Linguagem e Argumentação - Nara Sgarbi - UNIGRAN
Aula 02
LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA
Caro(a) aluno(a),
Estamos iniciando a nossa segunda aula e nela trataremos sobre a tríade que constituí
a comunicação: Linguagem, Língua e fala. Ou seja, quando se fala em linguagem, estamos
nos referindo, diretamente, à capacidade humana formada por leis combinatórias e signos
linguísticos materializados pela mensagem.
Assim, de modo a tornar efetiva a linguagem verbalizada, esta se condiciona a dois
fatores: à língua e à fala. A língua é fator resultante da organização de palavras, segundo regras
específicas e utilizadas por uma coletividade. E a fala cabe à concretização da língua que cada
indivíduo, de uma dada comunidade, irá proferir. Ainda nesta aula trataremos sobre um tema
muito interessante, as modalidades da língua oral e escrita. Podemos dizer que as modalidades
não são somente um instrumento para efetivar a nossa comunicação, mas, sim, uma forma de
mostrar socialmente aquilo que estamos pensando. Ou seja, a fala e a escrita são sistemas comunicativos que expressam a língua nas mais diferentes práticas sociais.
É inserido nesse contexto que iniciamos a nossa aula!
Bom trabalho.
Que tal!? Disposto a começar??
Comecemos, então, analisando os objetivos e verificando as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula.
Bom trabalho!
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Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, você será capaz de:
• compreender a amplitude do conceito e da aplicação da linguagem, da língua e da
fala;
• entender e reconhecer a importância dos níveis de linguagem em diversos contextos
de uso.
• compreender a amplitude da linguagem falada em suas mais variadas situações;
• entender e perceber como e quando acorre a linguagem não verbal em contextos
diversos;
• identificar e compreender a linguagem escrita e suas engrenagens linguísticas.
Seções de estudo
Seção 1 Seção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5 Linguagem, língua e fala
Níveis de linguagem
Linguagem falada
Linguagem não verbal
Linguagem escrita
Então, vamos em frente?!
“Eis uma tríade cuja materialização vincula-se a todo e qualquer processo
comunicativo. Embora os concebemos como elementos utilizados para designar a
mesma realidade, em se tratando do ponto de vista linguístico, os mesmos não devem ser
confundidos, talvez até como termos sinônimos”.
(disponível em http://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/linguagem-lingua-fala.htm)
Arquitetamos na consciência, uma espécie de “biblioteca” onde assentamos tudo o que é ouvido e entendido. Guardamos ideias, significados,
expressões e com essa “base de dados” nos anunciamos verbalmente, seja
pela fala ou pela escrita. É como se escolhêssemos, pegando na prateleira
da biblioteca, palavra por palavra, criando estruturas de entendimento
para a comunicação. Quase parecido com uma receita de bolo: você + é +
muito + legal, resultando naquilo que queremos dizer pelo que estamos
sentindo ou sobre algo ou alguém.
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Vamos pensar um pouquinho mais???
Então caros alunos(as):
• Por que falamos?
• Por que não fazemos uso dos sinais ou uso de símbolos, como nas primeiras
descobertas do uso da linguagem feitas pelo homem?
• Por que o homem, diferente dos outros animais, fala?
• Por que somente nós temos essa faculdade e, até onde se sabe, já impressa em
nossa consciência?
Poucas pessoas, cremos, tenham parado para ponderar ou interrogar sobre estas questões.
Pesquisas e trabalhos realizados nesse sentido procuram, ainda, respostas precisas para a pergunta
“por que o homem fala”.
Segundo Bottéro (1997), o homem, na Mesopotâmia antiga, berço da civilização,
percebeu a necessidade de comunicar-se e começou a criar possibilidade de entendimento entre
si e os outros. Usou sinais e mensagens, expostas na aba de vasos.
Seguindo o raciocínio de Bottéro (1997), a questão é que se tratava apenas de uma
escrita de coisas: os significados diretos destes caracteres não eram as palavras de uma língua
mas, em primeiro lugar e de modo imediato, as realidades expressas por estas palavras.
Assim, levando-se em conta tais informações, sabemos que em um
determinado momento da humanidade, o homem teve a necessidade de
comunicar-se de algum modo, assim como em um determinado momento,
passou a falar. É interessante pensar nestas questões porque refletimos e nos
perguntamos a partir de quê ou do quê, o homem descobriu que possuía, além
das existentes, a faculdade da linguagem.
Ao acompanharmos o crescimento de uma criança, cada vez mais notamos como a
necessidade de falar é presente na vida humana... e percebemos, ainda, o quanto o ato de falar
faz de nós mais parte do mundo, não é mesmo?
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Algumas pesquisas na área da linguagem humana
mostram que, no caso da criança, a primeira palavra murmurada já
representa sua admissão no universo da linguagem e o abandono
do estado da natureza ( estado primeiro/ primitivo).
