PREFÁCIO
Pode não parecer tão significativo dizer que nosso Curso de
Relações Públicas completa trinta anos. Apenas trinta anos? Sim,
mas lembremo-nos de que ainda não se passaram cem anos desde
que essa atividade começou a delinear seus contornos teóricos e
práticos na história da humanidade. E quanto de feitos e de páginas
ela já viveu e escreveu! Como evoluiu e progrediu! Mesmo no Brasil. E na Universidade Metodista de São Paulo.
Foi no final da década de 1960 que as relações públicas começaram a desenvolver-se na academia brasileira. E nossa instituição
se orgulha de, em 1972, ter sido a terceira a criar um curso superior
nessa área, no País. Desde então, quanto de esforço, de energia, de
boa vontade, de abnegação se dispensou, nesta instituição, à causa
de uma área que tem no relacionamento saudável e construtivo
entre pessoas e grupos sociais a sua razão de ser!
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JOÃO EVANGELISTA TEIXEIRA
Evoquem-se, com palavras de louvor e reconhecimento, os
méritos de pioneiros como Benedito de Paula Bittencourt,
Reinhard Alphons Albert Brose e Dorival Beulke, cujo papel na
constituição da Faculdade de Comunicação Social do então Instituto Metodista de Ensino Superior o autor do texto desta obra tão
bem salienta. Foi com eles que nasceu o Curso de Relações Públicas, que incluía em seu primeiro regimento princípios que permanecem vivos até hoje.
“Formar profissionais de comunicação, atendendo às necessidades do desenvolvimento da nação. Elevar o nível cultural da
comunidade, especialmente no setor da comunicação interpessoal e
social. Proporcionar uma formação integral, dentro dos princípios
do cristianismo, da liberdade e dos ideais da solidariedade humana.
Contribuir para o relacionamento criativo entre a educação contínua
e os meios da comunicação.” Poderia haver objetivos mais nobres
para direcionar a formação de profissionais que, a um só tempo,
preservem e enriqueçam sua identidade de cidadãos e se habilitem
para desempenhar-se da melhor forma no mercado de trabalho?
Rendemos nossa homenagem a quem, desde 1972, tem fomentado esses ideais. Os diretores da unidade que deu origem à
atual Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas: além de
Reinhard Brose e Dorival Beulke, os nomes de Gerson Soares
Veiga, Onésimo de Oliveira Cardoso, Joel da Silva Camacho, Miguel
de Abreu Rocha, José Marques de Melo, Maria das Graças Conde
Caldas e Maria Aparecida Ferrari. Aos sucessivos coordenadores do
Curso de Relações Públicas: Gerson Moreira Lima, Margarida Maria
Krohling Kunsch, Orpheu Cairolli, Paulo Rogério Tarsitano,
Waldemar Luiz Kunsch e Maria Aparecida Ferrari.
Instituição de ensino moderna, a Universidade Metodista de
São Paulo, como se destaca nas páginas iniciais do projeto pedagógico do Curso de Relações Públicas, “tem uma filosofia educacional
voltada para o cultivo e a transmissão de uma visão abrangente,
crítica, reflexiva, real e não-preconceituosa do universo e do ser
humano, de seu sucesso e de seu fracasso, no tempo e no espaço,
RELAÇÕES PÚBLICAS NA UMESP: TRINTA ANOS DE HISTÓRIA
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a caminho da verdade. Ao mesmo tempo, procura aprofundar essa
visão, conciliando ciência, tecnologia, filosofia, artes e teologia, o
ontem, o hoje e o amanhã. E se preocupa em preparar o indivíduo
para sua inserção plena no contexto social em que vive.
“Partindo de uma concepção cristã de mundo, ela desenvolve
a educação não apenas como processo de formação, mas também
como meio de interação social que conduz à participação crítica e
produtiva do indivíduo na sociedade, habilitando-o para contribuir
para o bem comum na medida plena de suas capacidades.
O ensino, para ela, não se restringe a transmitir conhecimentos e habilidades, mas, muito mais do que isso, significa também
contribuir para o desenvolvimento integral do cidadão e do futuro
profissional como ser autônomo, livre, criativo, responsável, consciente de sua condição social, política e espiritual, voltado para a
reflexão sobre os problemas do mundo e da sociedade.
Com tal abrangência, ela se propõe perseguir altos padrões de
competência profissional e de criatividade. Esta perspectiva, aliada
a uma política de reformulação de suas organização e de suas estruturas, sempre que necessário, lhe oferece todas as condições para
aprimorar incessantemente seus programas e introduzir novos projetos, ampliando e consolidando cada vez mais o seu espaço no
campo educacional”, conclui o substancioso texto de fundamentação do projeto pedagógico do Curso de Relações Públicas.
E este tem sabido contribuir de forma consciente para o cumprimento desses ideais, ao longo dessas três décadas. “Formando
cidadãos e profissionais aptos a enfrentar a variedade e mutabilidade
de demandas sociais e profissionais na área, adequando-se à complexidade e velocidade do mundo atual. Que saibam utilizar criticamente,
em sua atividade, o instrumental teórico-prático oferecido no curso.
E que, assim, sejam competentes para posicionar-se de um ponto de
vista ético-político sobre o exercício do poder na comunicação, sobre
as repercussões sociais que enseja e ainda sobre as necessidades da
sociedade contemporânea em relação à comunicação social”, de acordo com as diretrizes que norteiam o curso.
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Como estas preconizam, “a cada dia que passa, novas exigências se colocam para as organizações sociais, nesta sociedade
marcada pela globalização e pela revolução tecnológica. Por um
lado, elas devem tornar-se cada vez mais competitivas, deixando de
lado a acomodação. Por outro, precisam ser cada vez mais abertas
e mais transparentes, no relacionamento com seus públicos estratégicos, que estão mudando radicalmente seu discurso. O profissional
de relações públicas, sem perder sua identidade de cidadão, mas,
pelo contrário, enriquecendo-a cada vez mais, deve estar preparado
para integrar-se plenamente na nova lógica do mercado”.
São este os desafios que a Universidade Metodista de São
Paulo tem diante dos olhos ao procurar formar o profissional de
comunicação. É uma filosofia que, marcando todo o projeto do
Curso de Relações Públicas, se enriquece à medida que, graças aos
esforços dos dirigentes e do corpo docente, se busca incorporar o
aprendizado adquirido ao longo de uma práxis maturada pela instituição, além dos ensinamentos colhidos da experiência acumulada
pela área, nas escolas e no mercado profissional.
Tudo isso constitui, a um só tempo, um marco de chegada
vitoriosa e de partida para novas conquistas. Por isso, nossas palavras são, a um só tempo, de congratulações e de incentivo ao Curso
de Relações Públicas, à sua coordenação, a seu colegiado diretivo,
a seus professores e, principalmente, a seus alunos, razão de ser
primeira dos ideais e das atividades de nossa instituição.
Prof. Dr. Davi Ferreira Barros
Reitor da Universidade Metodista de São Paulo
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