Instituto Politécnico da Guarda
Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Relatório de Estágio
Licenciatura em Animação Sociocultural
CERCIG-Cooperativa de Educação e Reabilitação de
Cidadãos Inadaptados da Guarda
Liliana Sofia Oliveira Saraiva
dezembro de 2013
Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Ficha de Identificação
Nome: Liliana Sofia Oliveira Saraiva
Número de aluno:5007188
Estabelecimento de ensino: Instituto Politécnico da Guarda - Escola Superior de
Educação comunicação e Desporto
Docente Orientador: Maria de Fátima Saraiva da Silva Costa Bento
Local de estágio: Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da
Guarda-CERCIG
Tutor de Estágio: Paula Machado (Licenciada em Serviço Social)
Duração de Estágio: Três Meses
Início a 1de Agosto de 2013
Finalização a 1de Novembro de 2013
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Resumo
O presente relatório tem como objetivo traduzir o estágio académico do final do
curso de ASC, realizado na Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos
Inadaptados da Guarda que teve a duração de três meses.
Ao longo deste percurso, foram várias as atividades desenvolvidas, permitindome adquirir competências e desenvolver capacidades no âmbito da ASC.
Este relatório desenvolve-se em quatro grandes áreas: a primeira menciona a
caracterização da instituição onde decorreu o estágio, a segunda o enquadramento
teórico da ASC e da pessoa com necessidades especiais, a terceira descreve as principais
atividades realizadas, a quarta e ultima área refere-se à descrição detalhada do meu diaa-dia na instituição.
Palavra-chave: Animação Sociocultural (ASC),Pessoa com Necessidades Educativas
Especiais, Qualidade de Vida.
Abstract
The present report aims to translate the academic stage of the end of the course
of ASC held in Cooperative education and rehabilitation of Citizens Misfits of Guarda
which lasted three months.
Along this route there were several activities, allowing me to acquire skills and
develop capabilities within the ASC.
This report develops in four major areas: the first refers to the characterization of
the institution where the training took place, the second theoretical framework of the SA
and the person with special needs, the third describes the main activities carried out, the
fourth and last area refers to the detailed description of my day to day in the institution.
Keyword: Sociocultural Animation (SA), Person with Special Educational Needs,
Quality of Life.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
“Só existem dois dias do ano que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o
outro chama-se amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer
e principalmente viver.” Dalai Lama 1
1
Fonte: kdfrases.com/frase/99196
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Agradecimentos
Quero agradecer ao Instituto Politécnico da Guarda, nomeadamente à Escola
Superior de Educação Comunicação e Desporto pelos recursos que me proporcionou
para eu conseguir concluir a minha Licenciatura em Animação Sociocultural. Não posso
deixar de Referenciar todos os professores que me acompanharam e ajudaram ao longo
destes três anos a concretizar os meus objetivos, o meu bem haja.
Agradeço à minha orientadora de estágio, Drª Maria de Fátima Saraiva da Silva
Costa Bento, pelo apoio que me deu sempre que eu necessitei, principalmente na fase
final, auxiliando-me na realização deste relatório.
A todos os colaboradores da CERCIG pelo apoio e confiança que depositaram
em mim. A todos os clientes porque me deram uma enorme lição de vida, vou guardálos para sempre no meu coração. À minha orientadora na instituição a Drª Paula
Machado o meu muito obrigada pela confiança que depositou em mim por me ter
deixado por em prática as atividades que propus. Não poderia deixar de falar numa
pessoa muito especial, que conheci durante o meu estágio na instituição, a dona Lurdes,
o meu muito obrigado pela amizade e por tudo o que me ensinou.
Devo um enorme e especial agradecimento aos meus pais e namorado, pelo
apoio que me deram quer nos momentos bons e nos momentos maus deste meu
percurso académico, sem eles nada disto poderia ser possível.
Quero também agradecer aos amigos que fiz durante esta etapa da minha vida,
passei com eles muitas alegrias e tristezas, mas acabamos por superar tudo, dando apoio
uns aos outros…
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Índice Geral
Índice de Figuras ............................................................................................................. vi
Índice de Tabelas ........................................................................................................... viii
Glossário de siglas ........................................................................................................... ix
Introdução ......................................................................................................................... 1
Cap. I - A instituição ...................................................................................................... 2
1.1-
Localização Geográfica ................................................................................................. 2
1.2- O que é a CERCIG............................................................................................................. 4
1.3-História da instituição ......................................................................................................... 4
1.4- Objectivos e Valores .......................................................................................................... 6
1.5- Caraterização dos serviços prestados ................................................................................. 7
1.6- Espaços da CERCIG ........................................................................................................ 12
1.7- Caracterização do público-alvo........................................................................................ 13
Cap.II - Enquadramento teórico e metodológico da intervenção ............................ 18
2.1- A animação Sociocultural ................................................................................................ 18
2.2- A Animação sociocultural e a pessoa com necessidades especiais.................................. 20
2.3- O papel do Animador Sociocultural ................................................................................ 21
2.4- O perfil do animador ........................................................................................................ 22
Cap. III - Estágio curricular ........................................................................................ 24
3.1- Enquadramento do processo de intervenção .................................................................... 24
3.2- Objetivos e estratégias ..................................................................................................... 24
3.3- Organização do dia a dia na instituição ........................................................................... 25
3.4- Descrição do processo...................................................................................................... 25
Reflexão final .......................................................................................................................... 31
Referências Bibliográficas ........................................................................................... 33
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Índice de Figuras
Figura nº1- Mapa de Portugal…………………………………...…………………..….2
Figura nº2- Vista panorâmica da cidade da Guarda……………………………….……2
Figura nº3- Concelho da Guarda…………………………………………………..…... 3
Figura nº4- Distrito da Guarda…………………………………………………….……3
Figura.nº5- Novas instalações da CERCIG……………………………………………..5
Figura nº6- Clientes a plantarem arvores na Quinta Pedagógica…………………….. 12
Figura nº7- Trabalhos com a técnica da palha…………………………...……….…...62
Figura nº8- Trabalhos de natal feitos com tecidos…………………………………….62
Figura nº9- Construção de estrelas de natal em jornal…………………………….......62
Figura nº10- Estrela de natal já concluída………………………….……………....…62
Figura nº11- Pintura de pinheiro feito de rolhas de cortiça……………………....…....62
Figura nº12- Pinheiro já com a respetiva decoração…………………………...….......62
Figura nº13- Construção de estrelas de natal com rolos de papel higiénico………......63
Figura nº14- Estrelas de natal já concluídas…………………………………….……..63
Figura nº15- Técnica do balão com lã…………………………………………………63
Figura nº16- Lã já consistente e sem o balão………………………………………….63
Figura nº17- Construção do boneco de neve…………………………………………..63
Figura nº19- Elaboração do cachecol do boneco……………………………………...64
Figura nº20- Boneco de neve terminado………………………………………………64
Figura nº21- Cápsula de café pintada………………………………………………….64
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Figura nº22- Construção de sinos com cápsulas de café……………………………....64
Figura nº23- Pintura de garrafa coberta por papel………………………...…………..64
Figura nº24- Garrafa com a técnica do guardanapo…………………………...……....64
Figura nº25- construção de um jogo de mesa……………………………………...….65
Figura nº26- Atividades na sala de musica ………………………………...…………65
Figura nº27- Construção de estrela…………………………...…………….……...….65
Figura nº28- Estrela concluída encaixadas umas nas outras……………………...…...65
Figura nº29- Passeio pelo centro da Guarda……………………………...……….…..65
Figura nº30- Pintura de flor com as folhas do milho…………………...………….….65
Figura nº31- Quadro feito com folhas secas…………………………………….…….66
Figura nº32- Passeio à Torre de Menagem……………………………………………66
Figura nº33- Estrela em fundo de garrafa…………………………...…………….…..66
Figura nº34- Presépio feito com rolhas de cortiça……………………………...….….66
Figura nº35- Peça de teatro para o natal……………………………………………….66
Figura nº36- Estrela feita com fundo de garrafa……………………..……….……….66
Figura nº37- Chapéu de anos do Licínio……………………………...…………….....67
Figura nº38- Elaboração do pompom do chapéu……………………………...……....67
Figura nº39- Rena feita em rolhas de cortiça……………………………….…..….….67
Figura nº40- Desenho com cotonetes………………………………………………….67
Figura nº41- Trabalho para o Halloween…………………………………...…….…...67
Figura nº42- Bruxa em noz……………………………………………...……….…....67
Figura nº43- Figuras das saídas ao OUT- ………………………….…………..……..68
vii
Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Figura nº44- Figuras das visitas a Valhelhas e Sameiro- ……………………......…....69
Figura nº45- Figuras da visita ao Museu do Côa- …………………………...………..70
Figura nº46- Figuras da visita à Gelgurte- ……………...……………….…….……...71
.
Índice de Tabelas
Tabela nº 1- Principais atividades realizadas no mês de Agosto…………….………...27
Tabela nº 2- Principais atividades realizadas no mês de Setembro…………………....28
Tabela nº3- Principais atividades realizadas no mês de Outubro……………….....29/30
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Glossário de siglas
CERCIG-Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
CAO-Centro de Atividades Ocupacionais
CATL-Centro de Atividades de Tempos Livres
CRI-Centro de Recursos para a Inclusão
CRP-Centro de recuperação Profissional
CRT-Centro de Recursos Terapêuticos
SAD-Serviços de Apoio Domiciliário
UR-Unidades Residenciais
RSI-Rendimento social de inserção.
IM-Idade Mental
IC-Idade Cronológica
T21-Trissomia 21
ASC-Animação Sociocultural
UNESCO-Organização das Naçoes Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
ATL-Atividades de Tempos Livres
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Introdução
O presente relatório de estágio surge como trabalho final, no âmbito da conclusão da
Licenciatura em Animação Sociocultural, da Escola Superior de Educação,
Comunicação e Desporto do instituto Politécnico da Guarda.
Ao longo dos três anos de curso, adquiri ferramentas essenciais para poder
desempenhar um bom papel como Animadora Sociocultural e foi no estágio curricular
que as comecei a colocar em prática. O meu estágio decorreu na Cooperativa de
Educação e Reabilitação de Cidadão Inadaptados da Guarda que me permitiu ter um
contato com um público-alvo realmente muito especial em todos os sentidos da palavra,
durante estes três meses tive a noção de como é um contexto real de trabalho e adquiri
um aperfeiçoamento das minhas competências pessoais e sociais.
Este trabalho estrutura-se em quatro partes. Na primeira descrevo a instituição
onde decorreu o estágio (a sua história, os objetivos e valores que a movem, os serviços
que prestam e a caracterização do público alvo).
Na segunda parte apresento o enquadramento teórico da intervenção referente à
Animação Sociocultural e à pessoa com necessidades especiais.
Na terceira elaboro a descrição das atividades que tiveram maior destaque dentro
da instituição, e traço também um balanço da minha passagem pela instituição.
Na quarta descrevo mais pormenorizadamente o meu dia-a-dia na instituição,
que ilustro com fotografias de algumas atividades.
Termino o relatório com uma análise crítica do estágio e de todo o trabalho que
desenvolvi no quadro deste processo.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Cap. I - A instituição
1.1- Localização Geográfica
A CERCIG-Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da
Guarda, instituição onde eu tive o prazer de realizar o meu estágio, situa-se na cidade da
Guarda (Fig1 e fig2) como refere o próprio nome, e os clientes que a frequentam
residem no concelho (Fig3) e distrito da Guarda (Fig4).A cidade da Guarda é situada no
último contraforte Nordeste da Serra da Estrela, a 1056metros de Altitude, sendo a
cidade mais alta de Portugal (Fig1 e Fig2). Situa-se na região centro de Portugal (Fig1)
e pertence à sub-Região estatística de Beira interior Norte.
Fig.nº1-Mapa de Portugal
Fonte:http:/imagens.google.pt
Fig.nº2-Vista panorâmica da cidade da Guarda
Fonte:http:/imagens.google.pt
É constituída por três freguesias urbanas com 26565 habitantes, inserida no
concelho homólogo com 712,11km2 de área e 42541 habitantes (censos
2011),subdivididas em 55 freguesias. Adão, Albardo, Aldeia do Bispo,Aldeia Viçosa,
Alvendre, Arrifana, Avelãs de Ambom,Benespera,Carvalhal Meão, Casal de Cinza,
Castanheira, Cavadoude, Codesseiro, Corujeira, Faia, Famalicão, Fernão Joanes, Gagos,
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Gonçalo, Gonçalo Bocas, João Antão, Maçainhas, Marmeleiro, Meios, Mizarela, Monte
Margarida, Panóis de cima,Pega, Pêra do Moço,Pêro Soares, Porto da Carne, Pousade,
Ramela, Ribeira dos Carinhos, Rocamondo, Rochoso, Santana da Azinha, São Miguel
da Guarda, São Miguel do Jarmelo, São Pedro do Jarmelo, São Vicente, Sé, Seixo
Amarelo, Sobral da Serra, Trinta, Vale de Estrela, Valhelhas, Vela,Videmonte, Vila
Cortês do Mondego, Vila Fernando, Vila Franca do Deão, Vila Garcia, Vila Soeiro
(Fig3).