Assim, pode-se dizer que é a linguagem que autoriza a tomada de consciência do
indivíduo como entidade distinta. Considerando que que fazemos uso da linguagem, da língua
que nos é ensinada e, consequentemente, falamos. Só não sabemos, por que, justamente pela
fala, que comunicamo-nos uns com os outros.
Outro assunto que intriga o pensamento e os mistérios da vida, ou
melhor, reflete sobre a existência da comunicação falada entre os homens é
por que falar, viver em sociedade com seres falantes, é quase uma necessidade
de sobrevivência?
Idealizemos a seguinte situação: se eu, você, todos nós, ficássemos sem trocar uma
palavra sequer com qualquer pessoa que fosse durante toda a vida!!!! Possivelmente
morreríamos de angústia...De solidão... Não é verdade?????
Claro que, se nunca tivéssemos tido contato com a fala, com o som emitido pelos falantes
ao falarem, com a língua , essa realidade -de falar -não existiria...
Mas, pensemos mais um pouquinho!!!!!...
Aguentaríamos ficar um dia inteiro que fosse sem falar? Sem falar nada, categoricamente
nada? Não aguentaríamos. Não é mesmo!
Mas, o fato é que falamos!!!!!!...
Para alguns teóricos que tratam sobre os estudos da linguagem, a língua se constitui
nos primeiros indícios de identificação da humanidade no homem. A partir do uso da língua, é
que foi possível ao homem sair de seu estado primário natural e chegar ao estado mais avançado,
ou seja, ao estado cultural (oriundo da organização social).
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Vejamos:
Podemos deduzir que:
Somos educados a partir da teoria que o homem é uma
animal racional, isto é, pensa, sente, julga as coisas, possui uma inteligência e por
isso temos dois mundos distintos: o mundo dos homens e dos animais. Outros
tantos estudos feitos por pesquisadores preocupados em descobrir o porquê do
homem ter esta necessidade do uso da linguagem, o porquê da fala, vêm nos
mostrar que isso é, definitivamente, uma faculdade humana. Algo que somente
o homem tem como característica e que o difere dos outros animais.
Saussure (2002), no Curso de Linguística Geral, vai definir a língua como objeto de
estudo e diferenciar a língua da fala. Para Saussure:
A língua é o produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções
necessárias, adotadas pelo corpo social, para permitir o exercício dessa faculdade nos
indivíduos. Trata-se de um tesouro depositado pela prática da fala em todos os indivíduos
pertencentes à mesma comunidade, um sistema gramatical que existe virtualmente em
cada cérebro ou, mais exatamente, nos cérebros dum conjunto de indivíduos, pois a
língua não está completa em ninguém, e só na massa ela existe (p.17).
A fala, ao contrário da língua, para Saussure (2002, p. 22) é algo puramente individual.
“São as combinações pelas quais o falante realiza o código da língua no propósito de exprimir
seu pensamento pessoa [...]”. É a maneira individual e particular que cada ser faz do uso da
língua predominante em uma sociedade.
Por isso, podemos explicar, por exemplo, os sotaques regionais, as gírias e a forma
que cada indivíduo tem de usar a língua. A linguística, partindo desse conceito de língua e fala,
não pode, então, considerar que alguns “falam corretamente” e outros “falam erradamente”. O
conceito de certo e errado deixa de existir por ser a língua, a mesma para todos os indivíduos de
uma sociedade e algo já impresso na mente (conceitos e imagens acústicas) de todos os seres de
um determinado tempo e espaço. Do ponto de vista científico, tudo o que consideramos “erro”
ao “falar errado” é, na verdade, algum fenômeno ou acontecimento que pode e deve analisado
por estudos linguísticos.
Sossegados até aqui?
Ok, então vamos em frente, pois a próxima seção traz uma discussão acerca da
adequação da linguagem em uso real.
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Seção 2 Níveis de linguagem
Pessoal, percebam que a linguagem tem regras, princípios que precisam ser obedecidos.
Geralmente, achamos que estas regras dizem respeito apenas à gramática normativa. Para a
grande maioria das pessoas, expressar-se perfeitamente em língua portuguesa significa não
cometer erros de ortografia, concordância verbal, acentuação, etc. Há, no entanto, outro erro,
mais comprometedor do que o gramatical, que é o de inconformidade da linguagem ao contexto.
Em casa ou com amigos, nós empregamos uma linguagem mais informal do que nas
provas da faculdade ou em uma entrevista para emprego. Ao conversar com os avós, não
convém usar algumas gírias, pois eles poderiam ter dificuldades em nos compreender. Em um
trabalho /atividade que vamos elaborar no curso superior, precisamos empregar um vocabulário
mais formal. Estes fatos nos levam a concluir que existem níveis de linguagem. Pois optamos,
conforme o contexto, pelo uso do padrão informal da linguagem ou pelo uso formal da linguagem.
