ANÁLISE DA MATURAÇÃO DAS VÉRTEBRAS CERVICAIS E SUA
CORRELAÇÃO COM A IDADE ÓSSEA DA MÃO E PUNHO
Alves RBF, Santoro APAB, Sousa PVFS, Junqueira JLC, Manhães Jr LRC, Silva MBF
Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic
Campinas – SP
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INTRODUÇÃO
O conhecimento do estágio de crescimento e desenvolvimento ósseo tem sido utilizado ao longo dos anos como um importante fator no correto diagnóstico,
planejamento e tratamento ortodôntico e ortopédico funcional dos indivíduos. O principal meio adotado para se determinar a idade óssea dos pacientes é a radiografia
da mão e punho. No entanto, com a preocupação em simplificar a obtenção da idade óssea e minimizar a exposição dos pacientes à radiação ionizante, diversos autores
têm estudado outros métodos, dentre eles, a avaliação da maturação das vértebras cervicais visualizadas nas radiografias cefalométricas laterais, que são realizadas
rotineiramente na prática ortodôntica.
OBJETIVOS
O propósito deste estudo foi determinar a confiabilidade da telerradiografia de norma lateral como indicador da idade óssea, comparado com a radiografia de mão e
punho em pacientes ortodônticos associando a idade cronológica.
MATERIAIS E MÉTODOS
Foi utilizada uma amostra de 70 radiografias de mão e punho e 70 telerradiografias laterais, de indivíduos de ambos os gêneros, sendo 35 do gênero masculino e 35 do
gênero feminino, com faixa etária variando de 8 a 17 anos. As radiografias em questão foram avaliadas pelo mesmo examinador em dois tempos diferentes (T1 e T2), de
forma aleatória onde não foi informado a identidade dos pacientes constantes da amostra.
Figura 1 - Radiografia de mão e punho
Figura 2 - Teleradiografia Lateral
FONTE: ACERVO DA FACULDADE
SÃO LEOPOLDO MANDIC
FONTE: ACERVO DA FACULDADE
SÃO LEOPOLDO MANDIC
614.328
RESULTADOS
Gráfico 1 - Histogramas com a distribuição das Idades Cronológica e
por fase de maturação óssea de mão e punho nas amostras T1 e T2
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA
Os resultados sugerem que a metodologia descrita por Hassel e Farman (1989) mostrou-se subjetiva visto que obteve-se diferentes resultados em T1 x T2. Especialmente
nos estágios de aceleração e transição, e desaceleração e maturação.
Gráfico 2 - Gráfico de frequências dos estágios de
desenvolvimento ósseo das vértebras cervicais dos indivíduos do
gênero masculino nas amostras T1 e T2
Gráfico 3 - Gráfico de frequências dos estágios de
desenvolvimento ósseo das vértebras cervicais dos indivíduos do
gênero feminino nas amostras T1 e T2
Gráfico 4 - Gráfico de frequências dos estágios de desenvolvimento
ósseo das vértebras cervicais nas amostras T1 e T2
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA
Tabela 1 - Estágios de desenvolvimento ósseo das vértebras cervicais nas amostras T1 e T2
Estágios de desenvolvimento
ósseo das vértebras cervicais na
amostra T1
Frequências relativas e
absolutas gerais
Iniciação
Estágios de desenvolvimento ósseo das vértebras cervicais na amostra T2
Iniciação Aceleração Transição Desaceleração
Maturação Finalização
0 (0%)
1 (1,4%)
0 (0%)
0 (0%)
0 (0%)
0 (0%)
Aceleração
1 (1,4%)
4 (5,7%)
5 (7,1%)
0 (0%)
0 (0%)
0 (0%)
Transição
0 (0%)
2 (2,9%)
5 (7,1%)
0 (0%)
0 (0%)
0 (0%)
Desaceleração
0 (0%)
0 (0%)
3 (4,3%)
4 (5,7%)
8 (11,4%)
4 (5,7%)
Maturação
0 (0%)
0 (0%)
0 (0%)
1 (1,4%)
10 (14,3%)
6 (8,6%)
Finalização
0 (0%)
0 (0%)
0 (0%)
1 (1,4%)
1 (1,4%)
14 (20%)
* P-valor do teste de Wilcoxon: 0,010
• 52,8% de classificações semelhantes nas
amostras T1 e T2, e
• 47,2% das classificações diferentes.
FONTE: AUTORIA PRÓPRIA
CONCLUSÃO
Conclui-se que a avaliação radiográfica das alterações morfológicas nas vértebras cervicais, nas telerradiografias laterais, constitui-se um parâmetro alternativo, porém
esta metodologia não traz resultados tão precisos quanto a radiografia de mão e punho (método de avaliação de Greulich & Pyle), podendo levar o examinador ao erro
de análise e consequentemente ao tratamento inadequado.
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