A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. RELATÓRIO e CONTAs 2012 SEDE e serviços centrais Rua Frederico George nº37 Alto da Faia 1600-468 LISBOA . PORTUGAL Tel.: +351 217 213 500 . Fax: +351 217 213 599 Escritórios no norte Rua Gonçalo Cristóvão, nº 128, 15º Esq. 4200-264 PORTO . PORTUGAL Tel.: +351 222 073 190 . Fax: +351 222 010 699 ARMAZÉNS CENTRAIS Casal Maria Magra, Estrada IC2, km 44,4 2580-243 OTA . PORTUGAL NIF: 500 195 838 Conservatória do Registo Comercial de Lisboa Capital Social: 28.067.480 euros Alvará de Construção nº 103 [email protected] www.msf.pt FOTO DA CAPA: LInHA VERMELHA DO METROPOLITANO DE LISBOA ENTRE AS ESTAÇÕES DO ORIENTE E DO AEROPORTO, INCLUINDO AS ESTAÇÕES DE MOSCAVIDE, ENCARNAÇÃO E AEROPORTO LISBOA . portugal FOTO DA CONTRACAPA: MODERNIZAÇÃO E EXPANSÃO DO PORTO DA PRAIA ILHA DE SANTIAGO . CABO VERDE REQUALIFICAÇÃO DA EN1 - LOTE 2, ENTRE APENKWA E MALLAM . ACCRA . GANA RELATÓRIO e CONTAs 2012 Aprovado em Assembleia Geral Anual em 3 de Maio de 2013 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. ÍNDICE 07 ORGÃOS SOCIAIS 09 QUADROS SUPERIORES 13 ESTRUTURA DE Participações 15 Relatório ÚNICO de gestão do exercício de 2012 36 balanço consolidado 37 demonstração CONSOLIDADA dos resultados por naturezas 38 demonstração CONSOLIDADA dos resultados por funções 39 demonstração consolidadA dos fluxos de caixa 40 DEMONSTRAÇão consolidada DAS ALTERAÇõES NO CAPITAL PRÓPRIO DO EXERCÍCIO findo eM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 reforço de potência da barragem de venda nova III . montalegre . portugal MSF . Relatório e Contas 2012 5 HOSPITAL DE VILA FRANCA DE XIRA . portugal orgãos sociais Assembleia Geral Dr. Fernando Augusto Silva Cunha de Sá (Presidente) Dra. Maria Luís Nazaré dos Santos Ferreira (Secretário) Conselho de Administração Eng. Carlos Pompeu Ramalhão Fortunato (Presidente) Dr. Tiago Brito da Mana Ramalhão Fortunato (Vice-Presidente) Eng. Paulo Nuno Ferreira Silvestre (Vice-Presidente) Eng. Fernando Manuel dos Santos Valério Eng. José Pedro de Sá Campos Gil Eng. Manuel Burnay Nazareth de Sousa Eng. Francisco José Sobreira Pires Eng. José Joaquim da Cunha Moura Ferreira Eng. António Manuel Aragão de Melo Adjunto Eng. José Marcelino Silveira Ricardo Conselho Fiscal Dr. Amílcar Martins Escudeiro (Presidente) Rui Pena, Arnaut & Associados, Sociedade de Advogados, RL, representada por Dr. João Francisco de Freitas Cruz Caldeira Lamego, Horta e Associados - Sociedade de Advogados, RL, representada por Prof. Dr. José Alberto Rebelo dos Reis Lamego Dr. Manuel Henrique Martins da Silva (Suplente) Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Deloitte & Associados, SROC, S.A., representada por Dr. Tiago Nuno Proença Esgalhado Dr. Duarte Nuno Passos Galhardas (ROC suplente) Secretário Dra. Maria Madalena Serra dos Santos Teixeira da Silva (Efectivo) Dr. Miguel Eduardo Saraiva Vieira (Suplente) MSF . Relatório e Contas 2012 7 TÚNEL DO MARÃO - A4 - AUTO ESTRADA DO MARÃO AMARANTE - VILA REAL . portugal quadros superiores Eng. Alexandre Henrique Luz F. Silva Eng. António Luís Inácio Guimarães Eng. Armando José Maltez Filipe Eng. Arsénio Mendes Simões Eng. Camilo de Lelis Camargo de Mello Eng. Carlos Moisés da Silva Barbosa Eng. Fernando Varela Mathias Castello Branco Eng. Jorge M. Espírito Santo Faria Eng. Téc. José Ernesto Aleixo Eng. José Filipe Rodrigues Pina Santiago Eng. José Pedro Granjeia Silvestre Eng. José Pedro Lopes Morgado Eng. Luís Filipe A. Campos Ferreira Eng. Luís Miguel Soares Ribeiro da Costa Salema Dra. Maria Carlos R. F. L. Ramada Eng. Martinho B. da Mana R. Fortunato Eng. Orlando José J. Pinto Costa Eng. Pedro Nuno N. Serpa dos Santos Eng. Rui Carlos Estrela de Sá Pessoa Eng. Téc. Rui F. Frazão A. Monteiro Eng. Téc. Teresa Cristina Lopes Belo Ferreira MSF . Relatório e Contas 2012 9 quadros técnicos superiores Sr. Álvaro Rui Cortijo Oliveira Dra. Ana Cristina B. Campos Rebelo Eng. Ana Sofia Antunes Casal Antunes Eng. André Madeira Stoffel Eng. André Rodrigues Cordeiro Melo Cabral Dr. António Fernando P. Bugalho Sr. António Fernando Vicente Sousa Eng. Téc. António José Simões F. dos Santos Dr. António Pedro Afonso Barroso Eng. António Pedro Guedes Ramalhão Eng. António Pedro Lima Brás Jorge Eng. Téc. Armando Manuel da Cruz Robalo Eng. Augusto Manuel Martins de Oliveira Eng. Téc. Bruno Guia Neto Machado Eng. Carla M. Oliveira Ramos Santos Eng. Carla Patrícia Pinto Lourenço Eng. Téc. César Manuel Pereira Peixe Eng. Téc. Cláudio Lourenço Gil Dra. Cristina Maria Bento Monteiro Eng. Eduardo Jorge Nogueira Matos Eng. Emanuel X. B. de S. T. da Costa Dr. Fernando José de Almeida Carlos Eng. Fernando José Moreira R. Borges Eng. Téc. Fernando S. do A. Andrade Eng. Filipa Cristina Carvalho Mineiro Eng. Francisco A. Mendes C. Afonso Eng. Francisco José Oliveira Carrilho Dr. Francisco José Pinto Calhelha Eng. Frederico J. M. de Faria Galvão Eng. Frederico Marques Dias Eng. Helena Catarina F. F. Gonçalves Eng. Hugo Ricardo Ribeiro Rebelo Eng. Inês Cordeiro Pereira de Sousa Eiró Eng. Isabel Maria Fernandes Brigas Eng. Jaime Xavier M. Rosa Dourado Eng. João António Filipe Ferreira Eng. João F. Antunes Seco Marques Eng. João José Rodrigues Gomes Arq. João Miguel Ferreira Sousa Eng. João Miguel Lopes Ladeira Forte Eng. João P. Mourao Pena da Costa Eng. João Paulo Ferreira da Costa TÚNEL DO MARÃO - A4 - AUTO ESTRADA DO MARÃO . AMARANTE - VILA REAL . PORTUGAL 10 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. Eng. Téc. José Carlos Afonso Barroso Eng. Téc. José Carlos Calhau Pechardo Eng. José Manuel Geraldo Galvão Sr. Licínio Lucas Pereira Eng. Luís Augusto Mota Almeida Eng. Téc. Luís E. Mendonça C. Roque G. de Faria Eng. Maq. Nav. Luís F. S. Durão Branco Eng. Manuel Alfredo Teixeira Borges Eng. Manuel Pereira Mendes Campos Dra. Maria Beatriz Barreto de Ornelas Valério Eng. Téc. Maria Dulce S. Cascalheira Eng. Maria Madalena Santos Leal Dra. Maria Manuel Rodrigues Elias Eng. Maria Rita do Rosário Coutinho da Silva Eng. Marta C. Barreira S. Fachada Eng. Miguel José Esquetim Águas Eng. Téc. Nuno Miguel Pinto Martins Godinho Eng. Nuno Miguel Pratas Louro Eng. Nuno Silva Cotrim Eng. Téc. Orlando José M. A. Quintas Nascimento Dra. Patrícia C. Sousa do Amaral Xavier Dr. Paulo Jorge Ferreira de Jesus Alves Dr. Paulo José G. Silva Ribeiro Eng. Téc. Pedro Manuel Calvet de Magalhães Leal Eng. Téc. Pedro Manuel F. Silva Dr. Pedro Miguel Silva Ferreira Eng. Ricardo Jorge Correia Pinto do Amaral Eng. Téc. Ricardo Sousa Arez Eng. Rita S. de Matos P. Santiago Eng. Rodrigo Nuno Miguens Urbano Munhá Eng. Rui Fernando Gomes Panarra Eng. Rui Luís Jesus Martins Eng. Rui Miguel Santos de Almeida Eng. Téc. Rui Miguel Tátá Santos Silva Eng. Rute Margarida Barros Almeida Dr. Sérgio Nuno Garrete Guerra Eng. Téc. Sérgio Ribeiro Esteves Dra. Sónia A. dos Santos Almeida Rato Dra. Teresa Paula Marques Pedro Ferreira Eng. Tiago José dos Santos Mendes Eng. Téc. Vanda M. Bochechas C. Friaes dos Santos REABILITAÇÃO DA ESTRADA NACIONAL 8 ENTRE ASSIM PRASO E BEKWAI E CONSTRUÇÃO DA PONTE SOBRE O RIO PRA . REGIÃO ASHANTI . GANA MSF . Relatório e Contas 2012 11 EXPANSÃO DO PORTO DE SAL-REI, 1ª FASE ILHA DA BOA VISTA . CABO VERDE ESTRUTURA DE PARTICIPAÇÕES MSF . Relatório e Contas 2012 13 BARRAGEM DE FOZ TUA . FOZ DO TUA VILA REAL . PORTUGAL RELATÓRIO ÚNICO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2012 1. Enquadramento da Actividade 1.1. A ECONOMIA MUNDIAL EM 2012 A implementação de políticas económicas consistentes com os objectivos de correcção de desequilíbrios macroeconómicos conjunturais e estruturais continuou a ter uma influência determinante no curso da actividade económica global em 2012, causando um arrefecimento generalizado e fazendo com que diferentes países, em áreas geográficas distintas, ainda que continuando a apresentar sinais de retoma, o fizessem de uma forma tímida, com níveis de crescimento inferiores aos do ano precedente. O abrandamento verificado não foi alheio à continuação de um sentimento geral de incerteza, com falta de confiança quer em relação à capacidade de controlo da crise do euro, quer quanto aos possíveis efeitos da política fiscal nos Estados Unidos da América (EUA). De acordo com a informação disponibilizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) (World Economic Outlook Update de 23 de Janeiro de 2013) a economia, em termos globais, registou um crescimento de 3,2%, que compara com 3,9% em 2011 (5,2% em 2010). O arrefecimento foi visível quer no conjunto das designadas economias desenvolvidas, no qual o crescimento de 1,3% em 2012 compara com 1,6% em 2011, quer para o grupo dos países emergentes (5,1% em 2012 face a 6,3% em 2011). No primeiro conjunto, é de destacar o facto de os EUA e o Japão terem sido excepção, apresentando um crescimento de 2,3% e 2% respectivamente, valores que são, em ambos os casos, superiores aos verificados no ano de 2011 (1,8% no caso dos EUA e -0,6% para o Japão). O baixo crescimento e as incertezas sentidas nas economias mais avançadas afectaram os mercados emergentes através dos circuitos do comércio internacional e financeiro, nomeadamente com as quedas nas exportações a provocarem um arrefecimento nos respectivos crescimentos. A contracção do Produto Interno Bruto (PIB) da Zona Euro é estimada em 0,4% no ano de 2012. Os dados referentes à UE27 apontam para uma contracção ligeiramente inferior à sentida nos países da moeda única, registando uma queda de 0,2% no PIB. O contágio do abrandamento económico a economias “centrais” da Zona Euro foi evidente. Ao contrário do ocorrido em 2011, a economia alemã sofreu um abrandamento significativo, conseguindo apenas, ainda de acordo com o citado relatório do FMI, uma taxa de crescimento de 0,9%. Este valor contrasta com os +3,1% alcançados em 2011. O regresso da Zona Euro ao crescimento económico, na ordem dos 1%, é agora apenas previsto para 2014. Em 2013 espera-se uma contracção de -0,2%. Durante o decurso de 2012, a economia americana continuou com a recuperação iniciada em 2009, tendo registado um crescimento de 2,3% face ao ano anterior. A confiança dos consumidores norte-americanos permanece com uma tendência de subida para os níveis pré-recessão. A recuperação no mercado de trabalho sinaliza um melhoramento