Veja o esquema abaixo e perceba como os níveis da linguagem se organizam:
Linguagem Formal,
culta ou padrão
Faz uso das normas
gramaticais.
Linguagem
coloquial ou
popular
Utiliza Gírias,
Regionalismos etc.
Linguagem
Linguagem artística
profissional ou
ou literária
técnica
Técnica ou científica.
É uma linguagem
Literária ou poética.
Vejamos, então, alguns níveis de linguagem:
Nível formal, culto ou padrão: trata-se de uma linguagem mais formal, que segue os
princípios da gramática normativa. É empregada na escola, no trabalho, nos jornais e nos livros
em geral. Observe esse trecho de jornal:
“A polêmica não é nova, nem deve extinguir-se tão cedo. Afinal qual a legitimidade e o
limite do uso de recursos públicos para salvaguardar a integridade do sistema financeiro? (...)” (Folha de São Paulo, 14 de março de 1996, Editorial)
Nível coloquial, popular: é a linguagem empregada no cotidiano. Geralmente é
informal, incorpora gírias e expressões populares e não obedece às regras da gramática normativa.
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Veja os exemplos abaixo:
“Sei lá! Acho que tudo vai ficar legal. Prá que então ficar esquentando muito? Me parece
que as coisas no fim sempre dão certo”.
Estou preocupado. ( norma culta)
Tô preocupado. ( língua popular)
Tô grilado. ( gíria, limite da língua popular )
Nível profissional ou técnico: é a linguagem que alguns profissionais, como advogados,
economistas, médicos, dentistas etc. utilizam no exercício de suas atividades.
Nível artístico ou literário: é a utilização da linguagem com finalidade expressiva
pelos artistas da palavra ( poetas e romancistas, por exemplo) alguns gramáticos já incluem este
item na linguagem culta ou padrão.
Dominar uma língua não significa apenas conhecer normas
gramaticais, mas, sobretudo, empregar adequadamente esta língua em várias
situações do cotidiano, tais como na faculdade, no trabalho, com os amigos,
em um exame de seleção, no trabalho etc.
Uma pequena reflexão:
“Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como
se fala.”
“Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi
ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu
é qui si iscrevi algumas palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção. U alemão pur exemplu.
Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi
muinto diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem soubé falá sabi iscrevê”.
O comentário é do humorista Jô Soares, para a revista Veja. Ele brinca com a diferença
entre o português falado e escrito. Na verdade, em todas as línguas, as pessoas falam de um jeito
e escrevem de outro. A fala e a escrita são duas modalidades diferentes da língua e é com esse
fato que o Jô brincou.
(Disponível em http://educacao.uol.com.br/portugues/lingua-escrita-e-oral-nao-se-fala-como-se-escreve.jhtm)
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... por trás de cada texto está o sistema da linguagem. A esse sistema correspondem
no texto tudo o que é repetido e reproduzido e tudo que pode ser repetido e reproduzido,
tudo o que pode ser dado fora de tal texto (o dado). Concomitantemente, porém, cada texto
(como enunciado) é algo individual, único e singular, e nisso reside todo o seu sentido (a
sua intenção em prol da qual ele foi criado). É aquilo que nele tem relação com a verdade,
com a bondade, com a beleza, com a história (BAKHTIN).
[U1] COMENTÁRIO: BAKHTIN - Seu trabalho é considerado influente na área
de teoria literária, crítica literária, sociolinguística, análise do discurso e semiótica. Bakhtin é na
verdade um filósofo da linguagem e sua linguística é considerada uma “trans-linguística” porque
ela ultrapassa a visão de língua como sistema. Isso porque, para Bakhtin, não se pode entender
a língua isoladamente, mas qualquer análise lingüística deve incluir fatores extra-lingüisticos
como contexto de fala, a relação do falante com o ouvinte, momento histórico, etc (Wikipédia).
A citação de Bakhtin deixa clara a importância da linguagem na produção de um texto,
uma vez que as características individuais de cada autor se fazem presentes na trama textual. Dessa
forma, a língua portuguesa é rica e poderíamos nos equivocar nas mais diversas nomenclaturas
e classificações. Há vários autores que denominam e dividem a linguagem de muitas formas e
todos têm suas razões de fazê-lo.
a) Linguagem falada;
b) Linguagem não-verbal;
c) Linguagem escrita.
Vamos recordar? Vejamos cada uma delas?
Vamos ver o que o teórico Almeida (2000, p. 29-43), em seu livro S.O.S. Redação e
Expressão nos apresenta:
Seção 3 - Linguagem falada
Disponível em http://blig.ig.com.
br/nossalinguafalada/
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[U2] COMENTÁRIO: Vocês podem saber
mais sobre a linguagem falada acessando o site “Recanto da Letras”: http://recantodasletras.uol.com.br/
artigos/431248.
