0 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE - SOEBRÁS TRATAMENTO ORTODÔNTICO NOS CASOS DE AGENESIA DE INCISIVO LATERAL KARINA SOUZA DA SILVA Monografia apresentada ao Programa de especialização em Ortodontia do Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/ SOEBRÁS, núcleo Alfenas, como requisito parcial para obtenção do título do Especialista. ALFENAS – MG 2013 1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FUNORTE - SOEBRÁS TRATAMENTO ORTODÔNTICO NOS CASOS DE AGENESIA DE INCISIVO LATERAL KARINA SOUZA DA SILVA Monografia apresentada ao Programa de especialização em Ortodontia do Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/ SOEBRÁS, núcleo Alfenas, como requisito parcial para obtenção do título do Especialista. Orientadora: Profa. Dra. Ana Carla Junqueira Pereira ALFENAS – MG 2013 2 Dedico este trabalho ao meu filho, Miguel, fonte do meu amor e alegria. Aos meus pais, João e Vera, pelo exemplo de vida. 3 Agradeço, a Deus, acima de tudo por me presentear com a vida. Ao meu irmão Edmar pelo apoio e força. Aos professores, e em especial a minha orientadora Ana Carla e a professora Valéria Medau que com paciência transmitiram seus conhecimentos e participaram da minha formação ortodôntica. Aos meus colegas de curso, funcionários e aos meus amigos Letícia, Andressa, Cinthia, Suelen e Aristides pela adorável companhia durante esta trajetória. 4 Uma mente que se abre a uma nova nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original. Albert Einstein 5 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Recontorno do canino superior para substituir o incisivo lateral ausente. 1A - A - Desgaste horizontal da borda incisal; B - Redução mesio distal; CRedução disto incisal. 1B- A redução da superfície labial do canino; B - Redução da superfície linguo incisal do canino, para obtenção de uma mordida adequada.14 FIGURA 2 - Traçado cefalométrico caracterizando o padrão facial de indivíduo do gênero feminino de 13 anos de idade com agenesia de dentes anteriores. Os Incisivos superiores e inferiores aparecem retroinclinados (ângulo interincisal 154°) e lábios superiores e inferiores retruídos. O ângulo do plano mandibular indica a rotação anterior da mandíbula. ............................................................................. 21 FIGURA 3 - Fotografia do fechamento ortodôntico dos espaços referentes à agenesia dos incisivos laterais superiores seguida pela restauração cosmética do canino. Pré-tratamento (acima) e pós -tratamento (abaixo). ................................ 23 FIGURA 4 - Fotografia da técnica de desgaste e remodelação do canino (A Desgaste em nível do esmalte; B- condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 30 seg.; C- Lavagem para aplicação de sistema adesivo; D- Recontorno dos caninos com resina; E - Transformação do pré-molar em canino com a mesma técnica usada no recontorno dos caninos; F- Transformação do canino em incisivo após polimentos das restaurações) ...................................................................... 24 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 9 2 PROPOSIÇÃO .......................................................................................................................................11 3 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................... 12 4 DISCUSSÃO.......................................................................................................................................... 30 5 CONCLUSÃO ....................................................................................................................................... 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 35 7 RESUMO A agenesia dentária é uma das alterações dentárias mais comuns, se caracteriza pela ausência congênita de um ou mais dentes. Ocorre principalmente na dentição permanente, sendo rara na dentição decídua. Os incisivos laterais superiores e os pré-molares, depois dos terceiros molares dividem o posto de dentes mais acometidos por essa anomalia. Existem muitas controvérsias em relação à etiologia das agenesias, mas o fator etiológico mais evidente é o da hereditariedade. Grande parte das pesquisas sobre agenesias apontam o sexo feminino como o mais afetado. A agenesia de incisivo lateral é a que mais aparece na clínica odontológica, devido ao comprometimento estético que provoca. Atualmente, existem várias formas de tratamento para esse tipo de alteração: 1. Fechar o espaço da agenesia, transformando o canino em incisivo lateral através de restaurações estéticas, nesse caso poderemos deixar os dentes posteriores em uma relação de classe II completa, ou então podemos fazer extração no arco inferior mantendo uma relação molar de classe I; 2. Manter ou melhorar o espaço deixado pela agenesia, para posterior reabilitação protética, que pode ser através de implantes osseointegrados, próteses fixas ou removíveis. A forma de tratamento deve ser escolhida após um estudo criterioso de cada caso. Palavras-chave: Agenesia.Incisivo Lateral.Tratamento. 8 ABSTRACT The dental Agenesis is one of the most common dental changes, is characterized by the congenital absence of one or more teeth. Occurs mostly in permanent dentition, being rare in deciduous dentition.The upper lateral incisors and premolars, after the third molars divided the teeth more affected by this anomaly. There are many controversies regarding the etiology of agenesias, but the most obvious is the etiological factor of heredity. Much of the research on agenesias, point the female as the most affected. The Agenesis of lateral incisor is the one that appears in the dental clinic, due to aesthetic that causes. Currently, there are various forms of treatment for this type of change: 1. close the space of Agenesis of the lateral incisor, transforming the canine in lateral incisor through aesthetic restorations, in this case we can leave the posterior teeth in a full class II relationship, or else we can do in the lower arch extraction keeping a class I molar relationship; 2. maintain or improve the space left by Agenesis, for later prosthetic rehabilitation, which can be through dental implants, fixed or removable dentures. The form of treatment should be chosen after a careful study of each case. Key words: Agenesis. Lateral Incisor. Treatment. 