SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVALI 1 Contexto educacional A partir de 1988, houve grande mudança na organização do sistema de saúde no Brasil e nos rumos da educação médica, resultante de discussões iniciadas na década de 1980. São marcos significativos: estudos de pesquisadores da área da educação médica, propondo currículos inovadores para a formação de um médico generalista; estudos de mercado e da profissão médica pela CINAEM - Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação das Escolas Médicas; e a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Pesquisa do IBGE em 2013 demonstrou que a distribuição dos médicos no Brasil é desigual, com esses profissionais concentrando-se no Sudeste. O estudo registrou um contingente insuficiente para atender à demanda por serviços na rede de atenção à saúde no país, especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Os dados atuais indicam que o mercado de trabalho para o médico no Brasil é favorável, amplo e diversificado. A medicina oferece oportunidades variadas, sendo crescente a inserção da Medicina de Família e Comunidade, eixo de formação do curso, no setor público, na Estratégia de Saúde da Família. O setor privado começa, da mesma forma, a se interessar por esse médico com formação mais generalista. Nesse contexto, o Curso de Medicina da UNIVALI iniciou uma reestruturação, com a construção de nova matriz curricular programada para implantação em 2015-1, em atenção às novas DCNs e às necessidades apontadas, especialmente quanto ao médico de formação geral e integral. Corroborando com este processo, a Universidade concorreu ao edital interministerial nº 31, dos Ministérios da Saúde e da Educação, sobre o Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas (Pró-Residência), tendo sido contemplada com abertura de 20 vagas para o Programa de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade, cujo início está previsto para março de 2016. Políticas institucionais no âmbito do curso 2 O Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI é o documento que orienta e articula as diversas ações da UNIVALI. A partir da definição da missão da Instituição e das estratégias para atingir seus objetivos, o PDI detalha metas, ações, metodologia de implementação dos objetivos e cronogramas. O Projeto Pedagógico Institucional – PPI caracteriza-se como um plano de referência para a ação educativa, que constitui a base organizadora do Projeto Pedagógico do Curso – PPC de cada um dos cursos da UNIVALI. O PPC é o instrumento de gestão acadêmicoadministrativa que evidencia o curso em movimento, cuja elaboração e execução resultam da ação conjunta da coordenação, de professores e alunos em direção à concretização dos objetivos do curso. O PPC identifica aspectos que dão sustentabilidade à implementação do curso, como necessidades do mercado, competência técnico-pedagógica, aplicação dos fundamentos metodológicos, seu contexto, corpo discente, corpo docente e carga horária por disciplina. Estas informações são oriundas da derivação das análises prospectivas, objetivos, ações e das diretrizes curriculares. O PPC estrutura a oferta de estágios, pesquisa e extensão, o sistema de avaliação e planejamento. Reflete diretrizes e políticas firmadas no PDI. A execução e o cumprimento das metas são geridos pelos indicadores qualitativos e quantitativos estabelecidos no Planejamento Estratégico, que são averiguados periodicamente em seminários e reuniões de acompanhamento que envolvem os diversos níveis da estrutura hierárquica. Também a Comissão Própria de Avaliação (CPA) tem papel relevante nesse processo, efetuando a avaliação interna da Instituição, abrangendo a totalidade da sua estrutura. Alinhado às políticas institucionais e de estado, o curso tem buscado ampliar as ofertas de ensino, pesquisa e extensão. No que se refere ao ensino, a nova matriz curricular, além do internato médico, apresenta maior oferta de atividades práticas desde os primeiros períodos do curso, facilitando a relação teoria-prática, aproximando a formação da realidade dos serviços, e favorecendo a geração de competências descritas no PPC. Os projetos de extensão também firmados como oportunidades indispensáveis na formação acadêmica são desenvolvidos tanto no âmbito do próprio curso, quanto integrados a outros. O