PREFEITURA DO MUNICIPIO DE VOTUPORANGA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE RUA SANTA CATARINA, 3890 – CENTRO - CEP 15.505-171 FONE/FAX: (17) 3405-9787 E-mail: [email protected] PROJETO DE TRABALHO Implementação do Coral do Consultório Municipal Jerônimo Figueira da Costa Neto Apresentação O Coral do Consultório Municipal Jerônimo Figueira da Costa Neto, localizado no bairro Jardim Marin do município de Votuporanga (SP), foi implantado em dezembro de 2010 por iniciativa de uma das enfermeiras dessa Unidade de Saúde para confraternização entre os usuários. Desde aquela data, compõem o Coral vinte e cinco integrantes, entre eles, alguns Agentes Comunitários de Saúde e na maioria participantes do Grupo PrevenAção, também realizado nesta Unidade de Saúde e coordenado pela fisioterapeuta da Equipe do NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família – Eliane Fernandes Rodrigues, visando o combate ao sedentarismo e o incentivo a prática de exercícios físicos regulares como aquecimentos, alongamentos, exercícios aeróbicos ritmados e relaxamentos musculares para idosos, pessoas portadoras de doenças crônicas e pessoas da comunidade em geral. Em 2013, devido a várias mudanças administrativas, as atividades do Coral foram interrompidas, sendo retomadas e reformuladas a partir do mês de junho de 2014. PREFEITURA DO MUNICIPIO DE VOTUPORANGA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE RUA SANTA CATARINA, 3890 – CENTRO - CEP 15.505-171 FONE/FAX: (17) 3405-9787 E-mail: [email protected] Objetivo O Coral tem por objetivo contribuir para a Promoção da Saúde, visando à melhora da qualidade de vida dos integrantes, que são funcionários e usuários do Consultório Municipal Jerônimo Figueira da Costa Neto. Justificativa O trabalho justifica-se por proporcionar aos seus integrantes uma série de benefícios cognitivos, fisiológicos, emocionais e sociais por meio de atividades musicais desenvolvidas com o uso de técnicas vocais específicas vinculadas ao canto. Material e Metodologia O repertório para as apresentações do Coral é constituído por partituras musicais da MPB - Música Popular Brasileira. Primeiramente as músicas são apresentadas em CDs aos participantes para que possam ouvi-las e apreendê-las. Posteriormente, são feitos ensaios semanais, atualmente, coordenados pela enfermeira Edna Gonçalves Rodrigues, profissional com formação musical em teclado, violão e em canto coral. Nos ensaios são realizados exercícios de Aquecimento e Desaquecimento Vocais, inicialmente orientados pela fonoaudióloga Maria Ignez de Lima Pedroso, especialista na área de Voz e integrante da Equipe do NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família e, atualmente, pela fonoaudióloga Déa Maria Fontoura Colagiovanni, que, desde janeiro de 2015, também passou a integrar esse Núcleo de Apoio à Saúde da Família, vinculando-se às Equipes de Estratégia da Saúde da Família do Consultório Municipal Jerônimo Figueira da Costa Neto. Com relação aos aspectos instrumentais, o Coral conta com o apoio da professora de música Terezinha Bataglia, que gentilmente também colabora com essa iniciativa. Fundamentação Teórica Este Projeto de Trabalho está fundamentado em estudos realizados por especialistas na área de voz, tais como: Behlau, M. e Redhder, M. I. (1997), H. O. Costa e Silva, M. A. de A (1998), Ferreira, L. P e Silva e Costa, H. O. (2000), Ferreira, L. P. e Silva, M. A. de A. (2002) e Pedroso, M. I. L. (2000), bem como pelas Diretrizes do NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família - disponibilizadas pelo Ministério da Saúde no Caderno de Atenção Básica, nº 27, no ano de 2010. PREFEITURA DO MUNICIPIO DE VOTUPORANGA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE RUA SANTA CATARINA, 3890 – CENTRO - CEP 15.505-171 FONE/FAX: (17) 3405-9787 