A linguagem falada, também conhecida como coloquial, é a
maneira mais comum de nos expressarmos em nosso dia a dia. Ela é, via
de regra, informal, logo sem muita correção gramatical. Por mais que
desejem falar corretamente, vocês dificilmente sairão por aí dizendo:
“Ama-me, pois assim o fazendo, amar-te-ei”. A menos que desejem que
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a cara-metade agonize em risos ou vá namorar pessoas normais; um sussurrado “Eu te amo”,
acompanhado de um olhar interrogativo, resolve tudo. A palavra falada traz consigo emoções e
sentimentos de todo tipo. E, para atingir seu intento, o falante utiliza-se de entoação, da cadência
e também do volume da voz, conforme assegura Castilho (2004, p. 47):
Sabemos que a língua falada é um recurso rítmico e melódico, repleto de entonação,
pausas, gestos etc. Não é possível pensar em outra forma de comunicação quando se
pensa na fala. No desempenho oral, e no texto que dele provém diretamente, existem
marcas especificas como comentários metalinguísticos e marcadores discursivos que
não são encontrados no texto escrito. É evidente, portanto, constatar a dicotomia entre
a língua escrita como linguagem formal e língua falada como linguagem informal.
Já pararam para pensar em quão rica é nossa oralidade? Releiam a citação de
Castilho (2004) e reflitam sobre a riqueza, ok??? E sobre a linguagem não verbal??? Vamos
trabalhar com ela???
Seção 4 - Linguagem não verbal
Brasileiros abraçam-se, beijam-se e enchem-se de carinhos e cafunés o tempo todo. Em
boa parte do mundo, o nosso famoso “três beijinhos” é considerado um profundo desrespeito.
Mesmo os inocentes e sonoros tapas nos braços durante um aperto de mão causam estranheza
e, talvez, até um revide, dependendo do país em que estivermos. Nosso povo é caloroso e
expressivo e utiliza muito a linguagem mímica.
http://www.culturainfancia.com.br/boletim/?cat=10
O time do melhor amigo perdeu o jogo? Um simples sorriso irônico expressa mais
que muitas palavras. Tapinhas nas costas são quase sinônimos de “Parabéns! Trabalhou
muito bem” e por aí vai.
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agendacult.wordpress.com/category/teatro/
A mímica é, sem dúvida, parte integrante
da cultura de um povo, em especial do povo
brasileiro, mas não é a única linguagem não verbal.
Nessa categoria ainda temos as várias formas de
expressão por outros meios além da fala. Estímulos
aos nossos sentidos também fazem parte da
linguagem não verbal.
www.alfarrabio.org/index.php?blogid=1&archive...
O CHEIRO DO GÁS, POR EXEMPLO: o produto em si não tem cheiro, mas o
fabricante acrescentou uma substância de aroma forte para que a empresa se comunique conosco,
dizendo: “Ei, há vazamentos, tome precauções”! No caso, a linguagem não verbal estabeleceu
comunicação com o indivíduo relapso utilizando-se do sentido do olfato.
A comunicação não verbal pode dar-se igualmente por meio dos outros sentidos.
http://redacaocaxinaua.blogspot.com.br/2011/01/linguagem-verbal-e-linguagem-nao-verbal_27.html
Quando chegamos a um cruzamento e neste há um semáforo aceso em vermelho,
automaticamente paramos, pois sabemos que a cor vermelha (do semáforo) indica pare!
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Outros contextos também exemplificam o poder da comunicação não verbal, como no
caso de peças de teatro, em que compreendemos histórias inteiras contadas, nas quais as únicas
formas de comunicação são a dança (estímulo à visão) e os toques frenéticos de tambores (à
audição, como na falada). Carinhos e apertos de mão são prontamente compreendidos (tato)
e nada se expressa mais.
Também o silvo estridente do vigia noturno anuncia: “Ei, bandidos! Vão embora,
por favor. Estou passando”. Músicas sempre nos dizem muito, e aplausos são reconhecimento
agradável de um trabalho bem realizado.
As cores, a dança, a música e as artes em geral são também formas de linguagem
não verbal.
Vocês, às vezes, torcendo o nariz, utilizam-se da linguagem não verbal para dizerme: “a professora está me deixando louco!”
Meu sorriso e uma mímica dizem: “Calma!!!”
Agora, que tal pensarmos mais um pouco, especificamente, sobre a linguagem
escrita?! Ok, então vejamos a seção 5:
Seção 5 Linguagem escrita
Este é o tema de nossos estudos: a expressão de ideias no papel, através das palavras
de nossa língua.
E por que tivemos que gastar tantas páginas tratando de
linguagem falada e não verbal, se o que pretendemos é escrever?
Vamos entender por quê?
[U3] COMENTÁRIO: Se você
tiver curiosidade em relação à
origem, ao desenvolvimento, à
evolução, aos tipos e à importância
da escrita, acesse a Wikipédia
atarvés do site http://pt.wikipedia.
o rg / w i k i / E s c r i t a . L á v o c ê
encontrará todas essas informações.