gradual das condições económicas. Embora a criação de emprego continue abaixo da média de longo prazo, a taxa de desemprego recuou para os 7,8% em Dezembro de 2012. Para 2013, o FMI espera que o PIB norte-americano cresça 2%. Estas previsões têm subjacente a resolução das preocupações em torno da situação orçamental norte-americana. O incremento de 1% no PIB do Brasil, de 7,8% na China e de 4,5% na Índia confirma a tendência de crescimento iniciada em 2010. No entanto, o abrandamento económico foi evidente, tendo os respectivos bancos centrais procedido a um corte de taxas de juro e à redução das reservas obrigatórias. Para 2013, prevê-se que estes países continuem a representar o mais relevante “motor” de crescimento da economia mundial, com os principais organismos internacionais a anteverem uma aceleração do crescimento económico face ao registado em 2012. MSF . Relatório e Contas 2012 15 REFORÇO DE POTÊNCIA DA BARRAGEM DA BEMPOSTA . MOGADOURO . PORTUGAL O conjunto das economias do Médio Oriente e norte de África apresentou um crescimento de 5,2% em 2012 (3,5% em 2011), tendo os países da África subsariana (+4,8%) abrandado ligeiramente face ao período homólogo (+5,3%). Entre estes, os comportamentos divergem: para Angola é estimado um crescimento de 6,8% em 2012, que compara positivamente com os 3,9% alcançados em 2011; já as estimativas do FMI para as taxas de crescimento do PIB em 2012 no Gabão (6,1%), Gana (8,2%) e Guiné Equatorial (5,7%) são inferiores às verificadas no ano anterior. Cabo Verde (4,3%) e Senegal (3,7%) apresentaram valores de crescimento mais modestos. O mais recente relatório do FMI antecipa a continuação de actividade robusta, nestas economias, em 2013. No mercado monetário, o Banco Central Europeu (BCE) procedeu, em meados de 2012, a um corte de taxas de juro, diminuindo a taxa de referência de 1% para 0,75%. Esta decisão, combinada com o excesso de liquidez, permitiu a descida das taxas Euribor para mínimos históricos. Em Julho, o discurso do Presidente do BCE, com a promessa de fazer todos os possíveis para salvaguardar a existência do euro, acalmou os mercados. Os seus esforços materializaram-se na criação do Outright Monetary Transactions, programa que visa a compra, pelo BCE, de obrigações soberanas no mercado secundário de países da Zona Euro que peçam assistência, o que permitiu aliviar consideravelmente a pressão sobre os yields dos países periféricos. TAXAS DE JURO 31.12.08 31.12.09 31.12.10 30.12.11 31.12.12 Euribor - 1M Euribor - 3M Euribor - 6M Euribor - 9M Euribor - 12M 2,603 0,453 0,782 1,024 0,109 2,892 0,700 1,006 1,356 0,187 2,971 0,994 1,227 1,617 0,320 3,018 1,127 1,372 1,791 0,432 3,049 1,248 1,507 1,947 0,542 Nota: Cotações do último dia de cada ano. Fonte: Banco de Portugal No mercado cambial, durante 2012 esteve também patente o refúgio no dólar e no iene, com ambas as moedas a atingirem máximos de 2 e 12 anos face ao euro, respectivamente. Também a libra acompanhou a tendência de valorização contra o euro, tendo cotado em máximos de quase quatro anos. A promessa do Presidente do BCE, em finais de Julho, de fazer todos os possíveis para salvaguardar a existência do euro, terá sido fundamental para a recuperação do valor desta divisa. De acordo com os dados do Banco de Portugal, o câmbio esteve maioritariamente acima da marca dos 1,3 EUR/ USD nos primeiros meses do ano, tendo a moeda americana valorizado, especialmente a partir de Maio, para valores de troca que, no mês de Julho, chegaram perto dos 1,20 EUR/USD. Esta tendência inverteu-se a partir do final de Julho para fechar o ano em redor dos 1,32 EUR/USD. O preço do petróleo atingiu um novo máximo em 2012 em termos de média anual (USD 112 por barril), tendo apresentado um comportamento irregular ao longo do ano, com registo do valor máximo de USD 128 por barril a 1 de Março, atingido os mínimos anuais em Junho (USD 88 por barril), essencialmente devido à redução da procura em parte das regiões consumidoras e a aumentos de produção nos EUA, e tendo posteriormente recuperado para níveis próximos dos do início do ano (USD 110 por barril). 1.2. A Economia Portuguesa em 2012 Para Portugal, o ano 2012 foi de forte contracção económica, segundo dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a 11 de Março de 2013, com o PIB a recuar 3,2%, uma redução superior à registada em 2011 (-1,6%) muito influenciada, tal como no ano precedente, pela implementação do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro 16 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. ESTRADA EVINAYONG - ACUREMAN - MEDUNU . PROVÍNCIA DO CENTRO SUL . REGIÃO CONTINENTAL . GUINÉ EQUATORIAL (PAEF) acordado na sequência do pedido de assistência financeira de Abril de 2011, pelo processo de desalavancagem dos diversos sectores da economia e pela envolvente externa. Os dados apontam para uma contracção da procura interna muito forte (-6,8%), com uma contribuição muito negativa (-7%) para a variação do PIB. Apenas as exportações impediram um pior desempenho, contribuindo com 3,9 pontos percentuais para o crescimento do PIB. Ainda assim, ao contrário dos dois anos precedentes em que apresentaram uma boa dinâmica, com registos de taxas de crescimento na ordem dos 7,2% (2011) e 10,2% (2010), no ano que terminou assistiu-se a uma desaceleração das exportações para 3,3%, com decréscimos quer na componente de Bens quer na de Serviços. A redução das importações foi de 6,9% (-5,5% em 2011). A melhoria do Saldo Externo de Bens e Serviços e do Saldo de Rendimentos Primários levou a que a capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa em 2012 fosse de 0,4% do PIB, reequilibrando a Balança Comercial e invertendo a posição de necessidade líquida de financiamento registada durante muitos anos. Os números mais recentes do desemprego mostram que a situação continua a agravar-se, tendo a taxa subido 1,1 pontos percentuais no último trimestre do ano, para os 16,9%. Esta subida do desemprego no final do ano de 2012 reflecte a recessão e também o pessimismo dos empresários relativamente à evolução da economia em 2013, nomeadamente ao nível da procura interna, sobretudo nos Serviços. Para além da redução intensa do consumo privado (-5,6%), em 2012 o Investimento diminuiu 13,7% em volume, particularmente influenciado pelo decréscimo de 18,1% na componente Formação Bruta de Capital Fixo em Construção, que já vinha com valores negativos de -11,4% no ano precedente. A taxa de inflação em 2012 foi de 2,8%, uma redução face aos 3,7% registados em 2011. Para esta desaceleração contribuíram o aumento menos expressivo dos preços dos produtos energéticos e o abrandamento de preços na Saúde, nomeadamente por via da revisão de preço dos medicamentos. Para 2013, o Banco de Portugal prevê uma continuação da tendência de queda iniciada em 2011, com o PIB a contrair quase 2%. No entanto, estima-se que 2013 seja um ano caracterizado por um maior nível de liquidez, fruto das melhores condições de financiamento do Estado e das empresas. A reflectir a menor percepção de risco relativamente a Portugal esteve o recuo das yields a 10 anos para os níveis registados em finais de 2010. 1.3. O Sector da Construção em Portugal Em 2012 continuou a assistir-se à destruição do sector da Construção, tal como o conhecemos nos últimos 20 anos. Segundo a Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), durante o ano de 2012, verificou-se a uma quebra de procura sem precedentes dirigida ao sector da Construção Civil e Obras Públicas. Como principais indicadores capazes de reflectir tal situação, foi possível observar uma redução no consumo de cimento de 26,9%, em relação ao mesmo período de 2011, atingindo valores absolutos (3,3 milhões de toneladas) já não observados desde 1973. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, durante o ano de 2012 o número de licenciamentos de novas habitações registou um total de 11.156, menos 5.929 licenciamentos do que os registados no mesmo período de 2011 e menos 13.708 do que em 2010. MSF . Relatório e Contas 2012 17 No segmento das obras públicas continuou a sentir-se uma diminuição do investimento público, tendo-se registado em 2012 uma redução homóloga de 38,7% e 44,4%, em número e valor, respectivamente. Relativamente ao número de desempregados inscritos nos centros de emprego e oriundos do sector da Construção, no final de Dezembro de 2012 ultrapassava os 105,6 mil, segundo os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Estes dados reflectem um crescimento de 25,4% face ao mês homólogo de 2011 e representam 16,2% do número total de desempregados inscritos no final de Dezembro de 2012. A produção do sector apresentou, no ano que findou, um decréscimo acentuado, no valor negativo de 15,5% em termos reais (-9,4% em 2011). Com registos de evolução negativa nos níveis de actividade em praticamente todos os anos, dos últimos doze, o sector apresenta, face ao valor verificado de produção no ano 2000, uma quebra acumulada próxima dos 50%. A diminuição na produção estendeu-se a todos os principais segmentos de actividade. O segmento da construção de edifícios residenciais registou a perda mais intensa, de 20%, de acordo com as previsões conhecidas da FEPICOP. O decréscimo do índice de produção para o segmento das obras de engenharia civil foi de 15% e o índice referente ao segmento dos edifícios não residenciais terá recuado 11,8% em termos homólogos. Em 2012, a Construção foi o sector mais afectado pelas insolvências registadas em Portugal, representando cerca de 28% do total dos 6.688 casos apresentados pela Cosec. O crescimento homólogo de insolvências no sector da Construção, de 43%, foi assim superior ao crescimento do número de insolvências a nível nacional (41%). A persistência de uma situação económica difícil e a inexistência de uma política específica que possibilite inverter, ou pelo menos, mitigar as dificuldades pelas quais o sector atravessa não permitem antever para 2013 qualquer sinal de recuperação. A Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS) aponta para uma deterioração da situação do sector, perspectivando uma diminuição de 15% no volume de produção em 2013, um valor que, a confirmar-se, será 56% inferior ao valor registado no ano 2000. 