9 1 INTRODUÇÃO Nos tempos remotos da Ortodontia considerava-se que uma oclusão estética e ideal somente poderia ser obtida com a presença de todos os dentes na boca. No entanto, muitas vezes essa condição não é possível devido a perdas acidentais ou de origem genética. Com a evolução das técnicas ortodônticas, o equilíbrio funcional e estético pode ser alcançado também em casos de agenesia congênita de incisivos laterais superiores. (MOYERS, 1987). A agenesia dentária relaciona-se a ausência do germe dentário (LANGLADE, 1993). Fatores como hereditariedade, displasia ectodérmica, inflamações localizadas e redução filogenética, podem estar envolvidos neste processo (ARAUJO, 1982). Os incisivos laterais superiores são os segundos dentes mais afetados pela agenesia (atrás dos molares), ficando atrás somente dos segundos pré-molares inferiores. A agenesia do incisivo lateral superior parece ocorrer em cerca de 1 a 2% dos casos numa amostra ortodôntica, podendo ser uni ou bilateral (FURQUIM et al., 1997). Segundo a teoria filogenética, a agenesia dos incisivos laterais superiores estaria relacionada a uma tendência natural de redução do número dos dentes devido à própria evolução e simplificação da dentição humana. Distúrbios na fusão dos processos embrionários faciais resultando na expressão incompleta de uma fissura primária também podem explicar a ausência congênita dos incisivos laterais superiores (GRABER, 1974). Embora a agenesia apresente pequeno efeito sobre as estruturas dentárias, pode afetar o posicionamento e forma dos demais dentes ocasionando o surgimento de maloclusão (BOECHAT & OLIVEIRA, 1999). Assim, além da ausência do dente, a agenesia deve ser confirmada radiograficamente como forma de permitir o diagnóstico precoce dos fatores etiológicos do retardo da irrupção dentária e instituir a terapia mais adequada (ARAUJO, 1982). Um dos tratamentos da agenesia de incisivos laterais superiores consiste no fechamento ortodôntico dos espaços e redirecionamento do canino no local do incisivo lateral superior ausente. O canino pode ser remodelado com técnicas de 10 desgaste para assumir o formato do incisivo lateral (TUVERSON, 1970). Outra opção de tratamento envolve a manutenção dos espaços com posterior colocação de prótese ou implante osseointegrável, sendo necessária a incorporação de técnicas de osseointegração e Implantodontia (ZACHRISSON, 1986). 11 2 PROPOSIÇÃO Este trabalho teve como objetivo, avaliar as possíveis formas de tratamento nos casos de agenesia dentária do incisivo lateral indicando as melhores opções de acordo com o padrão facial do paciente. 12 3 REVISÃO DE LITERATURA Agenesia tem por definição a diminuição numérica, no caso de determinados elementos dentários conforme a origem grega deste termo, a própria ausência de geração. Ela também pode ser denominada de anodontia parcial, hipodontia ou oligodontia, caracterizando-se pela ausência de um ou mais dentes. (GRIECO et al. 2007) Grieco et al.(2007) citaram que sua etiologia pode estar relacionada a fatores nutricionais, traumáticos, infecciosos, hereditários e filogenéticos. Também são citados outros fatores como as doenças virais, na qual se destaca a rubéola ou certos distúrbios endócrinos. Entretanto para ele a hereditariedade tem sido considerada o fator etiológico principal da agenesia dentária e sua patogenia esta relacionada com alterações no processo de formação e desenvolvimento da lâmina e dos subseqüentes germes dentários. Paula (2007) e Nader (2000) disseram que a ausência congênita de dentes permanentes é de etiologia desconhecida, no entanto várias hipóteses têm sido estudadas, tais como a evolução da espécie humana fundada por Lamarck no qual afirma que a mutação filogenética deve ser explicada com base na lei do uso e desuso, no qual diz que todo animal com desenvolvimento incompleto terá seus órgãos desenvolvidos pelo uso continuado ou atrofiado pelo desuso com a mudança de hábitos alimentares. A maioria dos ortodontistas já tratou ou tratará em sua rotina ortodôntica, pelo menos um paciente com agenesia de um ou ambos incisivos laterais superiores, ou com alguma discrepância de tamanho dentário. Em busca dos objetivos ortodônticos de estética dental e facial, função e saúde do sistema estomatognático e estabilidade dos resultados atingidos, todos os elementos de diagnostico devem ser claros e minuciosamente analisados e ponderados para a elaboração de um planejamento ortodôntico individualizado. É impossível atingir esses objetivos se o profissional eliminar ou omitir o diagnóstico diferencial científico que pode levar ou não à extração de dentes ou mal administrar a agenesia de um incisivo lateral superior aliada à falta de habilidade artística no manuseio de seu instrumento de trabalho. (TANAKA et al. 2003). Para Freitas (1998), de uma maneira geral, as anomalias dentárias são 13 displasias compreendendo alterações da morfologia e estrutura histológica, e em muitos casos, de função do dente. Essas anomalias displásicas podem obedecer a influências hereditárias, congênitas, ou transtornos no decorrer do desenvolvimento do dente após o nascimento. A etiologia da agenesia dentária, ausência total de desenvolvimento do dente, causa discussões, visto que o modo de transmissão é desconhecido, contudo, muitos autores acreditam que a ausência congênita esteja associada à combinação de influências poligênicas e ambientais, dentre outras causas, como: distúrbios endócrinos, doenças exatematosas, radiações, presenças de outras anomalias (hipotricose, hipoplasia focal dérmica, displasia anidrótica e fissura palatina), e muitas síndromes que podem estar associadas, como: Displasia cleidocraniana; oral facial digital do tipo I; SaethereChotzen (é uma síndrome hereditário com craniossinostose, que combina a fusão prematura das suturas cranianas (craniostenose) e anomalias dos membros. As características clínicas mais comuns, presentes em mais de 1/3 dos doentes, consistem em sinostose coronal, braquicefalia, implantação frontal do cabelo baixa, assimetria facial, hiperteroidismo, halluces largos e clinodactilia.) (NEVILLE, 1998). Segundo Macedo et al (2008), a ausência congênita de um ou mais dentes na espécie humana tem sido observada desde o período Paleontológico. Com a evolução da espécie, a face e os maxilares tendem a diminuir no sentido ântero-posterior. Esta tendência retrognata acaba por limitar o espaço necessário para acomodar todos os dentes, e conseqüentemente o último dente de cada série tende a desaparecer (terceiros molares, segundos pré molares e incisivos l) I hereditário: uma geração que apresenta um dente com forma anômala (microdontia/conóide) ira gerar descendentes que não possuirão esse dente. Silva et al.