“E se eu fosse um peixe?”
Olá a todos, eu sou um peixe palhaço e chamo-me Riscas.
Claro que, como todos os peixes palhaço, sou às riscas cor-de-laranja, brancas e pretas. Sou
alegre e bem- disposta. Sou pequenina, porque ainda sou uma “criança”.
Aquilo que gosto mais de fazer é brincar.
Vivo com os meus pais, mas à minha volta há sempre muitos amigos.
A minha casa é no fundo do Mar das Caraíbas, num recife de coral, que é um local onde há
muitas espécies de animais marinhos e algas.
Lá divirto-me muito, com os meus amigos, os peixes de todas as espécies e cores e o resto dos
animais.
Nos tentáculos do polvo ando de carrossel, nos repuxos das baleias ando de escorrega, nos
ouriços-do-mar salto ao eixo, na cabeça das alforrecas dou saltos como se estivesse num
trampolim, enfeito-me com conchas algas e estrelas-do-mar, as conchas maiores servem-me
de cama, com o cavalo-marinho adoro dançar. E o tubarão, que não é tão mau como parece,
leva-me a surfar nas ondas altas.
Mas, um dia, esta vida maravilhosa esteve em perigo.
Começámos a ver umas gotas negras e malcheirosas a sujarem a nossa água. Ficámos todos
aflitos e o golfinho, que tem de ir á tona da água respirar, foi ver o que se passava.
O que ele viu foi um grande navio que tinha escrito no casco – Petroleiro, e que, claro, estava
cheio de petróleo que estava a sair por um buraco e a cair no mar.
Como todos sabem, o petróleo polui a água e mata toda a vida que aí existe.
Juntámo-nos todos para decidirmos o que fazer. Todos deram ideias, até que o tubarão
sugeriu:
-E se nós avisarmos o capitão daquele barco do que está a acontecer?
Todos concordaram.
-Mas, como é que o avisamos?-Perguntou o peixe-espada.
De repente, o peixe balão teve uma ideia.
-E se nós fizermos um cartaz a avisar o capitão daquele barco e pedirmos aos golfinhos que o
levem à superfície?
-Boa ideia!-disseram todos em coro.
-E agora, mãos á obra!
O polvo, como tinha a letra muito bonita e escrevia muito bem, escreveu a carta, os golfinhos
saltaram para mostrar o cartaz ao capitão do barco e o resto dos animais começou a limpar a
água.
O capitão do barco ouviu guinchos e foi ver o que se passava.
Quando viu o cartaz, ficou muito preocupado e foi logo pedir aos seus marinheiros que
consertassem o buraco para que não saísse mais petróleo.
Foi um grande susto, mas acabou tudo bem.
Então, para que não voltasse a acontecer o mesmo, resolvemos fazer outro cartaz para ficar
em cima de uma rocha e todos os barcos que ali passassem verem. Esse cartaz dizia: “ Aqui há
vida. Não poluir esta água por favor!”.
Aluna: Marta Rovisco Pereira Faria da Cunha
Idade: 8 anos
Turma: 3ºB
Professora: Branca Rosa Isidoro
Escola: EB da Solum
Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro
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“E se eu fosse um peixe?” - Escola Eugénio de Castro