2. Desempenho da Sociedade em 2012 A actividade da MSF Engenharia, S.A. (“MSF Engenharia”, “MSF” ou “Empresa”) foi fortemente condicionada por diversos factores, dos quais se destacam a actual crise económica na Europa e EUA, que afecta de uma forma mais ou menos acentuada parte significativa dos seus mercados internacionais, a destruição do sector da Construção em Portugal, tal como o conhecemos nos últimos vinte anos, e a dificuldade de alguns clientes em cumprirem as suas obrigações contratuais. Portugal vive um período excepcional, de dificuldades financeiras e de tentativa de consolidação das suas contas públicas, mas este facto não suspende o Estado de Direito, nem deve suspender a boa-fé contratual e relacional entre os diferentes intervenientes. É por isso totalmente incompreensível e inaceitável a atitude do Estado Português na assumpção das suas responsabilidades no contrato da concessão para a construção e exploração do IP4 - Túnel do Marão. De facto, após longos meses de negociação, a Secretaria de Estado das Obras Públicas, depois de obter a anuência da Secretaria de Estado das Finanças, apresentou uma proposta de acordo à Auto Estradas do Marão, S.A., concessionária do Túnel do Marão, que viabilizava a reestruturação da concessão e deixava para discussão em Tribunal Arbitral as questões mais sensíveis, como as indeminizações que a Concessionária e o ACE construtor entendem ter por direito. Este acordo foi formalmente aceite pela Concessionária, mas acabou por nunca vir a ser assinado pelo Estado que, passados alguns 18 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. meses, acabou mesmo por rejeitar o acordo que ele próprio formalmente propusera. As obras mantiveram-se assim paradas durante todo o ano de 2012 e o ACE Infratúnel, no qual a MSF participa com 45%, acabou por rescindir o contrato de construção. A Concessionária, na qual o Grupo MSF detém uma participação accionista de 45%, solicitou por sua vez a constituição de um Tribunal Arbitral para decretar a rescisão do contrato de concessão por motivos imputáveis ao Estado Concedente. Igualmente incompreensível e inaceitável a atitude da Parque Escolar na gestão do contrato de construção das escolas de Lagos e Portimão que, após longos meses de suspensão contratual por falta de pagamentos, não foi capaz de propor um plano para a sua regularização e um acordo para o restabelecimento do reequilíbrio contratual, não restando também neste caso alternativa ao consórcio MSF/Neocivil que pedir a constituição de um Tribunal Arbitral para decretar a rescisão do contrato por responsabilidade da Parque Escolar. A MSF continua ainda a acreditar que Portugal é um Estado de Direito e que, em última instância, os Tribunais serão o seu garante. Feito o balanço do ano de 2012, destaca-se o facto de, como o atestam a redução do seu passivo consolidado em mais de 30% e o crescimento dos seus capitais próprios em 2,8%, a MSF ter tido a capacidade de ultrapassar as enormes dificuldades que se lhe depararam, apesar da acentuada quebra no volume de negócios e nos resultados líquidos consolidados, que atingiram respectivamente os 263 milhões de euros e os 0,4 milhões de euros, fortemente influenciados pelas situações anteriormente mencionadas, pela abrupta quebra de mercado, pela suspensão e/ou atraso no arranque de algumas obras, pelos atrasos de pagamentos de clientes e pelas muitas insolvências que afectaram parceiros de negócio. Embora ainda subsistam significativos atrasos em pagamentos relevantes por parte de clientes públicos, nos mercados nacional e internacional, a MSF conseguiu ao longo do ano uma redução desses montantes, perspectivando-se a regularização da maioria destas situações no decorrer do exercício de 2013. A Empresa apresentava, no início do exercício, um volume de obras angariadas com facturação por incorrer que ultrapassava os 700 milhões de euros e registava, no final do mesmo, uma carteira de obras de 636 milhões de euros. Em 2012, a actividade internacional aumentou significativamente o seu peso para 56% do total consolidado da Empresa (41% em 2011), tendo a facturação em Portugal retraído para cerca de um terço do valor facturado em 2011. Para os próximos anos antecipa-se o aprofundar da presença internacional, continuando a MSF Engenharia a proceder à análise de diferentes mercados, actuais e potenciais, com base em critérios de rentabilidade e de grau de exposição que, por via da dispersão geográfica e da mobilidade regional, mitiguem os riscos de uma acentuada preponderância de um determinado mercado ou país. No decorrer de 2012 foi avaliada e preparada uma reorganização da estrutura interna em “Pólos Regionais”, a ser implementada já no início de 2013, que permitirá uma optimização na gestão de recursos, potenciando o sucesso da estratégia definida. A MSF tem uma estratégia sólida, construída a partir da “Visão 2015 – 2020”, que serve de base às orientações de médio e longo prazo e que é permanentemente acompanhada e ajustada em virtude da instabilidade e imprevisibilidade da situação económica mundial. O desempenho alcançado confirma o mérito da estratégia de crescimento sustentado que a Empresa tem vindo a implementar, demonstrando a justeza das opções tomadas no passado que, entre outras, permitiram desenvolver um processo de internacionalização consolidado, sucessivamente acompanhado e ajustado em função das reais dificuldades e oportunidades encontradas. MSF . Relatório e Contas 2012 19 No final de 2012, a experiência internacional da MSF, cimentada ao longo de mais de uma década e meia, abrangia a presença em países como Angola, Bulgária, Cabo Verde, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Gana, Guiné Equatorial, Moçambique, Namíbia, Polónia, Qatar, São Tomé e Príncipe e Senegal. 3. Desempenho ECONÓMICO E FINANCEIRO O volume de negócios consolidado da MSF atingiu, no final de 2012, o montante de 263 milhões de euros, um decréscimo muito significativo face ao valor registado no exercício anterior (508 milhões de euros). Este comportamento, apenas parcialmente antecipado, decorre essencialmente, como referido anteriormente, da difícil conjuntura e, em particular, da situação do sector em Portugal, das suspensões verificadas em obras em curso e adiamento no início de obras contratadas nos mercados internacionais. VENDAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS REPARTIÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS O comportamento do mercado nacional foi particularmente desfavorável, tendo-se verificado uma diminuição da facturação sem precedentes, para 117 milhões de euros, o que representa cerca de um terço do valor de 2011 (302 milhões de euros). A quebra do volume de negócios registado nos mercados internacionais foi de menor dimensão (-29%), tendo o correspondente valor de vendas e serviços prestados sido de 146 milhões de euros (206 milhões de euros em 2011). O contributo da actividade desenvolvida na área internacional, em países como Angola, Cabo Verde, Gana, Guiné Equatorial, Polónia e Senegal, aumentou de 41% para 56% das vendas e prestação de serviços consolidada. O peso do mercado nacional no volume de negócios, no ano em apreciação, foi de 44%, o que compara com 59% no exercício de 2011. 20 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. REPARTIÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS EM 2012 O EBITDA (Resultado antes de Depreciações, Gastos de financiamento e Impostos) registou, no exercício de 2012, o valor de 23,5 milhões de euros, que compara com os 35,3 milhões de euros verificados no período homólogo, tendo apresentado um decréscimo na ordem dos 33%. De igual forma se assiste à descida do valor dos resultados operacionais (EBIT) que atingiram, no final do exercício, o valor de 11,3 milhões de euros (20,2 milhões de euros em 2011). Nota-se que, em percentagem do volume de negócios, o EBITDA melhorou, face ao período homólogo, de 7,0% para 9,0%, e o EBIT, ainda que de forma menos significativa, de 4,0% para 4,3%. O resultado líquido, também consolidado, atribuível aos detentores do capital da MSF, no valor de 0,4 milhões de euros, compara desfavoravelmente com os valores registados nos últimos anos. Para além dos efeitos do decréscimo da actividade, este indicador é influenciado pelo comportamento dos resultados financeiros, que aumentam em 57%. Durante o ano de 2012 manteve-se o elevado esforço financeiro da Empresa - fundamental para continuar a cumprir com os seus compromissos, como sempre foi a sua política - para responder às necessidades de reforço de fundo de maneio, associadas à dispersão geográfica da actividade e às dificuldades sentidas por alguns donos de obra em conseguirem cumprir os prazos contratuais de pagamento. No ano que terminou as necessidades de investimento em equipamento básico foram de cerca de 3,2 milhões de euros, valor bastante reduzido quando comparado com anos anteriores. MSF . Relatório e Contas 2012 21 PAVIMENTAÇÃO DA PISTA PRINCIPAL E ACESSOS À PLATAFORMA DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE DIASS . DAKAR . SENEGAL O endividamento consolidado líquido da Empresa diminuiu em 6,1 milhões de euros, de 78,4 para 72,3 milhões de euros. É esperado que em 2013, os saldos por receber de terceiros continuem a ser progressivamente normalizados contribuindo para a continuação da redução da dívida. Salienta-se adicionalmente a significativa redução do passivo consolidado da Empresa, em mais de 30%, e o crescimento dos seus capitais próprios em 2,8%, com impacto directo na melhoria dos indicadores de solvabilidade e liquidez. Em termos consolidados, o rácio de solvabilidade era, no final do ano, de 41% e o de liquidez geral atingiu os 117%. O rácio Dívida Financeira Líquida/EBITDA apresentava o valor de 3,1 no final do ano. A incorporação de resultados ao longo dos últimos anos tem contribuído para a subida dos valores do capital próprio que, no final de 2012, atingiu 94,8 milhões de euros. Manteve-se o propósito de reinvestir integralmente na Empresa, sob a forma de resultados transitados, os resultados líquidos distribuíveis do exercício. 