INFORMATIVO Edição- 001/2010 Núcleo de Pesca NORTE - 5 Núcleo de Pesca Não dá o peixe; Ensina a pescar pág. 02 Comunidades se mobilizam para Acordos de Pesca comunidades como o P.A. Manchete, Barreira dos Campos e a aldeia indígena Boto Velho começaram a se organizar pág. 02 Curso de manejo participativo reúne conhecimentos técnicos e tradicionais Projeto: Formação de multiplicadores em manejo participativo da pesca do pirar ucu, no entor no do Parque Estadual do Cantão pág. 03 A lenda do Pirarucú Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos Uaiás que habitava no sudoeste da Amazônia. pág. 03 Núcleo de Pesca participa do fórum mundial em Brasília pág. 02 02 Núcleo de Pesca NORTE - 5 Núcleo de Pesca Em 2006, o Ministério da Educação (Mec), por intermédio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), e a Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR), firmaram o Termo de Cooperação Técnica nº 02, estabelecendo um projeto de cooperação mútua, visando construir e implementar uma política para formação humana na área da pesca marinha e continental e aqüicultura familiar. Entre os compromissos assumidos pela Setec/Mec consta o estímulo à criação de núcleos de pesquisa regionais, no âmbito da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica com a definição de pólos em todo o país. Entre os objetivos desses núcleos está a difusão de informações técnicas, experiências e estudos sobre pesca e aqüicultura e a capacitação dos trabalhadores desse setor, colaborando no combate à exclusão social. Além disso, os núcleos devem atuar o contínuo processo de aperfeiçoamento das atividades de pesca artesanal e aquicultura familiar, o que resultará na elevação da qualidade de vida dos assistidos, na agregação de maior valor ao pescado e também no melhor aproveitamento do imenso potencial do Brasil nessa área. Missão: O NUPA por meio da articulação de entidades representativas e instituições buscam o desenvolvimento de ações conjuntas visando a formação e a profissionalização de pescadores e aquicultores; a troca de experiência e a divulgação de estudos e pesquisas promovendo, dessa forma melhorias significativas em suas atividades que repercutirão positivamente no processo de inclusão social desses trabalhadores. Núcleo de Pesca participa do fórum mundial em Brasília Durante o Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica nos dias 23 e 27 de novembro de 2009 o Núcleo de Pesquisa Aplicada a Pesca e Aquicultura do Tocantins teve a oportunidade de expor, por meio de pôsteres os trabalhos desenvolvidos. Coordenadora e alunos que participaram do Fórum Mundial. Comunidades se mobilizam para Acordos de Pesca Com medo de ficar sem o seu principal meio de sobrevivência, algumas comunidades como o P.A. Manchete, Barreira dos Campos e a aldeia indígena Boto Velho começaram a se organizar para garantir que não falte o peixe de cada dia. E já que não podem proibir os barcos comerciais de entrarem nos rios e lagos, estão descobrindo que o melhor caminho é chamar o Ibama, discutir o assunto e chegar a um acordo, criando regras que valem pra todo mundo. Estas normas são criadas pelas comunidades, com a ajuda dos órgãos de fiscalização, para o controle da pesca na região. Núcleo de Pesca 03 NORTE - 5 A lenda do Pirarucu Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos Uaiás que habitava no sudoeste da Amazônia. Ele era um bravo guerreiro, mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo. Pirarucu era cheio de vaidades, egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder. Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los sem nenhum motivo. Pirarucu também adorava criticar os deuses. Tupã, o deus dos deuses, cansado daquele comportamento, decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Pólo e ordenou que ele espalhasse seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçú, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucu que estava pescando com outros índios as margens do rio Tocantins, não muito longe da aldeia. Quando Pirarucu percebeu as ondas furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com uma risada e palavras de desprezo. Então Tupã enviou Xandoré, o demônio que odeia os homens, para atirar relâmpago e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Xandoré acertou o coração do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão. Todo aquele que se encontrava com Pirarucu correram para a selva terrivelmente assustados, enquanto o corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe. Pirarucu desapareceu nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo foi o terror da região. Curso de manejo participativo da pesca do pirarucu em P.A. Manchete, Barreira dos Campos e Aldeia indígena Boto Velho, reúne conhecimentos técnicos e tradicionais O Núcleo de Pesquisa Aplicada a Pesca e Aquicultura Familiar - Norte 05 teve aprovado o projeto “Formação de multiplicadores em manejo participativo da pesca do pirarucu, no entorno do Parque Estadual do Cantão” com o objetivo de promover a formação de multiplicadores entre os pescadores artesanais e comunidades tradicionais visando o manejo da pesca do pirarucu como forma de garantir a sustentabilidade, o incremento da renda familiar e a melhoria da qualidade de vida através da geração de renda e a utilização de novas práticas na atividade pesqueira artesanal evitando assim a pressão da pesca predatória nos estoques pesqueiros no entorno do Parque Estadual do Cantão, Tocantins. A capacitação foi aplicada pelo Engenheiro de Pesca, Jose Maria Damasceno do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Fonte Boa – AM, na agrovila PA Manchete em Marianópolis - TO nos dias 10 a 15 de novembro de 2009 e na colônia de pescadores Z-54 de Barreira do Campo/PA, no período de 16 a 22 de novembro de 2009 e na aldeia Boto Velho, no Parque Nacional do Araguaia entre os dias 22 a 28 de novembro de 2009. Núcleo de Pesca 04 NORTE - 5 Manejo Comunitário do Pirarucu na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá – AM. Pesquisa científica realizada pelo Instituto Mamirauá a partir de 1998 em uma região do rio Japurá, expandidos atualmente para outras áreas como o Município de Fonte Boa, Silves, Itacoatiara e Juruá, vêm mostrando resultados excelentes provando que o manejo é a melhor forma de contribuir para que o ribeirinho possa trabalhar com o pirarucu de forma legal, contribuindo para sua renda e a recuperação dos estoques naturais de pirarucu. A captura anual de pirarucus em áreas manejadas é determinada através de cota. Para isso, os pescadores juntamente com os técnicos especializados em manejo participativo, fazem a contagem da população de pirarucus adultos (acima de 1,5m) e juvenis (entre 1,0 - 1,49m), nos lagos. Após a contagem é determinada a cota de pesca que corresponde 30% dos adultos que submetido à aprovação pelos órgãos competentes (IBAMA). No inicio do projeto 112 famílias estavam envolvidas nas ações de manejo dos lagos. Já no semestre de julho a dezembro de 2006, 150 famílias de 10 comunidades. O resultado após três anos de manejo foi um incremento no numero de pirarucus despescados (353, 695 e 645, respectivamente nos anos 2004, 2005 e 2006), e na renda familiar obtida, que chegou a ser de R$ 921, 40 (representando um acréscimo entorno de 100%). Com isso, houve melhoria na qualidade de vida das famílias envolvidas, que investiram o recurso proveniente do manejo na reforma e construção de habitações, compra de motores de propulsão, antenas parabólicas e novos utensílios de pesca, e maior investimento educacional nas crianças e jovens. Fonte de Informação: Projeto de Manejo dos Recursos Naturais da Várzea - ProVárzea/Ibama – Eng. De Pesca José Maria Batista Damasceno. Equipe de Gestão NUPA Norte 5 Coordenação do Núcleo: Sylvia Salla Setúbal. Equipe Técnica: Jonathan Laranjeira Luciano. Francisco Alves Glória. Paulo Santana Alencar. Paulo Henrique de Souza Galvão. Filipe Kiyoshi Kikuchi Bueres. Jefferson IFTO – Campus Palmas AE 310 Sul, Av. LO 5 s/n – Centro – Palmas/TO (63) 3225-1207 [email protected] [email protected] (63) 3225-1207 / (63) 8401-4066 Bloco 7 RAMAL: 1371