JOSÉ SARAMAGO, Física, In Os Poemas Possíveis, 1966. * Citado em Regina Sousa Gouveia (Escola Secundária Carolina Michaelis, Porto, Portugal, Gazeta de Física, seção Ensino da Física, disponível em http://gazetadefisica.spf.pt/magazine/article/576/pdf. * Citado em Alysson Ramos Artuso, Física e poesia: possibilidades através da resolução de problemas. Disponível em https://www.academia.edu/6751406/F%C3%ADsica_e_Poesia__Possibilidades_atrav%C3%A9s_da_resolu%C3%A7%C3%A3o_de_problemas. Poemas Possíveis, (algumas poesias) disponível em http://recursos.portoeditora.pt/recurso?id=9738962 . Física Colho esta luz solar à minha volta, No meu prisma a disperso e recomponho: Rumor de sete cores, silêncio branco. Como flechas disparadas do seu arco, do violeta ao vermelho percorremos O inteiro espaço que aberto no suspiro Se remata convulso em grito rouco. Depois todo o rumor se reconverte tornam as cores ao prisma que define À luz solar de ti e ao silêncio. “A leitura deste poema levará aos conceitos de dispersão da luz e à necessidade de conhecer a sua natureza. Esta abordagem permite entrar pela história da ciência com a polêmica Newton/Huyghens”. (Regina Sousa Gouveua, Porto). A busca por um processo de ensino-aprendizagem mais adequado aos objetivos da educação, aqui entendidos como a construção de um cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres, é uma meta a ser sempre perseguida. Diante disso, argumenta-se ser possível trabalhar as conexões entre Ciência e Arte, mais especificamente entre Física e Poesia, afim de facilitar a aprendizagem e contribuir para uma visão mais completa do aluno quanto às formas de expressão humanas. Os argumentos teóricos explanados se concentraram nos aspectos históricos e epistemológicos das duas áreas e nas implicações daí derivadas. Comisso, visa-se promover o debate entre as conexões existentes entre Ciência e Arte, bem como fornecer subsídios para a elaboração de diversas estratégias de utilização da Ciência e da Arte na sala de aula. (Alysson Ramos Artuso).