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COLUNISTA CONVIDADO
NOVA IGUAÇU E O MEIO AMBIENTE
Gilberto Rocha
Aluno do 50 período do curso
de Gestão Ambiental da
FAETERJ Paracambi
A
questão ambiental na Baixada
Fluminense deve ser analisada
como questão social, política
e ambiental, considerando que
estas três esferas são dimensões de
um mesmo problema, ou seja, da falta
de investimentos em saneamento
básico.
A lei 11.445, diz que saneamento
básico é o abastecimento de água
tratada, coleta e tratamento de
esgoto, limpeza urbana, manejo de
resíduos sólidos e drenagem de
águas pluviais.
Nova Iguaçu trata menos de 1% do
volume de esgoto do município, com
consequências danosas para saúde
pública, quando se conhece que para
cada R$ 1,00 investidos em
saneamento evita-se o gasto de R$
5,00 em saúde pública, decorrente de
doenças provocadas pela falta de
saneamento básico.
A falta de percepção da população
carente, residente em bairros sem
urbanização, de maneira geral
manipulada politicamente, não geram
demandas que forcem o poder público
a priorizar gastos em saneamento
básico para atendimento das
população mais pobres da cidade,
criando um círculo vicioso.
da população do Rio de Janeiro.
Não é inteligente primeiro poluir e
depois tratar a água para beber.
Propomos as associações de
moradores, ONGs, movimentos
sociais, escolas, estudantes, a toda
sociedade civil, que se faça um grupo
de trabalho para se construir um
Diagnóstico Ambiental de Nova
Iguaçu, por bairros. Desta forma a
sociedade poderá conhecer as suas
Nova Iguaçu tem imensos reais necessidades de saúde pública
passivos ambientais que se forem e ambientais, sem estar pautada por
atacados podem gerar ganhos outros interesses.
econômicos para a cidade. A Serra de
Madureira poderá se transformar em
um ativo ambiental com a criação de
um Parque aos moldes do Parque
Nacional da Tijuca, criando um Quer participar você
microclima para seu entorno, com também do Boletim do Meio
melhoras do ar atmosférico, Ambiente?
considerado como o pior da região
metropolitana do RJ. Para tanto, a
legislação ambiental dispõe de Escreva sua matéria ou
instrumentos econômicos como o de Coluna e nos envie pela
protetor recebedor e ICMS verde,
visando equacionar o grave e de nossa página do Facebook:
difícil resolução, problema dos
inc êndios pro voc ados por f a c e b o o k . c o m /
rudimentares criadores de animais ,
queima de lixo, e resquícios culturais BoletimMeioAmbiente
de um Brasil antigo.
A lógica do desenvolvimento das
Cidades são determinadas por
grandes investidores, ficando o poder
público à reboque desses interesses,
mercantilizando os serviços de
infraestrutura, forçando o poder
público a atender a setores que
gerem lucros,como o de obras
viá rias , s em objetivos de
des envolvimento s ocia l.
Em Cabuçu, o rio Ipiranga, que
verte para a bacia do rio Guandu, com
suas águas contaminadas por alta
carga de protozoários patógenos,
causadores de surtos infecciosos
relacionados a ingestão de água
contaminada, incluindo a água póstratada, desemboca diretamente no
rio Guandu, próximo a lagoa de
captação da Estação de Tratamento
do Guandu, cuja água abastece 80%
A equipe do BMA
agradece pela
incrível
colaboração do
Gilberto Rocha.
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Colunista Convidado - Nova Iguaçu e o Meio Ambiente