(2005) afirmaram que dentre todas as anomalias dentárias de número a agenesia é a forma mais freqüente de anomalia humana, afetando aproximadamente 20% da população. Vastardis (2000) citou que o conhecimento da genética orodentofacial humana e seu impacto no diagnóstico, prevenção e, eventualmente no tratamento de pacientes afetados pelas agenesias dentárias são partes integrantes dos cuidados com a saúde. Neste mesmo trabalho, a autora relata em sua revisão de literatura que as populações estudadas têm demonstrado que as agenesias dentárias podem ser manifestadas como um achado isolado ou como parte de uma 14 síndrome, sendo que as formas isoladas podem ser esporádicas ou familiares. As agenesias familiares podem ser o resultado de um simples defeito de um gene dominante, recessivo ou ligado ao cromossoma X. Esses estudos também revelam que as agenesias apresentam um padrão de transmissão predominantemente autossômico dominante. As agenesias dentárias também podem apresentar associações com anomalias de desenvolvimento que incluem um atraso na formação dentária, esfoliação prolongada dos dentes decíduos, dentes decíduos retidos, espaço interdentário, desenvolvimento reduzido do osso alveolar e aumento do espaço livre (KELLER, 2004). De acordo com Tuverson (1970), na correção de agenesia de incisivos laterais superiores, alguns fatores devem ser observados quando o tratamento inclui a colocação dos caninos superiores no lugar de incisivos laterais superiores permanentes: a) similaridade entre o diâmetro mésio distal das coroas de caninos e laterais; b) o primeiro pré-molar superior funcionando na posição normal do canino; c) a tendência de apresentarem diferenças de tamanho entre os dentes anteriores superiores e anteriores inferiores onde uma adição de perímetro dentário superior é requerida para produzir uma oclusão normal; d) a espessura do esmalte, especialmente na face dista l do canino, permite redução mésio distal na coroa. O autor ressaltou que os caninos devem ser movidos para o local do incisivo lateral ausente no intuito de eliminar problemas protéticos e obter resultados estéticos satisfatórios, conforme FIGURA. 1 Figura 1 - Recontorno do canino superior para substituir o incisivo lateral ausente. 1A - A - Desgaste horizontal da borda incisal; B - Redução mesio distal; C- Redução disto incisal. 1B- A redução da superfície labial do canino; B - Redução da superfície linguoincisal do canino, para obtenção de uma mordida adequada. FONTE: TUVERSON, 1970. 15 Zachrisson (1986) afirmou que na maioria dos casos de ausência de incisivos laterais, ele opta pelo fechamento ortodôntico dos espaços com resultados satisfatórios. Caso a ausência do incisivo seja unilateral e o outro tenha formato conóide, ele recomenda extraí-lo, pois estes dentes possuem uma pequena dimensão mésio distal e inciso gengival, o que poderia levar a restaurações antiestéticas e instáveis devido à grande quantidade de material restaurador usado na remodelagem do incisivo e ainda a uma maior propensão de cáries. Quanto a mover o canino para a posição do lateral e o primeiro pré- molar para o lugar do canino, não viu nenhuma contra indicação, desde que o canino seja remodelado para uma aparência de lateral e o 1º pré - molar seja rotado para mesial com sua cúspide lingual desgastada, caso ocorram interferências com os dentes inferiores e, ainda, o primeiro molar deve sofrer uma rotação mesial e terminar o tratamento em Classe II de Angle. Dermaut et al.(1986) estudaram a correlação entre agenesia dentária e apinhamento na região anterior da mandíbula. Selecionaram 370 indivíduos de 4 a 19 anos de idade que foram divididos em dois grupos sendo 185 indivíduos com agenesia e outros 185 com dentição normal. Neste estudo verificou-se que a agenesia ocorreu mais em mulheres (112 casos) do que em homens (73 casos). Os dentes mais ausentes foram os segundos pré-molares inferiores e os incisivos laterais superiores (30%); seguido pelo segundo pré-molar superior (20%) e terceiros molares inferiores (7%). Oitenta por cento dos indivíduos com agenesia eram de Classe I esquelética. Indivíduos com mordida profunda são comuns no grupo com agenesia e os de mordida aberta ocorreram de controle. Não foram encontradas diferenças significantes nos casos com padrão vertical normal. O apinhamento dentário anterior foi mais comum no grupo controle, assim como as Classes II e III esqueléticas. Linden (1986) classificou as anormalidades no desenvolvimento da dentição como sendo desvios de número, tamanho, forma e posição. Os desvios no número de dentes na dentição decídua são raros; eles são regularmente encontrados na dentição permanente. A agenesia dentária ocorre com bastante freqüência e muitos ou poucos dentes podem não ser formados. A seqüência da freqüência de agenesia é: terceiros molares (16%), segundos pré-molares inferiores (4,4%), incisivos laterais superiores (1,7%), e segundos pré-molares superiores (1,6%). A formação de outros dentes permanentes poderá falhar e mais de um dente 16 e a ausência de mais de um dente poderá ocorrer num mesmo indivíduo, caracterizando um quadro de agenesia múltipla. A ocorrência de dentes supranumerários pode afetar a irrupção de outros dentes. Este distúrbio pode ocorrer em todas as regiões dos arcos dentários, particularmente na região de incisivos inferiores e superiores. Freqüentemente um dente supranumerário ocorre entre os dois incisivos centrais superiores adjacentes à sutura mediana na maxila, propiciando o surgimento de um mesiodens. O dente extra, comumente apresenta anomalia de tamanho e forma e pode estar orientado em todas as direções possíveis. Miller et al.(1987) descreveram o tratamento de dois casos ortodônticos envolvendo agenesia ou má formação de incisivos laterais superiores em indivíduos gêmeos do gênero feminino de 13 anos de idade. Um dos indivíduos apresentava ausência congênita do incisivo lateral superior esquerdo e o incisivo lateral direito conóide. Foi efetuada a extração do incisivo conóide, reposicionando-se os caninos superiores nos espaços ausentes. Foram utilizados dispositivos Edgewise de 0, 022”, sem torque e sem angulação. Após o movimento mesial, que favoreceu o acesso adequado a todas as superfícies proximais, os caninos foram remodelados e receberam torque palatal, enquanto que as raízes do pré-molar superior receberam torque bucal. Foram utilizados elásticos da Classe III para manter os relacionamentos corretos dos incisivos. Os resultados do tratamento foram mantidos por meio de um dispositivo de Hawley instalado na dentição superior e, contenção inferior colada de canino a canino. O tempo ativo total do tratamento foi de 34 meses. No outro caso, o indivíduo apresentava os incisivos laterais superiores antiestéticos foram tratados previamente com remodelação com resina composta. Verificou-se radiograficamente e periodontalmente que os dentes estavam saudáveis, sendo optado por reposicionar adequadamente estes dentes nos espaços apropriados, efetuando-se novos contornos, de forma a se obter uma aparência mais estética. O tratamento ortodôntico incluiu mecânica Edgewise sem torque e angulação com dispositivos de 0.022”. Foi utilizado durante 14 meses um aparelho de tração extrabucal cervical como dispositivo de ancoragem. Após a retração, os incisivos laterais foram posicionados dentro de seus espaços e a restauração cosmética foi efetuada. Foi utilizado dispositivo de Hawley como contenção superior e uma mola de contenção no arco inferior. O tempo total do tratamento foi de 34 meses. Ambos os casos foram finalizados com resultados 17 estéticos e funcionais satisfatórios. De acordo com Moyers (1987), dentes ausentes seriam aqueles cujo germe não se desenvolveu