Evidentemente, a linguagem escrita só veio a existir
muito depois da falada. Ela objetiva reproduzi-la utilizandose dos signos (lembra-se do que são?) que compõem nossa
língua. Além disso, a linguagem escrita, quando utilizada
com maestria, é capaz de agregar em, seu sentido, várias das
características da linguagem não verbal.
Preste bastante atenção neste ponto: as palavras expressas no papel, seja numa
redação ou num bilhete deixado para um colega, devem ser entendidas de pronto, pois, na
maioria das vezes, não estaremos presentes para explicar isso ou aquilo contido na mensagem.
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Quando um autor produz um conto, precisa ter certeza que vai ser entendido, pois não terá chance
de redimir-se. Não poderá dizer: “Não, você não me entendeu. Eu quis dizer que...”. Ele deve
ser claro e preciso.
Como ficou claro (espero) até aqui, também podemos pretender transmitir sentimentos
e emoções, substituindo suspiros apaixonados por palavras certeiras ou colocando elementos
na frase que expressem nossa intenção; que transmitam o que sentimos. Escrever não é apenas
transportar palavras dos arquivos de nossa memória para as folhas de celulose. Devemos saber
organizá-las de maneira inteligível para que façam sentido e sejam coerentes.
http://ascronicasdobledow.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html
E devemos também ser capazes de transmitir a entoação e a cadência que pretendemos,
utilizando-nos dos recursos de que dispomos: as palavras. E claro, devidamente organizadas em
parágrafos e separadas por sinais de pontuação corretos.
Considerando que as palavras são carregadas de significados, caberá a nós escolhermos
aquelas que melhor se adequarem ao texto pretendido, conforme se pode perceber no trecho da
poesia de Carlos Drummond de Andrade, intitulada “Procura da poesia”, já estudada na
primeira aula, lembram?!
[U4] COMENTÁRIO: Drummond, como os modernistas, proclama a liberdade das palavras, uma
libertação do idioma que autoriza modelação poética à margem das convenções usuais. Segue a
libertação proposta por Mário de Andrade; com a instituição do verso livre, acentua-se a libertação
do ritmo, mostrando que este não depende de um metro fixo (impulso rítmico). Se dividirmos o
Modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria
parte da segunda, ao lado do próprio Mário de Andrade (Wikipédia).
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Linguagem e Argumentação - Nara Sgarbi - UNIGRAN
Vejamos novamente este trecho do poema dedrummond:
[...]
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?
[...]
Conforme já vimos, esse belo fragmento convida-nos a uma reflexão quanto ao mundo
misterioso das palavras, as quais, dependendo da forma como são utilizadas, revelam muito
mais do que conceitos. Conforme se pode perceber acima, a linguagem do poeta é mágica, pois
tem o poder de transformar a fantasia em realidade em um único texto, frase ou palavra. Para
tanto, faz necessário trazer a “chave”, a fim de possibilitar a travessia da leitura no espetaculoso
mundo das palavras, sobretudo aquelas que pertencem ao texto poético.
A partir dessas reflexões, podemos dizer que não é
[U5] COMENTÁRIO: Para
adequado ESCREVER COMO FALAMOS, uma vez que a
saber mais sobre as normas
linguagem falada ou coloquial é distinta da linguagem escrita, gramaticais, acesse o site http://
certo-ou-errado.sites.uol.com.
que obedece a certos padrões. Tais padrões, longe de limites,
acrescentam recursos para que nos expressemos com estilo e br/minigramatica.htm. Lá você
encontrará uma ninigramática.
correção. Obedecer às normas gramaticais não significa ser
frio ou duro.
Vejam este trecho do texto que faz parte da obra “Eurico, o Presbítero”. Nessa obraprima da literatura mundial, Alexandre Herculano descreve uma batalha entre árabes e
cristãos:
... O chão pareceu afundar-se com o encontro daquelas duas mós enormes de homens
armados, e o eco dos botes das lanças nos escudos convexos e nas armas sonoras dos
cavaleiros repercutiu nas encostas fronteiras e desvaneceu-se ao longe, murmurando
entre as quebradas. Desde o primeiro embate, não mais fora possível distinguir os
exércitos travados como dois lutadores furiosos. Eram um vulto só, indelineável,
monstruosos, imenso, cujo topo ondeava, semelhante ao de canavial movido pelo vento
cujos contornos indecisos se agitavam, torciam, alargavam, diminuíam, oscilavam,
como tapetes de nenúfares sobre marnel revolto pelo despenhar das torrentes. Nuvens
de setas sibilavam nos ares: as espadas sarracenas cruzavam-se com as espadas godas:
a cateia teutônica ia, zumbindo, abrir fundos regos nas fileiras árabes, e os membros
ossudos dos peões lusitanos e cantabros estouravam debaixo das pancadas violentas
dos manguais da peonagem mourisca. Desgraçado do que, ferido, caía em terra; porque
para ele não havia misericórdia: o punhal acabava o que o franquisque ou a cimitarra
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Linguagem e Argumentação - Nara Sgarbi - UNIGRAN
começara. Dir-se-ia que os regatos de sangue, serpeando por entre as duas hostes
enredadas e salpicando as frontes e corpos, eram as veias descarnadas e rotas daquele
grande vulto, coleando na derradeira agonia (HERCULANO, 1927, p916).