4. Construção 4.1. Mercado Nacional 4.1.1. Actividade Comercial A actividade comercial no mercado nacional foi decisivamente afectada pela forte quebra de obras postas a concurso e pela irracional generalização de propostas com preços anormalmente baixos, política a que a MSF não adere pelos enormes riscos que representa. Durante o ano de 2012, a Divisão Comercial apresentou no mercado nacional 78 propostas a concurso, com um valor global de 590 milhões de euros, tendo obtido adjudicações no valor de 5 milhões de euros, correspondendo a uma taxa de sucesso inferior a 1%, facto sintomático da situação do sector. No segmento de obras de construção civil foram adjudicadas e iniciadas as seguintes obras: •• Empreitada de construção da Igreja S. Pedro do Mar, promovida pela Fábrica da Igreja de Quarteira, por um valor global de aproximadamente 730 mil euros e concluída em 2012, obra realizada pela Neocivil, S.A.; •• Construção dos Lotes 101 e 112 – Moradias tipo C e D, promovidas pela Royal Óbidos - Promoção e Gestão Imobiliária e Turística, S.A., no valor de 788,4 mil euros, obra a realizar pela Neocivil, S.A.; 22 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. REQUALIFICAÇÃO DA EN1 - LOTE 2, ENTRE APENKWA E MALLAM . ACCRA . GANA •• Construção de Moradias na Herdade da Comporta, promovida por Pátio das Andorinhas, Investimentos Imobiliários, Lda, pelo valor aproximado de 3,6 milhões de euros, obra a realizar pela Neocivil, S.A.. 4.1.2. Actividade de Produção Salientam-se as seguintes empreitadas concluídas ou em execução em 2012: Obras Hidráulicas •• Conclusão da empreitada geral de construção do reforço de potência da Barragem de Picote, promovida pela EDP – Gestão de Produção de Energia, S.A. e realizada em consórcio, com uma participação da MSF Engenharia de 60%, por um valor global aproximado de 60 milhões de euros; •• Conclusão da empreitada geral de construção do reforço de potência da Barragem da Bemposta, promovida pela EDP – Gestão de Produção de Energia, S.A. e realizada em consórcio, com uma participação da MSF Engenharia de 35%, por um valor global aproximado de 50 milhões de euros; •• Empreitada geral de construção do reforço de potência da Barragem da Venda Nova III, promovida pela EDP – Gestão de Produção de Energia, S.A. e realizada por um ACE liderado pela MSF Engenharia, que detém uma participação de 28,34%, por um valor global aproximado de 132 milhões de euros; •• Empreitada geral de construção do aproveitamento hidroeléctrico de Foz do Tua, promovida pela EDP – Gestão de Produção de Energia, S.A. e realizada por um ACE no qual a MSF Engenharia detém uma participação de 33,3%, com um valor global aproximado de 163 milhões de euros. Vias de Comunicação •• Conclusão da empreitada de concepção, projecto, expropriações, construção e fornecimento e montagem de equipamentos integrados na Subconcessão do Baixo Tejo, contratada com a VBT – Vias do Baixo Tejo, S.A. e realizada por um ACE onde a MSF Engenharia detém uma participação de 17,5%, por um valor global de cerca de 203 milhões de euros; •• Conclusão do contrato de construção da rede viária, num valor global aproximado de 436 milhões de euros, inserido na Subconcessão do Litoral Oeste, e promovido pela AELO – Auto-Estradas do Litoral Oeste, S.A., do qual fazem parte as seguintes empreitadas, realizadas por um ACE liderado pela MSF Engenharia, no qual detém uma participação de 37,5%: −− Execução dos trabalhos de concepção, projecto, expropriações, construção e fornecimento e montagem de equipamento nos lanços de auto-estrada do IC 36-Leiria Sul/Leiria Nascente e IC2-Variante da Batalha; −− Execução dos trabalhos de concepção, projecto, expropriações, construção e fornecimento e montagem de equipamento nos lanços de IC9-Nazaré/Alcobaça/EN1, variante da Nazaré, IC9-EN1/Fátima e IC9-Fátima/Ourém; −− Concepção, projecto, expropriações e construção do alargamento no lanço em serviço IC2-Nó IC36/Nó EN109. •• Empreitada de construção de auto-estrada, e conjuntos viários associados, designada por Concessão Túnel do Marão, promovida pela Concessionária Auto-Estradas do Marão, S.A. e realizada por um ACE onde a MSF Engenharia detém uma participação de 45%, por um valor de 359 milhões de euros (contrato rescindido pelo ACE). MSF . Relatório e Contas 2012 23 Construção Civil e Industrial •• Conclusão da empreitada de execução da Praça da Portagem de Plena Via IC36L / A8, integrada na Subconcessão do Litoral Oeste e executada para o LOC Litoral Oeste Construtores ACE, no valor de 3,4 milhões de euros; •• Conclusão da construção das Novas Salas de Controlo do Aeroporto de Lisboa, integrada no Plano de Desenvolvimento do ALS, promovido pela ANA Aeroportos de Portugal, S.A.. A obra tem um valor de 4,3 milhões de euros e foi executada por um consórcio liderado pela MSF Engenharia com uma participação de 65%; •• Conclusão da construção das Lojas Sul - Praça Central - Terminal 1 do Aeroporto de Lisboa, integrada no Plano de Desenvolvimento do ALS, promovido pela ANA Aeroportos de Portugal, S.A.. A obra, no valor de 1,4 milhões de euros, foi executada por um consórcio no qual a MSF Engenharia foi líder com uma participação de 65%; •• Construção do “Condomínio Casas do Parque”, nos Lotes 1, 2, 3 e 4 da Malha 6 da Alta de Lisboa, promovido pela SGAL – Sociedade Gestora da Alta de Lisboa, S.A., no valor aproximado de 60 milhões de euros; •• Construção do Novo Hospital de Vila Franca de Xira para a Escala Vila Franca de Xira, entidade gestora do edifício. A obra tem um valor de 76,6 milhões de euros e é executada por um ACE no qual a MSF Engenharia tem uma participação de 12,5%; •• Empreitada de execução das obras de modernização da Escola do Ensino Secundário Júlio Dantas em Lagos e da Escola do Ensino Secundário Poeta António Aleixo em Portimão, para a Parque Escolar, E.P.E., no valor de 28,4 milhões de euros. A obra é executada em consórcio com a Neocivil em percentagens iguais; •• Empreitada de execução dos toscos, acabamentos, baixa tensão, telecomunicações e AVAC do Novo Terminal Fluvial, no Interface do Terreiro do Paço, obra promovida pelo Metropolitano de Lisboa, E.P.. A obra tem um valor de, aproximadamente, 26,7 milhões de euros e é executada por um ACE no qual a MSF Engenharia detém uma participação de 24,5%. 4.1.3. Participadas Nacionais Neocivil – Construções do Algarve S.A. (“Neocivil”) A forte contracção do mercado de construção civil registada em 2012, nomeadamente ao nível das obras particulares, que têm vindo a constituir o principal sector de actividade da Neocivil, foi especialmente marcante na região do Algarve, área geográfica tradicional da empresa. À difícil conjuntura, juntam-se outros factores bastante penalizadores para a actividade da empresa, com repercussão directa no seu desempenho em 2012. Destacam-se as dificuldades já mencionadas nos contratos executados para a Parque Escolar que conduziram à suspensão forçada de trabalhos contratados, por um período superior a 7 meses, em obras que asseguravam cerca de 37% da facturação prevista para 2012. Há ainda a registar um novo adiamento do início das obras do Sheraton Algarve Hotel, para 2014, e o atraso no arranque das novas fases da Empreitada Loteamento 8.3 – Vilamoura XXI. Continuam suspensas, por falta de pagamento, as obras da L’AND Vineyards para a Sousa Cunhal Turismo, S.A.. O acima exposto traduziu-se numa redução na facturação da Empresa, tendo o volume de negócios registado no exercício ficado perto de 6,7 milhões de euros, inferior ao perspectivado e aos valores registados em anos precedentes. As receitas provenientes da actividade imobiliária atingiram um volume de vendas de 0,8 milhões de euros, valores que confirmam as dificuldades do sector, sendo inferiores aos montantes verificados em qualquer um dos dois exercícios precedentes. Como corolário do acentuado decréscimo do volume de negócios verifica-se, no ano em análise, uma deterioração em 24 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. indicadores como o EBITDA (Resultado antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos) que regista o montante negativo de cerca de 1 milhão de euros. O resultado líquido do exercício é, de igual modo, negativo, no montante de 1,6 milhões de euros. O valor da carteira de obras, que no final do ano atingia o montante de 18,4 milhões de euros (excluindo o montante referente à obra do Hotel Sheraton, cujo início se encontra adiado para 2014), e a forte expectativa de atribuição de novas obras ao longo do ano, permitem antecipar a recuperação do volume de negócios da Empresa, já em 2013. Indubel - Indústrias de Betão S.A. (“Indubel”) O ano de 2012 ficou marcado pela alteração da composição accionista desta participada, tendo a MSF passado a deter a maioria do capital da Indubel, em resultado de uma deliberação da Assembleia Geral desta última, que determinou a amortização das acções detidas pela “Novopca – Construtores Associados, S.A.”. Durante o ano a Indubel centrou-se no desenvolvimento da sua actividade comercial, com o objectivo de garantir a expansão da área geográfica em que actua, privilegiando zonas em que o Grupo MSF já está presente, nomeadamente países como o Gana, Angola e Senegal. Salienta-se a continuação de trabalhos no Gana, a angariação de uma nova obra a iniciar no mesmo país em 2013 e a penetração no mercado senegalês, com a contratação de uma subempreitada de 314 mil euros a realizar para a sucursal da MSF nesse país. Adicionalmente, estão adjudicados trabalhos de execução de estacas de fundação a realizar em Atuabo, Gana, para uma entidade externa ao Grupo no valor de, aproximadamente, 1,5 milhões de euros. Contudo, o ano de 2012 representou uma quebra muito acentuada no volume de negócios da Indubel, que registou um valor abaixo dos 3 milhões de euros, situação inédita há pelo menos 5 anos. Para tal concorreram vários factores, entre os quais a conclusão das grandes obras desenvolvidas e facturadas em 2011 (quer nacionais, quer internacionais), atrasos no arranque de algumas obras internacionais (Senegal e Gana) cuja facturação só se vai concretizar no ano de 2013 e a crise estrutural do sector da Construção em Portugal, que limitou a angariação de novas obras. O resultado líquido de 2012 registou um valor negativo de 1.774 mil euros. O sector da Pré-fabricação continuou a ser o de maior contributo para a actividade da empresa, seguido da área de Geotecnia, na qual a Indubel se destaca internacionalmente. Em 2012, a facturação, de 2 milhões de euros, proveio essencialmente de quatro empreitadas: (i) conclusão da obra de fornecimento e montagem de vigas e pilares para o Viaduto da Lixeira de Valadares; (ii) fornecimento de painéis pré-fabricados para o novo Hospital de Vila Franca de Xira; (iii) fabricação e montagem de casas de banho pré-fabricadas para um edifício habitacional da Malha 6; e (iv) fabricação e montagem da Portagem do Carregado. O volume de negócios da área internacional ascendeu a, aproximadamente, 907 mil euros, resultando exclusivamente do segmento de negócios de Geotecnia. A adjudicação, no final de 2012, das duas obras acima mencionadas, cuja facturação só será efectuada no decorrer de 2013, cria expectativas de que este segmento cresça em 2013. Acresce a existência de boas perspectivas para outras obras, nomeadamente o fornecimento de monoblocos pré-fabricados para Angola. 