VIGARARIA DA TROFA
DIOCESE DO PORTO
VILA DO CONDE
2013
ANO DA FE 2012
• Creio em um só Deus
• Creio em um só Senhor, Jesus Cristo
• Creio no Espírito Santo
• Creio na Igreja
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo…
Esta segunda afirmação de fé está no centro
da estrutura do Credo, e é substancial porque Jesus é o «fundamento», a «síntese» de
toda a fé cristã – a nossa fé está toda centrada
em Jesus Cristo. No centro da nossa fé está a
Pessoa de Jesus!
Jesus Cristo é o «ponto de encontro histórico» de Deus com os homens. O nome
de Jesus identifica-se com uma história real,
portadora de salvação – Jesus é o nome de
uma pessoa (e duas naturezas, divina e humana) concreta que viveu uma história verdadeira.
O nome Jesus significa «Deus Salva»!
Jesus é o Salvador do género humano. É
o «nosso Salvador». É o único e universal Salvador do Mundo! «Cristo» é o nome de uma
missão: a do Messias. Messias porque é o Salvador que chega ao dom total de si mesmo na
cruz, estabelecendo assim a «nova e eterna
aliança» de Deus com os homens.
Jesus é verdadeiro Deus! Este homem
é «Filho de Deus», é Deus Ele próprio –
nascido do Pai antes de todos os séculos, gerado e não criado! É uma novidade
tão grande e surpreendente, por isso, sendo
«Messias» e «Filho de Deus», Jesus é também
reconhecido como «nosso Senhor» – título próprio e exclusivo de Deus!
Foi concebido pelo poder do Espirito
Santo, nasceu da Virgem Maria! Com
esta frase proclamamos a nossa fé no grande mistério da Encarnação do Filho de Deus.
No início da vida humana de Jesus há a ação
do Espirito de Deus na carne, no coração e
no seio de uma mulher: Maria! Maria é a
«mãe de Jesus»! Por isso, enquanto é a mãe
do Filho eterno de Deus feito homem, Maria
é verdadeira «Mãe de Deus»! A maternidade
de Maria é uma «maternidade virginal»! Novidade absoluta realizada somente por Deus
na história da humanidade. Com o «Sim de
Maria», Deus faz-se «esposo» da sua criatura,
da humanidade.
«Padeceu sob Póncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado». A paixão,
a crucifixão, a morte e a sepultura de Jesus
são o facto histórico inegável da nossa salvação. A fé cristã crê em factos! Nestes mesmos
acontecimentos da vida de Jesus vemos, reconhecemos e acolhemos a manifestação salvadora de Deus. Na cruz de Cristo se revela
em plenitude a glória de Deus, que passa por
ir ao encontro do sofrimento humano. Por
isso, a Cruz de Cristo foi e é a nossa única
esperança, lugar de vida e de salvação, gesto
supremo de amor do Filho de Deus por nós.
«Desceu à mansão dos mortos; ressus-
citou ao terceiro dia». Jesus destruiu o
reino da morte na sua própria morte, deste
modo a morte pode tornar-se em Cristo um
espaço vivo de encontro e de redenção. Por
isso acreditamos que a ressurreição de Jesus é um acontecimento histórico e é obra de
Deus, porque o amor do Pai com Jesus é uma
ligação mais forte do que a morte. Como consequência, Deus separa a vida nova do seu
Filho da morte, do mal e do pecado. Assim
sendo, na ressurreição de Cristo funda-se a
fé e têm origem a alegria e a esperança. Em
suma, a ressurreição de Cristo é o conteúdo
de nossa fé e, simultaneamente, o motivo
para que acreditemos.
«Subiu aos Céus, está sentado à direita
de Deus Pai todo-poderoso». Com a ressurreição de Jesus, com a qual estão intimamente ligadas a sua subida ao Céu e sua entronização à direita do Pai, estamos no centro
do Evangelho e da nossa fé. «Subir aos Céus»
significa «estar junto de Deus» e que o Céu
existe mesmo. Por isso Jesus sobe ao Céu,
não só para si mesmo, mas também para
nós, para nos levar à glória do Pai. Em Jesus
ressuscitado a vida humana foi levada para
o Céu numa nova intimidade com Deus. Por
isso, «estar sentado à direita de Deus» significa que Cristo é «Senhor» e «tomou posse» do
Reino de Deus: reino de justiça, de amor e de
paz, de alegria, santidade e graça. E para lá
nos chama a todos!
«De onde há-de vir a julgar os vivos e
os mortos; e o Seu Reino não terá fim».
No fim dos tempos, o Senhor virá, chegará,
revelar-se-á e manifestar-se-á a todos os povos, para estender a nós a sua participação
na glória do Pai. Estamos em expectativa,
em vigia, caminhando na esperança desta
«última vinda», por isso, a nossa liberdade é
chamada a fazer uma escolha responsável da
vida em Cristo. Por isso, somos chamados a
viver um cristianismo verdadeiro e fiel.
Tu és Deus, o Filho
Senhor, Tu vês-me,
e eu vejo-Te.
És a Palavra Viva do Pai,
por meio da qual Ele criou o mundo
e que se fez homem, tal como eu sou.
És o Filho de Deus e o Filho da Virgem Maria,
que disse «sim» à Tua vinda ao mundo.
És o Bom Pastor que vai atrás daquele que se
[perdeu.
És a videira da qual somos os ramos.
És a minha porta para o Pai e a porta do Pai para
[mim.
És a compaixão e alegria de Deus para connosco.
És o perdão de Deus para as nossas ofensas
e a Sua misericórdia para connosco.
És o grão de trigo que é moído e se torna pão e nos
[dá a vida.
És a imagem de Deus na qual reconhecemos o Pai.
És o Seu amor encarnado que nunca me deixa só
e que é mais forte do que a morte.
És a Ressurreição e a Vida para todos
que em Ti confiam, que em Ti acreditam e que a
[Ti seguem.
És o juíz justo que um dia há de voltar,
que resgata justiça aos marginalizados
e coloca a nossa vida na verdadeira luz.
E um dia serás tudo em todos.
Ver-Te-ei a Ti e Tu a mim.
Ver-Te-ei como és,
alegrar-me-ei em Ti, em comunhão com todos
os que Te pertencem
pelos séculos dos séculos.
Amen.
DÖRTE SCHRÖMGES / GEORG LENGERKE
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Folha Vicarial de Dezembro 2