E-mail: [email protected] Partindo das ideias desses estudiosos, sabe-se que, de acordo com o histórico apresentado pelas autoras Behlau e Rehder, descrito a seguir, “o canto coral existe desde a antiguidade, em muitas tradições folclóricas e tribais, atingindo seu máximo desenvolvimento na música ocidental a partir do século VI, segundo relatam, quando o papa Gregório I estabeleceu escolas de canto nos centros de cristandade, para garantir adequada execução da música litúrgica. Até o século XII, esse canto, conhecido como Gregoriano, apresentava uma única voz, usando preferencialmente notas agudas. Somente no século XV começaram a ser exploradas as notas agudas da tessitura. Nos séculos XVI e XVII a música coral expandiu-se para além da liturgia. A Reforma encorajou o canto informal de canções religiosas em grupos, como os salmos na França e os hinos na Alemanha. A Renascença italiana estimulou os grupos de cantores amadores, os madrigais. A maior parte das apresentações era feita sem acompanhamento musical, o canto “a capella”, uma tradição que ainda hoje se mantém. No século XVIII os trabalhos para o coral de Bach e Handel tiveram grande aceitação entre os corais amadores, quando as mulheres passaram a cantar as partes de soprano e de contralto, antes tradicionalmente destinadas aos meninos. Festivais de corais tornaram-se muito comuns nos séculos XIX, XX e XXI, associados a instituições civis, acadêmicas e religiosas. As especificidades culturais podem ser observadas nos diferentes estilos de canto, na escolha das vozes, na tensão física e nas características artísticas da emissão, o que faz do canto coral uma complexa e rica orquestra humana”. (1997, p. 14). São, portanto, inúmeros os benefícios do canto coral para o convívio social e para a qualidade de vida das pessoas que integram esse tipo de atividade. Para cantar em grupo, há a necessidade do aprendizado da harmonia, do equilíbrio, do domínio de si mesmo, do trabalho em equipe e, sobretudo, do respeito pelo outro, fatores que propiciam a Promoção da Saúde, área de grande interesse no atual modelo da Saúde Pública no Brasil, que visa à construção coletiva e de forma participativa entre os profissionais que integram as Equipes dos NASFs, os profissionais das Equipes de Saúde da Família, os segmentos organizados da comunidade, os usuários e demais sujeitos sociais para a organização do trabalho comunitário. Referências bibliográficas BEHLAU, M; REHDER, M. I. Higiene vocal para o canto coral. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. COSTA, H. O. ; SILVA, M. A de A. Voz cantada: evolução, avaliação e terapia fonoaudiológica. São Paulo: Lovise, 1998. PREFEITURA DO MUNICIPIO DE VOTUPORANGA SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE RUA SANTA CATARINA, 3890 – CENTRO - CEP 15.505-171 FONE/FAX: (17) 3405-9787 E-mail: [email protected] DIRETRIZES DO NASF: Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos de Atenção Básica, n. 27, disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde e Departamento de Atenção Básica. Disponível: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_do_nasf_nucleo.pdf> Acesso em: 30/07/2014. FERREIRA, L. P.; COSTA, H. O. (Org.) Voz ativa: falando sobre o profissional da voz. São Paulo: Roca, 2000. FERREIRA, L. P.; SILVA, M. A. de A. (Org.) Saúde vocal: práticas fonoaudiológicas. São Paulo: Roca, 2002. PEDROSO, M. I. L. Técnicas vocais para os profissionais da voz. In: FERREIRA, L. P.; COSTA, H. O. Voz ativa: falando sobre o profissional da voz. São Paulo: Roca, 2000, p. 119 – 136. Autora: Edna Gonçalves Rodrigues Coautoras: Eliane Fernandes Rodrigues e Maria Ignez de Lima Pedroso Colaboradoras: Profª Terezinha Bataglia e Fga. Déa Maria Fontoura Colagiovanni Vetorazzo Data da apresentação: Julho de 2014. Data da atualização: Julho de 2015. ***