4.2. Mercado Externo 4.2.1. Actividade Comercial No mercado externo, na continuidade da linha estratégica de expansão da actividade da MSF que lhe tem permitido compensar a continuada retracção do mercado nacional, apresentaram-se 54 propostas a concurso, com um valor global de 1.612 milhões de euros. A taxa de sucesso atingida foi de 6,9%, sendo o valor das obras contratadas de 111 milhões MSF . Relatório e Contas 2012 25 ESCOLA SECUNDÁRIA JÚLIo dantas e escola secundária poeta antónio aleixo . lagos e portimão . PORTUGAL de euros. Refira-se no entanto que algumas das propostas apresentadas se encontravam, no termo de 2012, ainda em negociação final com os clientes, potenciando um crescimento muito significativo deste valor, a concretizar em 2013. África e Médio Oriente Foram apresentadas propostas em concursos em Angola, Benim, Cabo Verde, Gabão, Gana, Moçambique, Qatar e Senegal. Como consequência, foram-nos adjudicadas as seguintes empreitadas: •• Empreitada de Concepção – Construção do Empreendimento Habitacional para colaboradores da Angola LNG, na cidade do Soyo, Província do Zaire, no Norte de Angola, no valor de 227 milhões de dólares, a realizar por um consórcio liderado pela MSF Engenharia Angola, Lda. (MSF Angola), no qual esta detém uma participação de 50%; •• Contrato de construção do Complexo Industrial de Assemblagem de produtos electrónicos e electrodomésticos, no valor de 18,8 milhões de dólares, para a Inovia, Electrónica de Angola,Lda. a realizar pela MSF Angola; •• Contrato de construção da Ponte sobre o rio Doué em Ndioum, no Senegal, e respectivos acessos. A obra é financiada pelo MCA e tem um valor 10 milhões de euros; •• Empreitada de construção e reabilitação de uma via de 2.800 metros que liga a Rua da Via Expresso à Vidrul, no município do Cacuaco, Província de Luanda. Adjudicada pelo Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística do Ministério de Urbanismo e Construção (MINUC) ao consórcio liderado pela MSF Engenharia Angola, Lda., sendo o valor total dos trabalhos de 9,1 milhões de dólares americanos; •• Obras de reabilitação e requalificação da residência da Embaixada de Portugal e dos 15º e 16º pisos do edifício da Chancelaria, em Maputo, Moçambique, no valor de 280 mil euros. Europa Na Polónia a actividade comercial manteve-se com um reduzido número de propostas entregues, mantendo-se a prática de preços anormalmente baixos apresentados a concurso pela generalidade da concorrência, prática a que a MSF não adere, como aliás já referido em relação ao mercado nacional, o que não nos permitiu obter qualquer adjudicação. 4.2.2. Actividade de Produção A actividade de produção nos mercados internacionais representou, no ano em análise, 55% da produção consolidada da MSF, repartida por sete países europeus e africanos. Este facto traduz uma consolidação importante na actividade internacional da MSF e na sua capacidade de expansão. África Para além das obra adjudicadas e já anteriormente mencionadas, salientamos as seguintes outras empreitadas concluídas ou em execução no ano de 2012: •• Conclusão da construção do lote 2 da auto-estrada N1 entre Apenkwa Interchange e Mallam Road Junction, em Acra, para a República do Gana, com promoção do Millenium Development Authority, com o valor contratual de 83,7 milhões de dólares; •• Conclusão da construção da estrada de penetração do Vale da Ribeira da Torre, na Ilha de Santo Antão, República de Cabo Verde, para o Ministério das Infra-estruturas, Transportes e Mar, no valor de 7,2 milhões de euros; 26 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. EXPANSÃO DO PORTO DE SAL-REI, 1ª FASE . ILHA DA BOA VISTA . CABO VERDE •• Construção da estrada Evinayong – Acureman - Medunu para o Governo da Guiné Equatorial, com o valor contratual de 129,4 milhões de euros; •• Reabilitação de 59,9 km da National Trunk Road n.º 8 entre Assim Praso e Bekwai, na República do Gana, com o valor de 60,1 milhões de dólares; •• Execução da estrutura de pavimento da pista principal, estradas internas e acessos à plataforma do aeroporto de Diass, em Dakar, no Senegal, contrato valorizado em 87 milhões de euros; •• Obras de expansão e modernização do Porto da cidade da Praia – Fase 2, para o Ministério de Infra-estruturas e Transportes e Telecomunicações do Governo de Cabo Verde, com o valor contratual de 72 milhões de euros, realizada em consórcio, com a participação de 37,5%; •• Construção da expansão do Porto de Sal Rei, na ilha da Boa Vista, para o Ministério de Infra-estruturas e Transportes e Telecomunicações do Governo de Cabo Verde, contratada pelo valor de 63,5 milhões de euros, realizada em consórcio, com a participação de 50%; •• Construção de 36 casas de interesse social na ilha da Boa Vista, para o Ministério da Descentralização, Habitação e Ordenamento do Território do Governo de Cabo Verde, com o valor de 89,7 milhões de escudos cabo-verdianos, realizada em consórcio, com a percentagem de 51%; •• Construção das Infra-estruturas du Site Bikele, para o “Ministère de L´Habitat, de L’Ecologie et du Dévellopement Durable” da República do Gabão, contratada pelo valor de 114,2 milhões de euros; •• Construção de 5.000 habitações sociais, para o “Ministère de L´Habitat, de L’Ecologie et du Dévellopement Durable” da República do Gabão, contrato valorizado em 141,5 milhões de euros. Europa A actividade na Polónia esteve ligada ao acompanhamento dos processos de reequilíbrio financeiro resultantes dos contratos terminados junto das respectivas instâncias de resolução. No mercado das obras públicas a MSF Engenharia, S.A. desenvolveu a sua actividade na execução dos seguintes contratos: •• Conclusão da construção da via rápida S19 entre Stobierna e Rzeszów, República da Polónia, para a GDDKiA, com o valor de 213,5 milhões de zlotys, realizada num consórcio onde a MSF Engenharia, S.A. e a MSF Polska Sp.z o.o. detêm uma participação de 64,8%; •• Projecto e construção da auto-estrada A1 entre Stryków e Tuszyn, com uma extensão de 37,3 km, para a GDDKiA, valorizado em 1.159 milhões de zlotys, realizada em consórcio, com a participação agregada de 25% para a MSF Engenharia, S.A. e MSF Polska Sp.z o.o.. 4.2.3. Participadas Internacionais A actividade das participadas internacionais desenvolveu-se ao longo do ano no apoio às actividades comercial e de produção do Grupo nos respectivos países, contribuindo decisivamente para o sucesso alcançado, salientando-se o seguinte: MSF . Relatório e Contas 2012 27 MSF Engenharia Angola, Lda. A MSF Angola tem vindo a consolidar, de forma sustentada, a sua presença no mercado angolano. Em 2012 assinou três importantes contratos, já anteriormente mencionados, para a construção do Empreendimento Habitacional da ALNG, no Soyo, para a construção do Complexo Industrial de Assemblagem de produtos electrónicos e electrodomésticos da Inovia e para a construção e reabilitação de uma via no município do Cacuaco, província de Luanda. O seu volume de negócios atingiu os 9,9 milhões de euros e obteve um resultado líquido de 0,7 milhões de euros. MSF Polska Sp. z o.o. A MSF Polska tem vindo a desenvolver a sua actividade no mercado polaco em permanente parceria com a MSF Engenharia. Do desenvolvimento da sua actividade comercial não resultou qualquer adjudicação em virtude da prática, já anteriormente mencionada, de preços anormalmente baixos, política a que a MSF não adere. O seu volume de negócios atingiu os 2 milhões de euros e o resultado líquido foi negativo em 0,4 milhões de euros. MSF Cabo Verde, S.A. A MSF Cabo Verde continuou a desenvolver a sua actividade comercial e de produção no apoio aos projectos que a MSF Engenharia executa neste país. O seu volume de negócios atingiu os 5,2 milhões de euros e o resultado líquido foi negativo em 0,2 milhões de euros. MSF Construction Qatar LCC Em Janeiro de 2012 foi constituída a Al-Mustafawi, Leptis, Fortunato – Construction LCC, MSF Construction Qatar, que resulta de uma parceria entre sócios do Qatar e de Portugal. A MSF Qatar tem vindo, conjuntamente com a MSF Engenharia, a desenvolver uma actividade comercial intensa, com a apresentação de diversas propostas, tendo como expectativa que a obtenção de um primeiro contrato possa ocorrer em 2013. 5. Concessões No que respeita ao sector “Concessões e Parcerias Público-Privadas”, a actividade permaneceu indelevelmente marcada pela clara retracção, senão mesmo recessão, económica portuguesa, agravada por um clima mediático em que grassou a diabolização indiferenciada dos agentes do sector, fomentada já desde o início de 2011, acompanhada por atitudes declaradamente persecutórias, de variados quadrantes políticos e ambientes sociais. Logrou-se, assim, a criação de um persistente ambiente de instabilidade e insegurança nas relações de “Parceria”, ambas irreconciliáveis com o relacionamento contratual que as empresas, legitimamente, sempre previram fosse condigno de uma jurisdição multicentenária, como a nacional. Sem qualquer nova iniciativa registada, desde 2009, no subsector rodoviário, nem desde 2010, no sector ferroviário, em 2012 assistiu-se à rescisão do contrato de concessão da via ferroviária, em alta velocidade, entre Poceirão e Caia (imposta pela recusa de “visto prévio” do Tribunal de Contas e que, recorde-se, sucedeu ao cancelamento do concurso da ligação ferroviária, em alta velocidade, entre Lisboa e Poceirão, em Setembro de 2010), bem como ao desinteresse do Estado pela construção de um novo aeroporto de Lisboa (que, tal como se anunciara, constituiria obrigação do novo accionista de uma privatizada ANA – Aeroportos de Portugal). Assim como não se materializaram avanços no concurso relativo ao “Hospital Oriental de Lisboa”, apesar de várias manifestações de interesse e de intenção, quer da Entidade Adjudicante, quer da Tutela, quanto à confirmação de adjudicação ao “Agrupamento Salveo”, que integramos. 