o suficiente para permitir a diferenciação dos tecidos dentários. De 4% a 6% da população apresenta ausência congênita de algum dente, exceto os terceiros molares que têm uma incidência de 16% nos leucodermas norteamericanos. A ausência congênita dos dentes constitui um problema clínico mais freqüente que os supranumerários. Os dentes mais comumente ausentes são os segundos pré-molares inferiores, os incisivos laterais superiores e os segundos prémolares superiores, nesta ordem. As mulheres são mais propensas a apresentar ausência congênita de dentes que os homens. A ausência total de dentes é denominada anodontia, e a formação incompleta de toda a dentição é chamada oligodontia. As principais causas conhecidas da ausência congênita de dentes são: a) hereditariedade; b) displasia ectodérmica, associada a outros transtornos no desenvolvimento do tecido ectodérmico, por exemplo, anidrose e ausência de folículos pilosos; c) Inflamação ou infecções localizadas; d) condições sistêmicas (raquitismo, sífilis e transtornos intra-uterinos graves); e) expressão nas alterações envolvidas na dentição. Oxidar (1988) descreveu o caso de um indivíduo do gênero feminino de13 anos e nove meses da idade que apresentava um mento médio e um nariz muito proeminente e ausência congênita dos incisivos laterais superiores, mas com oclusão normal. Os segmentos bucais e o canino direito estavam em relacionamentos de Classe I e o canino esquerdo em Classe II. O fechamento dos espaços dos incisivos ausentes foi conduzido até a obtenção de uma relação molar de Classe II, colocando-se os caninos no lugar dos incisivos ausentes. O tratamento incluiu um dispositivo fixo, elásticos de Classe III e protração dos dentes superiores. Os espaços foram fechados em 15 meses e houve necessidade de correção de uma mordida cruzada anterior e verticalização dos dentes superiores anteriores. O resultado final foi aceitável, mas não ideal. As tomadas radiográficas cefalométricas revelaram que os dentes posteriores superiores foram protraídos em aproximadamente 5 mm, mas que não houve mudança significativa na posição dos dentes anteriores devido à pobre cooperação do indivíduo em relação à higiene e uso do aparelho extrabucal. Os segmentos bucais foram deslocados para uma relação de Classe II. Os caninos foram desgastados e restaurados com resina, a fim de, adquirirem uma aparência similar aos incisivos. 18 Argyropoulos e Payne (1987) ressaltaram que o plano de tratamento e a mecanoterapia representam um difícil problema nos casos que apresentam agenesia dos incisivos laterais superiores. Esta ausência cria um desequilíbrio potencial no comprimento dos arcos maxilares e mandibulares na dentição permanente. Depois da completa irrupção dos dentes permanentes, a eliminação deste desequilíbrio, pode ser realizada por um plano de tratamento que inclua alguma destas alternativas: a) manter ou recuperar o espaço do incisivo ausente e conseqüente reconstrução protética; b) fechar os espaços estabelecendo uma relação posterior de Classe II; c) fechar os espaços e extrair dois dentes mandibulares, pré-molares ou incisivos laterais, e estabelecer uma relação posterior de Classe I. Sendo que, na escolha de qualquer tipo de tratamento, deve-se levar em conta o perfil do indivíduo, a quantidade e direção de crescimento, e a presença ou ausência de uma maior maloclusão. Mohl (1989) ressaltou a importância da proteção mútua do canino e demais dentes do lado de trabalho que pode ser obtida a partir dos preceitos gnatológicos e funcionais. A proteção mútua pode abranger ambas as perspectivas, proporcionando uma base para o arranjo dos dentes, embora na prática seja difícil a distinção entre a proteção dos caninos e dos demais dentes do grupo de trabalho. No planejamento do tratamento ortodôntico que visa o fechamento de espaço, é fundamental observar os aspectos que mais influenciam a posição e função mandibular e oclusal. A oclusão terapêutica deve ser planejada de maneira a considerar: à distância interoclusal aceitável, dentro de um intervalo de 2 mm a4 mm; a relação mandibular estável com contato bilateral em fechamento retruído; as relações estáveis de quadrante, proporcionando forças direcionadas axialmente; a liberdade de variação retrusiva de contato e a liberdade de movimentos excursivos que incluam um guia incisal para desoclusão posterior e uma guia lateral (grupo) ou canino para desocluir os dentes no lado não trabalhado. O sucesso na estética e na função nos casos de agenesia de incisivos laterais superiores, está diretamente relacionado com o formato original dos caninos superiores, o quadro geral apresentado na maloclusão, às alterações na forma do arco superior e a habilidade do operador em remodelar os caninos estética e funcionalmente. (TANAKA et al., 2003). Existem critérios muito importantes para o tipo de tratamento dos pacientes com agenesia Segundo Gregory et al., 2010 para selecionar o paciente 19 ideal temos que observar alguns fatores como: Maloclusão: Há dois tipos que permitem a substituição pelos caninos: a primeira é em caso de cl II sem apinhamento no arco inferior. Neste padrão a relação molar permanece em Cl II e os pré molares ocupam a posição dos caninos. A segunda é a relação de cl I com apinhamento suficiente no arco inferior para ser resolvido com extrações. Perfil: Geralmente um perfil reto é o ideal. Contudo um perfil levemente convexo pode ser aceitável. Forma e Cor do Canino: A cor do canino deve estar semelhante à do incisivo central. Normalmente eles são mais escuros que os incisivos centrais e a forma mais conservadora de resolver o problema é fazer um clareamento individual nos caninos. Com a coroa mais larga e mais convexa o canino freqüentemente precisa de um desgaste considerável e se a camada do esmalte for totalmente desgastada e a dentina começar aparecer o dente deve ser restaurado. Também deve ser observado quando o desgaste é feito na incisal e palatal do canino, sendo necessário restauração. Nível do Lábio: Os níveis da gengiva são mais visíveis em pacientes com sorriso gengival. A margem gengival do canino natural está ligeiramente posicionada para a incisal em relação ao incisivo central. Isto ajuda a camuflagem do canino substituído. Ocasionalmente pode ser necessário realizar uma gengivectomia para se posicionar a gengiva marginal corretamente. Finalmente, em pacientes com linhas altas de sorriso uma eminência canina muito proeminente pode se tornar uma preocupação estética. Umas das dificuldades na Ortodontia é a correção de maloclusões com ausência congênita de incisivo lateral superior. Nesses casos, o planejamento geralmente inclui o fechamento ou abertura de espaços (LIMA FILHO et al. 2004). Atualmente com a evolução dos materiais dentários, resinas compostas, coroas de porcelana e ainda opções de clareamento dentário pode se chegar a bons resultados com o fechamento de espaços. (ROSA; ZACHISSON, 2002). As