Fig.nº3-Concelho da Guarda
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Guarda
O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida
a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por
Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira.
É ainda capital de distrito que tem uma população residente de 173831
habitantes distribuídas por 14 municípios: Aguiar da Beira, Almeida, Celorico da Beira,
Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Meda,
Pinhel, Sabugal, Seia, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa. (Fig4)
Fig.nº4- Distrito da Guarda
Fonte:http./Imagens.google.pt
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
1.2- O que é a CERCIG
A CERCIG é uma cooperativa que consiste em apoiar a participação e a ( re)
integração na vida social e profissional de pessoas mais desfavorecidas, nomeadamente
indivíduos portadores de deficiência e/ou incapacidade, promovendo o exercício pleno
da sua cidadania através de um conjunto integrado de ações e serviços personalizados
de valor.
A CERCIG é uma entidade de referência no âmbito da inclusão social,
proporcionando melhor qualidade de vida aos seus clientes e múltiplas formas de
vivência em comum.
Tem como pretensões o reconhecimento como uma organização inovadora nos
seus mecanismos de gestão e funcionamento, prestadora de serviços de elevada
qualidade aos seus clientes, promovendo o seu poder de decisão e de participação,
contribuindo assim para uma sociedade mais aberta e inclusiva.
1.3-História da instituição
A CERCIG foi estabelecida por escritura no cartório da Guarda dia 21 de Julho
de 1977,como Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada. Abriu a sua escola
de Educação Especial no ano letivo de 1977-1978,recebeu os seus primeiros estudantes
a 14 de Novembro. A instituição encontrava-se no Hospital Sousa Martins.
O número de alunos foi crescendo e estes expressaram novas necessidades que
se converteram em novos desafios. Como adolescentes era necessário que a
aprendizagem fosse mais significativa, que preparasse os utentes para uma vida laboral.
O terreno para a construção que a CERCIG adquiriu na Quinta da Torre a 19 de
Setembro de 1975,com o desejo de construir instalações para os seus clientes, obteve, o
apoio do Governo e dos Ministérios de Educação e do Trabalho, para a criação de
equivalência a requisitos profissionais, em que preparam os alunos com profissionais no
elemento pedagógico da Quinta e em outras atividades.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) verificou que também
era necessário dar formação aos jovens e financiou a construção de oficinas dentro da
Quinta da Torre. Assim nasceu em julho de 1996 o Centro de Reabilitação Profissional
(CRP) da Cooperativa.
Quando concluiu os seus vinte anos de existência a CERCIG publicou um livro
com a sua história, contada e ilustrada por um grupo de clientes, o processo de execução
do livro foi sempre auxiliado por um professor que os acompanhou desde a abertura da
instituição. O livro foi escrito com o intuito de construir novas instalações.
O desejo de se construir umas novas instalações tornou-se real e a CERCIG
comemorou os seus vinte cinco anos já nas novas instalações. Instalações essas com
condições físicas que são mais favoráveis para o desenvolvimento de várias atividades,
que consequentemente permitem um crescimento harmonioso destes jovens.
Fig.nº5-Novas instalações da CERCIG
Fonte:http:/imagens.google.pt
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
1.4- Objectivos e Valores
O principal propósito da CEERCIG é proporcionar uma melhor qualidade de
vida aos seus clientes, trabalhando assim em três áreas fundamentais que são o
desenvolvimento pessoal, o bem-estar social e a inclusão social.
Os objetivos principais são:
-Estimular a autonomia pessoal e social, melhorando assim a qualidade de vida da
pessoa com deficiência intelectual e multideficiência
-Promoção da auto estima e do bem-estar. Fomentar a estimulação do desenvolvimento
intelectual
-Valorização de características individuais e capacidades, através do desenvolvimento
de um conjunto de experiencias e atividades, tendo em conta o seu estado e equilíbrio
psicossocial.
-Promover a inclusão social através de atividades de integração da comunidade,
facilitação, por parte das famílias de apoio, o processo de integração social e de
aceitação.
A cooperativa CERCIG rege o seu funcionamento na base dos seguintes valores:
Respeito pela pessoa- Pautar a nossa conduta por princípios de respeito, cordialidade,
responsabilidade, confiança e transparência com clientes (clientes, colaboradores,
cooperadores, comunidade, estado, outras organizações da sociedade civil, empresários
e comunidade social).
Qualidade e Excelência-Procurar a melhoria contínua da qualidade dos serviços
prestados, tendo em conta as necessidades e expetativas de todos os clientes.
Cooperação-Acrescentar valor através do esforço coletivo e do trabalho em rede,
valorizando a complementaridade, as competências e as realizações individuais em prol
da nossa missão.
Responsabilidade Social- Co- responsabilizar todos os clientes para a construção de
uma sociedade mais justa e inclusiva.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Inovação e Empreendedorismo- Estar aberto à mudança, promovendo o
desenvolvimento de novas ideias nas áreas da reabilitação/habitação, do ambiente e das
tecnologias de informação e comunicação transformando, em permanência, o contexto
onde nos inserimos.
Responsabilidade Ambiental-Contribuir para a melhoria e qualidade do meio
ambiente, sensibilizando e atuando para a eficiência energética, a redução de
desperdícios, a reutilização e o respeito pelos recursos naturais.
A CERCIG recebeu o reconhecimento de qualidade Equass Assurance no
seguimento da autoria realizada a 17 e 18 de Fevereiro de 2011.
O Equass é um Sistema Europeu da qualidade, aprovado e monitorizado pelo
Comité Europeu da Qualidade, concebido e gerido pela EPR - e European Plataform for
Rehabilitation, inspirado nos sistemas de qualidade total e nos modelos de excelência do
desempenho. Para a CERCIG, a certificação obtida, válida por dois anos, é «o
reconhecimento, garantia e certificação da qualidade no âmbito dos serviços sociais
prestados», mas significa também «o comprometimento da instituição com um conjunto
de processos, junto dos clientes, famílias, parceiros, entidades financiadoras e
colaboradores, que garantem os princípios da qualidade e da melhoria contínua». O
reconhecimento Equass resultou de um trabalho desenvolvido pela CERCIG a partir de
Março de 2009, no âmbito Programa Arquimedes e desenvolvido por uma equipa de
consultores da I-Zone e Afid.
1.5- Caraterização dos serviços prestados
CAO- Centro de Atividades Ocupacionais
Este centro foi formado em 1991 e está delineado para oferecer atividades às
crianças com necessidades educativas especiais (NEE). Tem acesso a esta resposta
social todos os alunos matriculados em escolas de ensino regular, residentes na Região
da Guarda
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Pretende assim oferecer a cada criança uma oportunidade de integração na
sociedade, criando um ambiente propício para o seu desenvolvimento pessoal,
melhorando a sua qualidade de vida.
Fazem parte da equipa do CAO:
Psicólogos,
Assistentes sociais
Técnicos de Reabilitação e Psicomotricidade
Terapeutas
Educadores
Monitores de Atividades Ocupacionais
Objetivos:
Desenvolver todas as capacidades dos utentes apesar do grau de incapacidade destes
Promover a auto- estima e o bem-estar
Melhorar a qualidade de vida do utente
Garantir a manutenção e a estimulação da autonomia pessoal e social
Fortalecer e estimular o desenvolvimento intelectual e aprendizagem funcional
Promover os direitos de cidadania perante o utente
Promoção da integração social através de atividades de inclusão
Promover a participação da família, na vida ativa do utente, sendo esta
fundamentalmente para o desenvolvimento da criança
Promover o desenvolvimento de atividades socialmente úteis
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CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Centro de atividades de Tempos Livres
O centro de atividades de tempos livres (CATL),é uma resposta para a
necessidade por parte dos pais de ocuparem os seus filhos após a saída da escola, é vista
como um complemento educativo que deverá reforçar o processo de socialização da
criança e das suas aprendizagens a par da escola.
As aprendizagens têm de ser feitas de uma forma agradável e lúdica,
promovendo a imaginação e a criatividade da criança. É preciso estar com eles, saber
escutar as suas experiencias e os seus sonhos, tentar minimizar as suas preocupações e
problemas.
A mais-valia do CATL é o de possibilitar à criança um entretenimento
voluntário do tempo de lazer e sobretudo uma oportunidade de experimentar, criar,
expressar, auxiliando assim o seu desenvolvimento, em estreita união com a família e
comunidade.
No CATL as crianças aprendem e divertem-se, desenvolvendo e participando em
diversas atividades, entre as quais: pintura, desenho, culinária, musica, jogos,
tecelagem, brincadeiras…
Centro de Recursos para a Inclusão
O centro de recursos para a Inclusão (CRI) tem como objetivo geral, apoiar a
inclusão das crianças e jovens com deficiências e incapacidades, em parceria com as
estruturas da comunidade, no que se prende com o acesso ao ensino, à formação, ao
trabalho, ao lazer, à participação social, e à vida autónoma, promovendo o máximo
potencial de cada indivíduo.
O CRI tem como objetivos específicos:
-Auxiliar a elaboração, a execução e a monitorização de programas educativos
individuais
-Desenvolver e disseminar materiais de trabalho de apoio às práticas docentes, nos
domínios da avaliação e da intervenção
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-Consciencializar a comunidade educativa para a inclusão de pessoas com deficiências
-Promover os níveis de qualificação escolar e profissional, apoiando as escolas e os
alunos
-Promover a participação social e a vida autónoma
-Promover ações de apoio à família
-Apoiar o processo de avaliação das situações de capacidade por referência à
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF).
Intervenção Precoce
A intervenção Precoce (IP) está dirigida a crianças entre os 0 e 6 anos e é
essencial para que estas, consigam ultrapassar as suas progressivas etapas de
desenvolvimento, da forma mais adequada possível.
Centro de Recursos Terapêuticos
O centro de Recursos Terapêuticos (CRT) é um sistema transversal às respostas
existentes que desenvolve sessões terapêuticas em várias áreas, tais como:
Terapia da fala
Fisioterapia
Terapia ocupacional
Hidroterapia
Psicomotricidade
Público-alvo: Clientes das diferentes respostas da CERCIG
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CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
O objetivo principal deste serviço é o resultado da combinação das diferentes
áreas com o fim de melhorar a reabilitação/ funcionalidade de cada cliente, tendo em
conta as suas necessidades
Centro de Reabilitação Profissional
Tem por missão fomentar respostas adequadas às pessoas com deficiências e
inaptidões, no domínio da reabilitação profissional, potenciando a empregabilidade e o
exercício pleno de cidadania, o CRPC define como objetivos operacionais:
Promover ações de formação profissional contínua e ações de Apoio à
Colocação, com vista à manutenção, progressão e / ou reconversão profissional de
forma individualizada
Desenvolver estratégias de transição para a vida ativa
Assegurar o acompanhamento pós-colocação no sentido de potenciar a
empregabilidade das pessoas com deficiências e incapacidades
Promover ações de formação profissional inicial, enquanto via facilitadora de
processos de inserção, através de programas individualizados
Desenvolver ações que potenciem a aprendizagem ao longo da vida deste
público específico
Promover, em articulação estreita com o centro Novas Oportunidades da
Arrábida, ações de reconhecimento, validação e certificação de competências para
pessoas com deficiência mental
Centro de Recursos Locais
E uma entidade de reabilitação credenciada pelo Instituto de Emprego e
Formação Profissional, que se destina a apoiar pessoas com deficiência na tomada de
decisão vocacionais profissionais adequadas, facultando-lhes os meios, informação e
apoios considerados indispensáveis à definição do seu projeto de vida
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Serviços de Apoio Domiciliário
O (SAD) Serviço de Apoio Domiciliário é uma resposta social que consiste na
prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio ou na organização
às pessoas e suas famílias, quando por motivo de doença ou outro impedimento, não
possam assegurar temporária ou permanentemente a satisfação das necessidades básicas
ou atividades do quotidiano
Tem como principais objetivos:
-Potenciar a autonomia pessoal e social dos clientes
-Prestar cuidados de ordem física e psicossocial aos clientes e seus familiares
-Cooperar para um progresso na qualidade de vida dos clientes e seus familiares
-Proporcionar apoio estrutural e emocional às famílias dos clientes
1.6- Espaços da CERCIG
Unidades Residenciais -As unidades residenciais (UR) são a resposta residencial a
jovens e particularmente adultos, em que os suportes familiares vão desaparecendo ou
ficando disfuncionais, para poderem apoiar de forma efetiva e integral esta população
especial.