Analisando o texto de Herculano, observamos sua tentativa (bem-sucedida) de
transmitir toda a tensão e morte causadas no combate que narra. Vemos também palavras de
pouco uso, como franquisque, cateia, nenúfares e marnel. O que será que elas significam?
Vejamos:
Glossário
Franquisque: é um machado de guerra que foi utilizado durante os anos iniciais da
Idade Média pelos francos (Wikipédia).
Cateia: espécie de clava, guarnecida de pregos ou puas (Dicionário Priberam
da Língua Portuguesa).
Nenúfares: é um óleo sobre tela de Claude Monet, pintado no ano de 1904, nos
arredores de Paris. Foi vendido no dia 19 de Junho de 2007 na Sotheby’s, em Londres
a um comprador anónimo por 26 milhões de Euros[1], o terceiro mais alto valor de
sempre de um Monet (Wikipédia).
Marmel: atascadeiro, atoleiro, brejo, charco, lamaceira, lamaçal, lameiro, lodaçal,
pantanal, paul, pântano, tremedal e volutabro (dicionário online de português).
Como gostam de saber de tudo, vocês vão, evidentemente, abrir seus dicionários
e procurar o significado das outras palavras que, por ventura, ainda não saibam sua
significação, não é mesmo?
Mas pensemos... seria mesmo primordial utilizar palavras rebuscadas e quase sem
uso no dia a dia para transmitir emoções com eficácia?
Vejamos parte do romance “O homem da Capadócia” (s/d) , no qual o autor também
narra um combate:
Amanhece. Chacais e abutres acompanham o grande exército, antecipando a chacina
que está por vir. No ar, o cheiro inconfundível do prenúncio de morte invade as narinas
dos soldados, indo alojar-se diretamente em suas almas. À frente de seus homens, como
sempre, o Severo Kartef segue majestoso em seu cavalo branco. As escamas prateadas
de sua armadura brilham sob o sol matutino, formando uma imagem inspiradora para os
soldados. Sentem orgulho de seu rei. Ao seu lado, em um contraste marcante, Razniak
traja suas negras vestes de combatente keltoi e seu semblante duro transmite respeito
e subserviência a seus guerreiros. Eles o temem, mas também sentem segurança em
seguir seu comandante.
Atendendo a um aceno de Razniak, os soldados param e aguardam. A dupla segue por
mais algum tempo, indo parar no alto de um morro, de onde podem ver o acampamento
inimigo, muitos metros abaixo.
[...]
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Linguagem e Argumentação - Nara Sgarbi - UNIGRAN
Ao ouvir seus homens se aproximando, Kartef respira fundo e apruma-se sobre a
montaria. Ninguém deve desconfiar de sua enfermidade.
O severo soberano da Capadócia leva sua espada ao alto, a luz refletindo em sua lâmina
como se empunhasse um pedaço do sol. Razniak retira da sela sua grande maça de
guerra, seu longo e musculoso braço a segurá-la ameaçadoramente. Os olhos negros
do guerreiro brilham e a indiferença em sua face demonstra décadas de combates.
Talvez mais.
Num grito primal, o rei dispara ladeira abaixo em direção aos inimigos. Os soldados
igualmente soltam a fúria de suas almas, cada qual com seu grito particular: uns
vociferam blasfêmias; outros tantos apenas emitem urros feito animais. O tropel de
cavalos e homens torna espessa a poeira que segue em seu encalço.
No acampamento inimigo, o combate é tão breve quanto violento. Os bárbaros tentam
uma reação, mas não são páreo para o exército da Capadócia. Mesmo assim lutam com
bravura até a morte. Testemunhados pelo ardente sol da manhã, guerreiros a cavalo
decepam membros e cabeças a cada giro de suas espadas e machados. Impiedosos,
Razniak esmaga crânios infelizes que se colocam no caminho de sua maça. Elegante em
sua fúria guerreira, Kartef brande sua espada com a habilidade que fez dele o monarca
que é. Os soldados da infantaria formam uma mortífera máquina de guerra, protegidos
por altos escudos e empunhando lanças afiadas.
Como vimos, após essa leitura dos apontamentos feitos por Almeida (2000), depende
muito do autor a escolha das palavras, mas o que lemos nos dois textos apresentados serviu
para reforçar a afirmação de que a fala é uma habilidade e a escrita é outra habilidade, e
mais: não devemos escrever como falamos, certo?