possibilidades de tratamento serão discutidas com o paciente em sua consulta 20 inicial, onde poderá determinar a linha do sorriso desejada, a reversibilidade do procedimento, os riscos causados por tipos de preparos mais agressivos, preservação de dentes presentes, a qualidade e quantidade de osso, estética, o tipo de aparelho, o tempo de tratamento, o custo operacional e o grau de motivação e cooperação do paciente. Asher e Lewis (1986) alertam ainda que o fechamento de espaços demanda um maior tempo de tratamento, mas produz um resultado mais permanente não necessitando de substituições artificiais. Já o tratamento para abertura de espaços é mais rápido, porém, existe ainda o tempo necessário para a reabilitação protética e o resultado do tratamento dependerá do sucesso das próteses ou implantes. O paciente deve ser bem esclarecido a respeito desses fatores e o profissional deve considerar as expectativas dele na opção de tratamento. (ASHER e LEWIS 1986). Ogaard e Krogstad (1995) compararam a estrutura crânio-facial e o perfil do tecido mole nos indivíduos portadores de agenesia suave (grupo I: 2 a 5 dentes ausentes; n = 43), agenesia moderada (grupo II: 6 a 9 dentes ausentes; n = 15) e agenesia severa (grupo III: 10 ou mais dentes ausentes; n = 29). A amostra foi comparada com indivíduos sem agenesia e com oclusão normal (n = 50). A idade média era aproximadamente 12 anos. No grupo I, os segundos pré-molares inferiores foram os dentes mais freqüentemente ausentes, seguidos pelos segundos pré-molares superiores e pelos incisivos laterais superiores. A prevalência dos segundos pré-molares ausentes diminuiu com a severidade crescente da agenesia. Nenhum teste padrão consistente foi confiável quando mais de cinco dentes faltavam, indicando um mecanismo genético diferente do mais comumente encontrado nos casos de agenesia de suave. De acordo com tomada radiográfica, o perfil facial foi caracterizado por uma retroinclinação significativa dos incisivos e um ângulo interincisal aumentado, acompanhado por uma redução da saliência labial, sendo o mais evidente no lábio superior, conforme FIGURA 2. O número crescente de dentes ausentes resultou também em uma diminuição no ângulo do plano mandibular e uma redução na altura facial anterior. Poucas diferenças nos parâmetros esqueléticos foram observadas. Sugeriu-se que a estrutura dentofacial típica no indivíduo com agenesia severa pode estar relacionada à compensação dentária e funcional e não propriamente a um padrão de crescimento diferente. 21 FIGURA 2 - Traçado cefalométrico caracterizando o padrão facial de indivíduo do gênero feminino de 13 anos de idade com agenesia de dentes anteriores. Os Incisivos superiores e inferiores aparecem retroinclinados (ângulo interincisal 154°) e lábios superiores e inferiores retruídos. O ângulo do plano mandibular indica a rotação anterior da mandíbula. FONTE: OGAARD e KROGSTAD, 1995. Bergendal et al. (1996) descreveram casos de crianças e adolescentes com agenesias dentárias múltiplas, que tiveram acompanhamento interdisciplinar envolvendo odontopediatras, ortodontistas, cirurgiões e protesistas. Participaram do estudo, 27 indivíduos com idade inferior a 20 anos, com agenesia de oito ou mais dentes (exceto os terceiros molares). Foram usadas medidas preventivas aos oito anos de idade, baseados nos esclarecimento dos pais e indivíduos e elaboração de plano de tratamento preliminar. Dos 10 aos 11 anos, foi realizado tratamento ortodôntico para o posicionamento correto dos dentes. Dos 12 aos 17anos, foram feitas as finalizações ortodônticas e instalação de aparelhos protéticos visando à manutenção dos espaços. Aos 18 e 19 anos, foram feitos a instalação de implantes e os tratamentos protéticos. Concluiu-se então, que a abordagem multidisciplinar nesses indivíduos é de extrema importância. Os espaços que os ortodontistas devem deixar para a inserção dos implantes osseointegrados incluem: para um implante de 3,3 mm de diâmetro deve-se deixar no mínimo 5 mm; para dois 22 implantes de 4,4 mm de diâmetro deve-se deixar 7 mm. Para agenesias de incisivo lateral, implantes de 3,3 mm são suficientes devidos à largura da raiz de um lateral. Furquim et al. (1997) relataram o tratamento ortodôntico combinado com procedimentos restauradores estéticos. A amostra envolveu um indivíduo de gênero feminino de 15 anos e 11 meses de idade que apresentava agenesias bilaterais dos incisivos superiores e dos elementos 35 e 24, além de uma relação molar Classe I, perfil côncavo, lábio superior retraído e Classe III esquelética. O canino direito encontrava-se em Classe II, devido ao movimento mesial em direção à agenesia e no lado esquerdo a migração era menor. O indivíduo apresentava ainda diastemas no arco superior e incisivos inferiores com deficiência na largura mesiodistal. O tratamento ortodôntico incluiu o fechamento dos espaços com técnicas de disjunção palatina e tração reversa da maxila, conforme FIGURA 3. A restauração estética dos caninos e pré-molares foi efetuada, utilizando-se pontas diamantadas para desgaste do esmalte, da porção vestibular, lingual e incisal de caninos superiores, conforme FIGURA 4. Após o desgaste, foi utilizado condicionamento com gel de ácido fosfórico a 37% por 30 segundos; 15 minutos após lavou-se e secou-se a área. A resina composta foi polimerizada por 40 segundos e após uma semana realizou-se e polimento das restaurações com brocas multilaminadas, discos de lixa, tiras e pasta especial para polimento. Os autores concluíram que os desgastes seletivos das bordas incisais possibilitaram a transformação dos caninos superiores os quais assumiram formatos semelhantes aos incisivos laterais. 23 FIGURA3 - Fotografia do fechamento ortodôntico dos espaços referentes à agenesia dos incisivos laterais superiores seguida pela restauração cosmética do canino. tratamento (abaixo). FONTE: FURQUIM et al., 1997. Pré-tratamento (acima) e pós - 24 FIGURA4 - Fotografia da técnica de desgaste e remodelação do canino (A – Desgaste em nível do esmalte; B- condicionamento com ácido fosfórico a 37% por 30 seg.; C- Lavagem para aplicação de sistema adesivo; D- Recontorno dos caninos com resina; E- Transformação do pré-molar em canino com a mesma técnica usada no recontorno dos caninos; FTransformação do canino em incisivo após polimentos das restaurações) FONTE: FURQUIM et al., 1997. Leon et al. (1998) relataram a correção de um caso de maloclusão de Classe II, com ausência congênita do incisivo lateral direito, má formação do incisivo lateral esquerdo, com formato conóide e linha média desviada em 2 mm para o lado direito. A amostra envolveu um indivíduo de15 anos e três meses de idade, com dentição permanente. Na avaliação cefalométrica, o indivíduo apresentou a maxila bem posicionada, enquanto que a mandíbula apresentava-se moderadamente 25 retruída; um padrão esquelético de Classe II, com crescimento no sentido vertical; os incisivos