destaque fica por conta do Projeto Sérgio Arouca, iniciado por meio 3 de incentivos vindos do PRÓ-Saúde e institucionalizado com recursos da própria universidade, já tendo em sua trajetória a realização de dez projetos em municípios do interior do estado, com a participação média de 50 acadêmicos do Curso de Medicina em cada edição. Além disso, o curso ainda oferece o Projeto Ambulatório Interdisciplinar de Doenças Inflamatórias Intestinais. E ainda em parceria com outros cursos: Curso Superior de Extensão Universidade da Vida – UNIVIDA; Gesta Vida – curso para gestantes; Antonio Gramsci: fomentando a concepção ativista da Educação; Projeto Mãos de Vida: empoderamento para a cidadania; e Projeto Escolhas. Em relação à pesquisa, mantém um grupo na área de Anatomia Clínica. Com a implantação da nova matriz curricular, existe a prospecção da criação de mais três grupos de pesquisa: em Saúde Coletiva, Humanidades Médicas e Cirurgia. Objetivo do Curso Formar o médico com competências relacionadas à atenção à saúde, gestão em saúde, educação permanente e continuada, de acordo com as necessidades do sistema nacional de saúde e da população brasileira. Perfil profissional do egresso A matriz curricular do Curso de Medicina apresenta como perfil do profissional egresso um médico com formação geral, humanista, crítica, reflexiva e ética, com capacidade para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde, por meio de ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação, no âmbito individual e coletivo, com responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana, da saúde integral do ser humano, tendo como referência a integralidade em sua prática. Estão entre as competências: realizar história clínica com atitude ético-humanista; formular hipóteses diagnósticas mais prováveis; promover a investigação diagnóstica com ativa participação da pessoa sob cuidado; elaborar e implementar planos de cuidado integral; acompanhar e avaliar planos terapêuticos; revisar o diagnóstico e o plano de cuidado; investigar problemas de saúde coletiva para o estabelecimento de diagnóstico e priorização de problemas; desenvolver e avaliar projetos de intervenção coletiva; 4 identificar o contexto do processo de trabalho no âmbito do Sistema Único de Saúde; identificar problemas no processo de trabalho; identificar desafios e oportunidades na organização do processo de trabalho nos cenários que compõem a rede de serviços; analisar indicadores de saúde e modelos de gestão; realizar planejamento participativo e trabalho colaborativo, superando a fragmentação; elaborar e implementar planos de intervenção; gerenciar o cuidado em saúde no âmbito individual e coletivo; avaliar o trabalho em saúde; formular e receber críticas de modo respeitoso; protagonizar o processo de transformação das práticas e da cultura organizacional; identificar necessidades de aprendizagem das pessoas sob seus cuidados; analisar fontes, métodos e resultados; identificar a necessidade de produção de novos conhecimentos em saúde a partir da própria prática e das necessidades de saúde das pessoas e do SUS. Estrutura curricular Atendendo às novas Diretrizes Curriculares Nacionais instituídas pela Resolução CNE/ CES nº 3, de 20 de junho de 2014, a nova matriz curricular apresenta-se organizada em dois eixos transversais: eixo técnico, voltado para a formação geral do médico; eixo atitudinal, que considera os aspectos éticos, humanísticos e sociais na prática médica. A matriz curricular apresenta um total de 8.295 horas e as disciplinas estão divididas em três grandes blocos: ciências básicas, ciências médicas e ciências humanas e sociais. Conteúdos curriculares Os conteúdos curriculares estão organizados para que o acadêmico possa conhecer, entender e intervir em todo o processo saúde-doença do cidadão, família e comunidade, a partir da realidade sanitária, proporcionando a visão de integralidade do ato de cuidar. Os conteúdos das ciências básicas estão estruturados para o conhecimento das bases moleculares e celulares dos processos normais e alterados, da estrutura e função dos tecidos, órgãos, sistemas e aparelhos, aplicados aos problemas da prática do médico, dirigidos ainda para as necessidades dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas das ciências médicas. A compreensão dos determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais se dá mais fortemente no desenvolvimento das disciplinas de Humanidades Médicas e Saúde Coletiva/Atenção Básica/Medicina de Família e 5 Comunidade, distribuídas longitudinalmente na matriz curricular. Estas disciplinas ainda são espaços de integração de conteúdos e saberes desenvolvidos na matriz curricular, necessários para a prática médica. Os temas transversais, como direitos humanos e de pessoas com deficiência, educação ambiental, educação das relações étnico-raciais e história da cultura afro-brasileira e indígena, também são discutidos e vivenciados nestas disciplinas. Os conteúdos das disciplinas de ciências médicas estão voltados para a formação geral do médico e inclui a compreensão e o domínio da propedêutica médica, a realização de diagnóstico, prognóstico e conduta terapêutica das doenças mais comuns que acometem todos os ciclos de vida, além das ações de prevenção e promoção da saúde. Estes conteúdos estruturam ainda as estratégias de ensino e os cenários de prática, que devem estar voltados para a formação geral. Metodologia O Curso de Medicina, por meio do seu Projeto Pedagógico, e apoiado na tríade ensinopesquisa-extensão, busca formar o médico, e também colaborar com a formação de um cidadão. Estágio Curricular Supervisionado O Estágio Obrigatório Supervisionado é componente do Projeto Pedagógico do Curso, evidenciando a indissociabilidade entre teoria e prática; contribui para o aperfeiçoamento e o entendimento da ação formativa como dimensão permanente na área profissional, em termos de ensino, pesquisa e extensão. Proporciona articulação e integração entre academia e serviço no qual o futuro profissional vai edificar a sua identidade, a partir da dinamicidade entre o saber, o saber fazer e o saber ser; entre situação de formação e situação de trabalho. O Estágio Supervisionado nos cursos de Medicina é conhecido como internato médico. O internato médico é respaldado pela Lei nº11.788, de 25/09/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes de Medicina, e pelas DCNs (Resolução CNE/CES nº 3, de 20 de junho de 2014). O Estágio Obrigatório Supervisionado (internato médico) previsto na matriz curricular nº 3, aprovada pela Resolução nº 112/CONSUN-CaEn/2014, obedecerá a regulamento próprio, e será realizado em 5 períodos (do 8º ao 12º). 6 Atendendo às novas DCNs, a nova matriz é composta pelas disciplinas de Internato de Saúde Coletiva, Internato de Saúde Mental e Internato de Urgência e Emergência. As atividades são desenvolvidas de segunda a sexta-feira em ambulatório da UNIVALI; ou no Hospital Universitário Pequeno Anjo (HUPA-UNIVALI), em postos de saúde do município e hospitais conveniados, com duração de 8 horas diárias. Atividades Complementares As Atividades Complementares do Curso de Medicina, constantes da matriz curricular com carga horária de 120 horas, são obrigatórias e compreendem todas as atividades de ensino, pesquisa, produção bibliográfica, extensão, cultura e trabalhos técnicos desenvolvidas a partir do ingresso no curso e que, mediante documentação comprobatória, complementam a formação profissional. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) A matriz curricular nº 3, aprovada pela Resolução nº112/CONSUN-CaEn/2014, prevê Trabalho de Conclusão de Curso realizado em três semestres, na disciplina Trabalho de Iniciação Científica - TIC do 6º, 7º e 8º períodos. Ações decorrentes dos processos de avaliação do curso O Programa de Avaliação Institucional da UNIVALI objetiva promover um processo sistemático de geração de informações para o planejamento e a tomada de decisão com vista à obtenção de padrões de excelência na ação universitária. É realizado semestralmente, tanto por docentes quanto por discentes. Dessa forma, a Vice-Reitoria de Graduação articula projetos para melhoria do processo comunicativo de seu público interno e análise da evolução da qualidade dos serviços que oferece. Procedimentos de avaliação dos processos de ensino-aprendizagem O processo ensino-aprendizagem na UNIVALI adota a cultura da avaliação formativa, que busca auxiliar o ensino e orientar a aprendizagem. 