28 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. No final de Maio de 2012, como já anteriormente mencionado, frustraram-se as negociações visando a reestruturação da “Concessão do IP4-Túnel do Marão”, culminando um longo e exigente processo, caracterizado por múltiplas vicissitudes, ditadas pelas posições incompreensíveis e inaceitáveis assumidas pelo Estado. A Concessionária, impossibilitada, naquelas condições, de vir a cumprir as obrigações que para ela resultam do contrato de concessão, peticionou, em Julho transacto, junto de Tribunal Arbitral, a rescisão do contrato por motivos imputáveis ao Estado Concedente – prevendose que se venha a obter sentença no início do ano de 2014. O mesmo circunstancialismo conduziu, por iniciativa do “ACE Infratúnel” e da “TDM” às declarações de rescisão, respectivamente, do “Contrato de Projecto e Construção” e do “Contrato de Operação” – declarações que, por falta de exercício dos direitos contratualmente estatuídos em favor do Estado e dos Bancos Financiadores, vieram a operar os seus efeitos no início do terceiro trimestre de 2012, estando, por conseguinte, rescindidos ambos os contratos, desde então. Ainda no âmbito da “Auto-Estradas do Marão, S.A.” (AEM), os Bancos Financiadores exigiram, às empresas accionistas da AEM, a realização de prestações acessórias, no final de Maio de 2012 e em montante igual ao máximo inicialmente previsto. Sendo o entendimento e posição jurídica das Accionistas de que aquele montante não era, nem é, devido mas, tão só, o montante necessário à liquidação das facilidades de Fundos Próprios, as Accionistas realizaram, naquela medida e atempadamente, as entradas em dinheiro na AEM, para satisfação das suas obrigações. Os Bancos procederam à execução das garantias bancárias prestadas pelas Accionistas, pelo montante que pretendiam. Em Junho, iniciou-se o procedimento para a constituição de Tribunal Arbitral, pedindo-se que os Bancos Financiadores sejam condenados à devolução dos fundos de que ilegitimamente se apropriaram e à indemnização pelos danos causados às empresas accionistas de AEM – estima-se que a sentença seja proferida até ao final do ano de 2013. A conclusão da construção dos lanços do IC9 (Nazaré/Alcobaça, EN1/Fátima e Fátima/Ourém), alcançada em 30 de Abril, e do “IC 32 - Nó de Penalva”, em 1 de Novembro, marca a entrada em serviço da totalidade das redes viárias subconcessionadas, respectivamente, à “Auto Estradas do Litoral Oeste, S.A.” e à “Auto Estradas do Baixo Tejo, S.A.”. Releva-se, ainda, no que respeita a cada uma destas empresas, a celebração, no terceiro trimestre de 2012, de protocolo de entendimento com a “EP, Estradas de Portugal, S.A.”, visando a negociação de reduções, específicas e delimitadas, do objecto do contrato de subconcessão. 6. Sustentabilidade na Criação de Valor No exercício da sua actividade, a MSF esforça-se continuamente para que a sua forma de actuar seja um contributo positivo para construir de modo sustentável, procurando que as suas acções tenham um impacto positivo na melhoria da qualidade de vida das pessoas e comunidades, bem como na preservação do meio ambiente. Na MSF entende-se este conceito como sendo muito abrangente, incluindo, entre outros factores, o respeito pelos princípios e valores éticos, a motivação e desenvolvimento dos colaboradores, a promoção da segurança, saúde e bem estar, o assegurar bons níveis de produtividade, a eficiência, a inovação, o controlo de custos, a gestão dos riscos, a busca de melhores práticas e soluções técnicas, a preservação ambiental ou a responsabilidade social. 6.1. Recursos Humanos Em 31 de Dezembro de 2012, encontravam-se ao serviço da MSF e empresas integradas no seu perímetro de consolidação, 2.145 colaboradores, que compara com 3.648 no final do ano de 2011. Este número inclui, no fecho do exercício de 2012, 571 colaboradores em regime de trabalho temporário. MSF . Relatório e Contas 2012 29 CONDOMÍNIO CASAS DO PARQUE . ALTA DE LISBOA . LISBOA . PORTUGAL Resultante do elevado grau de internacionalização, a componente externa de colaboradores ao serviço das empresas do perímetro de consolidação da MSF representava, no final do exercício, 1.094 colaboradores, cerca de 51% do total. Relativamente à MSF e sucursais, destaca-se que mais de 40% dos colaboradores são quadros superiores e altamente qualificados. A MSF entende que o reforço contínuo da qualificação dos seus Recursos Humanos é essencial para que estes disponham de instrumentos que possam permitir a resposta com eficácia aos desafios com que se defrontam. Nesse sentido, a Empresa promoveu, no ano de 2012, 198 acções de formação, envolvendo 1.247 participações, num total de 3.942,8 horas. Estas acções incidiram primordialmente nos domínios da Qualidade, Segurança e Ambiente, Informática, Técnicas de Engenharia e Contabilidade e Finanças. A aposta no reforço de competências dos seus colaboradores tem sido acompanhada por uma activa campanha de sensibilização e formação dos subcontratados, procurando uma cada vez maior integração e comprometimento destas entidades para com as políticas e objectivos da MSF. 6.2. Saúde Ocupacional Mantiveram-se na MSF as políticas de promoção da saúde dos colaboradores, cumprindo a Empresa os objectivos a que se havia proposto para o ano 2012. Para além dos exames médicos que visam cumprir as obrigações legais, salientam-se as seguintes actividades desenvolvidas nesta área: •• Exames médicos complementados com electrocardiograma, audiograma, teste de visão e espirometria, para uma avaliação tão completa quanto possível do estado de saúde dos colaboradores, face à actividade profissional por eles desenvolvida; •• Programa de controlo da Hipertensão Arterial (HTA) entre os colaboradores, com acções de sensibilização sobre os riscos cardiovasculares da HTA, vigilância da T.A. e aconselhamento sobre estilos de vida saudável. Neste sentido continuaram a ser feitos os passeios MSF Vida Activa; •• Durante o ano de 2012 a implementação de ginástica laboral foi alargada a outros postos de trabalho fora da sede; •• Monitorização da exposição ao ruído de todos os colaboradores da Empresa e trabalhadores de trabalho temporário e escolha dos protectores auriculares mais adequados de modo a minimizar os riscos de surdez profissional. Todos os colaboradores são informados sobre os valores de ruído a que estão expostos e esclarecidos sobre as medidas de protecção que devem adoptar; •• Informação aos colaboradores deslocados dos riscos existentes para a saúde e informação das medidas de profilaxia recomendadas para cada região. 6.3. Sistema de Qualidade, Segurança e Ambiente Em 2012 a MSF terminou mais um ciclo de três anos de certificação com assinalável sucesso. Os âmbitos da certificação actual, associados à Qualidade, Segurança e Ambiente (QSA), espelham as políticas de gestão 30 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. ESTRADA da ribeira da torre . ilha de santo antão . cabo verde desde há muito assumidas pela Empresa e que se manifestam no dia-a-dia dos seus colaboradores e nos projectos em que está envolvida. Ao longo do ano foi sendo incrementada a implementação do Sistema QSA nas obras internacionais, fruto de uma vontade de manutenção de altos padrões de exigência interna, validados pelo Programa de Auditorias Internas QSA, que passou a incluir também as auditorias técnicas da responsabilidade do Serviço de Auditoria e Reequilíbrio Financeiro (SAR). Os projectos internacionais, face à multiplicidade de requisitos nos âmbitos QSA, têm-se apresentado como um desafio constante aos colaboradores, quer no que toca à necessidade de aquisição de conhecimento dos requisitos em causa, quer no que concerne à gestão dos meios para sua implementação e cumprimento. Neste sentido, tem sido feito um cada vez maior acompanhamento das obras internacionais por parte das equipas de técnicos QSA, garantindo a formação e apoio na implementação do sistema. Ao longo do ano mantiveram-se também os requisitos da norma ISO/IEC 17025, no âmbito das competências para os laboratórios de ensaios, tendo sido realizada a 2ª auditoria externa de acreditação pelo IPAC, com resultados muito positivos para a MSF e manutenção da acreditação dos Laboratórios da OTA, Venda Nova III e Foz Tua. Os objectivos anuais foram atingidos e no final o ano, em resposta à necessidade de permanente adequação da empresa ao desafio crescente da actividade internacional, a MSF iniciou um ciclo alargado de discussão interna no sentido de uma revisão próxima do Sistema QSA. 6.4. Sistema de Apoio e Desenvolvimento Técnico A Divisão Técnica e de Auditoria (DTA), fundada em 2008, integra o Gabinete Técnico (SES), o Serviço de Topografia (STO) e o Serviço de Auditoria e Reequilíbrio Financeiro (SAR). Funcionam desde essa data como uma estrutura de apoio às obras, tanto no mercado nacional como no internacional, na busca das melhores práticas e de soluções técnicas inovadoras, que acrescentem valor para os seus clientes e para a Empresa. Durante o exercício de 2012 as auditorias técnicas estiveram integralmente subordinadas ao Sistema de Qualidade, Segurança e Ambiente da Empresa. Ao longo do exercício foram efectuadas sete auditorias, sendo que seis ocorreram na área internacional (África) e uma no mercado nacional. 