Quinta Pedagógica -A quinta é um equipamento social e pedagógico em que são
desenvolvidas atividades de produção agrícola e pecuária.
A CERCIG tem também um protocolo RSI que corresponde a indivíduos e
famílias na pobreza e na exclusão social.
Fig.nº6-Clientes na Quinta Pedagógica
Fonte:http:/imagens.google.pt
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Centro Equestre- O centro Equestre desenvolve sessões de equitação para fins
terapêuticos. Existem também sessões de equino terapia, equitação terapêutica e
equitação adaptada, tendo em conta os objetivos terapêuticos que cada cliente necessita.
1.7- Caracterização do público-alvo
A CERCIG tem 46 clientes, sendo que não existe uma grande disparidade entre
os sexos dos clientes, assinalando-se uma maioria de presenças masculinas. A idade
mínima para ser cliente da instituição é de 16 anos, no entanto não à qualquer limite
máximo de idade. Tem 53 anos o cliente com mais idade da instituição. Em relação às
patologias que caracterizam os clientes desta instituição, encontramos:
Deficiências Mentais (Profundas, graves moderadas e leves).-existem 28clientes
com esta patologia.
-Autismo-existem 4 clientes com esta patologia.
-Trissomia 21-existem 6 clientes com esta patologia
-Deficiência Motora existem 3 clientes com esta patologia
-Síndrome Cri-Du-Chat ( Grito do Gato) existe 1 cliente com esta patologia
-Paralisia cerebrais- existem 2 clientes com esta patologia
-Deficiência Auditiva -existe 1 cliente com esta patologia
-Síndrome de Mioclonia- existe 1 cliente com esta patologia
A Deficiência Mental é a designação que caracteriza os problemas que ocorrem
no cérebro e levam a um baixo rendimento, mas que não afetam outras regiões ou áreas
cerebrais. Pode ser considerado deficiente mental, todas as pessoas que tenham um QI
abaixo de 70 e cujos sintomas tenham aparecido antes dos dezoito anos considera-se
que tem deficiência mental .
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Segundo a vertente pedagógica, o deficiente mental será o indivíduo que tem
uma maior ou menor dificuldade em seguir o processo regular de aprendizagem e que
por isso tem necessidades educativas especiais.
Em relação ao grau de deficiência mental embora existam diferentes correntes
para determinar o grau de deficiência mental, são as técnicas psicométricas que mais se
impõem, utilizando o QI para a classificação desse grau. O conceito de QI foi
introduzido por Stern e é o resultado da multiplicação por cem do quociente obtido pela
divisão da IM (idade mental) pela IC(idade cronológica ).Segundo a OMS,a deficiência
divide-se:
Profunda:
-Grandes problemas sensório-motor e de comunicação, bem como de comunicação com
o meio;
-São dependentes dos outros em quase todas as funções e atividades, pois os seus
handicaps físicos e intelectuais são gravíssimos;
-Excecionalmente terão autonomia para se deslocar e responder a treinos simples de
autoajuda.
Grave/ severa:
-Necessitam de proteção e ajuda, pois o seu nível de autonomia é muito pobre;
-Apresentam muitos problemas psicomotores;
-A sua linguagem verbal é muito deficitária-comunicação primária;
-Podem ser treinados em algumas atividades de vida diária básicas.
Moderada/média:
-São capazes de adquirir hábitos de autonomia pessoal e social;
-Podem aprender a comunicar pela linguagem oral, mas apresentam dificuldades na
expressão e compreensão oral;
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
-Apresentam um desenvolvimento motor aceitável e tem capacidades para adquirir
alguns conhecimentos pré-tecnológicos básicos que lhes permitem realizar algum
trabalho.
Leve/ligeira:
-São educáveis;
-Podem chegar a realizar tarefas mais complexas;
-A sua aprendizagem é mais lenta, mas podem permanecer em classes comuns embora
precisem de um acompanhamento especial;
-Podem desenvolver aprendizagens sociais e de comunicação e têm capacidade para se
adaptar e integrar no mundo laboral.
O Autismo é uma perturbação devido à qual as crianças pequenas são incapazes
de estabelecer relações sociais normais, comportam-se de maneira compulsiva e ritual e,
em geral, não desenvolvem uma inteligência normal. Os indícios do autismo aparecem
no primeiro ano de vida, mas sempre antes dos 3 anos. A perturbação é de duas a quatro
vezes mais frequente no sexo masculino do que no feminino.
A Trissomia 21 é uma alteração genética, que ocorre durante a divisão das
células do embrião. O indivíduo com T 21 possui 47 cromossomas (e não 46), sendo o
cromossoma extra ligado ao par 21.
Intimamente ligada a um excesso de material cromossómico, tem nítida relação
com a idade dos pais. Quanto mais idosos eles forem maior a probabilidade de terem
um filho com T21, que vem necessariamente associada a uma hipotonia, a redução do
tônus muscular e não está vinculada a consanguinidade, isto é, laços de parentesco entre
os pais.
A pessoa com T21 quando adolescentes e adulta tem uma vida semiindependente. Embora possa não atingir níveis avançados de escolaridade, pode
trabalhar em diversas outras funções, de acordo com o seu nível intelectual. Pode ter a
sua vida social como outra pessoa qualquer, trabalhar, praticar desporto, frequentar
festas…
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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Não se conhecem casos de homens com T21 que tenham conseguido reproduzir.
As mulheres têm menstruação e podem engravidar. A gravidez é, no entanto
desaconselhada, porque a mãe terá dificuldade em cuidar da criança adequadamente.
A deficiência Motora é uma disfunção física ou motora, a qual poderá ser de
caracter cognitivo ou adquirido. Desta forma, esta disfunção irá afetar o individuo, no
que diz respeito à mobilidade, à coordenação motora ou à fala. Este tipo de deficiência
pode ocorrer de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas e ainda de mal
formação.
A Síndrome Cri-Du-Chat (Grito do Gato) é uma doença genética, causada por
uma alteração no cromossomo 5.A doença tem esse nome porque o choro da criança ao
nascer parece com o miado de um gato. Os bebés que nascem com a síndrome do grito
do gato apresentam atraso no desenvolvimento, atraso mental, estatura baixa, queixo
pequeno, dentes projetados para a frente, mandíbula pequena, orelhas com aspeto
grosseiro, dedos longos e refluxo gástrico.
A Paralisia cerebral define um conjunto de lesões permanentes no cérebro que
ocorrem no período pré-natal, peri-natal ou pós natal, ou seja, antes, durante ou após o
nascimento. Pode ocorrer também alterações mentais, visuais, auditivas, de linguagem
e/ou comportamento com movimentos ativos intermitentes. As lesões cerebrais variam
conforme a área afetada, o tempo de lesão e intensidade da mesma, porém neste tipo de
encefalopatia a lesão não é progressiva.
A Deficiência auditiva é a perda parcial ou total da audição causada por máformação (causa genética),lesão na orelha ou nas estruturas que compões o aparelho
auditivo.
A deficiência auditiva moderada é a incapacidade de ouvir sons com intensidade
menor que 50 decibéis e costuma ser compensada com ajuda de aparelhos e
acompanhamento terapêutico. Num grau mais avançado, como na perda auditiva severa
(quando a pessoa não consegue ouvir sons abaixo dos 80 decibéis em média) e profunda
(quando não ouve sons emitidos com intensidade menor que 91 decibéis). Perdas
auditivas acima desses níveis são consideradas casos de surdez total. Quanto mais
agudo o grau de deficiência auditiva, maior a dificuldade de aquisição da língua oral
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Em relação à Síndrome Mioclonia são contrações repentinas, incontroláveis e
involuntárias de um músculo ou grupo de músculos. Os puxões mioclônicos geralmente
resultam de contrações musculares repentinas chamadas mioclonia positiva ou de um
relaxamento muscular chamado mioclonia negativa. As sacudidas mioclôcicas podem
ocorrer sozinhas ou em sequência, com ou sem padrão determinado. As causas desta
síndrome podem ser diversas, como reação a uma infeção, lesão na cabeça ou na medula
espinhal, tumores cerebrais, falha renal ou hepática, envenenamento químico ou por
drogas.
Tipos de mioclonia:
O mioclonismo de ação caracteriza-se por sacudidas musculares provocadas ou
intensificadas voluntários ou pela intenção de se movimentar
Acredita-se que o mioclonismo de reflexo cortical é um tipo de epilepsia que se origina
no tronco encefálico. Nele as contrações envolvem alguns músculos que envolvem
apenas uma parte do corpo, mas também podem ocorrer contrações que envolvem
muitos músculos.
O mioclonismo noturno ocorre durante as fases iniciais do sono. Em alguns este pode
ser um sintoma da Síndrome das pernas inquietas.
O mioclonismo epilético progressivo é um grupo de doenças caracterizadas por
contrações mioclônicas, convulsões epiléticas e outros sintomas como dificuldade em
caminhar e falar. Estes sintomas raros pioram com o tempo e podem ser fatais. Outros
tipos de mioclonismo epilético progressivo inclui movimentos mioclônico, problemas
visuais, demência e distonia, convulsões, dificuldade em caminhar e manter o
equilíbrio.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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Cap.II - Enquadramento teórico e metodológico da intervenção
2.1- A animação Sociocultural
A evolução, valorização e reconhecimento da animação Sociocultural em
Portugal, na Europa e no mundo são realidades cada vez mais visíveis e definidas. A
palavra animação deriva do latim “anima, que significa animar, dar vida, ânimo, Valor
e energia (Jardim, 2002). O termo cultura deriva de "Colore" o ato de cultivar a terra,
de honrar, render culto, tributo, em especial aos deuses (Ander-Egg, 2003:18).
Para Trilla, Cultura é o modo complexo que inclui conhecimentos, convicções,
arte, leis, moral, costumes e qualquer outra capacidade e hábitos adquiridos pelo
homem na qualidade de membro de uma sociedade, pelo que pensar em cultura é
pensar em tudo quanto é passível de adquirir através da aprendizagem (2004:20).
Por outro lado, Certau refere que, Para que haja verdadeiramente cultura, não
basta ser autor de práticas sociais; é preciso que essas práticas sociais tenham
significado para aquele que as realiza (…), pois cultura não consiste em receber, mas
em realizar o acto pelo qual cada um "marca" aquilo que outros lhe dão para viver e
pensar (1995:141).
Segundo Ouellet,” a cultura passa por uma maior e diversa capacidade de
comunicação entre povos de diferentes culturas promovendo a participação na
interação social, com a finalidade de criar identidades e através desta potenciar o
reconhecimento da pertença comum à humanidade” (1991:141-142).
Não há uma data precisa para o aparecimento da Animação Sociocultural, em
Portugal e no resto da Europa, há sim uma época que a começa a determinar, a
Revolução Industrial “A Animação Sociocultural surge a par da Revolução Industrial,
com as transformações que daí derivaram” (Canário, 2000). A rapidez com que se
deram todas essas mudanças dificultou a adaptação da sociedade às novas exigências,
realidades e problemas, pelo que se criaram as condições necessárias para o
aparecimento e implementação da animação sociocultural.
Assim, a animação sociocultural abarca diferentes públicos-alvo, está presente
em áreas de atividades muito diversas e conta com um conjunto de instituições
especializadas
com
técnicos
em
acelerado
processo
de
profissionalização.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
(Canário,2000) Não existe uma, mas sim varias definições de animação sociocultural,
pelo que se torna compreensível o carácter fluido deste campo.
De acordo com a UNESCO (in Ander-Egg,2001), “a Animação Sociocultural é
um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem
como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e
na dinâmica global da vida sociopolítica em que estão integrados. É um processo
deliberado e constante destinado a estimular as pessoas e os grupos. E também a
aquisição da competência necessária para que os grupos (comunidades),sejam agentes
e não meros espetadores passivos.”
Como já foi referido anteriormente, a ASC está presente em áreas de atividade
diferentes, isto é, tem três grandes dimensões: a cultural, a social e a educativa.
A cultura é um dos conceitos fundamentais subjacentes ao de Animação
Sociocultural. A ideia de cultura expressa por Tyler (in Quintas e Sanchez, 1995: 14) é a
que interessa à animação sociocultural. Para ele à cultura corresponde "aquele conjunto
complexo que abarca os conhecimentos, as crenças, a arte, o direito, a moral, os
costumes e os demais hábitos e aptidões que o homem adquire enquanto membro da
sociedade". A cultura é tudo aquilo que se transmite socialmente.