superiores encontravam-se inclinados para lingual, porém, bem posicionados na sua base óssea, enquanto que, os incisivos inferiores se apresentavam inclinados para vestibular e bem posicionados na sua base óssea. Iniciou-se o tratamento ortodôntico com a instalação de um aparelho extrabucal com força excêntrica, para a movimentação distal dos molares superiores do lado esquerdo, e obtenção de espaço com a finalidade de transformar esteticamente o lateral conóide em incisivo lateral. Simultaneamente, foram realizados pequenos desgastes no esmalte do canino superior direito, para transformar este dente em incisivo lateral e permitir o nivelamento e alinhamento dentário. Obtido o espaço para a restauração estética do incisivo lateral superior esquerdo, o indivíduo foi encaminhado para a realização das restaurações estéticas, sendo instalado posteriormente, arcos para finalização do nivelamento e intercuspidação. No final do tratamento foi obtido bom relacionamento entre os arcos superior e inferior, como também uma estética adequada. Baccetti (1998) avaliou a prevalência de rotação dentária concomitante à agenesia de dentes não adjacentes em indivíduos sem apinhamento e não sindrômicos. A amostra constituiu-se de 1.620 indivíduos (média de idade de 14 anos e nove meses). As descobertas foram comparadas com a prevalência calculada para um grupo controle de mil indivíduos. Foi estudada a rotação dos incisivos laterais superiores,em indivíduos com agenesia de pré-molar, e a rotação de pré-molares em indivíduos com agenesia de incisivo lateral superior. As associações entre as anomalias de posição e agenesia dentária foram significantes (p < 0,01). Além disto, a presença de incisivos laterais superiores girados também estava associada com a agenesia do dente homólogo no lado oposto do arco dentário; o mesmo resultado foi encontrado para os pré-molares. Estes dados sugeriram um componente genético na etiologia das más posições dentárias como a rotação dentária, que pode ser considerada uma co- variável num complexo de distúrbios dentários controlados geneticamente, incluindo a agenesia dentária. Sonnesen et al. (1998) estudaram os tipos de maloclusão associados a sinais de desordens têmporo mandibulares em jovens selecionados para o tratamento ortodôntico que apresentavam riscos de doenças hereditárias, entre elas a agenesia dentária. A amostra compreendeu 104 jovens (56 do gênero feminino e 48 do masculino), com idade entre sete e treze anos. As características mais 26 prevalentes da maloclusão foram: Classe II molar de Angle, (72%), o apinhamento (57%), o trespasse horizontal superior extremo (37%) e a mordida profunda (31 %). A agenesia ou os dentes laterais conóides foram observados em 14% dos jovens. Os sinais e sintomas da articulação têmporomandibular estavam significantemente associados à Classe II molar de Angle, ao trespasse horizontal superior extremo, à mordida aberta, à mordida cruzada unilateral, ao deslocamento da linha média e às más formações dentárias. De acordo com a análise, há um alto risco de jovens com maloclusão severa desenvolverem distúrbios de articulação têmporo mandibular, nos casos de agenesia ou de dentes laterais conóides. Estácia e Souza (2000) relataram o caso de um indivíduo do gênero feminino , com 13 anos de idade, perfil levemente convexo, apresentando maloclusão de Classe III, ausência de ambos incisivos laterais permanentes superiores. O tratamento instituído foi o fechamento dos espaços dos incisivos ausentes, posicionamento e recontorno dos caninos superiores e estabelecimento de uma relação de oclusão posterior de Classe II. Segundo os autores as vantagens de se colocar os caninos permanentes superiores nas posições dos incisivos permanentes laterais superiores ausentes incluem: a) o resultado é permanente, eliminando a necessidade de implantes ou de outros processos protéticos; b) o resultado estético é agradável, com restabelecimento do contorno gengival e alveolar dentro dos padrões normais, eliminando a falta de rebordo comum em áreas edêntulas; c) possibilita o estabelecimento de uma relação interoclusal favorável em casos de discrepância negativa que requeira extrações no arco inferior; d) possibilita uma oclusão terapêutica fisiológica. Por outro lado, esta terapia apresenta desvantagens que incluem: a) não adequação funcional e estética em casos de caninos com grande proeminência vestibular de raízes e coroas extremamente largas; b) resultado estético e funcional não harmonioso para caso de agenesia unilateral; c) impossibilidade de obter uma desoclusão funcional pelo canino; d) incompatibilidade das cores dos caninos e dentes adjacentes e antagonistas. Kjaer e Daugaard-Jensen (2000) estudaram os fatores genéticos envolvidos na agenesia dentária. O estudo teve como objetivo verificar a relação entre a fusão de dentes decíduos e a ocorrência de agenesia na dentição permanente. Tomadas radiográficas intrabucais e ortopantomográficas foram efetuadas em 19 dentições decíduas, apresentando um total de 21 fusões. Verificouse que a agenesia de incisivo lateral permanente ocorreu quando havia uma fusão 27 de um incisivo lateral com o canino na dentição decídua. O grau de fusão não foi relacionado ao aumento de incidência da agenesia. Os autores sugeriram que a agenesia de incisivos superiores estaria relacionada ao desenvolvimento alveolar pré-natal. Robertsson e Mohlin (2000) conduziram um estudo retrospectivo para examinar indivíduos portadores de agenesia dos incisivos laterais tratados ortodonticamente que teve por objetivo comparar os resultados estéticos, funcionais e de saúde periodontal. O estudo envolveu uma amostra de 50 indivíduos, sendo que 30 foram tratados com o fechamento ortodôntico do espaço e 20 pela abertura do espaço e colocação de uma prótese. A opinião dos indivíduos foi coletada por meio entrevista estruturada e por um questionário baseado nos índices estéticos de Eastman. Foram avaliadas a funcionalidade, os contatos dentários, a condição periodontal, e a qualidade da recolocação protética. Os indivíduos tratados com o fechamento ortodôntico do espaço manifestaram maior satisfação com a aparência de seus dentes, do que aqueles que receberam próteses. Nenhuma diferença significativa de prevalência de sinais e sintomas de disfunção têmporo-mandibular foi encontrada. Entretanto, os indivíduos com recolocações protéticas apresentaram comprometimento da saúde periodontal com acúmulo do biofilme bacteriano e gengivite. A conclusão deste estudo foi que o fechamento ortodôntico do espaço produz resultados que são bem aceitos, não danificando a função da articulação têmporo-mandibular, possibilitando a saúde periodontal. Baptista (2000) recomendou que na colocação dos caninos nos lugares de incisivos laterais superiores e conseqüente movimentação dos primeiros e segundos molares, é fundamental considerar as diferenças anatômicas dos dentes bem como planejar