6.5. Gestão de Risco No desempenho da sua actividade, a MSF e as suas participadas estão expostas a diferentes tipos e níveis de riscos, que resultam das incertezas e ameaças inerentes ao desenrolar das operações em sectores, países e enquadramentos socioeconómicos e legais múltiplos. Conhecedora de que a exposição ao risco é limitada e acessória à actividade, quer na sua área de negócio quer nas das suas participadas, a MSF procura, no dia a dia, controlar, mitigar os potenciais impactos negativos e aproveitar as oportunidades de melhoria numa perspectiva de garantia de continuidade das operações e de criação de valor. A gestão de riscos na MSF consiste fundamentalmente na identificação, avaliação dos impactos, determinação de acções de mitigação, implementação, acompanhamento e reporte. O Sistema de Qualidade, Segurança e Ambiente desempenha neste contexto um papel fundamental, contribuindo com a definição de normas e procedimentos internos, aos mais diversos níveis, cujo objectivo é garantir que as actividades são desenvolvidas da forma mais segura, eficaz, controlada, sem imprevistos MSF . Relatório e Contas 2012 31 e com respeito pelas diversas normas e políticas. Existem na Empresa metodologias desenvolvidas para lidar com riscos associados, entre muitos outros, à elaboração de propostas, à volatilidade dos preços das matérias-primas, à realização das obras, à compra e operação de equipamentos, ao crédito de clientes, à capacidade de desempenho de fornecedores ou subempreiteiros, à gestão de projectos, à prestação de garantias e à integridade do seu património, incluindo dos seus sistemas de informação e comunicação. Especificamente na área financeira existem procedimentos com vista à gestão de riscos como a variação das taxas de juro, a variação dos câmbios, a liquidez e os riscos da contraparte. Destaca-se ainda que, com a consolidação da presença internacional e o contínuo crescimento da presença da MSF em diferentes mercados, têm vindo a ser reforçadas medidas específicas de gestão dos riscos inerentes ao desenvolvimento da actividade no estrangeiro. 6.6. Sistemas de Informação e Desenvolvimento Apesar da desejável parcimónia, a Empresa não deixou neste exercício de investir nos seus sistemas de informação, visando um maior controlo sobre as operações e a indução de acréscimos de produtividade por via da automatização de algumas tarefas. A dispersão geográfica obriga à permanente procura de soluções que circunscrevam os impactos para o utilizador final, pelo que se destacam as acções desenvolvidas na salvaguarda das condições de funcionamento das aplicações, às quais acedem cada vez mais utilizadores a partir de diferentes países, enfatizando-se a preocupação com a monitorização dos links de comunicações, o funcionamento de toda a infra-estrutura e o correcto e atempado suporte de help desk. Algumas das sucursais do Grupo beneficiaram da implementação de Oracle PeopleSoft Financials, para cobrir as áreas financeiras, e foram desenvolvidos projectos de extensão da plataforma de conferência de facturas no Gana, Cabo Verde e Angola, que muito contribuirão para a padronização de procedimentos e melhoria da informação disponível. Foi efectuado um upgrade ao módulo de Orçamentação do AXIS4All (sistema aplicacional desenvolvido pelo Grupo orientado para a gestão operacional e apoio ao negócio das empresas do sector de Construção Civil e Obras Públicas) com vista a integrar funcionalidades para suportar requisitos associados a uma crescente actividade comercial internacional e incorporar tecnologias recentes, garantindo a compatibilidade com as novas versões de software, entre as quais, o Microsoft Office. Releve-se por fim, no decurso do ano 2012, o projecto de implementação do módulo para processamento de salários em Oracle PeopleSoft, procurando-se uniformizar sistemas na área dos Recursos Humanos, e a implementação de um módulo de gestão documental, para responder a uma necessidade crescente de organização e pesquisa dos documentos, desmaterializando-se o papel e agilizando pesquisas. Este sistema foi estendido não só às obras mas também a outros serviços centrais da MSF. 6.7. Responsabilidade Ambiental Conforme já referido em anos anteriores, a MSF, concretamente através do seu Sistema QSA, desenvolve um esforço permanente de preservação das condições ambientais e implementou diversas medidas de mensuração e controlo com vista à promoção, junto dos seus colaboradores, fornecedores, subcontratados e outros parceiros de negócio, dos valores e princípios da responsabilidade ambiental. No exercício de 2011 mantiveram-se, entre outras, campanhas de sensibilização e formação no âmbito da redução do consumo e utilização racional da energia, que abrangeram quer as instalações fixas, quer os estaleiros de obra. De acordo com as políticas definidas, foram efectuadas acções de sensibilização e promoção da diminuição do consumo de água e minimização dos impactos resultantes do seu uso. Deu-se continuidade a acções que promovem a redução da poluição sonora e continuaram a ser implementados procedimentos gerais de minimização de impactos no âmbito das poeiras, das emissões de CO2, de COV e de HCFC. 32 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. 2012 foi o terceiro ano de utilização plena da nova Sede Social da MSF, inaugurada em finais de 2009. Durante o ano, já com base em mais um exercício completo com elementos de consumo, produção e facturação existentes, reviu-se, como parte dos procedimentos habituais, o funcionamento base do edifício e introduziram-se algumas medidas adicionais com o objectivo de optimização da produção e dos consumos de energia. O processo é evolutivo tendo em conta os resultados que vão sendo obtidos e dada a dinâmica do edifício, a sua utilização e reacções a factores externos (estações do ano). 6.8. Responsabilidade Social No âmbito da sua política de mecenato e em colaboração com instituições e projectos de índole social, cultural e educacional, o Grupo MSF concede apoios, designadamente através do desenvolvimento de trabalhos de construção civil mas também sob a forma de cedência de fundos ou bens a entidades e causas que apoiem grupos carenciados. No ano de 2012, de novo um ano difícil para muitas comunidades, a MSF manteve o seu apoio e a disponibilização de mão de obra para iniciativas ligadas a acções de solidariedade social. Tal como em anos anteriores, para além das iniciativas desenvolvidas especificamente pela Empresa e participadas, as acções de cariz social abrangeram adicionalmente a participação em actividades organizadas por outras entidades que reuniram um conjunto de empresas e promoveram acções de solidariedade. Na área internacional manteve-se o desenvolvimento de acções em prol das comunidades locais, nomeadamente na colaboração da melhoria de infra-estruturas como escolas, redes de água ou estradas. 7. Perspectivas para 2013 Todas as projecções apontam para uma nova contracção da economia portuguesa em 2013 e para a continuação de um ambiente muito adverso para o sector da Construção, com fortes limitações ao investimento. Nesta conjuntura, perspectiva-se que o ano de 2013 venha de novo colocar aos diversos agentes económicos, às empresas em geral e também à MSF, desafios acrescidos na prossecução dos seus objectivos. A existência de negociações com vista à adjudicação de diversos contratos, cujas assinaturas se admite que ocorram no primeiro semestre de 2013, e os trabalhos em execução nos múltiplos países em que está presente, baseados numa carteira de obras que, no final de 2012, era na ordem dos 636 milhões de euros, suportam a expectativa de crescimento dos mercados internacionais e antecipam o reforço do já significativo nível de internacionalização da Empresa. A implementação dos Pólos Regionais no início de 2013, permitindo uma optimização da gestão dos recursos, e a manutenção do reforço da solidez económica e financeira como prioridade, conduzirão a uma bem sucedida implementação da estratégia traçada. 8. Factos Relevantes Após o Termo do Exercício Após o termo do exercício destacamos: •• A adjudicação do contrato para a empreitada de construção da infraestrutura do novo Centro Comercial Alegro em Setúbal, para a Multicenco - Estabelecimentos Comerciais, S.A., com um valor de 15 milhões de euros. Obra a ser executada por um ACE no qual a MSF é líder e detém uma participação de 50%; MSF . Relatório e Contas 2012 33 reforço de potência da barragem de venda nova III . montalegre . portugal •• A intenção de adjudicação, pela GE Proyectos, do contrato para a construção da estrada de Mofup-Nsok, na Guiné Equatorial, no valor de 138 milhões de euros; •• Intenção de adjudicação, pela IFH,S.A., do contrato para a construção de 294 habitações de interesse social no Bairro da Boa Esperança, Sal Rei, Ilha da Boa Vista, Cabo Verde, no valor de 8,6 milhões de euros; •• Intenção de adjudicação pela IFH, S.A. do contrato para a construção de 250 habitações de interesse social em Palha Sé, Praia, Ilha de Santiago, Cabo Verde, no valor de 7,3 milhões de euros; •• A adjudicação do contrato de construção do Hotel Prestige & Spa, em Aljustrel, para a Majogab, Investimentos Unipessoal, no valor de 15,6 milhões de euros. Obra a ser executada pela Neocivil; •• A adjudicação e assinatura do contrato de construção do Hotel do Royal Óbidos Spa & Golf Resort, em Óbidos, para a Royal Óbidos – Promoção e Gestão Imobiliária e Turística, S.A., pelo valor de 9,7 milhões de euros. Obra a ser executada pela Neocivil. Refere-se adicionalmente que, em Fevereiro de 2013, a MSF Engenharia estabeleceu uma sucursal em Moçambique (Maputo). 9. Outras Informações Legais A MSF Engenharia não tem dívidas em mora ao Sector Público Estatal nem à Segurança Social. A Sociedade não detém acções próprias em carteira, nem concedeu quaisquer autorizações a negócios entre a Sociedade e os seus Administradores. A MSF Engenharia tem sete sucursais: em Cabo Verde (Cidade da Praia); nos Emirados Árabes Unidos (Abu Dhabi); no Gabão (Libreville); no Gana (Accra North); na Guiné Equatorial (Bata - Litoral); na Polónia (Warszawa) e no Senegal (Almadies – Dakar). 10. Proposta de Aplicação de Resultados É proposto pelo Conselho de Administração que o resultado líquido do exercício de 2012, no montante de 391.493 euros, seja integralmente transferido para a rúbrica de resultados transitados. 