Se são habilidades diferentes pressupomos que fazemos uso determinado de cada
uma de acordo com as situações as quais estamos expostos. Por exemplo:
Geralmente pronunciamos “leiti”, mas ao escrevermos essa palavra, o fazemos assim
“leite”. Quando em um diálogo pronunciamos a pergunta: “Ce tá bem?”, vejam como articulamos
as palavras, ao passo que no texto escrito devemos assim fazer: “Você está bem?”
Poderíamos esmiuçar vários termos técnicos, mas bastam dois para que possamos
compreender as linguagens que temos ao nosso dispor: a linguagem coloquial e a linguagem
formal ou culta, essa obediente às normas gramaticais.
[U6] COMENTÁRIO: Para você saber mais sobre os níveis
da linguagem, acesse este site http://www.youtube.com/wa
tch?v=9VxNyidbTAU&feature=related e assista ao vídeo.
E lembrem-se sempre: uma linguagem (oral e escrita) não é melhor ou pior que
a outra: cada uma tem sua aplicação. Entretanto, elas são eficientes, apenas, quando bem
utilizadas.
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[U7] COMENTÁRIO: Marcuschi possui graduação em Philosophisches Seminar Departamento de Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1968) ,
doutorado em Letras pela Universitat Erlangen-Nurnberg (Friedrich-Alexander) (1976) e pósdoutorado pela Universitat Freiburg (Albert- Ludwigs) (1988). Marcuschi tem experiência na
área de Lingüística , com ênfase em Teoria e Análise Lingüística. Atuando principalmente nos
seguintes temas: Filosofia da Linguagem, Metodologia, Epistemologia, Lógica (Wikipédia).
Para saber mais, Marcushi (2001, p.17) observa:
Oralidade e escrita são práticas e usos da língua com características próprias, mas não
suficientemnte opostas para caracterizar dois sistemas linguísticos em uma dicotomia.
Ambas permitem a construção de textos coesos e coerentes, ambas permitem a
elaboração de raciocínios abstratos e exposições formais e informais e variações
estilísticas, racionais, dialetais e assim por diante. As limitações e os alcances de cada
uma estão dados pelo potencial do meio básico de sua realização: som de um lado e
grafia de outro, embora elas não se limitem a som e grafia ... Para bem utilizarmos a linguagem escrita, ainda mais quando temos a
responsabilidade de estar em um curso superior, devemos ter:
1. conhecimento sobre o assunto;
2. vocabulário;
3. conhecimento das regras gramaticais.
5.1 Conhecimento sobre o assunto
Convido-lhes a fazer uma reflexão acerca da produção de um texto. Vejamos:
Somente produziremos textos de qualidade se, de fato, conhecermos a fundo o assunto
do qual pretendemos dar conta. De nada adianta escolher um assunto bonito, como a “Teoria
das melodias”, se não temos a menor idéia do que se trata, não é mesmo?
Nesse sentido, ao escrever, devemos escolher um tema sobre o qual tenhamos
considerável conhecimento e, ainda assim, se possível, abastecermo-nos do maior número possível
de informações a respeito dele. É melhor escrever de forma simples sobre o que conhecemos do
que rebuscadamente sobre algo que não conhecemos, pois isso nem seria possível, não é mesmo?
Ou ainda, se não escolhemos o tema, mas nos delimitam o tema, temos que buscar informações
e transformá-las em conhecimentos, para, então, podermos dissertar sobre tal assunto.
Estamos entendidos? Ao escreverem, informem-se, sempre, sobre o assunto.
Busquem informações, materiais e leiam muito!
Aprendemos a escrever lendo e escrevendo! Já ouviram isso?
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Pois é a mais pura verdade e vamos repetir por muitas vezes até ficar claro o que essa
mensagem quer dizer. Por que devemos ler? Devemos copiar o trabalho dos outros? Não! Claro
que não! Aliás essa alternativa é perigosa!!
Ler e escrever são habilidades ímpares, mas, ao se unirem, conduzem-nos ao sucesso
da escrituração!
5.2 O vocabulário
A importância da leitura está na forma de aprendizado da arte da escrita e, principalmente,
enriquece nosso vocabulário. Uma das grandes dificuldades do estudante ou profissional, quando
se vê no limiar da “batalha” com o papel, é justamente a ausência de palavras certas para se
expressar. Por não conseguir traduzir em frases o que pensa, o produtor do texto simplesmente
abandona sua atividade e conforma-se dizendo para si: “Não tenho jeito para isso” ou “É difícil
demais”, ou, ainda, “não vou dar conta”.