cuidadosamente a mecanoterapia. O uso de bráquete lateral em caninos não é recomendável na terapia de reposicionamento deste dente no lugar de incisivos laterais. Sabe-seque a raiz do canino, no sentido vestíbulo lingual, é muito ampla, portanto, qualquer torque para vestibular vai salientar ou criar uma eminência de canino, não recomendável na região anatômica dos laterais. Como a distância entre a cortical vestibular e lingual da região de laterais é menor e a raiz do canino é mais ampla, o canino no lugar do lateral precisa receber uma angulação e inclinação vestíbulo lingual (torque) altamente particularizada. Segundo o autor, o ideal nesses casos seria a criação de um bráquete específico para o canino. Brusco et al. (2000) realizaram uma revisão da literatura com o propósito 28 de contribuir com o estudo das ausências dentárias, analisando conceitos e etiologias dessas malformações de número de dentes, enfatizando a necessidade de diagnóstico precoce para prevenir complicações posteriores. As ausências dentárias estão presentes tanto na dentição temporária como na permanente, sendo raras na primeira. Os fatores etiológicos causadores da redução de número dos dentes atuam nas fases precoces da odontogênese, isto é, nas fases de iniciação e proliferação dos germes dentários. Esses são fatores sistêmicos, como o raquitismo, a sífilis, os transtornos intra-uterinos graves, os hereditários, a presença de síndrome; e fatores locais, como baixas doses de radioterapia. A maioria dos autores observou que a ausência do incisivo lateral superior permanente unilateral foi à alteração mais encontrada. A nomenclatura utilizada, hipodontia, oligodontia e anodontia, relacionam-se ao número de dentes ausentes. Para Cozzani (2001), nas regiões anteriores, o fechamento dos espaços, como os causados pela agenesia dos incisivos laterais superiores, cria vários problemas, tais como a dificuldade, o excesso ou a insuficiência de garantir uma boa função em grupo durante a abertura da boca. Por outro lado, a principal vantagem do fechamento do espaço é que as próteses são evitadas, junto com suas complicações associadas. A tendência de convergência dos ápices radiculares dos dentes anteriores superiores e subseqüente falta de espaço, constituem fatores que contra indicam a instalação de implantes. As soluções tradicionais, como as pontes, no entanto, tem uma função importante na deterioração dos dentes adjacentes, que os implantes nunca causam. Já, nas regiões posteriores, o problema estético é muito menos complicado e a inserção das próteses entre os dentes em linha reta é muito mais fácil. Rosa e Zachrisson (2001) avaliaram a correção de casos de ausência de incisivos laterais superiores incluindo o fechamento dos espaços e destacaram algumas situações criticas como a dificuldade na contenção, o provável comprometimento da oclusão funcional e do resultado final do tratamento devido à inclinação lingual excessiva das coroas dos caninos superiores que produz resultados estéticos indesejáveis. Para o reposicionamento do canino no lugar do incisivo, recomendaram cuidadosa correção do torque coronário dos caninos, para se assemelhar ao torque do incisivo lateral, juntamente com a incorporação dos torques ideais para os primeiros e segundos pré- molares superiores movidos mesialmente; extrusão e intrusão individualizada dos caninos e dos primeiros pré- 29 molares, respectivamente, para obter um ótimo nível da gengiva marginal, na região ântero -superior; aumento da largura e do comprimento dos primeiros pré-molares intruídos e movidos mesialmente, com as restaurações de resina composta ou comas facetas laminadas de porcelana; procedimentos cirúrgicos simples (secundários) para o aumento da coroa clínica.A obtenção de resultados esteticamente agradáveis torna-se mais difícil quando há um incisivo lateral conóide em um lado e agenesia do incisivo lateral no outro. A combinação entre o fechamento de espaço e a colocação de uma faceta laminada de porcelana no dente conóide apresenta-se como a melhor solução nestes casos. Para o sucesso do tratamento os autores sugeriram: a) utilização de modelos de gesso e montagens visuais do indivíduo para identificar os problemas de tamanho dentário e a quantidade necessária de desgastes na coroa e a obtenção de estética na linha do sorriso; b) Finalização ortodôntica otimizada, incluindo obtenção de um ponto de contato adequado entre o canino o incisivo central, correta rotação mesial do primeiro pré-molar; c) torque individualizado nos caninos e pré-molares remodelados; d) prevenção dos efeitos iatrogênicos da remodelação dos caninos, com o resfriamento adequado com jato de ar e água abundantes e a preparação de superfícies lisas; planejamento da quantidade de desgastes, levando em consideração as discrepâncias de tamanho entre os dentes e a morfologia dos incisivos centrais;e) considerar a necessidade de cirurgia secundária para o aumento da coroa e clareamento dentário; f) desoclusão dos caninos, pela intrusão dos primeiros pré-molares e a reconstrução de sua coroa com resina composta ou faceta laminada. 30 4 DISCUSSÃO A agenesia dentária se refere à ausência de formação do germe dentário. podendo ocorrer em dois até seis dentes. A falta completa de dente que é muito rara, denomina-se oligodontia ou anodontia (ARAÚJO, 1982; LANGLADE, 1993). Estes distúrbios dentários são de origem multifatorial, envolvendo diferentes fatores etiológicos como displasia ectodérmica, hereditariedade, inflamações localizadas e redução filogenética (ARAUJO, 1982). Além de fatores genéticos, doenças viróticas como a rubéola, podem estar relacionadas à agenesia dentária (LANGLADE, 1993; BOECHAT e OLIVEIRA, 1999). A agenesia dentária deve ser confirmada radiograficamente, pois, desta forma, é possível a detecção de tumores odontogênicos que podem causar malformação dentária e ausência de dentes, além de detectar precocemente outros fatores etiológicos do retardo da irrupção dentária (ARAUJO, 1982). Tomadas radiográficas efetuadas antes dos oito anos de idade podem não ser totalmente confiáveis, sendo prudente o acompanhamento radiográfico até que a agenesia seja comprovada nitidamente (HOUSTON, 1990). Os incisivos laterais ausentes parecem ser mais evidentes clinicamente por volta dos nove anos de idade, quando se torna mais aparente a necessidade de correção ortodôntica. Nesta fase, a confirmação radiográfica é mais confiável e o plano de tratamento deverá ser norteado principalmente no tipo de maloclusão existente. Duas teorias têm sido utilizadas para explicar a agenesia dos incisivos laterais superiores. A primeira refere-se a uma tendência evolutiva de seleção moderada para a simplificação da dentição humana por meio da redução no número de dentes. A segunda relaciona a agenesia a um distúrbio na fusão dos processos embrionários faciais que podem resultar na expressão incompleta de uma fissura primária (GRABER, 