ECOS DA USG O jornal da Universidade Sénior de Gondomar Umas Boas Festas!!! ENTREVISTAS EXCLUSIVAS Com o Dr. Macedo, o Dr. Alcídio, a Dra. Eugénia, Professores, alunos e funcionários Entrevista ao Dr. Macedo, Presidente da USG O Presidente da Universidade e da Junta conta como as duas Instituições preparam o Natal CONCEIçÃO ÂNGELO, aluna de informática entrevistou recentemente o Exmo. Sr. Dr. José António da Silva Macedo, presidente em exercício tanto da Junta de Freguesia de Gondomar como da Universidade Sénior de Gondomar. Como lhe é característica, o presidente dispôs de toda a sua amabilidade e simpatia e abriu um pouco dos seus costumes natalícios e falou um pouco também sobre o que a junta pretende fazer nesta quadra. Conceição (C) – Quem é o Dr. José António Silva Macedo? Dr. Macedo (P) – Eu sou o Presidente da Junto de Freguesia de Gondomar, como disse e bem chamo-me José António da Silva Macedo, sou uma pessoa que gosto do trabalho que exerço na qualidade de Presidente de Junta, naturalmente, vim para Presidente de Junta porque entendi que poderia ser uma mais valia para a freguesia de Gondomar, que podia ajudar os Gondomarenses e que lhes poderia proporcionar muitas alegrias e felicidades com as actividades que me propus e que já Edição de Natal N.º. 01 Dezembro 2008 Edição: Turmas C e E de Informática consegui e outras que eventualmente irei conseguir no futuro concerteza. RECEITAS DE NATAL SÃO INÚMERAS AS TRADIÇÕES GASTRONÓMICAS EM PORTUGAL. Apontamos aqui alguns exemplos daquilo C – Como aparece ligado à freguesia de S. Cosme e por consequência ao Concelho de Gondomar? P – É uma pergunta muito interessante. Daria muito para falar mas uma vez que estou limitado, tudo aconteceu da seguinte forma. Eu estou a morar em S Cosme há cerca de 33 anos, casei há 30 anos com uma mulher de Gondomar e por isso vim parar a Gondomar. Eu sou um transmontano natural de Vila Real. Sou inspector – jurista da Segurança Social e porque Gondomar precisava de alguém com algum dinamismo eu propus-me à candidatura de Presidente de Junta e ganhei com a maioria absoluta, de forma que estou muito satisfeito com o que estou a fazer, embora não seja Gondomarense de gema, já me sinto gondomarense do coração. » veja mais, pg. 2 que de melhor se faz nesta quadra natalícia na gastronomia. Desde a doçaria ao prato principal, ficamos já com “água na boca”. » veja mais, pg. 1 TRADIÇÕES NATALÍCIAS AS ORIGENS DE ALGUMAS DAS TRADIÇÕES NATALÍCIAS ACTUALMENTE PRESENTES NAS NOSSAS CASAS. De onde veio o Pai Natal? E o Pinheiro de Natal? Estas e outras questões respondidas pelos nossos enviados especiais ao Pólo Norte. 2 ECOS DA USG (edição de Natal) Dezembro, 2008 Entrevista ao Dr. Macedo Presidente da Universidade Sénior de Gondomar e da Junta de Freguesia de S. Cosme Por Conceição Ângelo Conceição (C) – Quem é o Dr. José António Silva Macedo? Dr. Macedo (P) – Eu sou o Presidente da Junto de Freguesia de Gondomar, como disse e bem chamo-me José António da Silva Macedo, sou uma pessoa que gosto do trabalho que exerço na qualidade de Presidente de Junta, naturalmente, vim para Presidente de Junta porque entendi que poderia ser uma mais valia para a freguesia de Gondomar, que podia ajudar os Gondomarenses e que lhes poderia proporcionar muitas alegrias e felicidades com as actividades que me propus e que já consegui e outras que eventualmente irei conseguir no futuro concerteza. C – Como aparece ligado à freguesia de S. Cosme e por consequência ao Concelho de Gondomar? P – É uma pergunta muito interessante. Daria muito para falar mas uma vez que estou limitado, tudo aconteceu da seguinte forma. Eu estou a morar em S. Cosme há cerca de 33 anos, casei há 30 anos com uma mulher de Gondomar e por isso vim parar a Gondomar. Eu sou um transmontano natural de Vila Real. Sou inspector – jurista da Segurança Social e porque Gondomar precisava de alguém com algum dinamismo eu propus-me à candidatura de Presidente de Junta e ganhei com a maioria absoluta, de forma que estou muito satisfeito com o que estou a fazer, embora não seja Gondomarense de gema, já me sinto gondomarense do coração. C – Esta época traz uma nova vida às freguesias, o que representa o Natal para a freguesia de S. Cosme? P – O Natal para a freguesia de S Cosme representa muito naturalmente, muito mesmo. Nós aqui na Junta de freguesia de Gondomar o Natal é todos os dias e porquê, porque nós todos dias ajudamos as pessoas, todos os dias nos preocupamos com as pessoas, o nosso objectivo fundamental é ajudar as pessoas, principalmente as mais carenciadas, naturalmente que temos um plano de trabalho que abrange todo o tipo de faixas etárias, sociais e portanto não fazemos qualquer diferença. No entanto preocupamo-nos em resolver os problemas das pessoas que mais necessitam de nós e exemplo disso é o Banco Alimentar que nós implementamos na Junta de Freguesia para dar apoio alimentar às pessoas, é o Gabinete de Apoio Integrado, é o Gabinete de Psicologia para ajudar as crianças todos os dias que têm dificuldade na aprendizagem nas Escolas que são cerca de 55 crianças, é o Gabinete de Acção Social que dá apoio aos idosos de forma a eles terem uma vida melhor, é depois uma parceria com a Santa Casa de Misericórdia no sentido de ter crianças no regime de ATL, é todo uma série de trabalho Social que nós nos preocupamos diariamente porque para nós o NATAL é todos os dias. Naturalmente que nesta época natalícia reforçamos mais este propósito e ajudamos mais famílias que eventualmente estejam a