7 Os instrumentos de avaliação, os respectivos critérios e pesos são definidos previamente no plano de ensino e/ou redefinidos no decorrer do semestre com ciência dos acadêmicos, devendo resultar em três médias parciais: M1, M2, M3. As médias parciais são publicadas, aproximadamente, nos períodos que completam um terço, dois terços e ao fim da carga horária da disciplina, expressas por notas graduadas de zero a dez, com duas casas decimais, sem arredondamento. É facultado ao acadêmico requerer revisão da avaliação à coordenação de curso, observando-se as normas específicas aprovadas pelo CONSUN-CaEn. O registro de notas e frequência é efetuado no diário on-line, e ao fim do semestre é impresso, assinado e entregue à coordenação para arquivamento na Secretaria Acadêmica Discente. Número de vagas O Curso de Medicina oferece 74 vagas anuais. Integração com o sistema local e regional de saúde e o SUS A UNIVALI foi contemplada com os editais: a) PRÓ-Saúde 1 em 2007 (Medicina e Odontologia); b) PRÓ-Saúde 2 em 2009 (Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Farmácia, Nutrição, Psicologia e Educação Física); c) Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde, a partir de 2009 (PET- Saúde: Atenção Básica, Vigilância em Saúde, Saúde Mental e Rede de Atenção a Saúde); e d) Pro/PET - Saúde em 2013 (todos os cursos da área da saúde). Esses programas são avaliados por um comitê local de acompanhamento, em reuniões bimestrais, em concordância com a Comissão Assessora do Pró-Saúde. As principais atividades desenvolvidas pelos Programas Pró/PET- Saúde UNIVALI visam à transformação do ensino, ajustadas às Diretrizes Curriculares Nacionais e à mudança do serviço de saúde de acordo com os princípios do Sistema Nacional de Saúde. Os projetos, elaborados em parceria com os municípios, têm como eixo a integralidade no cuidado em saúde, propondo uma educação que provoque novas atitudes e ideias na formação e atenção à saúde. Destaca-se que, além dos programas e projetos mencionados, a integração entre a universidade e o sistema local de saúde está firmada e se concretiza por meio de convênios que buscam atender à diversidade de situações, tecnologias e abordagens, 8 abrangendo a atenção básica, a atenção ambulatorial, a atenção hospitalar, entre outros, todos com vinculação com o Sistema Único de Saúde loco-regional. Atividades práticas de ensino Os cenários de prática do Curso de Medicina representam a diversidade desejada enquanto campo de trabalho e aprendizagem do médico de formação geral, além de priorizarem a Atenção Básica, de maneira coerente com o perfil desejado expresso no Projeto Pedagógico do Curso e nas Diretrizes Curriculares Nacionais. As atividades das disciplinas de Saúde Coletiva, Atenção Básica e Medicina de Família e Comunidade são desenvolvidas nas unidades básicas de saúde e comunidades adjacentes, iniciando-se desde o 1º período do curso. As disciplinas de Semiologia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Urgência e Emergência, Saúde Mental e Saúde Coletiva têm lugar nos ambulatórios da unidade de saúde da Universidade, nas unidades básicas de saúde e pronto-atendimentos do município, nos hospitais Marieta Konder Bornhausen e Universitário Pequeno Anjo, em Itajaí, e no Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. A organização da nova matriz curricular prevê uma grande quantidade de atividades práticas na Atenção Básica: 315 horas na fase pré-internato e 1215 horas no internato médico. Além disso, as disciplinas de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Cirúrgica e Clínica Médica também realizam parte de suas atividades em unidades básicas de saúde, condizentes com a formação mais geral; outra parte se ocupa dos ambulatórios de especialidade e atenção hospitalar. Todas as atividades práticas e teórico-práticas são supervisionadas por professores das respectivas disciplinas às quais as atividades dizem respeito. Atuação do Núcleo Docente Estruturante É de competência do NDE: formular, implementar e desenvolver o Projeto Pedagógico do Curso (PPC), definindo sua concepção, fundamentos e estratégias de execução, contribuindo para a consolidação do perfil profissional do egresso; participar na atualização periódica do PPC; participar nos trabalhos de reestruturação curricular para aprovação nos órgãos competentes, zelando pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais; auxiliar na supervisão dos processos de avaliação do curso e na 9 análise dos seus resultados; contribuir