1974). Os fatores genéticos e hereditários apresentariam, assim, uma grande influência no processo (FERREIRA 1999, KJAER e DAUGAARD JENSEN, 2000; RIBEIRO et al. 2003). A incidência da agenesia de um ou mais dentes varia 3,5% a 6,5% da população ortodôntica. Quanto à agenesia do incisivo lateral superior o índice é de 2% com uma prevalência maior para o gênero feminino (LINDEN, 1986, FURQUIM et al.,1997; STAMATIOU e SYMONS, 1991). Excetuando os terceiros molares, os dentes mais afetados pela agenesia são respectivamente os segundos pré-molares 31 inferiores, incisivos laterais superiores e segundos pré-molares superiores (ARAÚJO, 1982; DERMAUT, 1986; LANGLADE, 1993). A agenesia de dentes decíduos parece ocorrer com menos freqüência do que para dentes permanentes (MOYERS, 1987). A agenesia funcionais,embora dentária geralmente não pode causar apresente problemas sintomatologia. estéticos Além e desses problemas, a ausência de dentes pode causar doença periodontal e maior propensão a cáries devido à retenção de alimentos. Dificuldades fonéticas também podem estar associadas à agenesia de dentes na região anterior (BOECHAT e OLIVEIRA, 1999). A ausência de dentes afeta a condição dos dentes adjacentes, sendo comum à presença de laterais cônicos e distúrbios de tamanho e forma nos demais dentes. A ausência do incisivo lateral superior ou redução deste a um elemento cônico pode estar associada à presença de diastemas em crianças na fase de dentição mista (SERAPHIM, 1971). A presença de dentes supranumerários, o deslocamento palatino de incisivos e caninos e a agenesia desses dentes são fatores contribuintes para o surgimento da maloclusão. A agenesia de incisivos laterais superiores ou a presença de dentes laterais conóides pode estar associada a graves casos de maloclusão. A presença de incisivo lateral superior girado pode ser relacionada com a agenesia do dente homólogo no lado oposto do arco dentário, podendo ocorrer o mesmo com os prémolares (BACCETTI, 1998). A ausência do incisivo lateral superior pode provocar a irrupção mesial do canino ou torná-lo coniforme, podendo também provocar deficiências cuspídeas nos pré- molares e molares. A ausência de um incisivo lateral constitui um problema de difícil resolução, uma vez que causa desequilíbrio potencial no comprimento dos arcos maxilares e mandibulares na dentição permanente. O tratamento pode ser efetuado a partir de duas modalidades que incluem a abertura ou fechamento de espaços. Após a abertura de espaço uma restauração protética é instalada no lugar do elemento ausente. No fechamento do espaço requer o uso conjunto de técnicas de Ortodontia e Dentística (WOODWORTH et al., 1985; ZACHRISSON, 1986). O fechamento de espaços é indicado nos seguintes casos: tendência para apinhamento superior; casos de perfil equilibrado e dentes anteriores com inclinação normal, caninos e pré-molares com tamanhos semelhantes; protrusão dentoalveolar; 32 maloclusão de Classe II; severo apinhamento inferior. Por outro lado, a manutenção dos espaços é normalmente preferível em casos de ausência de maloclusão e intercuspidação normal dos dentes posteriores; diastemas generalizados no arco superior; maloclusão de Classe III e perfil retrognático; uma grande diferença de tamanho entre os caninos e os primeiro pré-molares (COZZANI 2001; ROSA e ZACHRISSON, 2001). O fechamento ortodôntico dos espaços pode ser realizado com resultados estéticos e funcionais satisfatórios com a colocação dos caninos nos lugares dos incisivos laterais ausentes (ROTH et al., 1985). Por outro lado na abertura de espaços para a colocação de prótese, além da necessidade de procedimentos invasivos, como no caso da instalação de prótese implanto suportada, pode ocorrer também irritação mecânica que afeta o tecido gengival e ligamento periodontal. A ocorrência de gengivite e o acúmulo de biofilme bacteriano podem comprometera saúde dos tecidos moles bucais. Assim, a restauração protética parece oferecer maiores riscos e complicações se comparada ao reposicionamento dentário e fechamento ortodôntico de espaços (ROBERTSSON e MOHLIN, 2000). O fechamento dos espaços combinados ao procedimento restaurador nos caninos superiores e/ou outros elementos dentários freqüentemente proporcionam resultado duradouro e estético. Isto pode ser comparado em estudos como nos de Furquin et al. (1997), Robertsson e Mohlin (2000) e Rosa e Zachrisson (2001). Entretanto, para casos de oclusão normal e ausência dos incisivos laterais superiores, o fechamento dos espaços não é recomendado. Nestes casos, é extremamente importante a aplicação de princípios gnatológicos atuais para se obter uma relação interincisal satisfatória (TUVERSON, 1970). A posição e função mandibular e oclusal devem ser analisados cuidadosamente, assegurando-se a proteção múltipla de caninos e demais dentes do lado trabalhado (MOHL, 1989). Para ambas as opções de correção em casos de agenesia de incisivos laterais superiores, o plano de tratamento deve se conduzido considerando-se as tendências de crescimento e as possíveis mudanças estéticas faciais e as relações oclusais no pós-tratamento, além da análise sobre a necessidade de extração (MILLER et al.,1987; ARGYROPOULOS e PAYNE,1988).No fechamento de espaços é importante analisar o tipo de maloclusão e sua intercuspidação, as condições de espaço. É fundamental a análise das condições do canino incluindo a forma, a cor, o 33 tamanho e inclinação desses dentes, para que a reabilitação bucal possa ser obtida com funcionalidade e estética otimizadas (WOODWORTH et al.,1985; MILLER et al., 1987). 34 5 CONCLUSÃO De acordo com este trabalho as opções para tratamento ortodôntico da agenesia dentária do incisivo lateral são: Abertura com manutenção do espaço para reabilitação com prótese/implante; Fechamento do espaço mediante o movimento para mesial dos dentes posteriores. O sucesso na estética e na função nos casos de agenesia de incisivos laterais superiores, está diretamente relacionado com o formato original dos caninos superiores, o quadro geral apresentado na maloclusão, às alterações na forma do arco superior e a habilidade do operador em remodelar os caninos. As possibilidades de tratamento devem ser discutidas com o paciente em sua consulta inicial, onde poderá determinar a linha do sorriso desejada, a reversibilidade do procedimento, os riscos causados por tipos de preparos mais agressivos, a preservação de dentes presentes, a qualidade e quantidade de osso, estética, o tipo de aparelho, o tempo de tratamento, o custo operacional e o grau de motivação e cooperação do paciente. 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARGYROPOULOS, E.; PAYNE, G. Techniques for improving orthodontic results in treatment of missing maxillary lateral incisors: a case report with literature review. Am J OrthodDentofacial Orthop.v.94, n.2, p.150-165, 1987. ARAÚJO, M. C. M. 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