necessitar de ajuda principalmente alimentar. Para além disto temos ainda um refeitório social em que todos os dias servimos cerca de 25 refeições diárias a pessoas de extrema pobreza. C – De que forma tenta inspirar as pessoas que consigo trabalham para serem mais felizes e festejarem esta época? P – Normalmente as pessoas que trabalham comigo estão motivadas todo o ano e não é só nesta época que eu as motivo e alerto para os problemas sociais da freguesia. Todos os meus colaboradores estão já preparados para trabalhar todo o ano até porque como sabe nós temos um certificado de qualidade o que significa que todos eles têm compromissos, têm responsabilidades, têm autonomia e portanto podem e devem trabalhar sempre com esse ânimo porque são trabalhos executados dos quais eu apenas sou o Supervisor de forma que eu dando o meu exemplo de abdicação e de dedicação de trabalho chega para que realmente eles se sintam motivados para fazer aquilo que devem fazer no dia a dia. C – Quais as transformações internas e externas que surgem na Junta e que apelam ao Natal? P – Todos têm as suas tarefas a executar e portanto não há assim grandes mudanças; no entanto há reforço de algumas funções tais como preparar convites, eventos culturais, desportivos e isso envolve mais empenhamento quer ao nível de funcionários restritos aos eventos relacionados com a Junta de Freguesia quer aqueles mais relacionados com a Universidade Sénior de Gondomar e digo isto pelo seguinte, a U.S.G. já tem cerca de 300 alunos, cerca de 40 professores e de maneira que isso obriga de certo modo a um esforço maior nesta época natalícia para que esse tipo de trabalhos e actividades tal como a festa de Natal e como o jantar de Natal quer ao nível da freguesia, dos funcionários, dos alunos e professores da U.S.G., naturalmente que isso requer de nós um maior esforço. No entanto já estamos habituados – “quem trabalha por gosto não cansa”. C – Com tantas acções sociais que esta Junta promove, o que fazem de “ESPECIAL” para os mais desfavorecidos nesta época de brilho e calor humano? P – É uma pergunta muito bonita naturalmente e respondo da seguinte forma. Como já disse o Natal é todos os dias e além do que já foi referido anteriormente, vamos incluir nesta época especial uma refeição solidária a todas as pessoas de extrema necessidade e carência alimentar incluindo os sem abrigo (infelizmente temos alguns) além de outras pessoas como os idosos e pessoas com dificuldades financeiras que não têm possibilidade de comer uma refeição digna, e desta forma vamos fazer uma refeição de Natal especial no dia 18 de Dezembro e contamos ter cerca de 100 pessoas nesta iniciativa. C – Existe concerteza uma verba dedicada só às festividades natalícias, qual o investimento mais importante que faz na freguesia nesta época? P – Não existe verba nenhuma destinada a esta época (infelizmente) nem há rubricas destinadas para as festas. O que nós apelamos a maioria das vezes é à comunidade que seja solidária para connosco. É evidente que despendemos algumas verbas do orçamento que temos mas essencialmente vamos buscar o dinheiro ao apoio de várias empresas como Modelo, Continente, Mercearias, a pessoas mais ricas da cidade que também nos ajudam, etc. C – Que alterações significativas nota que S. Cosme sofreu nos últimos anos a cada Natal? P – Sim, tenho notado que a minha freguesia nos últimos anos tem sofrido muitas alterações na altura do Natal. Há cerca de 6 anos quando assumi a Presidência nós éramos cerca de 30 elementos e neste momento já somos cerca de 90 ao todo. Temos melhorado a iluminação exterior, com a participação de outras entidades, fazemos todos um anos um Presépio que tem vindo a melhorar cada ano com a ajuda das donas de casa, que teve como início na secretaria, depois passamos para o auditório e tal é a dimensão do mesmo, que neste momento já passamos a faze-lo no terraço, todos os anos tem vindo a aumentar. No que respeita às festas temos a participação de vários coros que vêm cantar as Janeiras. C – Sendo esta uma época de união familiar, sente que as pessoas abandonam a freguesia para irem para outros locais viver o Natal? P – Acho que não, as pessoas cada vez mais estão enraizadas à nossa freguesia e não se ausentam, principalmente quando a Câmara começou a fazer as festas natalícias, as pessoas sentiram-se mais felizes e apoiadas com estas iniciativas. C – Existem doces ou receitas tradicionais provenientes desta localidade que se tenham proliferado pelo resto do país, ou que mantenham o segredo e continuem aqui na sua origem? P – Sim, algumas têm passado para além da nossa freguesia mas a maior parte mantém-se cá, não pelo segredo mas pela característica da própria freguesia como por exemplo o bolo de noz. Recentemente fizemos um concurso do qual eu fiz parte do Júri e apreciamos cerca de 20 bolos diferentes, mas todos eles com o produto mais usado em Gondomar que é a “noz” o que se tornou uma forma de atracção para as pessoas que visitam Gondomar (Festas das Nozes). C – Como costuma passar o seu Natal? P – O meu Natal é passado como habitualmente em FAMILIA embora para mim o Natal começa praticamente a partir do dia 15, pois a partir deste dia começo a festejar com mais carenciados, com colectividades, com amigos, com colegas profissionais e de uma forma geral com quem solicita a minha presença. A minha maior alegria é ver as pessoas felizes principalmente nesta quadra que é o NATAL. Em nome do JORNAL NATALÍCIO DA U.S.G. agradeço toda a disponibilidade e tudo o que tem feito pela nossa comunidade. entrevista ao Dr. AlcÍdio J.C.A. – O que é para si o Natal? Dr. Alcídio – É o momento de partilha de emoções e afectos, onde a solidariedade e amor pelo próximo devem reinar. J.C.A. – Gosta da Festa do Natal? Dr. Alcídio – Sim, porque é um dia de encontros e reencontros. Coordenador da U.S.G. Por Júlio C. Alves J. C. A. – Como costuma passar o seu Natal? Dr. Alcídio – Normalmente costumo passar o Natal na casa dos familiares e amigos. J. C. A. – Acha que a mensagem de Natal é dirigida aos mais pequenos, ou de um modo geral a todos nós? Dr. Alcídio – A mensagem de Natal e seu empenho, deve de ser dirigidas a todas aquelas pessoas que buscam a Paz, o Amor e a Compaixão. J. C. A.– Tem como tradição comer batatas com bacalhau no Natal? Dr. Alcídio – Sim. J. C. A. – E “Farrapo Velho” Dr. Alcídio – Também. J. C. A. – Também gosta de receber prendas no Natal? Dr. Alcídio – Gosto de dar e receber. J. C. A. – Qual é que gostava mais de receber no Natal deste ano? Dr. Alcídio – Uma viagem à volta do mundo !!! J. C. A. – Como mensagem, o que deseja para os Professores e Alunos da U. S. G. neste Natal de 2008? Dr. Alcídio – Desejo a todos um Santo e Feliz Natal para as suas respectivas Famí- lias, e que continuem a presentear-nos com a sua boa disposição, concretamente Companheirismo e Devoção. J.C.A. – Muito obrigado pela sua disponibilidade, e eu como aluno da U. S. G., desejo ao nosso Presidente Dr. José António Macedo, ao seu Coordenador Dr. Alcídio, à sua Assistente Dr.ª Eugénia e a todos os Colaboradores que fazem parte do Corpo desta Universidade Sénior, não esquecendo nossos Professores e Colegas, votos sinceros de um SANTO e FELIZ NATAL «O HOMEM DAS BARBAS BRANCAS» A Verdadeira história do Pai Natal Por Orlando Fonseca Segundo os relatos históricos, São Nicolau, também conhecido por Santa Claus, nome que deriva de Santus Nicolaus, terá sido Bispo de Mira, em Dembre, na actual Turquia. Nasceu em Lycia, no sudoeste da Ásia Menor, entre o século III e IV. Os relatos apontam os anos 270 (século III) ou 350 (século IV). A disparidade de datas é frequente quando falamos de relatos muito antigos referentes a pessoas célebres na sua época. Nicolau fez viagens para o Egipto e Palestina onde se formou bispo. A data da sua morte também não é certa. Há relatos que apontam a sua morte para o ano 342 o que torna impossível o seu nascimento em 350. Nessa altura era um homem muito respeitado em todo o mundo cristão. Foi sepultado durante o século VI num santuário e no local surgiu uma nascente de água. Já no século XI, em 1087, os restos mortais e relíquias de Nicolau foram transladados para Bari na Itália e então passou a ser conhecido como São Nicolau de Bari. Rapidamente o local se transformou num centro de peregrinação e a ele se associaram muitos milagres relacionados com a oferta de presentes. A sua popularidade aumentou e o santo viu-se transformado em símbolo, estando directamente relacionado com o nascimento de Jesus Cristo, já que os princípios de dar sem pedir em troca são também máximas de Cristo. Ficou também como um dos santos mais populares da história da cristandade, sendo o protector não só dos mais pequenos, mas também marinheiros, escravos, pobres e presos se dizem protegidos pelo santo, isto porque São Nicolau esteve preso no reinado de Diocleciano, durante a perseguição aos cristãos, ficando encarcerado por muito tempo. Mas mais tarde Constantino, O Grande ordenou a libertação de vários presos religiosos entre os quais se encontrava Nicolau. A sua fama vem-lhe da sua generosidade com os mais desfavorecidos, em particular crianças que protegia com toda a dedicação. As lendas e histórias que se associam à vida deste homem são muitas, mas todas se prendem com a sua bondade e protecção dos mais desprotegidos. Assim, há uma lenda que diz que Nicolau ressuscitou três crianças, convertendo-as em fiéis dedicados e seguidores. Outra ainda refere que o pai de Nicolau era senhor de grande fortuna, que lhe deixou em herança, na altura da sua morte. Assim o santo pode continuar a ajudar as pessoas. Conta a lenda que Nicolau ajudou uma família sua vizinha que vivia tempos de necessidade. Quando uma das filhas resolveu casar, o seu pai sem dinheiro chorava o dia inteiro pois não tinha meios para dar um casamento digno à sua filha. Assim São Nicolau encheu uma bolsa de moedas de ouro e, de noite, sem ser visto, depositou-a na janela do vizinho. A jovem casou com um belo dote e ficaram todos felizes. Um pouco mais tarde a história repetiu-se a com a segunda filha do vizinho. Mas, desconfiado, o vizinho de Nicolau, quando se preparava para casar a terceira filha, escondeu-se durante a noite, próximo da dita janela e descobriu o seu protector. Espalhou-se a notícia aos pobres e crianças. Mas esta lenda apresenta outra versão que diz que São Nicolau salvou três jovens da prostituição, filhas de um homem pobre. Encheu uma bolsa de ouro e atirou-a pela Dezembro, 2008 (edição de Natal) janela da casa vizinha, acabando com os problemas económicos da família e dando a cada jovem a possibilidade de casar dignamente, com um dote apropriado. Assim, com o passar dos anos e com as ajudas que dava a todos os que o rodeavam, principalmente crianças sem protecção e abandonadas, São Nicolau ficou para a história como um homem bom e generoso. Nuns locais dizia-se que se deslocava num trenó puxado por oito renas, noutros a figura do velhinho de longas barbas brancas aparecia num burrinho, trazendo um saco cheio de presentes. Mais tarde a lenda e as palavras do povo acreditavam que este santo homem descia pelas chaminés das casas, de noite, para deixar os seus presentes, nas meias e sapatinhos das crianças (principalmente na Suécia e Noruega). A sua figura viveu até aos nossos dias, por diversas razões, como o Pai Natal, símbolo de dádiva, amor e fraternidade, que também caracteriza o Natal Cristão. VIVER... ECOS DA USG 3 Não é triste mudar de ideias; triste é não ter ideias para mudar. A vida é uma oportunidade, aproveita-a. A vida é beleza, admira-a. A vida é beatificação, saborei-a. A vida é sonho, torna-o realidade. A vida é um desafio, enfrenta-o. A vida é um dever, cumpre-o. A vida é um jogo, joga-o. A vida é preciosa, cuida-a. A vida é riqueza, conserva-a. A vida é amor, goza-a. A vida é um mistério, desvela-o. A vida é promessa, cumpre-a. A vida é tristeza, supera-a. A vida é um hino, canta-o. A vida é um combate, aceita-o. A vida é tragédia, domina-a. A vida é aventura, afronta-a. A vida é felicidade, merece-a. A vida é a VIDA, defende-a. Tudo isto é viver NATAL. entrevista À DrA. EUGÉNIA cRISTINA Por Maria Filomena Alves Entrevistador - Como é que define o Natal? Geninha - reunião e convívio com a família a comemorar o Nascimento de Jesus. Serviços Administrativos da U.S.G. Entrevistador - Há diferença do Natal do tempo de seus Pais para o actual? Geninha - Não, porque mantenho o mesmo ambiente de união familiar e confraternizamos, fazendo jogos natalícios em família (jogos da piasca, loto, cartas a pinhões etc.) Entrevistador - Quais as histórias reais que acompanhou durante a sua infância da época de Natal? Geninha - Da história que eu ansiava ver sempre na televisão era o Nascimento de Jesus nas histórias infantis que nesta época passavam nos média. Entrevistador - Normalmente no que consiste a vossa noite da consoada? Geninha - Em primeiro lugar o jantar tradicional que é prato de bacalhau com batatas, depois colocamos a mesa dos bolos onde ficamos sentados a fazer os jogos tradicionais e conversar em família e após tudo isto vamos em família à tradicional Missa do Galo onde esta missa é bastante marcante em todos os sentidos. Após o regresso a casa abrimos as prendinhas tradicionais, onde é uma alegria ver os meus priminhos com idades compreendidas entre os 2 e 7 anos analisar o que o Pai Natal lhes atribuiu. Obrigada e boas festas Nascimento de Jesus Cristo Aspectos históricos De acordo com o almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336 d.C.. Na parte Oriental do Império Romano, comemorava-se em 7 de janeiro o seu nascimento, ocasião do seu batismo, em virtude da não-aceitação do Calendário Gregoriano. No século IV, as igrejas ocidentais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o Natal e o dia 6 de janeiro para Epifania (que significa “manifestação”). Nesse dia comemora-se a visita dos Magos. Segundo estudos, a data de 25 de dezembro não é a data real do nascimento de Jesus. A Igreja entendeu que devia cristianizar as festividades pagãs que os vários povos celebravam por altura do solstício de Inverno. Portanto, segundo certos eruditos, o dia 25 de dezembro foi adotado para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao “nascimento do deus sol invencível”, que comemorava o solstício do Inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro; era um período de alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus persa Mitra, o Sol da Virtude. Assim, em vez de proibir as festividades pagãs, forneceu-lhes um novo significado, e uma linguagem cristã. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como “o sol de justiça” (Malaquias 4:2) e a “luz do mundo” (João 8:12) revelam a fé da Igreja n’Aquele que é Deus feito homem para nossa salvação. As evidências confirmam que, num esforço de converter pagãos, os líderes religiosos adotaram a festa que era celebrada pelos romanos, o “nascimento do deus sol invencível” (Natalis Invistis Solis), e tentaram fazê-la parecer “cristã”. Para certas correntes místicas como o Gnosticismo, a data é perfeitamente adequada para simbolizar o Natal, por considerarem que o sol é a morada do Cristo Cósmico. Segundo esse princípio, em tese, o Natal do hemisfério sul deveria ser celebrado em junho. Há muito tempo se sabe que o Natal tem raízes pagãs. Por causa de sua origem não-bíblica, no século 17 essa festividade foi proibida na Inglaterra e em algumas colônias americanas. Quem ficasse em casa e não fosse trabalhar no dia de Natal era multado. Mas os velhos costumes logo voltaram, e alguns novos foram acrescentados. O Natal voltou a ser um grande feriado religioso, e ainda é em muitos países. 4 ECOS DA USG (edição de Natal) Dezembro, 2008 POEMAS DE NATAL Repicam os Sinos com Fervor UM NOVO NATAL Repicam sinos, com fervor, nos campanários, alvoroçados com notícia que os seduz; gritam aos povos e aos recantos solitários: Nasceu Jesus! Nasceu Jesus! Nasceu Jesus! A boa nova vem dos magos legendários, aqui trazidos pela estrela que conduz: bichos, pastores, anjos, todos solidários, reverenciam o pequenino rei da LUZ! Menino Deus que se fez homem por bondade, doou-se a nós, livrando-nos de todo o mal, e ensinou-nos que a maior felicidade é ser fraterno, amando a todos por igual. Enquanto houver alguém que viva essa verdade, ao relembrar o nascimento divinal, a voz dos sinos se ouvirá na Eternidade: Feliz Natal! Feliz Natal! Feliz Natal! Um anjo imaginado, Um anjo dialéctico, actual, Ergueu a mão e disse: - É noite de