Enquadramento A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, promove, no dia 26 de Setembro, no Museu da Electricidade, em Lisboa, uma conferência e mostra de projectos dedicada ao tema da regeneração urbana e dos seus desafios futuros. Esta sessão pretende promover uma reflexão sobre os programas de regeneração urbana apoiados pelos fundos comunitários (POR Lisboa), o seu impacto no território e nas populações e os seus desafios futuros para a Região de Lisboa. Só pensando o território, com estratégia, organização e perspectiva de futuro é possível construir cidades verdadeiramente qualificadas, competitivas e inclusivas. No âmbito dos Concursos das Parcerias para a Regeneração Urbana, o POR Lisboa apoiou 26 projectos de intervenção sócio-urbanística, alicerçados em Programas de Acção Estratégicos, em áreas de Centros Históricos, Frentes Ribeirinhas e Marítimas, Bairros Críticos e Eco-Bairros, distribuídos por 14 Municípios da Região, com um investimento total elegível de cerca de 185 milhões de euros e uma comparticipação FEDER de 83 milhões de euros. As Parcerias para a Regeneração Urbana têm como objectivo, entre outros, promover a inclusão social, estimular a revitalização sócio-económica dos espaços urbanos, qualificar o ambiente urbano e o património histórico, reforçar a participação dos cidadãos e inovar nas formas de governação urbana, e encontram-se apoiados em parcerias efectivas com os actores locais, regionais e sectoriais. Estes projectos, financiados pelo POR Lisboa, envolvem um investimento global muito elevado e, pela própria natureza das operações, encerram um forte potencial de arrastamento de outros investimentos que estão hoje no centro das políticas urbanas e de dinamização da actividade económica e de geração de emprego. A qualificação dos espaços e equipamentos públicos e a regeneração dos tecidos urbanos em áreas estrategicamente seleccionadas são um motor para a criação de novas dinâmicas de investimento privado e de animação económica e social, mais adequadas às necessidades das famílias e dos agentes empreendedores. Na Área Metropolitana de Lisboa estão em curso 6 programas de regeneração urbana com intervenções em Centros Históricos, nos núcleos de Almada, Lisboa (Mouraria), Mafra, Odivelas, Setúbal e Palmela. Estes projectos incidem sobre a requalificação do espaço público, a reabilitação do património histórico, o reordenamento da mobilidade urbana, o apoio e promoção das actividades económicas e culturais, e a criação de equipamentos sociais de proximidade. Para as Frentes Ribeirinhas e Marítimas, áreas de contacto e proximidade com a água (rio, estuários e mar) que são uma aposta estratégica da regeneração urbana na AML, pela sua qualidade cénica e ambiental e pelo forte poder de atracção de pessoas e de actividades de lazer e de recreação, estão em curso 12 programas de regeneração urbana com intervenções nas frentes ribeirinhas de Almada (Cais do Ginjal), Lisboa (Ribeira das Naus), Seixal (um na Arrentela e outro na Amora), Vila Franca (um na cidade e outro nas freguesias adjacentes), Moita, Barreiro, Alcochete, Montijo e Setúbal, bem como na frente marítima de Sesimbra. Estes projectos têm intervenção na regeneração dos espaços públicos em frente de rio ou mar, na reabilitação de equipamentos de apoio e de proximidade, na promoção de infra-estruturas náuticas, na reconversão e criação de actividades económicas ligadas ao rio, na promoção da cultura estuarina e ribeirinha, no incentivo à prática de desportos náuticos, na preservação dos habitats, etc. Ao nível dos Bairros Críticos estão em curso 7 Programas de regeneração na maioria de habitação social: o Bairro do Zambujal na Amadora; o Bairro Amarelo (Almada Poente) em Almada; a Quinta da Mina no Barreiro; o Vale da Amoreira na Moita; a Bela Vista em Setúbal; o Bairro Padre Cruz em Lisboa; o Vale do Forno e Encosta da Luz em Odivelas. Estes projectos estão a intervir ao nível da regeneração dos espaços públicos, no edificado em tudo o que são partes comuns, na instalação e reabilitação de equipamentos de proximidade, na promoção da inclusão social e do empreendedorismo, no combate à toxicodependência, etc. Quanto aos Eco-Bairros, apenas dois projectos-piloto foram aprovados, um em Lisboa e outro em Vila Franca, mas cujo início está apenas previsto para 2012. Refira-se que este esforço de regeneração destes territórios é não só suportado pelos Municípios, como por outros parceiros locais e sectoriais, dos quais destacamos, o Porto de Lisboa, o IGESPAR, o IHRU, o Instituto de Segurança Social, o IDT, as associações locais (culturais, desportivas, sociais, e religiosas), entre outros. O objectivo deste evento, para além de dar a conhecer os projectos em curso financiados pelos fundos comunitários, pretende promover uma discussão, no actual contexto de contenção do investimento e de crise financeira global, sobre os impactos das intervenções e a sua capacidade de gerar riqueza e emprego e de promover qualidade de vida e a coesão territorial. Pretende, ainda, debater o seu potencial de alavancagem de outros investimentos públicos e privados, nomeadamente no domínio da reabilitação do património habitacional degradado e dar início a uma reflexão sobre o futuro destas intervenções na programação dos fundos comunitários no período pós 2013. Esta sessão conta também com uma mostra de projectos no âmbito dos programas de regeneração urbana das Frentes Ribeirinhas e Marítimas, onde cada Município terá um espaço para divulgar o seu projecto através de filme, fotos e brochuras. C DR L V T Comissão de Coor denação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo