da peroxidação
lipídica dos óleos essenciais de T. capitata obtidos
a partir das plantas armazenadas em diferentes
tipos de material, armazenados durante 6 meses
resultantes de uma segunda colheita.
Neste ensaio não é evidente uma diferença de actividade antioxidante, consoante o tipo de embalagem utilizado, como se verificou para os orégãos embalados em vidro, no ensaio da captação de
radicais livres. Contudo, também se verifica um aumento da actividade com o crescimento da concentração dos óleos. Também não é muito notória uma diferença de actividade entre o O. vulgare e a T.
capitata, ao contrário do que no ensaio do DPPH.
As Fig. 18-21 representam o poder redutor dos óleos essenciais de C. baetica, T. mastichina, O.
vulgare e T. capitata armazenados durante dois períodos distintos em diversos tipos de embalagem.
Para as duas primeiras amostras as concentrações ensaiadas foram de 5 g/L, ao passo que para as
duas últimas amostras, as concentrações ensaiadas foram de 0,5 g/L.
É notória a diferença do poder redutor das amostras de C. baetica e de T. mastichina que apresentam valores de absorvência muito mais baixos com uma concentração 10 vezes inferior às de O.
vulgare e de T. capitata.
0,5
0,5
0,45
0,45
0,4
0,3
18 meses (1º colheita)
0,25
6 meses (2ª colheita)
0,2
0,15
Poder redutor (Absorv.)
Poder reudutor (Absorv)
0,4
0,35
0,35
0,3
18 meses (1º colheita)
0,25
6 meses (2ª colheita)
0,2
0,15
0,1
0,1
0,05
0,05
0
0
Calamintha
Tecido
Calmintha
Papel
Calamintha
PEE
Calamintha
PPE
Thymus
mastichina
Tecido
Calamintha
Vidro
Planta aromática
Fig.
18. Poder
redutor
dos
Thymus
mastichina
Papel
Thymus
mastichina
PEE
Thymus
mastichina
PPE
Thymus
mastichina
Vidro
Planta aromática
óleos
essenciais
Fig.
19. Poder
redutor
dos
óleos
essenciais
(5,0 g/L) obtidos a partir de C. baetica guardados
em diferentes tipos de material e armazenadas
durante 18 meses (1ª colheita) e 6 meses (2ª
colheita).
(5,0 g/L) obtidos a partir de T. mastichina guardados em diferentes tipos de material e armazenadas
durante 18 meses (1ª colheita) e 6 meses (2ª
colheita).
2,00
1,20
1,80
1,60
0,80
18 meses (1º colheita)
0,60
6 meses (2ª colheita)
0,40
Poder redutor (Absorv.)
Poder redutor (Absor.)
1,00
1,40
1,20
18 meses (1º colheita)
1,00
6 meses (2ª colheita)
0,80
0,60
0,40
0,20
0,20
0,00
0,00
Oregão
Tecido
Oregão Papel
Oregão PEE
Thymbra
capitata
Tecido
Oregão PPE Oregão Vidro
Planta aromática
Thymbra
Thymbra
capitata Papel capitata PEE
Thymbra
Thymbra
capitata PPE capitata Vidro
Planta aromática
Fig. 20. Poder redutor dos óleos essenciais
(0,5 g/L) obtidos a partir de O. vulgare guardados
em diferentes tipos de material e armazenadas
durante 18 meses (1ª colheita) e 6 meses (2ª
colheita).
Fig. 21. Poder redutor dos óleos essenciais
(0,5 g/L) obtidos a partir de T. capitata guardados
em diferentes tipos de material e armazenadas
durante 18 meses (1ª colheita) e 6 meses (2ª
colheita).
Apenas nas amostras de C. baetica se verifica um maior poder redutor nas amostras da 1ª colheita
e armazenadas durante 6 meses do que nas amostras resultantes da 2ª colheita e armazenadas
durante 6 meses, independentemente do tipo de embalagem. Nas restantes amostras não é tão evidente este perfil: nas amostras de T. mastichina embaladas em tecido, verifica-se o contrário, apesar
de nos restantes tipos de embalagens se verificar um maior poder redutor nas amostras de 18 meses;
nas amostras de orégãos, são as amostras armazenadas em PEE que fogem à regra; e finalmente,
nas amostras de T. capitata o que se verifica é um maior poder redutor nas amostras da segunda
colheita e armazenadas durante 6 meses, em praticamente todos os tipos de embalagem,
exceptuando-se aquelas que estavam em PPE (Fig. 21).
Como o maior poder redutor foi encontrado para as amostras de O. vulgare e de T. capitata, em
seguida apresentam-se apenas os resultados do poder redutor destas plantas para diferentes concentrações (Fig. 22-25).
1,0
1,2
Oregão Tecido
0,8
Oregão Papel
0,6
Oregão PEE
Oregão PPE
0,4
Oregão Vidro
0,2
Absorvencia 700 nm
Absorvencia 700 nm
1,0
0,8
Oregão Tecido
0,6
Oregão Papel
Oregão PEE
Oregão PPE
0,4
Oregão Vidro
0,2
0,0
0,0
125
250
500
125
750
Fig. 22. Poder redutor dos óleos essenciais de O.
vulgare obtidos a partir das plantas armazenadas
em diferentes tipos de material, armazenados
durante 18 meses resultantes de uma primeira
colheita.
Thymbra capitata
Tecido
Thymbra capitata
Papel
Thymbra capitata
PEE
Thymbra capitata
PPE
Thymbra capitata
Vidro
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
500
1000
Concentração (mg/L)
Fig. 24. Poder redutor dos óleos essenciais de T.
capitata obtidos a partir das plantas armazenadas
em diferentes tipos de material, armazenados
durante 18 meses resultantes de uma primeira
Absorvencia 700 nm
Absorvencia 700 nm
1,6
250
500
750
Fig. 23. Poder redutor dos óleos essenciais de O.
vulgare obtidos a partir das plantas armazenadas
em diferentes tipos de material, armazenados
durante 6 meses resultantes de uma segunda
colheita.
1,8
125
250
Concentração (mg/L)
Concentração (mg/L)
2,2
2,0
1,8
1,6
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
Thymbra capitata
Tecido
Thymbra capitata
Papel
Thymbra capitata
PEE
Thymbra capitata
PPE
125
250
500
1000
Thymbra capitata
Vidro
Concentração (mg/L)
Fig. 25. Poder redutor dos óleos essenciais de T.
capitata obtidos a partir das plantas armazenadas
em diferentes tipos de material, armazenados
durante 6 meses resultantes de uma segunda
colheita.
colheita.
Os óleos essenciais de orégãos resultantes da primeira colheita e armazenados durante doze
meses em frasco de vidro apresentaram melhor poder redutor comparativamente às restantes amostras. Nas amostras armazenadas durante 6 meses, não se verificou qualquer diferença na
capacidade redutora das mesmas. O mesmo se verificou para as amostras de T.cpitata armazenadas
durante 6 meses, porque para as amostras armazenadas durante 12 meses, o vidro pareceu ser
responsável pela menor capacidade redutora do óleo (Fig. 24).
References
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