Natal, Paz à imaginação! E todo o ritual Que antecede o milagre habitual Perdeu a exaltação. Em vez de excelsos hinos de confiança No mistério divino, E de mirra, e de incenso e oiro Derramados No presépio vazio, Duas perguntas brancas, regeladas Como a neve que cai, E breves como o vento Que entra por uma fresta, quezilento, Redemoinha e sai: À volta da lareira Quantas almas se aquecem Fraternalmente? Quantas desejam que o Menino venha Ouvir humanamente O lancinante crepitar da lenha? Menino dormindo… Silêncio profundo. Bem vindo, bem vindo, Salvador do Mundo! Noite. Noite fria. Mas que linda que é! De um lado Maria Do outro José. Um anjo descerra A ponta do véu… E cai sobre a Terra A imagem do Céu! (P.H. Melo) ÁRVORE Amigo é Natal!... Queres ir a Belém? O caminho é longo, A estrada bem má. Passa por casebres Sem luz e sem pão, Por doentes e presos Velhos desprezados, Crianças sozinhas Sem lar, sem amor Crianças marcadas Por fomes, por guerras. Não vais só, amigo, Por esse caminho Caminho de esperança E também de verdade De alegria e amor DE justiça e paz. Atravessa o mundo Em fraternidade, Pois Belém é hoje Toda a humanidade… Se tu queres, amigo, Abre o coração Gesto fraternal E em cada dia Farás aparecer Um novo Natal. HISTÓRIA ANTIGA Era uma vez, lá na Judeia, um rei. Feio bicho, de resto: Um cara de burro sem cabresto E duas grandes tranças. A gente olhava, reparava e via Que naquela figura não havia Olhos de quem gosta de crianças. E, na verdade assim acontecia. Porque um dia, O malvado, Só por ter o poder de quem é rei Por não te coração, Sem mais nem menos, Mandou matar quantos eram pequenos Nas cidades e aldeias da Nação. Mas, por acaso ou milagre, aconteceu Que, num burrinho pela aldeia fora, Fugiu Daquelas mãos de sangue um pequenito Que o vivo sol da vida acarinhou; E bastou Esse palmo de sonho Para encher este mundo de alegria; Para crescer ser Deus; E meter no inferno o tal das traças, Só porque ele não gostava de crianças. (M. Torga) A sua história Segundo a história mais aceitável, a árvore de natal teria surgido na Alemanha na Idade Média. Um certo dia, o célebre Martinho Lutero, o criador das 95 teses, estaria andando por uma floresta de pinheiros. Ao reparar no céu loteado de estrelas ficou fascinado com sua beleza e com a lembrança de que Deus disse a Abraão que sua descendência seria tanta quanto as estrelas existentes no céu. A descendência é simbolizada por frutos de uma árvore. Deus plantou uma árvore, no jardim do Éden, chamada “árvore da Vida”, que representa Jesus e seus frutos, os gerados de Cristo. O facto de apresentá-la no final de Dezembro e início de Janeiro é para lembrar o “Ano Domini” qual Jesus foi o marco zero. ALMOÇO DE NATAL Testemunho de Conceição Ângelo OLÁ LEITORES!... Aqui estamos nós no “Almoço de Natal” da Universidade Sénior de Gondomar aliás como já vem sendo habitual. Já alguns anos a esta parte que se realiza este maravilhoso evento, que por sinal tem servido para a família da U.S.G. se unir e confraternizar esta época de alegria, bondade, carinho e amor que é o Natal. O convívio que aqui se viveu no dia 12/12/08, foi excepcional. Tivemos uma óptima refeição, um ambiente espectacular com música para animar e para não esquecer a dança. Há!!!! e o karaoke para que algumas pessoas mostrassem o seu talento. Foi muito divertido; É para se repetir mais vezes. Obrigado aos elementos responsáveis da U.S.G., obrigada aos professores e também aos alunos “colegas” que todos juntos tornamos isto possível. UM SANTO E FELIZ NATAL E UM BOM ANO PARA TODOS. entrevista À PROFª. IVONE Profª de Expressão Fisica e Motora Por Conceição Ângelo P.- O que lhe transmite a época natalícia? R.- A época natalícia primeiro vida nova, há bem pouco tempo fui avó pela segunda vez e o Natal significa nascimento, isto de uma forma mais global é o nascimento do grande menino, o menino da paz, do redentor, do Rei dos Reis e do Senhor dos Senhores é o tempo de Jesus Cristo. P.- Esta quadra natalícia dá-lhe ideias para novos projectos? R.- Novos projectos para a minha vida particular, dá ser uma avó mais uma vez disponível, poder olhar todos os netos do meu País e do Mundo inteiro de uma maneira completamente diferente, ainda melhor , todas as crianças são meus netos... todas mesmo. E gostaria que este Natal específico fosse um Natal feliz para toda a gente e que todos se sintam o melhor possível. P.- Como vê o Natal dos mais desfavorecidos? R.- Provavelmente com alguma tristeza, com grandes dificuldades, com alguma derrota, com desesperança; no entanto gostaria de naquilo que me diz respeito dizer-lhes que a esperança é a última a morrer e o Natal que é a vida seja para os mais desfavorecidos um tempo de esperança. P.- Qual a motivação para com os seus os seus alunos da Universidade Sénior? R.- Eu sou mais do que motivada, eu sou apaixonada desde o primeiro instante pelos alunos da U.S.G.,acho que foi o empreendimento natalício mais importante que Gondomar teve. Olhou para os reformados, os mais disponíveis, etc...da maneira mais digna, não nos pôs sentados a fazer croché, foi o espaço mais maravilhoso, foi o melhor presente de Natal que Gondomar pôde ter já a alguns anos a esta parte, este já é o terceiro. Bem hajam todos aqueles que fizeram Nascer a Universidade Sénior de Gondomar. P.- Sente que os seus alunos estão motivados em relação aos projectos natalícios? R.