A dimensão social da animação sociocultural revela-se sempre que esta se centra
num coletivo, grupo ou comunidade. Surgiu para ajudar os indivíduos a adaptarem-se à
nova comunidade e prevenir fenómenos de inadaptação excessiva, trabalhando sempre
com o objetivo de desenvolver a comunidade a partir da sua participação ativa.
Este desenvolvimento comunitário potencia a estabilidade e igualdade de oportunidades
para todos os elementos da comunidade a nível económico, social, educativo, cultural e
político.
Na dimensão educativa é pertinente olhar para este processo educativo a três
níveis: formal, não formal e informal.
A educação formal trata-se de uma atividade organizada e sistemática que ocorre
frequentemente em instituições educativas formais como as escolas e as universidades.
A educação não formal refere-se às atividades organizadas, sistemáticas mas que
ocorrem fora do sistema formal.
A educação informal corresponde a um processo educativo não organizado que
decorre ao longo da vida dos indivíduos.
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Segundo Canário (2000) a animação sociocultural situa-se a um nível informal.
No entanto, Bernet (2004) situa normalmente a animação no nível não formal. De facto,
a animação pode englobar contextos potencialmente educativos e criar momentos
educativos não intencionais, mas o trabalho dos animadores é geralmente organizado e
intencional, sobretudo nos projetos de intervenção
2.2- A Animação sociocultural e a pessoa com necessidades especiais
A Animação Sociocultural é uma prática integral e integradora que tem como
finalidade a criação de estruturas sociais solidárias e sustentáveis. Assente sobre os
princípios do respeito pelas individualidades, a identificação comunitária, a
comunicação interativa e a participação de todos e cada um dos indivíduos nos
processos da vida coletiva, a animação carateriza-se por ser uma dinâmica social e
cultural inclusiva, na qual as diferentes individualidades interagem com vista a criar
processos de inclusão social baseados no respeito mútuo, na tolerância e na integração
das diferentes individualidades nos processos coletivos da vida quotidiana.
Como diz Eladio Reyes na curta-metragem “ A Luz dos Sentidos”, a diferença
entre um visual e um invisual é bem pequena, apenas um sentido a menos. Se no caso
das diferenças, estas não são assim tão significativas como parecem, são os
preconceitos, estereótipos e atitudes individuais e coletivas que estabelecem as
diferenças e as fendas sociais.
A Animação Sociocultural tem como função fazer interagir as diferentes
individualidades para, com o desenvolvimento de todas as potencialidades, construir um
tecido social comunitário baseado numa cultura assente na diversidade e na inclusão
social. Como afirma Lopes Melero (1997), “uma cultura nos princípios de respeito
perante as individualidades, tolerância e desenvolvimento de uma autonomia individual
e moral superadora dos processos e das dinâmicas de dependência e da exclusão
social”.
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2.3- O papel do Animador Sociocultural
O animador sociocultural é um mediador ao serviço da população pois
desenvolve o desejo e necessidade de participação social através da intervenção e do
progresso de projetos e programas que fortificam e proporcionam apoio a indivíduos
com necessidades especiais, grupos, instituições e comunidades, no âmbito social,
cultural e educativo.
Segundo Martins (1995) ” O Animador sociocultural é o agente que põe em
funcionamento, que facilita e dá continuidade à aplicação dos processos de animação.
Este dinamizador da mobilidade social está ao serviço de uma instituição pública ou
privada de caracter administrativo ou associativo e de modo voluntario ou profissional,
promove a intervenção sociocultural na comunidade em que atua. O seu trabalho
técnico apoia-se na relação pessoal com os destinatários, a sua integração no grupo e
o de facilitar nele os processos de coesão, vivencias ou experiencias e tomar posições
ativas sobre o meio em que se realiza a animação”.
Para Annder-Egg (1989) ” O animador é aquele que tem o papel de realizar
tarefas e atividades de animação. Pessoa capaz de estimular a participação ativa de
gente e insuflar um maior dinamismo sociocultural, tanto no individual como no
coletivo.
Atua como um catalisador que desencadeia e anima processos, cujo
protagonismo se procura que corresponda fundamentalmente em iniciativas da mesma
gente”.
Ser animador é ter um papel social a desempenhar, pois a sua função é
estabilizar o funcionamento das relações entre indivíduos, assim como entre indivíduos
e a sociedade, e ainda procurar um acesso à cultura para os indivíduos que não tem por
hábito comunicar com os objetos ou coisas, trabalhando ao nível da criação e da
formação.
O Animador tem também o papel de promover e desenvolver, fora do panorama
escolar, atividades com objetivas educativas (recreativas, culturais e desportivas). Estas
atividades têm como principal objetivo uma educação global e permanente que podem
ser dirigidas a pessoas com deficiência. O papel do Animador em especial no grupo de
pessoas portadoras de deficiência, assemelha-se ao de um educador e de um agente
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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social e tem como objetivo favorecer a comunicação individual e coletiva por forma a
melhorar a sua qualidade de vida, devendo assim:
-Ler interpretar diagnósticos da comunidade e relatórios psicológicos e sociais dos
clientes/sujeitos de ação, ou programas de animação identificando as principais áreas de
intervenção
-Observar, através de instrumentos vários, a comunidade, o grupo e o individuo de
forma a realizar o seu diagnóstico social e identificar as suas carências, necessidades e
potencialidades
-Saber identificar as necessidades e motivações individuais e do grupo
-Incentivar os clientes a organizar a sua vida no seu meio envolvente e a integrar-se na
sociedade
-Sensibilizar e envolver a comunidade no acompanhamento deste tipo de grupos (pessoa
com necessidades especiais) por forma a fomentar a sua integração
-Envolver as famílias nas atividades desenvolvidas fomentando a sua participação
-Despistar situações de risco encaminhando-as para equipas especializadas
2.4- O perfil do animador
Afigura do animador desempenha um papel central no método da animação. É
ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do grupo através do uso dos
instrumentos que dinamizam as pessoas envolvidas por este método.
“Animar-se, antes de pretender animar qualquer ambiente ou situação, é um
grande desafio para o Animador sociocultural. Entusiasmar-se coma a vida para
tornar-se autoconfiante do seu papel na sociedade. A tarefa de despertar o entusiasmo,
de criar um ambiente harmonioso, pleno de vida, começa por si mesmo. É preciso
confiar na vida, na sua generosidade.” (Cavalcanti, 2007: 11)
Como é evidenciado na citação de (Cavalcanti,2007:11), o Animador
Sociocultural para animar alguém tem de ser ele próprio uma pessoa animada, segura
das suas capacidades, pois reflete-se imediatamente no seu trabalho, na interação com
os sujeitos.
Este profissional em quanto trabalhador social em comunicação interativa com a
realidade, tem de apresentar um conjunto de competências que o conduza aos seu
objetivos, pois só assim se pode realizar um trabalho de animação com sucesso em
consonância com os problemas, necessidades e desejos do seu grupo. Segundo Martins
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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(1995) ”o animador sociocultural é aquele que põe em funcionamento, que facilita e dá
continuidade à aplicação dos processos de animação. Este dinamizador de modalidade
social está ao serviço de uma instituição pública ou privada de caracter administrativo
ou associativo e de modo voluntário ou profissional, promove a interação sociocultural
da comunidade em que atua. O seu trabalho técnico apoia-se na realização pessoal
com os destinatários, a sua integração no grupo e o de facilitar nele os processos de
coesão, vivências ou experiencias e tomar posições ativas sobre o meio que realiza a
animação.”
O animador sociocultural deve sentir-se com parte integrante do grupo, pois só
assim poderá conhecer os problemas e necessidades do mesmo, para mais facilmente
atuar em benefício desse mesmo grupo. Deve respeitar o grupo, as suas características e
opções, deve ser discreto. Mas para isso o animador tem de gostar daquilo que faz, e
adequar o seu modo de falar e de estar de acordo com as caracte do grupo em questão.,
para não criar constrangimentos e um afastamento. Deve ser um líder democrático que
consiga medir conflitos, ter a capacidade de tomar decisões e fomentar o diálogo com a
intenção de “proporcionar assessoria técnica para que o grupo ou o coletivo encontre
respostas às suas necessidades e problemas, e se capacite para organizar e conduzir as
suas próprias atividades.”(Ander-Egg. 1999: 12).Para que o grupo consiga ser
autónomo.
O animador sociocultural deve estar permanentemente em aprendizagem ao
longo da sua vida, fazendo uma auto e hétero avaliação, para que aprenda com os seus
erros e cresça pessoal e profissionalmente com as experiencias positivas e negativas,
pois nem sempre é fácil ser objetivo, compreender as pessoas que o rodeiam bem como
o seu mundo interior e conjeturar interesses. Segundo FERREIRA (1999) ”aprender
não se circunscreve a uma etapa da vida, nem se limita a um determinado conteúdo ou
espaço. Aprendemos em todas as circunstâncias, em todas as idades, em todos os locais
e com todas as pessoas que tenham a capacidade de comunicar uma mensagem ou de
exercer alguma influência sobre nós: família, amigos, vizinhos, colegas …Aprende-se
vivendo e vive-se aprendendo” (p.80).
O animador sociocultural deve ter a capacidade de improvisar, não desistir,
procurar sempre soluções para os contratempos que lhe vão surgindo aliando-se ao
conhecimento técnico que possui, por forma a conseguir ajudar as pessoas, a ultrapassar
as suas dificuldades e integrarem-se na sociedade que as rodeia.
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Cap. III - Estágio curricular
3.1- Enquadramento do processo de intervenção
A Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
foi a minha escolha para realizar o meu estágio curricular, porque enquanto Animadora
Sociocultural sempre tive muito interesse em trabalhar com pessoas com necessidades
educativas especiais. Mas devo confessar que os primeiros dias foram muito difíceis
para mim, para além de não ter nenhuma experiência profissional, trabalhar com este
público requer um grande “estofo” intelectual e até mesmo físico. No entanto com o
passar do tempo fui interagindo com eles e quando dei por mim estava adorar, adorar a
ligação que criei com eles, eles são mesmo muito especiais. Essa interação, o
conhecimento de cada um deles é que me permitiu fazer um diagnóstico por forma a
enquadrar a informação que eu adquiri ao longo destes três anos de curso em atividades
mais adequadas para o público em questão.
3.2- Objetivos e estratégias
Conhecer o grupo alvo, todas as suas características bem como todo o seu meio
envolvente, de maneira a que as atividades realizadas pudessem ir ao encontro das
necessidades, gostos e capacidades de reação.
Assim as minhas estratégias passaram por realizar atividades de:
Expressão plástica
Expressão dramática
Expressão musical
Atividades lúdico pedagógicas tais como:
Jogos didáticos, em grupo ou individuais (Jogos de mesa)
Atividades desportivas
Diálogos informais (conversas do dia a dia que lhes são familiares)
Leitura comunicacional
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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Passeios…
Estas atividades pretenderam fomentar a motricidade global e fina, o
desenvolvimento cognitivo e aquisição de técnicas expressivas, a comunicação recetiva
e expressiva, bem como a capacidade de auto ajuda, auto estima, confiança e interação
com a sociedade
3.3- Organização do dia a dia na instituição
9:00h- Acolhimento na sala
Planificação das atividades com os clientes (explicação pormenorizada e linguagem
simples sobre as atividades)
Desenvolvimento das atividades e projetos
10:30h- Pausa para recreio
11:00h- Continuação das atividades propostas anteriormente
12:10h- Almoço dos clientes
13:00h- Minha hora de almoço
14:00h- Reinicio ou início de novas atividades
Diálogo/balanço em grupo sobre as atividades desenvolvida
15:45- Lanche
16:00- Apoio no salão, onde todos os clientes se juntam à espera da partida das
carrinhas e do autocarro.
16:30- Apoio ao ATL (ficam no ATL aqueles clientes cujos pais os vem buscar mais
tarde, quer sejam clientes da instituição quer sejam clientes que estão no ensino regular
e que vêm só para a CERCIG ao final do dia).
17:00- Saída da instituição
3.4- Descrição do processo
O meu estágio iniciou-se dia 1 de Agosto de 2013 na CERRCIG e terminou dia
1 de Novembro do presente ano. No entanto, nos dias 13 e 28 de Novembro regressei à
instituição para acompanhar os clientes a duas visitas organizadas por mim. Durante
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esses três meses realizei atividades propostas por mim e dei continuidade a outras já
existentes, colocando em prática a matéria dada ao longo destes três anos de curso.