34 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. VIA RÁPIDA S-19 - SECÇÃO STOBIERNA - RZESZÓW . RZESZÓW . POLÓNIA 11. Nota Final O Conselho de Administração deseja expressar o seu reconhecimento a todos os que, ao longo do exercício de 2012, o apoiaram na prossecução dos objectivos fixados para a Empresa. Agradece o apoio e confiança demonstrados pelo Accionista, a disponibilidade e valiosa colaboração do Conselho Fiscal e do Revisor Oficial de Contas, o empenho, dedicação e elevado profissionalismo dos colaboradores da MSF, bem como a cooperação fundamental de entidades, empresas e pessoas com quem teve o prazer de contactar. Lisboa, 15 de Abril de 2013 O Conselho de Administração MSF . Relatório e Contas 2012 35 balanço consolidado EM 31 de dezembro de 2012 (Eur) RUBRICASNOTAS 2012 2011 40.994.924 2.484.445 19.281.843 587.157 8.850.000 13.289 2.711.565 17.560.518 1.188.904 93.672.645 39.313.865 2.531.761 19.281.843 734.507 3.550.000 8.284 1.139.113 13.134.937 17.560.518 1.578.692 98.833.520 23.960.460 128.877.245 6.780.032 6.314.606 944.629 47.386.247 1.043.119 15.849.351 231.155.689 324.828.334 26.099.685 187.417.086 7.289.010 10.812.695 910.282 56.870.797 3.324.164 32.251.673 324.975.392 423.808.912 2012 2011 32 32 32 32 32 32 32 28.067.480 42.500.000 997.596 5.683.834 19.336.649 -2.424.492 -1.159.341 391.493 93.393.219 28.067.480 42.500.000 997.596 5.683.834 12.321.073 -908.501 -3.386.670 7.015.576 92.290.388 43 1.439.398 2.720 94.832.616 92.293.108 ACTIVO ACTIVO NÃO CORRENTE Activos fixos tangíveis Propriedades de investimento Goodwill Activos intangíveis Participações financeiras - empréstimos concedidos Participações financeiras - outros métodos Adiantamento por conta de investimentos Accionistas e empresas do Grupo Outras contas a receber Activos por impostos diferidos ACTIVO CORRENTE Inventários Clientes Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes públicos Accionistas e empresas do Grupo Outras contas a receber Diferimentos Caixa e depósitos bancários 20 21 22 23 24 24 24 25 26 19 27 28 29 30 25/38 26 31 4 TOTAL DO ACTIVO (Eur) RUBRICASNOTAS CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital realizado Outros instrumentos de capital próprio Prémios de emissão Reserva legal Resultados transitados Ajustamentos em activos financeiros Outras variações no capital próprio Resultado líquido do exercício Capital do capital próprio afecto aos accionistas da empresa mãe Interesses minoritários TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO PASSIVO NÃO CORRENTE Provisões Financiamentos obtidos Financiamentos obtidos - leasing Accionistas e empresas do Grupo Passivos por impostos diferidos 33 34 34 25/38 19 10.075.184 15.012.295 5.880.635 3 1.707.406 32.675.523 10.321.561 10.016.790 9.051.295 3 1.010.902 30.400.551 PASSIVO CORRENTE Fornecedores Adiantamentos de clientes Estado e outros entes públicos Accionistas e empresas do Grupo Financiamentos obtidos Financiamentos obtidos - leasing Outras contas a pagar Diferimentos Passivos em instrumentos financeiros 35 36 30 25/38 34 34 37 31 41 62.269.963 28.621.618 4.322.000 146.054 63.399.608 3.865.089 12.632.343 20.485.851 1.577.670 197.320.196 229.995.719 324.828.334 112.964.488 35.236.910 7.316.933 2.561.970 85.258.432 6.354.663 14.598.096 32.216.047 4.607.714 301.115.253 331.515.804 423.808.912 TOTAL DO PASSIVO TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO demonstração consolidada dos resultados por naturezas do exercício findo eM 31 de dezembro de 2012 (Eur) RUBRICASNOTAS 2012 2011 6 7 8 9 10 11 12 27 13 33 262.725.579 254 -535.786 197.302 -55.012.635 -144.946.862 -50.615.672 -13.188 984.476 205.763 507.990.534 4.066 -566.891 188.946 -108.836.328 -306.350.093 -52.339.644 14 15 23.426.997 -12.895.587 -300.281 -1.065.572 262.512 6.832.504 -10.505.142 23.520.641 35.314.611 -12.178.094 -15.100.480 11.342.547 20.214.131 3.730.285 -13.328.945 6.264.866 -12.379.840 1.743.887 14.099.157 -1.774.504 -7.099.715 Resultado líquido do exercício -30.617 6.999.442 Interesses minoritários Resultado líquido do exercício afecto aos accionistas da empresa mãe -422.110 391.493 -16.134 7.015.576 Vendas e serviços prestados Subsídios à exploração Variação nos inventários da produção Trabalhos para a própria entidade Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Fornecimentos e serviços externos Gastos com o pessoal Imparidade de inventários (perdas / reversões) Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões) Provisões ((aumento) / reduções) Aumentos / (reduções) de justo valor Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (Gastos) / reversões de depreciação e de amortização 16 Resultado operacional (antes de financiamento e impostos) Juros e rendimentos similares obtidos Juros e gastos similares suportados 17 18 Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento do exercício 19 DEMONSTRAÇÃO consolidadA DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES do exercício findo eM 31 de dezembro de 2012 (Eur) RUBRICASNOTAS Vendas e serviços prestados Custo das vendas e serviços prestados 6 Resultado bruto Outros rendimentos Gastos de distribuição Gastos administrativos Gastos de investigação e desenvolvimento Outros gastos Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 43 Gastos de financiamento (líquidos) 2012 2011 262.725.579 -227.255.170 507.990.534 -464.923.333 35.470.409 43.067.201 2.833.643 3.250.196 -26.304.258 -23.314.191 -6.041.007 -6.049.863 5.958.788 16.953.343 -4.214.901 -2.854.186 Resultado antes de impostos 43 1.743.887 14.099.157 Imposto sobre o rendimento do exercício 19 -1.774.504 -7.099.715 Resultado líquido do exercício 43 -30.617 6.999.442 391.493 -422.110 -30.617 7.015.576 -16.134 6.999.442 Resultado líquido do exercício atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe Interesses minoritários 38 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. DEMONSTRAÇÃO consolidadA DOS FLUXOS DE CAIXA do exercício findo eM 31 de dezembro de 2012 (Eur) RUBRICASNOTAS FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores Pagamentos ao pessoal Caixa gerada pelas operações (Pagamento) / recebimento do imposto sobre o rendimento Outros recebimentos / (pagamentos) Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Pagamentos respeitantes a: Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Investimentos financeiros Constituição de depósito a prazo para garantia Outros activos financeiros Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis Activos intangíveis Investimentos financeiros Outros activos Subsídios ao investimento Juros e rendimentos similares Dividendos Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio Cobertura de prejuízos Doações Accionistas/Suprimentos Outras operações de financiamento Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos Amortização de contratos de locação financeira Juros e gastos similares Dividendos Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio Accionistas/Suprimentos Outras operações de financiamento Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) Efeito das diferenças de câmbio Efeito das alterações de perímetro Caixa e seus equivalentes no início do exercício Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4 4 4 2012 2011 315.401.739 -258.123.222 -45.020.020 12.258.497 -2.660.761 8.573.755 18.171.491 494.762.287 -437.507.574 -46.921.834 10.332.879 -1.279.465 48.007.631 57.061.045 -4.687.012 -506.476 -5.300.000 -1.800.000 -646.996 -6.091.734 -654.459 -1.560.982 89.874 144.034 1.448.274 380.419 694.978 1.333.706 -10.707.358 -6.449.016 36.104.495 135.263.162 64.272.317 27.235 26.000.000 417.291 -55.397.925 -8.330.442 -8.199.663 -150.672.036 -5.187.957 -11.140.554 -54.344.698 -25.066 -25.893.747 -2.462 -40.107.500 -267.482 -45.697.538 -18.429.614 168.278 59.014 32.251.673 14.049.351 4.914.491 1.645.822 809.283 24.882.077 32.251.673 MSF . Relatório e Contas 2012 39 DEMONSTRAÇÃO consolidadA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO do exercício findo eM 31 de dezembro de 2012 NOTAS CAPITAL REALIZADO (Nota 32) OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO (Nota 32) PRÉMIOS DE EMISSÃO DE ACÇÕES (Nota 32) RESERVA LEGAL (Nota 32) Saldo em 1 de Janeiro de 2011 Resultado líquido do exercício 32 Aplicação do resultado líquido de 2010 32 Transferência decorrente de resultados não atribuídos Outras variações Diferenças cambiais decorrentes da integração das contas das sucursais Interesses minoritários resultantes da alteração do perímetro consolidação 43 41 Justo valor do instrumento financeiro de cobertura Saldo em 1 de Janeiro de 2011 Resultado líquido do exercício 32 Aplicação do resultado líquido de 2011 32 Transferência decorrente de resultados não atribuídos Outras variações Diferenças cambiais decorrentes da integração das contas das sucursais 43 Interesses minoritários resultantes da alteração do perímetro consolidação Variação do justo valor do instrum. financ. de cobertura liquido de imposto Saldo em 31 de Dezembro de 2012 28.067.480 41.758.910 997.596 5.374.116 309.718 28.067.480 741.090 42.500.000 997.596 5.683.834 28.067.480 42.500.000 997.596 5.683.834 40 A solidez constrói-se. A competência cultiva-se. A confiança conquista-se. (Eur) RESULTADOS TRANSITADOS (Nota 32) AJUSTAMENTOS EM ACTIVOS FINANCEIROS (Nota 32) 6.436.423 -1.268.151 OUTRAS VARIAÇÕES AO CAPITAL PRÓPRIO (Nota 32) 5.884.650 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO TOTAL IMPUTÁVEL AO GRUPO INTERESSES MINORITÁRIOS (Nota 43) TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 6.194.368 7.015.576 -6.194.368 87.560.742 7.015.576 -16.134 87.560.742 6.999.442 -7.124 366.774 -7.124 366.774 -2.645.580 92.290.388 2.720 -7.124 366.774 18.854 -2.645.580 92.293.108 391.493 -422.110 -30.617 1.858.788 -51.035 -1.464.957 1.858.788 2.227.329 94.832.616 18.854 12.321.073 -908.501 -3.386.670 -3.386.670 7.015.576 391.493 -7.015.576 7.015.576 -51.035 -1.464.957 19.336.649 -2.424.492 -51.035 -1.464.957 2.227.329 -1.159.341 391.493 2.227.329 93.393.219 1.439.398 MSF . Relatório e Contas 2012 41 REABILITAÇÃO DA ESTRADA NACIONAL 8 ENTRE ASSIM PRASO E BEKWAI E CONSTRUÇÃO DA PONTE SOBRE O RIO PRA . REGIÃO ASHANTI . GANA FICHA TÉCNICA Tiragem de 1250 Exemplares. Impresso em papel couché mate 150gr. A madeira utilizada no fabrico da pasta deste papel provém de florestas geridas de forma responsável e sustentada. O design gráfico e paginação são da autoria da Zook, Design e Comunicação. Impresso na Multitema. Rua Frederico George nº 37 Alto da Faia 1600-468 LISBOA . PORTUGAL Tel.: +351 217 213 500 . Fax: +351 217 213 599 [email protected] www.msf.pt