- Penso que sim! Há movimentos, uns vão ao almoço, outros fazem actividades diversas, outros empenham-se na festa de Natal que está a chegar, acho que toda a gente está entusiasmada com o natal e aqueles que não estão passam a estar, quanto mais não seja pelos colegas e professores. P.- O que faz no Natal? R.- De uma maneira geral passo em casa reunida com toda a família. P.- Qual a mensagem de Natal que gostaria de transmitir para o Mundo? R.- Ora bem: Eu fui convidada há dois anos a esta parte para escrever uma história a qual intitulei de “O Príncipe da Paz” e vou lê-la nesta casa no dia 5/DEZ/08., portanto a minha mensagem é a “PAZ” para o Mundo. Dezembro, 2008 (edição de Natal) UM CONTO DE NATAL Era véspera de Natal. Um vento cortante fazia com que os últimos transeuntes se apressassem para recolherem ao conforto de suas casas. A maioria, certamente, desfrutaria de uma ceia mais farta e da companhia de familiares ou amigos. Através das janelas das casas podia adivinhar-se uma alegre azáfama e chegava-nos o cheiro adocicado das variadas receitas confeccionadas nesta época. Numa rua quase deserta, Maria caminhava a custo tentando chegar à estação de metro mais próxima. Estava grávida e o médico recomendara-lhe muito descanso, sobretudo agora que a barriga tinha crescido imenso. Faltavam ainda algumas semanas para a data prevista para o nascimento do seu filho. Nessa altura, estava a planear regressar à sua aldeia, no interior do país e, nos primeiros dias após o parto, contar com ajuda da sua mãe. Estava empregada numa confeitaria e, apesar de desde manhã se sentir um pouco indisposta, com uma dorzita no baixo-ventre, decidira ir trabalhar. O negócio estava mau e ainda não sabia se o patrão lhe iria pagar o subsídio de Natal, com o qual iria ainda comprar algumas peças que lhe faltavam no enxoval do seu filho. Continuou a caminhar com algum custo, mas a dor começou a fazer-se sentir com mais intensidade. De vez em quando, parava e tentava respirar, de acordo com as sugestões que aprendera num manual de preparação para o parto. A entrada do metro estava perto, por isso, apesar das dificuldades desceu as escadas lentamente, enquanto se apoiava no corrimão. No final da escadaria, uma dor mais forte fez com que se aninhasse. Alguém se acercou dela. Viu uns sapatos gastos e umas calças velhas. Olhou para cima e viu um homem vestido com roupas que não correspondiam ao seu tamanho, os cabelos desalinhados e a barba comprida. Não sabia ao certo se seria ECOS DA USG 5 novo ou velho mas, no seu olhar surpreendido, sobressaíam uns grandes olhos castanhos que irradiavam uma grande doçura. O homem abaixou-se junto dela e perguntou-lhe se precisava de ajuda. Ela respondeu -lhe que achava que o seu filho ia nascer. Mal acabou de falar começou a sentir contracções e dores cada vez mais fortes. De repente sentiu que não podia esperar mais. O homem correu e, rapidamente, voltou com um pequeno colchão e um cobertor. Maria só teve tempo de se deitar. Sentiu que a sua carne se rasgava e o seu filho vinha a caminho. Passaram alguns minutos. O homem apertava as mãos de Maria enquanto esta fazia força. Logo de seguida uma pequena massa de carne ensanguentada surgiu estendida sobre o cobertor. O homem pegou no pequeno ser e depositou-o sobre a barriga da mãe que olhava enlevada, para o seu filho recém-nascido. Entretanto, pôs-se rapidamente em pé e correu para uma cabina telefónica que se encontrava próximo e ligou para o 112. Quando voltou encontrou Maria com o seu filho nos braços embrulhado no cobertor. Sentou-se no chão a seu lado e ficou, também, a olhar a criança com um olhar enternecido. A noite tinha caído e, no azul-escuro do céu, começava a destacar-se uma estrela muito brilhante. Quando os paramédicos chegaram, depararam com uma cena enternecedora: o sem-abrigo, a mãe e a criança, iluminados pela estrela que brilhava intensamente, representavam o verdadeiro presépio. Por isso, durante alguns instantes, também eles ajoelharam e adoraram o Menino. “ O Espírito do Natal “ Deixa-me ver se o espírito do Natal já está na tua casa. Não, não quero ver a árvore iluminada na sala, nem quero saber quanto já gastaste em presentes. doentes, na mão que apoia o deficiente visual na travessia das ruas, no ombro amigo que se oferece para quem anda meio triste, perdido. Quero sim, sentir no ambiente a mensagem viva do aniversariante desse Dezembro mágico. Quero ver o espírito do Natal invadindo as ruas, respeitando os animais, a natureza que implora por cuidados tão simples, como não deitar o papel no chão, nem o lixo nos rios. Toda a família está unida? O perdão já eliminou aquelas desavenças que ocorrem no calor das nossas vidas? Não quero ver a tua despensa cheia, quero saber se tu conseguiste doar alguma coisa do que te sobejou para quem tem tão pouco, às vezes nada. Não exibas os presentes que já compraste, mesmo com sacrifício. Quero ver aí dentro de ti a preocupação com aqueles que esperam tão pouco, uma visita, um telefonema, uma carta, um email. Quero ver o espírito do Natal entre pais que descobrem tempo para os filhos, em amigos que se reencontram e podem parar para conversar, no respeito do telemóvel desligado no teatro, na gentileza de quem oferece o banco para o mais idoso, na paciência com os Não quero ver o Natal nas montras enfeitadas, no convite ao consumo, mas no enfeite que a bondade faz no rosto das pessoas generosas. Por fim, mostra-me que o espírito do Natal entrou definitivamente na tua vida, através de um abraço fraterno, da oração sentida, do prazer de andar sem drogas, nem bebidas, do riso franco, do desejo sincero de ser feliz e de tão feliz, não resistir ao desejo de fazer outras pessoas, também felizes. Deixa o Natal invadir a tua alma entre os perfumes da cozinha que se vai encher de comidas deliciosas, no cheiro da roupa nova que todos vão exibir. Abraça a tua família e façam alguns minutos de silêncio, que será como uma oração do coração, que vai subir aos céus, e retornar com um presente eterno e duradouro: O suave perfume do Senhor, perfume de Paz, Amor, Harmonia e a eterna Esperança de que um dia, todos os dias serão como os dias de Natal. Um FELIZ NATAL com muita HARMONIA Um nascimento a ser lembrado A experiência de “nuestros hermanos” ‘Hoje vos nasceu o Salvador, que é Cristo o Senhor.’ — Lucas 2:11 HÁ UNS 2 mil anos, uma mulher na cidade de Belém deu à luz um menino. Poucas pessoas que moravam naquela cidade sabiam do significado desse nascimento. Mas alguns pastores, que passavam a noite com seus rebanhos no campo, viram uma multidão de anjos e os ouviram cantar: “Glória a Deus nas maiores alturas, e na terra paz entre homens de boa vontade.” — Lucas 2:8-14. Os pastores encontraram então Maria e seu marido, José, num estábulo, assim como os anjos haviam indicado que encontrariam. Maria, que deu ao menino o nome Jesus, o havia deitado numa manjedoura. (Lucas 1:31; 2:12) Hoje, passados 2 mil anos, cerca de um terço de toda a humanidade diz que segue a Jesus Cristo. E os acontecimentos relacionados com o seu nascimento são a base de uma história que provavelmente já foi contada mais vezes do que qualquer outra na história humana. A Espanha, país com forte tradição católica e talento para realizar festas religiosas tradicionais, desenvolveu muitas maneiras de comemorar aquela noite especial que se passou em Belém. Desde o século 13, a cena da natividade tem sido um dos aspectos mais conhecidos das celebrações espanholas. Muitas famílias fazem uma pequena representação da manjedoura em que Jesus foi deitado. Figuras de argila retratam os pastores, os magos (ou “três reis”), José, Maria e Jesus. Muitas vezes, durante o período do Natal, se colocam grandes presépios perto das prefeituras, com figuras de tamanho quase natural. Parece que Francisco de Assis iniciou esse costume na Itália, a fim de chamar a atenção das pesso- as para o relato evangélico do nascimento de Jesus. Monges franciscanos popularizaram isso mais tarde na Espanha e em muitos outros países. Na Espanha, os magos desempenham um papel importante nas celebrações de Natal, assim como se dá com o Papai Noel em outros países. Os magos supostamente dão presentes às crianças espanholas em 6 de janeiro, Dia de Reyes (Dia dos Reis), assim como os magos, segundo a crença popular, trouxeram presentes para o recém-nascido Jesus. No entanto, poucos percebem que o relato evangélico não diz quantos magos visitaram Jesus. Na realidade eles não eram reis, mas sim astrólogos.* Além disso, após a visita dos magos, Herodes, na tentativa de assassinar Jesus, mandou matar todos os meninos “de dois anos de idade para baixo” que havia em Belém. Isso dá a entender que a visita dos magos foi bem depois do nascimento de Jesus. — Mateus 2:11, 16. Desde o século 12, algumas cidades da Espanha têm feito representações teatrais do nascimento de Jesus, inclusive da visita dos pastores a Belém e posteriormente a dos magos. Atualmente, a maioria dessas cidades realizam a cada 5 de janeiro uma cabalgada, ou parada, na qual os “três reis” desfilam pelo centro da cidade em carros bem enfeitados e distribuem balas para os espectadores. As decorações tradicionais de Natal e os villancicos (canções natalinas) servem para animar a festividade. A maioria das famílias espanholas gosta de ter um jantar especial na véspera do Natal (24 de dezembro). A refeição tradicional inclui itens tais como turrón (doces feitos de amêndoas e mel), marzipã, frutas secas, cordeiro assado e frutos do mar. Os membros da família, mesmo os que moram longe, fazem um esforço especial para se reunir nessa ocasião. Em outra refeição tradicional, no dia 6 de janeiro, a família come um roscón de reyes, um bolo dos “Reis”, em forma de anel, que tem uma “sorpresa” (pequena surpresa) escondida dentro. Havia um costume similar nos tempos romanos: o escravo que encontrasse o item escondido na sua porção de bolo podia ser “rei” por um dia. 6 ECOS DA USG (edição de Natal) Dezembro, 2008 GASTRONOMIA NATALÍCIA Filhós de Abóbora Ingredientes: • 1 kg de abóbora-menina • 1,25 kg de farinha de trigo • 50 gr de fermento de padeiro • 1 cálice de aguardente • Azeite (q.b.) para fritar • Canela (q.b.) • Açúcar (q.b.) Preparação: Descasque a abóbora, retire-lhe as sementes e corte-a em cubos regulares. Coloque a abóbora a cozer. Quando esta estiver cozida, retire-a da água, escorra-a muito bem e deixe-a arrefecer ligeiramente. Misture-a com a farinha num alguidar e amasse tudo muito bem em conjunto. Dilua o fermento num pouco de água da cozedura da abóbora. Junte o fermento diluído e a aguardente à massa, trabalhando-a muito bem. Depois de bem amassada, deixe levedar dentro do alguidar, tapada com um cobertor de lã em local morno e sem correntes de ar. Quando a massa estiver bem lêveda, coloque ao lume uma frigideira com azeite, o qual deve ficar bem quente, e comece a fritar, deitando a massa com a ajuda de duas colheres. Depois de fritas, passe as filhós por uma mistura de canela e açucar. Aletria Ingredientes: Para 4 pessoas * 100 g de aletria ; * 4 dl de leite ; * 150 g de açúcar ; * 50 g de manteiga ; * 3 gemas ; * casca de limão ; * canela Confecção: Coze-se a aletria em água durante 5 minutos e escorre-se. Em seguida, leva-se o leite ao lume juntamente com a casca de limão, o açúcar e a aletria e deixa-se cozer. Depois de a aletria estar cozida, junta-se a manteiga e, fora do lume, misturam-se as gemas previamente batidas. Leva-se ao lume apenas para que as gemas cozam ligeiramente. Serve-se a aletria polvilhada com canela. Bacalhau da Consoada Ingredientes: • posta(s) de bacalhau • couve portuguesa • ovos • batata(s) • azeite • dente(s) de alho • vinagre Preparação: 1. Cozem-se postas altas de bacalhau, bem demolhadas, juntamente com a couve portuguesa. 