EXPLORAÇÃO NAS PAISAGENS MARCIANAS Hoje, na nossa aula de astronomia, vamos viajar um pouco à descoberta do planeta Marte. O quarto planeta do sistema solar tem o nome do deus romano da guerra, Marte, o que se deve ao facto dos antigos chamarem terras de Marte às terras vermelhas de onde extraíam o ferro para as armas de guerra. Sem o saber, eles tinham razão, porque Marte deve a sua cor às rochas muito ricas em óxido de ferro. Embora o seu interior permaneça misterioso, não obstante as visitas de inúmeras sondas, os cientistas supõem que o núcleo central seja sólido envolto num manto muito denso, circundado por uma crosta muito fina. Marte é 10 vezes menos maciço que a Terra e o seu diâmetro, 6800 km, é praticamente metade do da Terra. Marte possui dois pequenos satélites, Fobos e Deimos, descobertos em 1877. A inclinação de Marte sobre a sua órbita é quase idêntica à da Terra. Para além disso, Marte também tem estações com duração diferente. Ao longo destas estações podemos ver que os picos polares do planeta aumentam e depois diminuem. Hoje sabemos que a variação de cor da superfície deve-se, sobretudo, aos ventos violentos que aí sopram. Depois da lua, Marte é o corpo mais visitado do sistema solar. Claro que nenhum homem pôs o pé no solo de Marte. As sondas que o estudaram de perto ou de longe enviaram-nos a imagem de um imenso deserto de pedras, percorrido por ventos. Por onde será que passou a água????????? A água correu em abundância em Marte no passado, mas de onde veio ela? Os astrónomos pensam que o planeta sofreu um re-aquecimento que expulsou uma grande parte da sua atmosfera. O clima arrefeceu e a água líquida transformou-se em gelo e, depois, em vapor. Mais leve, o hidrogénio contido na água desapareceu primeiro em direcção ao espaço. O outro elemento que compõe a água, o oxigénio, aproveitou para enferrujar o ferro do solo e dar-lhe a sua cor vermelha a Marte. Hoje, a única água visível é a que, em forma de gelo, se encontra nos picos polares do planeta. Mas os astrónomos pensam que grandes quantidades se escondem também, (sempre em forma de gelo), no subsolo marciano. Será que podemos respirar em Marte? Boa pergunta!!!!!!!!!! A atmosfera actual de Marte é 100 vezes menos densa que a da terra. Para encontrar uma pressão semelhante na Terra é necessário subir a 50 km de altitude. Além disso, as estações deste planeta frio e deserto são apenas duas: Verão e Inverno, com temperaturas que variam entre –80 e –40ºC. Mas ela é muito agitada e os ventos soprando a 200 km/h não são raros! Deslocam com eles uma camada muito fina de poeiras e cristais de gelo que corroem muito lentamente o relevo. A atmosfera marciana não contem uma camada de ozono como a existente na atmosfera terrestre, deixando por isso que a superfície do planeta seja atingida por quantidades letais de luz solar ultravioleta. Para nós esta atmosfera não é respirável, porque consiste na sua maioria em gás carbónico, mas poderia ser boa para algumas plantas terrestres de altitude. Já ouviram falar dos grandes vulcões de Marte? Uuuhhhhhhhh parece que não!!!!!! Se Marte sofreu um grande bombardeamento de meteoritos na sua juventude, muitas crateras de impacto foram destruídas pela erosão do vento e actividade vulcânica. Enormes correntes de lava atravessaram a crosta espessa e cobriram de novo as planícies derramando camada após camada para formar vulcões com mais de 25 km de altura e com 200 km de diâmetro. Estes são os maiores de todo o sistema solar! Os gigantescos canais vertiginosos de Marte foram originados quando o solo abateu em algumas regiões, abrindo fendas medonhas, como o canal de Valles Marineris. Esta cavidade de desabamento tem 5 km de profundidade, 200km de largura e estende-se ao longo de 5000 km! Desencadeiam-se aí por vezes verdadeiras avalanches de rochas e as pedras descem tão depressa que as altas partes laterais dos canais só param depois de começarem a subir a parte lateral seguinte, enchendo-o todo de uma camada muito fina de poeira. Há muito tempo que o homem se deixou fascinar pelo planeta Marte. Diversas sondas foram já enviadas para a missão de encontrar novos vestígios desta força da NATUREZA! Ohhhh, que maldito toque!!! Parece que chegamos ao fim da nossa viagem ao planeta Marte, espero que tenham gostado. Adeus. ESCOLA SECUNDÁRIA DE AZAMBUJA Diogo Dias, n.º 11, 10ºB