Mês de Agosto
A primeira semana foi de conhecimento das instalações, dos auxiliares e
principalmente dos clientes Foi uma fase de adaptação, em que o primeiro dia estive
prestes a desistir pois foi difícil pra mim lidar com aquela realidade. Vi deficiências que
eu desconhecia que existiam. Entrei num mês em que muitos dos clientes estavam de
férias, e a instituição pelo que os funcionários diziam, estava um bocadinho “murcha”
pois muitos dos que ficaram na instituição eram os que tinham deficiências mais
profundas. No entanto a partir do segundo dia tudo mudou para mim, comecei a
interagir com eles, a conhece-los melhor a saber o nome de todos e eles começaram a
ver em mim uma amiga, com quem podiam desabafar os seus problemas Os clientes
estavam divididos em 7 grupos, grupos esses com diferentes graus de deficiência,
contudo no mês de Agosto só estavam formados 3 a 4 Grupos. Passei por todas as salas
para conhecer a realidade de cada grupo, por exemplo o grupo dos autistas tinha aquelas
atividades repetidas, todos os dias faziam o mesmo.
Durante todo o mês fiz várias atividades com os grupos mais capacitados que
podiam participar em atividades ao ar livre, uma vez que era verão e eles adoravam
quando se saia da instituição. Fiz também atividades de expressão plástica, trabalhos
simples porque os clientes que estavam tinham bastantes dificuldades e fomos várias
vezes para o ginásio da instituição fazer jogos. Durante todo o mês de Agosto devido à
falta de auxiliares por estarem muitas de férias ajudei com todo o gosto a dar os almoços
aos que tinham mais dificuldades e fui também na carrinha deixar os clientes em casa.
Devo dizer que eu adorava ir com eles, pois era uma diversão nas viagens. Colocava cds
e os clientes cantavam e dançavam, eu acabava também por ter um contato direto com
os familiares de cada um deles, o que enriquecia ainda mais o meu envolvimento com
os mesmos. Durante este mês muitas atividades já existentes não estavam a funcionar,
como as aulas de hipismo e de natação.
Quando se saía da instituição tinha que anteriormente preencher um documento,
com a descrição da atividade, quais os clientes que iam e quais o objetivos que eu queria
atingir, depois era afixado num quadro para o efeito, onde todos os clientes poderiam
ver.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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Principais atividades realizadas no mês de Agosto
Atelier de Actividades
Visita ao ‘Bar Out’
Descrição da Actividade
Objectivos
Recursos Materiais
Danças; Pinturas faciais;
- Interação na sociedade;
Utilização do transporte
Karaoke; Música ao vivo;
- Autoestima;
rodoviário.
Lanche. (várias visitas no
- Desenvolver a motricidade
mês)
global;
- Desinibição.
Praias Fluviais (Visita a
Jogos; Ida à água; Passeios
- Interação na sociedade;
Transporte; Fatos de banho;
no recinto.
- Motricidade global.
Bolas; Almoço.
Ida ao ginásio; Circuito
- Desenvolver a capacidade
Equipamentos do ginásio.
desportivo; Basquete; jogos
física;
variados.
- Coordenação motora;
Valhelhas)
Jogos e Atividades
- Equilíbrio e flexibilidade;
Lúdico-Desportivas
Promover a desinibição;
- Incrementar a expressão
corporal.
Expressão Plástica
Comboio feito com
- Desenvolvimento da
Papel; Cola; Tinta; Cápsulas de
material reciclado; Chapéus
motricidade fina;
café; Caixas de cartão.
festivos para aniversário de
- Desenvolvimento da
um cliente.
criatividade e do sentido
estético.
Praias Fluviais (Visita ao
Sameiro)
Passeios ao Ar Livre
Ida a banhos na água do
- Interação na sociedade;
Transporte; Fatos de banho;
rio; Jogos variados; Passeio
- Motricidade global.
Bolas; Almoço.
pelo recinto.
Idas ao parque da cidade;
- Desinibição;
Visita ao Vivaci; Passeio
- Interação com a sociedade;
no Jardim José de Lemos;
- Fomentar o sentido de
Visita à Torre de
responsabilidade e confiança
Menagem.
dos clientes;
__________________
- Aumentar a Autoestima.
Tabela nº1 – Fonte: Própria
Mês de Setembro
No mês de Setembro muitos clientes regressaram de férias, os primeiros dias
foram de apresentações. Comecei a interagir com eles por forma a conhecê-los melhor,
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passei por todas as salas para ver as capacidades destes novos grupos e penso que se
adaptaram facilmente a mim e eu a eles. Este mês já desenvolvi atividades mais
elaboradas a nível de expressão plástica, alusivos a temas referentes a este mês, visto
que os grupos já tinham capacidades mais elevadas. Continuei a fazer atividades ao ar
livre, como passeios, visitas etc, pois o tempo assim o permitia. Fomos também para a
quinta pedagógica da CERCIG e voltaram a ter aulas de hipismo no centro de hipismo
da CERCIG. Fizemos ainda atividades de expressão musical e dramática. Durante este
mês passei mais tempo na sala da animadora sociocultural que estava na instituição. No
entanto, estava na mesma com todos os grupos pois os grupos vão rodando por todas as
salas, de manhã estava um grupo e à tarde vinha outro, só não mudava de sala e de
auxiliar o grupo de autistas e o grupo com deficiência mais profunda.
Principais atividades realizadas no mês de Setembro
Atelier de Atividades
Descrição
Quinta pedagógica da
CERCIG
Visita aos animais da Quinta;
Visita à estufa das plantas;
Hipismo.
- Interação com animais;
- Promover o conhecimento
entre animais e plantas.
Utilização do transporte
rodoviário.
Jogo da memória com
‘Legos’ (repetir sequências).
- Desenvolvimento da
memorização, atenção e
concentração;
- Estimulação visual, táctil e
cognitiva.
Legos.
Trabalhos práticos com a
técnica da palha,
reaproveitados para realizar
enfeites de Natal.
- Estimular a criatividade e a
estética;
- Desenvolvimento da
motricidade fina.
Cartão; Palha; Tintas; Líquido
da louça
Realização de um baile
popular.
-Motricidade global;
-Autoestima;
-Socialização.
Aparelhagem; CD’s.
Atividades Festivas
Passeios ao Ar Livre
Idas ao parque da cidade;
Visita ao Vivaci; Passeio no
Jardim José de Lemos; Visita
à torre de Menagem.
-Desinibição;
-Interação com a sociedade;
-Fomentar o sentido de
responsabilidade e confiança
dos clientes;
-Aumentar a autoestima.
Peça de teatro para o Natal
feita com ‘guarda-chuvas’
-Aumento da motricidade
grossa;
-Coordenação corporal e
motora;
- Desinibição;
- Equilíbrio.
Aparelhagem; CD’s; Guardachuva
Danças; Pinturas faciais;
Música ao vivo; Lanche.
(várias visitas no mês)
- Interação na sociedade;
- Autoestima;
-Desenvolver a motricidade
global;
-Desinibição
Utilização do transporte
rodoviário
Actividades Lúdicas
Expressão Plástica
Expressão Dramática
Visita ao ‘Bar Out’
Objectivos
Recursos Materiais
Tabela nº2 – Fonte: Própria
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Mês de outubro
Este último mês foi mais dedicado aos enfeites de Natal, apesar de já no mês
anterior termos começado a fazer trabalhos alusivos a este tema. Estes trabalhos, como
têm uma data específica para serem terminados, tiveram que se começar a fazer com
uma grande antecedência, pois os clientes necessitam de muito tempo para os realizar e
sempre com ajuda.
Fizemos também vários trabalhos referentes ao Halloween, e continuámos a
fazer o trabalho de expressão dramática para apresentar no natal, para além de jogos e
atividades de expressão físico-motora.
Principais atividades realizadas no mês de Outubro
Atelier de Atividades
Expressão Plástica
Descrição
Objectivos
Recursos
Trabalhos sobre Vindimas;
- Desenvolver a motricidade
Papel higiénico; Tintas; Rolhas de
Trabalhos de Natal; Boneco
fina;
cortiça; Cartão; Cápsulas de café;
de Neve com a técnica do
- Desenvolvimento da
Feltro; Listas telefónicas; Nozes;
‘balão e lã’; Quadro alusivo
criatividade e da estética;
Garrafas; Lã; Balões; (…)
ao Outono com folhas;
- Estimulação visual e
Decorações de Natal (ex:
cognitiva.
Estrelas, pinheiros e renas
com rolhas de cortiça, sinos
com cápsulas de café, velas
com lista telefónica, etc);
Bases para velas com fundo
de garrafa; Trabalhos para
Halloween (ex: fantasmas e
bruxa com cascas de
nozes).
Actividades Lúdicas
Jogo de coordenação táctil,
- Coordenação;
em que o cliente tinha que
- Concentração;
descobrir qual o objeto em
- Reconhecimento das formas.
Caixa de cartão; Variados objetos.
que estavam a tocar.
As crianças foram conhecer
- Interação e socialização com
as instalações da CERCIG
crianças.
e um cliente em particular,
Receção de uma turma de
para o qual elas faziam uma
____________________
29
Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
crianças da creche
campanha de recolha de
“Lactário Doutor
tampas, no intuito de obter
Proença”
uma cadeira de rodas para
esse cliente.
Tabela nº3 – Fonte: Própria
Mês de Novembro
Dia 1 de Novembro foi o meu último dia na instituição. No entanto, voltei nos
dias 13 e 28 para ir a duas visitas organizadas por mim, uma ao museu do coa e a outra
à Gelgurte.Estas visitas foram elaboradas já algum tempo antes, mas estas foram as
únicas datas possíveis para a realização de ambas.
30
Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Reflexão final
Foi com algumas reticências que escolhi o estágio nesta instituição, apesar de ser
uma população que sempre me fascinou conhecer e trabalhar. Tinha alguns medos em
relação à minha capacidade psicológica, medo de não conseguir lidar da melhor forma
com estas pessoas. O primeiro dia devo confessar que fiquei desanimada, pois entrei
num mês que não havia muitos clientes devido às férias e muitos dos que estavam eram
os que tinham patologias mais graves. Apesar disso, com alguma ajuda dos
colaboradores fui interagindo com os clientes e fui ganhando a confiança destes. Posso
dizer que é preciso ser persistente para ganhar a confiança deles, mas a partir do
momento que a consegui, estabeleci uma ligação muito forte com eles. O facto de esta
população tão especial requerer uma atenção redobrada (muitos carinhos) e muitos mais
cuidados, fez-me crescer a nível pessoal e profissional.
Tive o apoio de todos desde colaboradores, técnicos e clientes, sempre estiveram
prontos ajudar em tudo que eu necessitava. No entanto, durante o primeiro mês de
estágio senti falta de alguma orientação derivado ao facto de muitos clientes e
administradores estarem em tempo de férias, o que me prejudicou dado que não tive
apoio nem conhecimento para realizar mais atividades.
De resto todas as atividades que eu propus foram bem aceites por parte da
instituição e pelos clientes. Importa referir que antes de começar qualquer atividade
tinha que a explicar pormenorizadamente de maneira simples, por forma a que eles
compreendessem quais eram os objetivos que eu pretendia que eles atingissem. De
todas as atividades as que os clientes mais gostavam eram aquelas que se realizavam ao
ar livre. Neste sentido, tive como vantagem o facto de ter um parque perto da instituição
onde fui com eles imensas vezes.
Foi-me muito gratificante poder partilhar, transmitir e receber novas
experiências. Há muitos clientes que têm capacidades para fazer trabalhos excecionais,
aprendi muito com eles, é incrível ver a força de vontade que eles tem para todos os dias
fazerem novas coisas, apesar das limitações físicas. Trabalhar com pessoas com
necessidades educativas especiais não é complicado, é necessário sim conhecê-los bem,
dar-lhes a atenção que eles necessitam, porque quando ganham confiança na pessoa que
está com eles são muito recetivos e afetuosos.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Posso concluir que globalmente o meu estágio correu bem, senti-me muito bem
na instituição, foi de forma positiva que se desenvolveram as atividades que tinha
planeado, fiz amizades entre colaboradores e clientes que vão ficar para sempre. Penso
que os clientes me viam como uma amiga, pois alguns deles procuravam-me para
desabafar e contar os seus problemas, muitas vezes familiares. Penso que só se faz isso
com quem se tem muita confiança e um certo à-vontade. A despedida foi uma
choradeira, quer por minha parte, quer por a parte de alguns clientes, que me entregaram
prendas feitas por si próprios, demonstrando o carinho que tinham por mim. Nunca os
vou esquecer, e nunca vou esquecer os momentos felizes que passamos juntos.
Tudo o que vivi e experienciei durante estes três meses, fez aumentar a minha
confiança e autoestima, acreditar que posso desempenhar bem as minhas funções como
Animadora Sociocultural e prestar um serviço útil à sociedade, melhorando assim a
qualidade de vida das pessoas.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Referências Bibliográficas
ALBUQUERQUE, A. (2009). A Animação Em Crianças Com Necessidades Educativas
Especiais. Revista Práticas de Animação, Ano3- Número 2.