2. À parte, cozem-se batatas com pele e um ovo por pessoa. 3. Na altura de servir, descascam-se os ovos e pelam-se as batatas. 4. Preparação do molho: leva-se ao lume uma porção de azeite (0,5 dl por pessoa) com alguns dentes de alho abertos ao meio. Quando levantar fervura, retira-se do lume e junta-se um pouco de vinagre. Serve-se numa molheira. Nota:Também se pode regar as filhós com mel, depois de fritas, em vez de as envolver na mistura de canela e açucar. Tronco de Natal Ingredientes: * 10 ovos * 5 gemas * 300 grs de açúcar * 250 grs de farinha * sal q.b. Rabanadas do Convento Ingredientes: • 1 cacete com 2 dias; • 1 kg de açúcar; • 1 pau de canela; • 2 tiras de casca de limão; • 1 colher de sopa de manteiga; • 1 colher de sopa de mel; • Sal; • 12 gemas; • 2 cálices de vinho do Porto. Preparação: Corta-se o pão em fatias com um dedo de espessura. Com 300 gr de açúcar, 2 dl de água, o pau de canela, as cascas de limão, a manteiga, o mel e uma pitada de sal, faz-se uma calda pouco espessa, a que se junta, fora do lume, 1 cálice de vinho do Porto. Deixa-se arrefecer. Entretanto, batem-se as gemas num prato apenas para as ligar. Numa frigideira pequena, cujo tamanho deve ser ligeiramente maior do que as fatias de pão depois de demolhadas, levase o restante açúcar ao lume com água e deixa-se ferver até se obter um ponto fraco (102 ºC no máximo). Passam-se as fatias de pão pela a calda, depois pelas as gemas e introduzem-se na calda que está a ferver, como quem frita. Cada rabanada é assim frita em calda de açúcar e uma de cada vez. À medida que vão fritando, colocam-se as rabanadas em travessas fundas ou taças. Estando todas as rabanadas fritas, regamse com a calda da fritura, a que se juntou 1 cálice de vinho do Porto. A calda apresenta farrapos de ovos. Confecção: Bater os ovos e gemas com o açúcar até triplicarem de volume, juntar a farinha, mexer só o necessário para envolver a farinha. Cozer em tabuleiro untado e forrado com papel vegetal à temperatura de +-220º. Receita para o Recheio e Cobertura: * 5 claras de ovos * 150 grs de açúcar em pó * 150 grs de margarina * 75 grs de cacau Bater as claras com o açúcar até triplicarem de volume, junte a margarina aos pedaços e volte a bater até a margarina estar bem misturada, dissolva o cacau em +- 1 dl de óleo morno e misture bem. Enrole a torta recheada com o creme de chocolate, corte as pontas da torta e coloque-as de lado na torta de maneira que fique com aspecto de tronco de árvore cortado, barre na totalidade o tronco com o creme de chocolate e cubra-o com raspas de chocolate e polvilhe com açúcar em pó. Nota: Para fazer as raspas de chocolate, raspe com uma faca uma tablete de chocolate muito ligeiramente aquecida (friccione um pouco com a mão). Roupa Velha Ingredientes: * 2 postas de bacalhau cozidas * Couves cozidas * 1 kg de batatas cozidas * 1 dl de azeite * 2 dentes de alho * 4 ovos * Sal e pimenta q.b. Confecção: Limpe o bacalhau de peles e espinhas e lasque-o. Corte as couves e as batatas em pedaços. Leve ao lume o azeite com os alhos picados e, assim que estes alourarem, junte o bacalhau, a batata e a couve. Deixe fritar um pouco, mexendo bem. Junte os ovos previamente batidos e mexa até ficarem passados a gosto. Sirva quente. Nota: Este é um prato especialmente usado para aproveitar restos de bacalhau cozido. Perú Recheado Ingredientes: • 1 peru pequeno; • 2 limões; • 3 colheres de sopa de manteiga; • 50 gr de toucinho; • 250 gr de carne de porco; • 250 gr de fígado de vitela; • 50 gr de pinhões; • 100 gr de miolo de pão; • 50 gr de azeitonas; • 2 ovos; • 1 colher de sopa de salsa picada; • 1/2 dl de aguardente; • leite; • 1 cebola pequena; • 1 dente de alho; • sal, pimenta e noz moscada; • vinho branco. Preparação: Prepare o peru e ponha-o de molho em água fria com os limões em rodelas, de um dia para o outro. No dia seguinte, enxugue o peru e recheie-lhe o papo com o seguinte picado: pique a carne de porco, o fígado do peru e o de vitela e o toucinho. Pique a cebola e aloure-a com uma colher de sopa de manteiga. Junte as carnes, os pinhões, as azeitonas sem caroço, o miolo de pão amolecido com um pouco de leite e a colher de sopa de salsa picada. Ligue com os ovos batidos e a aguardente e tempere com sal, pimenta e noz moscada. Encha o papo do peru com o recheio, feche a abertura com agulha e linha e deixe ficar algumas horas. Coloque o peru num tabuleiro, regue-o com a restante manteiga derretida e leve a assar em forno médio (180 ºC). A meio da assadura refresque o peru com um pouco de vinho branco. Depois de assado, retire-lhe as linhas com que foi cosido e sirva-o acompanhado com ervilhas salteadas e cenouras estufadas. Nos topos da travessa ponha agriões bem frescos. À parte sirva um arroz de passas e pinhões. Nota: Um peru de 5 kg recheado leva cerca de 4 horas a assar. Se começar muito cedo, envolva-o em folha de alumínio.