Não, nada disso! Trata-se, principalmente, de falta de vocabulário, ocasionado por
pouca leitura. E ler não quer dizer ler apenas isso ou aquilo. Leiam jornais, revistas, livros,
embalagens de creme dental, bulas de remédios, tudo. Tudo o que quiserem, pois não há
leitura inútil!.
A leitura deve ser agradável e, aos poucos, o leitor vai aprimorando seu gosto e exigindo
literatura mais rica. É um processo natural e deve ser iniciado com prazer.
Porém, faz-se necessário que a leitura seja hábito, não há como se tornar um bom
leitor e produtor de texto se vez o outra faz a leitura e a escrita! Vejamos:
• Escovar os dentes ........ hábito!
• Banhar-se ..................... hábito!
• Ler ............................... hábito!
• Escrever ....................... hábito!
5.3 Conhecimento das regras gramaticais
Apesar do risco de ouvir protestos indignados, eis o mais simples dos três quesitos
para produzirmos bons textos: o conhecimento das regras gramaticais.
VAMOS LÁ!
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A primeira atitude é ser inteligente, como nos alerta Almeida (2000), e ter ciência dos
próprios limites. Ora, se houver dúvida quanto à grafia de determinada palavra, pesquisem no
dicionário. Há também livros e mais livros sobre pontuação, construção de parágrafos, acentuação,
etc. Também a leitura constante é poderosa aliada no domínio da gramática.
E, por fim, se a dúvida persistir, não hesite sequer por um momento: consulte seu
professor. Não há desculpa, portanto. Mandem e-mail, dirijam-se ao Fórum, ao Quadro de
avisos, ok?
Ufa, acabamos!? Não, ainda não!
Vamos, no item “Retomando a Conversa Inicial”, fazer um breve resumo dos
conteúdos estudados nesta segunda aula!?
Retomando a Conversa Inicial
Chegamos, assim, ao final da segunda aula. Esperamos que agora tenha
ficado mais claro o entendimento de vocês sobre os conhecimentos basilares da
linguagem, da língua e da fala, ou seja, sobre o processo de comunicação.
Seção 1 Linguagem, língua e fala
A linguagem é todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de
comunicação. Pode ser verbal (aquela cujos sinais são as palavras) e não verbal (aquela que
utiliza outros sinais que não as palavras. Os sinais empregados pelos surdos-mudos, o conjunto
dos sinais de trânsito, mímica, etc., constituem tipos de linguagem não verbal).
A língua é um tipo de linguagem; é a única modalidade de linguagem baseada em
palavras. O alemão e o português, por exemplo, são línguas diferentes. No entanto, a língua é a
linguagem verbal utilizada por um grupo de indivíduos que constitui uma comunidade.
A fala é a realização concreta da língua, feita por um indivíduo da comunidade num
determinado momento. É um ato individual que cada membro pode efetuar com o uso da
linguagem.
Seção 2 Níveis de linguagem
Não esqueça que, para cada contexto, situação comunicativa, temos que utilizar uma
linguagem adequada. Uma vez que os níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e
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escrita em uma determinada situação comunicativa. O emissor e o receptor devem estar em
concordância para que haja entendimento.
Seção 3 Linguagem falada
A linguagem falada, também conhecida como coloquial, é a maneira mais comum de
nos expressarmos em nosso dia a dia. Ela é, via de regra, informal, logo sem muita correção
gramatical.
Seção 4
Linguagem não verbal
A linguagem não verbal é toda e qualquer comunicação em que não se usa palavras para
explicar a mensagem desejada, ou seja, é quando fazemos uso de imagens, figuras, desenhos,
símbolos, dança, tom de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como
meio de comunicação etc.
Seção 5 Linguagem escrita
A linguagem escrita só veio a existir muito depois da falada. Ela objetiva reproduzila utilizando-se dos signos (lembra-se do que são?) que compõem nossa língua. Além disso, a
linguagem escrita, quando utilizada com maestria, é capaz de agregar em, seu sentido, várias
das características da linguagem não verbal.
Sugestões de Leituras, Sites e Filmes:
Leituras:
ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas:
Pontes, 1996.
ECO, Umberto; ANGONESE, Antonio (Tradutor). A busca da língua perfeita. Bauru: EDUSC,
2002.
KOCH, Ingedore G. Villaça; TRAVAGLIA, Luiz Carlos (Colaborador). A coerência textual.
Editora Contexto, 2001.
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Sites:
http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0102/05.htm
http://semioticacom102.blogspot.com/2008/10/como-se-definem-os-signos-2-signo.html.
http://www.partes.com.br/ed39/teoriasignosreflexaoed39.htm
http://rosabe.sites.uol.com.br/linguagemcom.htm
http://4pilares.zi-yu.com/?page_id=532
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/redacao/linguagem-verbal-e-nao-verbal.php
OBS: Não esqueçam! Em caso de dúvidas, acessem as ferramentas “fórum” ou
“quadro de avisos” para se comunicar com o(a) professor(a).
Sucesso!!
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