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Madrid: Editorial CCS.
CANÁRIO, R. (2000). Educação de Adultos: Um campo e uma problemática. Lisboa:
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CERTEAU, M. (1995). A cultura no plural. Campinas SP: Papirus.
.
CORREIA, C. (2008) Animadora Sócio-Cultural para a Terceira Idade. Revista
Práticas de Animação, Ano2- Número 1.
GOMES, R. (2009). CONTEMPO ART ` EE. Universidade de Lisboa: Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação.
JARDIM, J. (2002). O método da Animação. Manual para o formador. Porto:AVE.
OUELLET, F. (1991). L`Education Interculturelle – Essai sur le contenu de la
formation des maîtres. Paris: Édition L`Harmattan.
SOCIAL, Instituto da Segurança, I.P., (2009) Guia Prático – Respostas Sociais –
População Adulta – Pessoas com Deficiência. Lisboa: Gabinete de comunicação.
Trilla, J. (coord.) (2004). Animação Sociocultural. Teorias, Programas e Âmbitos.
Lisboa: Instituto Piaget.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Webgrafia
www.mun-guarda.pt/index.asp?=576&action=seccao- Consultado em 15 de Novembro
www.manualmerck.net- Consultado em 15 de Novembro
www.atuasaude.com/sindrome-grito-do-gato/- Consultado em 17 de Novembro
Pt.wikipedia.org/wiki/mioclonia- Consultado em 18 de Novembro
http://www.epr.eu/index.php/equass- Consultado em 1 de Dezembro
Outras Fontes
-A descrição da instituição foram documentos facultados pela instituição, uma vez que o
site da mesma não estava a funcionar. Facultaram-me também informação à cerca de
algumas doenças, como a trissomia 21, a deficiência mental e deficiência motora.
Concederam-me ainda documentos com as patologias de cada utente para eu saber
quantos utentes tinham determinada doença.
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Anexos
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Lista de Anexos
Anexo I: Plano diário das atividades
Anexo II: Fotografias das atividades
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Anexos I
Plano das atividades
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L
Dia 1de Agosto
-Neste meu primeiro dia, de manhã a Drª Vânia que é uma das representantes da direção
foi mostrar-me as instalações da CERCIG e em seguida todos os clientes.
-Fui para uma sala com o colaborador Nuno onde estavam alguns dos clientes, pois
estes são divididos por grupos, tendo em conta o seu grau de deficiência. Estivemos a
conversar, por forma a conhecermo-nos melhor e em seguida fizemos um jogo existente
na sala.
-Na hora de almoço ajudei a levar alguns meninos para o refeitório e dei a alguns o
almoço.
-Durante a tarde fomos para o salão onde todos os clientes ficavam juntos e estivemos a
ver um filme do Mister Bean. Por forma a interagir com eles, mais tarde fiz alguns
aviões em papel e os clientes que conseguiam estiveram a lançá-los, estive a jogar
matraquilhos também com alguns deles.
-No final do dia, fui com Sr. Bessa, numa das voltas de entrega dos clientes às suas
residências
Dia 2de Agosto
-De manhã estive na sala da dona Fátima e estivemos com os clientes a fazer pinturas
em Garrafas de vidro.
-A meio da Manha foi o intervalo para comerem o lanche que demorou meia hora.
-Em seguida fui para a sala de musica onde estivemos a explorar alguns dos
instrumentos existentes, (de que eram feitos se eram de sopro, de cordas etc.).
À tarde fui com alguns dos clientes para o jardim da instituição e estivemos a jogar à
bola e ao macaquinho de chinês Um dos clientes, virou-se de costas para a parede a
dizer “ 1,2,3, macaquinho de chinês”, durante isso os outros clientes foram avançando
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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até ele, sem que ele visse, se não voltava ao início. Estivemos ainda a lançar os aviões
que foram feitos no dia anterior.
No final do dia fiquei a dar apoio no ATL
Dia 5 de Agosto
-De manhã fomos para o ginásio da instituição onde estivemos a fazer alguns exercícios,
fiz um circuito com os arcos onde eles tinham que saltar (com a minha ajuda) e depois
encestar a bola no cesto de basquete. Em seguida estivemos a fazer passes de basquete e
a encestar.
-À tarde fui com alguns para o parque da cidade que se encontra perto da instituição,
primeiro fomos andar um bocadinho por o parque, depois jogamos ao jogo do lencinho
e em seguida quiseram jogar à bola, por fim fomos aos baloiços e tivemos que regressar
à instituição para o lanche.
-No final do dia fui com o Sr. João na volta na qual lhes coloquei um cd com música
popular portuguesa e eles adoraram, foi uma diversão.
Dia 6 de Agosto
-De manhã fui para a sala da dona Adelaide e estivemos a fazer alguns jogos de mesa e
uns puzzles.
-Depois do intervalo do lanche foram todos para o salão e fizemos um bailarico,
adoramvam música de baile e de dançar.
-À tarde fomos para o parque da cidade, onde fizemos um jogo com os arcos, coloquei
os arcos no chão e cada arco tinha uma cor diferente, então eles tinham que encontrar
algo na natureza que tivesse a cor de cada arco e colocar o objeto dentro do arco.
Aqueles que conseguiam, saltaram ainda à corda gigante. Antes de voltarmos para a
instituição passamos ainda pelo escorrega e a casinha das bonecas.
-No final do dia fiquei a dar apoio no ATL
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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Dia 7 de Agosto
-De manhã fomos para o ginásio, fizemos exercícios de relaxamento numa bola grande
tipo insuflável e depois pediram-me para jogar à bola. Estivemos ainda a fazer
exercícios com o corpo.
-À tarde fomos fazer a separação do plástico e do cartão e fomos coloca-los no
ecoponto, como fica perto do parque os clientes pediram para ir lá. Demos um passeio
pelo parque e jogamos ao macaquinho de chinês.
-No final do dia fiquei a dar apoio no ATL.
Dia 8 de Agosto
-Fomos logo de manhã para Valhelhas (foram todos os clientes que se encontravam na
CERCIG, muitos deles não estavam pois estiveram de férias durante o mês de Agosto,
foram também todos os colaboradores e técnicos). Na parte da manha demos uma volta
por todo o recinto e já perto do almoço quando já estava mais calor fomos à água,
enquanto alguns tinham muito medo outros adoravam e alguns sabiam nadar.
-Depois do almoço fomos aos baloiços e estivemos nas toalhas.
-Por volta da 15e30 regressámos à instituição
-No final do dia estive a dar apoio no ATL.
Dia 9 de Agosto
-De manhã fui para a sala da dona Fátima e estive a conversar com os clientes sobre o
passeio do dia anterior (o que mais gostaram e o que menos gostaram, etc.) em seguida
estiveram a fazer um desenho sobre Valhelhas.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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-À tarde fomos para o parque, estivemos a jogar ao jogo dos nomes, fizemos uma roda
em que de inicio um ficava com uma bola e tinha que a passar a um colega mas
primeiro tinha que dizer o nome desse mesmo colega e assim sucessivamente ,depois
fui aumentando o grau de dificuldade e a bola era mandada ao ar por um cliente no meio
da roda e ele chamava por um nome ,essa pessoa tinha que ir apanhar a bola sem a
deixar cair no chão. Não demoramos muito no parque, pois alguns dos clientes queriam
ir ver a volta a Portugal. Regressamos então para a instituição e fomos para o salão, em
quanto alguns viam a volta a Portugal estive a jogar com os outros clientes,
matraquilhos
Dia 12 de Agosto
-De manhã estive na sala do cabeleireiro e manicura (cabeleireiro de verdade com todos
os equipamentos) onde estive a limar e a pintar as unhas, fiz também o buço e
sobrancelhas às raparigas e estive ainda a fazer penteados a algumas delas, ficaram
muito felizes
-Durante a tarde fomos ao parque apanhar folhas secas e acabamos por jogar à bola.
-No final do dia fiquei no ATL.
Dia 13 de Agosto
-De manhã fomos passear até ao Vivaci e em seguida paramos no jardim José de Lemos
para o lanche matinal. Mais tarde fomos visitar a Torre de Menagem e regressamos à
instituição para o almoço.
-À tarde estivemos a pintar as folhas que encontramos o dia anterior e fizemos desenhos
com elas.
-No final do dia Fui à volta com o Sr. João
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Dia14 de Agosto
-Da parte da manhã estivemos no ginásio a jogar o jogo do papel higiénico, formaramse duas colunas de clientes, sentados no chão, entreguei ao primeiro cliente de cada
coluna um rolo de papel higiénico, este passou-o por cima da cabeça, e os demais
levantaram os braços. Os participantes foram desenrolando o papel até que sobrou
apenas o rolo de cartolina, que serviu como o final do exercício, ganhou a coluna que
mais depressa desenrolou o papel. Estivemos ainda a jogar aos passes com a bola.
-De tarde estive com os clientes a fazer desenhos em que utilizamos cotonetes.
Dia 19 de Agosto
-Estive todo o dia na ludoteca a fazer o inventário.
Dia 20de Agosto
-De manhã fomos passear pelo centro da cidade
-Durante a tarde fui para a sala com os clientes, onde estivemos a trabalhar com
garrafas. Colocamos várias camadas de tiras de papel de limpar as mão, juntamente com
cola branca e deixámo-las secar.
Dia 21 de Agosto
-De manhã fomos para o parque da cidade onde estivemos a jogar ao rabo da raposa,
todos os clientes colocaram um rabo de pano preso nas calças, e tinham que tentar
apanhar os rabos dos colegas e salvaguardar o deles, no fim ganhou aquele que mais
rabos conseguiu roubar. Fiz ainda um circuito de pinocos em que os clientes tiveram
que contornar e no final chutar a bola para uma baliza improvisada.
-Durante a tarde na sala, os clientes estiveram a pintar as garrafas do dia anterior.
-No final do dia estive a dar auxilio no ATL.
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Dia 22de Agosto
-De manhã foram todos os clientes e colaboradores para o parque da cidade. Estivemos
a jogar à bola e a fazer exercícios com os arcos, foi dado lá o lanche da manha.
-À tarde fomos com os clientes mais independentes para o bar OUT, onde tínhamos
karaoke.
Dia 23 de Agosto
-De manhã estive arrumar os livros da ludoteca
-Durante a tarde estivemos a utilizar a técnica do guardanapo nas garrafas que foram
pintadas alguns dias atrás. Cada um escolheu o guardanapo que mais gostava e colamolo na garrafa com cola branca.
Dia 26 de Agosto
-Fomos passar o dia à praia fluvial do Sameiro . Andei com alguns dos clientes na água,
demos inda um passeio por o recinto e estivemos a jogar às raquetes.
-No final do dia fui com o Sr. bessa a dar a volta.
Dia 27 de Agosto
-De manhã estive na Sala da dona Lurdes onde os clientes elaboraram um comboio com
material reciclado
-De tarde estive na sala de informática com alguns clientes.
-No final do dia estive a dar apoio no ATL.
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Dia 28 de Agosto
-Durante a manhã estivemos a elaborar uns chapéus de papel para os clientes pois o
Licínio fazia anos. No final foram decorados por cada um, utilizando tintas, lápis,
tecidos e lã.
-De tarde estivemos a ver DVDs onde vários clientes da CERCIG participaram em
festivais de música, e vimos também uma atuação do rancho da instituição.
Dia 29 de Agosto
-De manhã comecei a fazer o inventário da ludoteca
-Durante a tarde fomos para o parque da cidade onde estivemos a jogar ao lançamento
dos pinocos, com uma bola tinham que tentar deitar a baixo o maior número de pinocos
Jogamos também ao lançamento dos arcos e por fim fomos ao escorrega.
-No final do dia fiquei a dar apoio no ATL.
Dia 30 de Agosto
-De manhã estivemos na sala a fazer flores com as folhas da espiga do milho.
Primeiro colamos barba do milho num bocadinho de cartolina preta para ser o centro da
flor e colamos a cartolina à volta de um pau de videira.
Em seguida escolhemos as melhores folhas e molhámo-las para se poderem trabalhar e
não se partirem, depois dobrámo-las uma a uma e colocámo-las à volta do pau, com um
fio atámos. Voltámos a fazer todo o processo com outras folhas para a flor ficar com
outra camada.-Durante a tarde estivemos a terminar as flores, forramos o pau com fita-cola verde e na
parte de cima do pau colamos uma folha da espiga. No final pintamos as flores.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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-No final do dia fui fazer a volta com o Sr. João
Dia 2 de Setembro
-De manhã fui passando por as várias salas uma vez que neste dia vieram muitos
clientes que estavam de férias, foi uma forma de me ficarem a conhecerer.
