Cuidados que você deve ter antes de dar o sinal para aquisição do imóvel
Especialista
dá dicas para que a negociação não seja motivo de dor de cabeça ao comprador
No momento de assinar o contrato de
compra e venda do imóvel é muito
comum o pagamento de um sinal para
garantir o negócio. Mas, antes de desembolsar a quantia, é preciso tomar algumas precauções para evitar a perda do
investimento. Para a AMSPA - Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências, nessa situação, é aconselhável o
consumidor dar uma entrada no menor
valor possível, e assim ganhar tempo
para verificar as condições do imóvel e
se irá conseguir crédito.
Com o intuito de amarrar o negócío, o
desembolso do sinal é um procedimento
habitual na hora de adquirir um imóvel.
Para isso há dois tipos de sinal ou arras:
o confirmatório, o mais comum, é aquele
em que marca a execução do contrato, e
no caso de desistência, o valor pago
servirá como indenização. E o penitenciai, que é um compromisso prcliminar em
que as partes estipulam multa na hipótese de arrependimento
ou descumprimento do contrato. Nessa situação, a pessoa
que deu o valor perde a quantia e quem
as recebeu terá que devolver o dinheiro
em dobro.
Mas antes de se guiar pela empolgação
para poder segurar a compra da
residência, é necessário ter atcnção
para não perder o valor da entrada
do bem. "Nesse momento não é
recomendado dar um sinal alto, pois
o consumidor pode correr o perigo
de perder o investimento por :cr o
financiamento negado, problemas na
documentação da propriedade ou até
mesmo o vendedor agir de má-fé",
alerta Marco Aurélio Luz, presidente da AMSPA - Associação dos
Mutuários de São Paulo e Adjacências.
Para não ter dor de cabeça, a primeira
precaução é quanto à idoneidade do
corretor. Certifique-sc de que o profissional tem registro válido junto ao Creci Conselho Regional de Corretores de
Imóveis. "Com o nome completo do
corretor ou número referente à carteira é
possível levantar a situação dele, e assim
poder firmar o negócio com mais
segurança", ressalta Luz.
Outro cuidado é verificar se conseguirá
obter crédito. Para isso, é essencial o
comprador fazer o cálculo de suas despesas com objetivo de saber se as prestações do financiamento não vão comprometer mais do que 30% da renda familiar. Além disso, é fundamental averiguar
se o nome da pessoa que vai adquirir a
propriedade está no cadastro negativo do
Serasa e do SCPC - Serviço Central de
Proteção ao Crédito.
Ver as condições da moradia é também
um passo importante para evitar a perda
do sinal. Se o imóvel estiver na planta
vale checar a idoneidade da construtora.
Isso inclui o levantamento da incorporação do imóvel, se a planta do empreen-
dimento foi aprovada, INSS, ações
cíveis, trabalhistas e criminais, débitos
junto à prefeitura, o pedido do CNPJ e,
por fim, consultar o Procon.
No caso do imóvel ser usado é aconse- .
lhável conhecer a residência e conversar
com vizinhos. Além disso, cabe verificar
se a casa ou apartamento está penhorado, hipotecado ou com outros empecilhos que impedem sua regularização. "A
pesquisa será fundamental para se precaver sobre alguma irregularidade na
documentação da propriedade, o que
acaba levando à recusa do cartório em
realizar a escritura do imóvel", ressalta
Marco.
Luz recomenda ainda que, no caso de
dúvida, vale a pena pedir auxílio de um
advogado para certificar-se de todos os
detalhes antes de fechar o negócio
seguro. "O consumidor não deve ceder à
pressão do vendedor para dar o sinal,
mesmo que ele diga que tem outros
interessados no imóvel. A assinatura do
contrato de compra deve ser feito depois
que o futuro mutuário tiver ciência de
que a documentação do bem está em
ordem e ter avaliado seu crédito. É
melhor perder a transação por precaução
do que ficar sem a entrada por conta de
um investimento errôneo."
Serviço:
Os mutuários nessa situação que querem
mais esclarecimentos podem recorrer à
AMSPA. Os interessados podem entrar
em contato pelo telefone 3252-1665.
Outras informações
fonte; Matéria publicada
www.jomaldaorla.com.br/noticill5
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