-Durante a tarde fomos para o parque da cidade, onde estivemos a jogar ao jogo de
puxar a corda, formaram-se duas equipas que se colocaram frente a frente e tinham que
ambas as equipas puxar a corda para o seu respetivo lado, a equipa que passasse o sinal
que eu coloquei no chão perdia. Fomos ainda jogar à bola e dar uma caminhada pelo
parque.
-No final do dia fiquei a dar apoio no ATL.
Dia 3 de Setembro
Estive todo o dia a fazer o inventário da ludoteca.
Dia 4 de Setembro
-De manhã foi a continuação do inventário da ludoteca
-Durante a tarde estive com os clientes no salão onde tivemos a jogar aos jogo das
cadeiras, os clientes andaram à roda das cadeiras em que havia uma cadeira a menos em
relação ao numero de clientes, quando eu parava a musica tinham que se sentar cada um
em sua cadeira, o que ficava sem cadeira perdia e saia do jogo e assim sucessivamente
ate ficar só um cliente que foi o que ganhou. Jogamos ainda ao jogo da minhoca,
formou-se dois grupos, em que se tiveram de encaixar uns nos outros, sentados no chão
e com as mãos nos pés dos colegas de trás, depois avançaram até à linha delimitada por
mim e o primeiro a chegar foi o que ganhou.
-No final do dia fiquei a dar apoio ao ATL.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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Dia 5 de Setembro
-De manhã estiva na sala dos autistas, em que estive a jogar com eles aos jogos que eles
jogam todos os dias, para eles todos os dias tem que ser iguais.
-À tarde fui com os clientes para o bar OUT onde tivemos música ao vivo, os clientes
dançaram imenso, tiveram ainda direito a pinturas faciais e a um lanche.
-No final do dia fui com o Sr. Pedro na volta.
Dia 6 de Setembro
-De manhã fomos para o parque jogar boccia, fizemos duas equipas de três elementos,
uma equipa tinha bolas azuis a outra equipa bolas vermelhas, era lançada a bola branca
que era atirada à vez por cada equipa e em seguida as bolas de cor. O Objetivo era
lançar as bolas de cor o mais perto possível da bola branca Os pontos contavam-se no
final de cada parcial sendo atribuído um ponto por cada bola que estivesse mais próxima
da bola branca até ser encontrada a primeira bola do adversário.
-À tarde fui auxiliar a dona Lurdes numa peça de teatro que estava a preparar para
alguns dos clientes apresentarem na festa de Natal da instituição. A pedido da dona
Lurdes dei a minha opinião em algumas coisas que poderiam ser alteradas e ajudei a
ensaiar. A historia passava-se num mundo triste, frio e cinzento onde as pessoas (vários
clientes) só utilizavam chapéus-de- chuva pretos que simbolizavam a solidão e tristeza,
eis que chegou a esse mundo um guarda chuva amarelo simbolizando o amor e a
alegria, através da dança foram retirados os chapéus pretos e oferecidos chapéus
coloridos, no fim todos dançaram felizes e cada um disse uma frase de amizade.
Interessa dizer que um dos clientes faz de narrador da história e é o único que vai falar
ao longo do teatro. Cada cliente dança toda a peça utilizando um chapéu-de-chuva, a
musica utilizada vai mudando ao longo da peça, dependendo do estado de espirito que
se quer transmitir.
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-No final do dia fui dar apoio no ATL.
Dia 9 de Setembro
-De manhã fui com os clientes para a quinta pedagógica da CERCIG. Visitámos todos
os animais existentes na quinta e fomos ainda ver a estufa com as mais variadas plantas.
-Durante a tarde estive numa sala com os clientes a fazer pinturas, utilizando apenas os
dedos (técnica do pontilhismo).
-No final do dia estive no ATL.
Dia 10 de Setembro
-De manhã estive na sala de música, cada um dos clientes esteve a mexer nos
instrumentos e depois estivemos a ver de que eram feitos e se eram de sopro, cordas etc.
Já tinha feito esta atividade mas foi com os clientes que estavam em Setembro No final
tiveram que fazer um desenho do instrumento que mais gostaram.
-De tarde fomos para o salão e fizemos um baile, a pedido de alguns clientes pois foram
eles que trouxeram os Cds
-No final do dia fiquei a dar apoio no ATL.
Dia 11 de Setembro
-De manhã a pedido da direção, fui com três clientes mostrar o cartão CERCIG pelo
comércio da Guarda. Explicando ao comerciante em que consiste o cartão e se queria
aderir, depois tínhamos que recolher todos os dados necessários e a percentagem de
desconto que queria atribuir Este projeto consistiu na criação de um cartão de descontos
para todos os associados da cooperativa. Os comerciantes aderentes a esta iniciativa
terão um dístico visível na montra do seu estabelecimento que possibilitará a quem
apresentar o respetivo cartão obter descontos imediatos atribuídos pelos comerciantes
aderentes.
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-De tarde, estivemos a fazer algumas atividades mais simples nos computadores.
Dia 12 de Setembro
-De manhã fui com cinco clientes para o picadeiro da CERCIG onde cada um deles foi
ter terapia com cavalos.
- À tarde fomos para o parque da cidade jogar à bola
Dia 13 de Setembro
-De manhã fomos jogar boccia para o salão, mais tarde vimos um filme do Mr Bean
-À tarde fui com os clientes para o bar OUT, onde estava um DJ a colocar música de
discoteca, no entanto fui pedir par colocar música popular portuguesa a pedido dos
clientes. Mais tarde tivemos um lanche.
-No final do dia fui fazer a volta com o Sr. Bessa
Dia 16 de Setembro
-Este dia necessitei de faltar.
Dia 17 de Setembro
-De manhã estive na sala da dona Fátima, onde algumas das clientes me estiveram a
mostrar alguns dos bordados que fazem. Mais tarde estiveram a ensinar-me como se
faziam alguns desses bordados
-À tarde fomos para o parque da cidade dar uma caminhada.
-No final do dia estive a dar apoio no ATL.
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Dia 18 de Setembro
-De manhã estive numa sala com os clientes a fazer pompons em lã, para os chapéus
que foram feitos nos anos do Licínio Recortaram-se duas circunferências de cartão e
fez-se uma circunferência mais pequena no centro, uniram-se as duas circunferências e
com uma agulha com lã foi-se passando a lã pelo centro das circunferências, quando o
cartão ficou todo tapado cortou-se a lã por dentro dos cartões e atou-se com uma linha,
rasgaram-se os cartões e no final com uma tesoura cortou-se as pontas da lã que
estavam maiores
-Durante a tarde continuámos a fazer os pompons e estivemos a cola-los aos chapéus.
Dia 19 de Setembro
-De manhã estive na sala com os clientes a fazer pinturas com a técnica da palha.
Molharam a palha em tinta e depois sopraram para o cartão, fizeram o mesmo com
várias cores, o cartão ficou colorido
Em seguida fizeram o mesmo em outos cartões mas a tinta tinha líquido da loiça, então
ao soprarem a palha faziam bolas de sabão. (Tive sempre o cuidado de estar atenta para
que não engolissem nenhuma tinta quando molhavam a palha).
-Durante a tarde fui com os clientes para o bar OUT, onde tivemos música ao vivo e
alguns dos clientes subiram ao palco para cantar, como sempre foi uma grande diversão.
Dia 20 de Setembro
-De manhã estive na sala onde fiz em cartão um molde com as medidas necessárias para
os clientes o desenharem a lápis nas folhas do jornal. Em seguida estiveram recortar o
que desenharam. À medida que iam recortando eu ia fazendo canudinhos desse jornal
utilizando uma vareta fininha e cola.
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-À tarde fui com alguns clientes dar uma caminhada até ao hospital para visitar um
cliente que estava lá internado.
-No final do dia fiquei no ATL.
Dia 23 de Setembro
-De manhã fiquei numa sala com os clientes em que com os cartões que pintaram
anteriormente fomos fazendo enfeites de Natal Com moldes de árvores e estrelas já
feitos os clientes desenharam-nos nos cartões que pintaram e depois recortaram-nos. Na
parte de trás do cartão colei um pano alusivo ao Natal
-À tarde fui com os clientes para o salão onde estive a fazer com eles jogos de memória.
Fiz duas construções de legos iguais, em que tinham que dizer de que cor era cada peça,
contar quantas peças tinha a construção, se o tamanho de cada peça era grande ou
pequena e se estava virada para a frente ou para trás. Depois coloquei os clientes numa
fila por ordem de capacidades individuais, mostrei-lhes uma das construções, pegaram
nela e analisaram-na bem. A outra construção desfi-la e coloquei as peças em cima de
uma mesa ao fundo do salão, cada menino olhava uma última vez para a construção
feita e ia à mesa colocar uma peça até termos a construção igual à outra, desde as cores
o tamanho da peça e para onde estavam viradas. Depois fui aumentando o grau de
dificuldade, fazendo construções mais complicadas e eles tentavam fazer igual
-Ao fim do dia fui fazer a volta com o Sr. Bessa.
Dia 24 de Setembro
-De manhã fiquei na sala com a dona Lurdes onde os clientes continuaram a fazer os
enfeites de natal com os cartões que pintaram. Depois de lhes colar o pano colaram nos
recortes enfeitos que tinham feito em barro já o natal passado, desde o pai natal, sinos
etc. Decoraram esses enfeites em barro com tinta, por fim furei o cartão em cima e
coloquei uma fita em cada um para serem postos na árvore de Natal.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
-Durante a tarde estivemos a fazer pinturas com esponjas e rolos, que vão servir para a
construção de sacos em papel que serão vendidos nas feiras em que participa a
CERCIG.
Dia 25 de Setembro
-De manhã os clientes estiveram a fazer desenhos sobre o Outono e mais tarde a
construir puzzles
-À tarde continuaram um trabalho já começado anteriormente, que foi a construção dos
rolinhos em jornal.
-No final do dia fui com o Sr. João fazer uma das voltas
Dia 26 de Setembro
-Durante a manhã estive no salão com os clientes a ensaiar a peça de teatro para o Natal.
Em seguida jogamos ao jogo das cadeiras com música.
-À tarde fui para o picadeiro com alguns clientes, para fazerem a terapia com cavalos.
-Ao final do dia estive no ATL.
Dia 27 de Setembro
-De manhã estive com os clientes na sala em que utilizaram os canudos de jornal feitos
anteriormente para fazerem estrelas de natal para serem penduradas no teto do salão.
Colaram os vários canudos num centro de cartão ate fazer uma estrela e depois
dobrámos alguns dos canudos e fomos enrolando ate fazer uma circunferência e
colamos por cima do centro de cartão de forma a não se ver.
-À tarde fui com os clientes jogar basquetebol para o ginásio.
-Ao final do dia estive no ATL.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Dia 30 de Setembro
-De manhã fui para a sala da dona Lurdes onde estive a compor as capas dos clientes,
pondo os trabalhos nas respetivas capas e ver os trabalhos que faltavam terminar.
-Durante a tarde estiveram a fazer um desenho sobre o outono e pintaram-no.
-No final do dia fui á volta com o Sr. Bessa.
Dia 1 de Outubro
-De manhã estive na sala com os clientes, onde alguns continuaram o trabalho das
estrelas, tiveram a pinta-las com o pincel. Eu estive a fazer um molde em cartão em que
os outros clientes desenharam esse mesmo molde em papel de embrulho de Natal.
Depois recortou-se e foram-se colando umas às outras ficando argolas interlaçadas. O
intuito foi fazer fitas compridas para se colocarem no teto.
-À tarde os clientes estiveram a juntar os muitos lápis existentes por cores para se
colocarem dentro de saquinhos brancos, esses saquinhos era onde estáva o pão no
refeitório, e eu fui pedindo-os. Depois á medida que iam colocando uma determinada
cor em cada saco, colava-se um papel autocolante dessa mesma cor por fora do saco,
para se saber que cor de lápis estava lá dentro.
Dia 2 de Outubro
-De manhã estive com os clientes a fazer mais canudos para as estrelas e fiz também os
centros.Mais tarde estiveram a pintar algumas partes das estrelas.
-Durante a tarde enchi um balão, enrolamos à volta do balão lã misturada com cola
branca e ficou a secar, iria servir para fazer a parte de cima de um boneco de neve Em
seguida fomos para o salão fazer um baile.
-Ao final do dia fui dar apoio no ATL.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Dia 3 de Outubro
-De manhã fomos furar o balão que utilizamos o dia anterior, pois a lã já estava seca e
dura. Fomos então fazer aparte de baixo do boneco de neve, utilizando a mesma técnica
mas com o balão mais cheio que o anterior e ficou a secar. Fomos ainda ensaiar o teatro
para o Natal.
-À tarde os clientes continuaram a pintar as estrelas para o natal.
Dia 4 de Outubro
-De manhã estivemos a recortar tiras do rolo de papel higiénico que ficaram em círculos
e em seguida os clientes pintaram-nos e ficaram a secar
-Durante a tarde, com os círculos que foram recortados de manhã começou-se a fazer
estrelas para o natal, mais tarde li-lhes uma história e depois fiz várias perguntas sobre
essa história, (a moral que podíamos tirar, as cores existentes no livro, o nome das
personagens, etc).
-No final do dia fui dar apoio no ATL.
Dia 7 de Outubro
-De manhã estive a cortar as pontas das rolhas de cortiça e com arame fino uni as rolhas,
os clientes iam colocando cola para ficarem mais seguras. Fomos unindo as rolhas até
fazermos uma árvore de natal. Outros clientes iam pintando as estrelas feitas de canudos
de jornal.
-À tarde pintou-se a árvore feita em cortiça e recortou-se mais tiras de rolo de papel
higiénico.
Dia 8 de Outubro
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
-De manhã os clientes estiveram a puxar vários bocados de feltro de cores diferentes, de
forma que ficassem como o algodão em rama. Em seguida colaram esse feltro nos
centros das estrelas feitas com jornal
-Durante a tarde aproveitamos o feltro da manhã e enfeitamos a árvore de natal feita em
rolhas de cortiça.
-No final do dia fui dar apoio no ATL.
Dia 9 de Outubro
-De manhã estive na sala com os clientes a colar as duas bolas de lã feitas já alguns dias,
com o intuito de fazermos um boneco de neve. A seguir fizemos os olhos a boca e o
chapéu com feltro.
À tarde fui para o parque com os meninos onde estivemos a jogar ao lencinho, fomos
ainda aos baloiços.
-No final do dia fiquei a dar apoio no ATL.
Dia 10 de Outubro
-Durante a manhã fui com os meninos para o salão onde estivemos a jogar a um jogo
em que os clientes espalharam-se pelo salão e um dos clientes estava de olhos vendados.
Um outro cliente começou a bater palmas e o que estava com os olhos vendados tinha
que ir ao encontro dele, e assim sucessivamente.
Em seguida foi o ensaio do teatro para o natal.
-Durante a tarde estive numa sala com os clientes onde fizeram uma ficha sobre as
vindimas, os que não sabiam ler pintaram uma ficha com desenhos sobre o mesmo
tema.
Dia 11 de Outubro
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
-Durante toda a manhã foi o ensaio do rancho da CERCIG.
-À tarde estive numa sala onde os clientes pintaram estatuetas de vidro.
-No final do dia fiquei a dar apoio no ATL.
Dia 14 de Outubro
-De manhã estive com os clientes a fazer uma base para colocar o boneco de neve,
utilizando um prato virado ao contrário e foi-se colocando várias tiras de papel de
limpar as mãos com cola branca, ate ter umas quatro camadas, deixou-se secar.
-Durante a tarde estiveram a pintar o fundo de uma tela com esponjas e outros clientes
continuaram a pintar estrelas do rolo do papel higiénico.
Dia 15de Outubro
-De manhã estive a fazer um cordão de croché em lã para ser o cachecol do boneco de
neve.
-Na tela que foi pintada o dia anterior, alguns clientes, com a minha ajuda fizeram um
veado com folhas secas.
-Durante a tarde os clientes começaram a pintar capsulas de café para se fazerem sinos.
Dia 16 de Outubro
-Toda a manha estive a fazer dois ofícios juntamente coma a Dr. Paula para duas visitas
que eu propus.
-À tarde estivemos a colocar cola entes de serem pintadas as capsulas do café pois as do
dia anterior a tinta não pegou. Fizemos ainda um presépio com rolhas de cortiça.
Dia 17 de Outubro
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
-De manhã estivemos a pintar as capsulas do café. Em seguida fomos para o salão
ensaiar a peça de teatro. No final jogamos ao macaquinho de chines.
-Durante a tarde estiveram a pintar estrelas mais pequenas de jornal, bem como os seus
centros.
-Estivemos a fazer uma vassoura para o boneco de neve.
-Outros clientes estiveram a recortar jornal pelo molde para se fazer mais canudos de
jornal.
Dia 18 de Outubro
-De manhã os clientes estiveram a pintar duas rolhas de cortiça para serem a Maria e o
José do presépio. Outros clientes jogaram ao jogo de mesa das imagens iguais.
-Durante a tarde estive a ler um livro aos clientes e fiz várias perguntas sobre ele.
-Depois com uma caixa com três buracos, coloquei em cada um objetos que lhes eram
familiares, os clientes apenas por o tato tinham que descobrir que objetos eram.
-Em seguida fomos terminar a tela das folhas secas.
Dia 21 de Outubro
-De manhã os clientes fizeram renas com rolhas de cortiça e em seguida pintaram-nas
-À tarde cortei o fundo de uma garrafa, dei vários cortes na garrafa e depois dobrei os
bicos para fazer uma estrela ou um suporte para velas. Os clientes pintaram os bicos e
colaram uma capsula de café espalmada, onde depois ainda colamos uma vela redonda
pequena.
-No final do dia dei apoio no ATL.
Dia 22 de Outubro
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
-De manhã fiquei na sala dos clientes mais dependentes, estivemos a ouvir música e a
bater com as mãos em bolas insufláveis.
-Durante a tarde fui com alguns clientes passear até ao vivaci.
Dia 23 de Outubro
-De manhã fui para o ginásio com os clientes onde fizemos uma sequência com pinocos
e bola, a seguir alguns jogaram badminton e outos jogaram à bola.
-Durante a tarde os clientes estiveram a pintar o presépio de rolhas de cortiça e outros
fizeram jogos de mesa.
-No final do dia dei apoio no ATL.
Dia 24 de Outubro
-De manhã estivemos a colocar o boneco de neve na base que foi feita alguns dias atrás
e a fazer três botões com lã, também para o boneco.
-De seguida fomos ensaiar a peça de teatro.
À tarde fomos ver um filme para a ludoteca.
Dia 25 de Outubro
-Durante a manhã tivemos a visita de uma turma da creche do Lactário do Dr. Proença
que foi organizada por mim, esta turma fazia a recolha das tampinhas para se comprar
uma cadeira de rodas ao cliente Fernando, então vieram conhecer as instalações, as
atividades dos clientes e conhecer principalmente o Fernando. Oferecemos-lhes um
pequeno lanche e as crianças participaram ainda nos ensaios do rancho da CERCIG. No
final da visita o Fernando leu uma carta de agradecimento que ele escreveu ao longo da
semana e ofereceu uma tela feita também por ele.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
-Durante a tarde estivemos a terminar as renas que fizemos com as rolhas de cortiça.
Estivemos ainda a fazer a roupa da Maria e do José com tecidos e o cabelo, utilizámos
lã.
Dia 28 de Outubro
-De manhã estivemos a fazer uma abobora grande de cartolina, para colocarmos nas
portas da salas no dia do Halloween.
-Durante a tarde fizemos bruxas com nozes, o chapéu foi feito com feltro, colamos os
olhos de plástico, o nariz e a boca foi com tinta.
-No final do dia dei apoio no ATL
Dia 29 de Outubro
Durante a manhã estivemos a fazer fantasmas em cartolina, e colamos os olhos em
todos.
À tarde fizemos pequenas aboboras também em cartolina
Ao final do dia fui para o ATL.
Dia 30 de Outubro
-Durante a manha estivemos a prender as aboboras nos fantasmas, utilizando um fio
brilhante por forma a parecer que o fantasma está a segurar a abobora.
À tarde estivemos a fazer envelopes com folhas para depois se colocarem os fantasmas
-Ao final do dia fui dar apoio no ATL.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Dia 31 de Outubro
-De manhã os clientes estiveram a fazer um desenho sobre o Halloween no envelope
que fizeram o dia anterior, colocaram lá dentro o fantasma para levarem para casa.
-Em seguida fomos ensaiar o teatro. No final fizemos um jogo em que numa roda
sentados em cadeiras, cada um escolhia uma posição para estar sentado, um dos clientes
ficava de fora da roda e tinha que decorar todas as posições dos outro clientes, depois
fechava os olhos e um dos clientes mudava a posição inicial , o cliente abria os olhos e
tinha que dizer qual foi o cliente que mudou de posição e assim sucessivamente.
À tarde fui novamente pelo comércio da guarda mostrar o cartão Amigo CERCIG.
Dia 1 de Novembro
-De manhã estive com os clientes na sala dos computadores e fui ainda dar auxilio a
outras salas, porque muitos funcionários faltaram este dia.
- Durante a tarde estivemos a ver um filme sobre o Halloween
-No final do dia foi as despedidas com os clientes e colaboradores.
Dia 13 de Novembro
-Fui com os clientes a Foz Côa visitar o museu do coa.
-Foi uma visita que durou todo o dia, visitamos o museu do coa e fomos ainda ver como
funcionavam as oficinas. Almoçámos numa escola em Foz Côa.
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Dia 28 de Novembro
-Fomos visitar as instalações da Gelgurte, nomeadamente toda a confeção do iogurte até
ao seu embalamento. Sugeri esta visita porque os iogurtes desta empresa são fornecidos
gratuitamente à CERCIG.
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Anexos II
Fotografias das Atividades
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Fig.nº7-Trabalhos com a técnica da palha
Fonte:Própria
Fig nº8-Trabalhos de natal feitos com tecidos
Fonte.prória
Fig.nº9-Construção de estrelas de natal em jornal
Fonte:Próprfia
Fig.nº10-.Estrela de natal já concluída
Fonte:Própria
Fig.nº11-Pintura de pinheiro feito de rolhas de cortiça
Fonte:Própria
Fig.nº12-Pinheiro já com a respetiva decoração
Fonte: Própria
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
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Fig.nº13-Construção de estrelas de natal com rolos de
papel higiénico Fonte:Própria
Fig.nº14-Estrelas de natal já concluídas
Fonte:Própria
Fig.nº15-Técnica do balão com lã
Fonte:Própria
Fig.nº16- Lã já consistente e sem o balão
fonte: Própria
Fig.nº17-Construção de boneco de neve
Fonte:Própria
Fig.nº18-Construção da base para se colocar o boneco
Fonte:Própria
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Fig.nº19-Ellaboração do cachecol do boneco
Fonte:Própria
Fig.nº21-Cápsula de café pintada
Fonte:Própria
Fig.nº23- Pintura de garrafa coberta por papel
Fonte:Própria
Fig.nº20- Boneco de neve terminado
Fonte: Própria
Fig.nº22-Contrução de sinos com capsulas de café
Fonte:própria
Fig.nº24-Garrafa com a técnica do guardanapo
Fonte:Própria
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Fig.nº26- Atividades na sala de musica
Fonte:Própria
Fig.nº25-Construção de um jogo de mesa
Fonte: Própria
Fig.nº27-Construção de estrelas
Fonte:Própria
Fig.nº29- Passeio pelo centro da Guarda
Fonte: Própria
-
Fig.nº28- estrelas concluídas encaixadas umas nas
outras Fonte: Própria
Fig.nº30-Pintura da flor feita com as folhas do milho
Fonte:Própria
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CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Fig.nº31-Quadro feito com folhas secas
Fonte:Própria
Fig.nº32-Passeio à Torre de
Menagem Fonte: Própria
Fig.nº33- Estrela em fundo de garrafa
Fonte: Própria
Fig.nº34-Presepio feito de rolhas de cortiça
Fonte: Própria
Fig.nº35-Peça de teatro para o
natal Fonte: Própria
Fig.nº36-Estrela feita com fundo de garrafa
Fonte: Própria
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Liliana Saraiva – Relatório de Estágio
CERCIG – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda
Fig.nº37-Chapeu de anos do Licínio
Fonte: Própria
Fig.nº38-Elaboração do pompom do chapéu
Fonte: Proporia
Fig.nº39-Rena feita em rolhas de cortiça
Fonte: Própria
Fig.nº40-Desenho com cotonetes
Fonte: Própria
Fig.nº41- trabalho para o Halloween
Fonte:Própria
Fig.nº42-Bruxa em noz
Fonte:Própria
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Figuras nº43-Fotografias das idas ao out
Fonte: Fotografias cedidas pela CERCIG
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Figuras nº44-Idas a Valhelhas e ao Sameiro
Fonte: Fotografias cedidas pela CERCIG
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Figuras nº45-Fotografias da visita ao museu do Coa
Fonte. Fotografias cedidas pela CERCIG
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Figuras nº46-Fotografias da visita à Gelgurte
Fonte: Própria
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