para a promoção da integração horizontal e vertical do curso, respeitando os eixos/núcleos estabelecidos pelo PPC; participar na organização de estratégias de interação com estudantes, egressos e entidades de classe, na busca de subsídios à avaliação permanente do curso; contribuir para a articulação das atividades de ensino, pesquisa e extensão do curso; desenvolver atividades de pesquisa e/ou extensão, por meio de projetos de âmbito interno e externo; contribuir para a produção científica do curso e representá-lo em organizações e/ou conselhos profissionais. Titulação do corpo docente do curso Dos 143 professores que ministraram aulas no Curso de Medicina, 69 (48,25%) possuem formação acadêmica em nível de pós-graduação stricto sensu. Destes, 25 (17,48%) possuem título de Doutor, e 44 (30,76%), título de Mestre. Outros 74 (51,76%) têm pósgraduação em nível de especialização. Funcionamento do colegiado do curso ou equivalente O Colegiado do Curso é órgão consultivo em matéria de ensino, pesquisa, extensão e cultura, sendo composto pelo coordenador do curso, quatro docentes escolhidos por seus pares, e dois acadêmicos também escolhidos por seus pares. O Colegiado funciona como núcleo complementar de tomada das decisões peculiares ao curso, procurando estabelecer as metas e as estratégias condizentes com a realidade circundante. Sendo assim, conforme Art. 62, Seção I, Capítulo VIII do Regimento Geral da UNIVALI, compete ao Colegiado entre outras ações: participar ativamente da administração acadêmica do curso; auxiliar no planejamento, acompanhamento e avaliação do Projeto Pedagógico do Curso; zelar pelo fiel cumprimento dos dispositivos estatutários, regimentais e demais regulamentos e normas da UNIVALI; e, acompanhar, avaliar e deliberar sobre alterações curriculares. Os membros do atual Colegiado do Curso de Medicina são: Rosálie Kupka Knoll, Emerson da Silveira, Mylene Martins Lavado, Luiz Gustavo Teixeira Pinto, Joel Antônio Bernhardt (docentes), Yuri Caetano Machado e Raquel Basso (discentes). Os representantes do corpo docente detêm mandato de dois anos e os do corpo discente, de um ano. 10 Produção científica, cultural, artística e tecnológica A UNIVALI adotou os indicadores do CNPq/Lattes como um dos critérios de sua política de avaliação de desempenho do corpo docente. Assim, os docentes são aconselhados a manter atualizados seus currículos junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também possui um Sistema de Avaliação da Produção Institucional – (SAPI), baseado nos dados da Plataforma Lattes, considerando, para fins de pontuação, somente as produções comprovadas junto à Instituição. A análise do perfil de produção técnico-científica cultural, artística ou tecnológica dos 143 docentes que ministraram aulas para o Curso de Medicina evidenciou um total de 920 produções no período de 2011 a 2014, distribuídas pelas diferentes modalidades de produção bibliográfica e/ou técnica. Acesso dos alunos a equipamentos de informática Os alunos do Curso de Medicina têm acesso a todos os laboratórios de informática da Universidade. Bibliografia A bibliografia está registrada nos planos de ensino e respeita os critérios estabelecidos no instrumento de avaliação dos cursos de graduação. Semestralmente, os planos de ensino on-line são elaborados pelos docentes, validados pelo coordenador e revisados pelo professor responsável pelo apoio pedagógico. Os planos são disponibilizados na intranet durante todo o semestre letivo. Para manter atualizado o acervo de livros, periódicos e multimeios, a Gerência de Ensino e Avaliação orienta o corpo docente a incluir os títulos referentes à bibliografia básica nos planos de ensino. Esta informação respalda a aquisição de mais exemplares. Laboratórios didáticos especializados: O Curso de Medicina utiliza os seguintes laboratórios: 11 Anatomia - com 711,22 m2 (Setor F1) e 09 salas especializadas em receber aulas teóricas e práticas de anatomia humana e animal. Distribuídas em seis laboratórios de atividade teórica e prática com dissecação, sala para professores, sala de pesquisa, sala para os monitores e acondicionamento das peças anatômicas, área especializada para técnicas anatômicas, sala de tanques hidráulicos e um museu com peças anatômicas. Contém: tanques, negatoscópios, lupas, purificador de ar, guilhotina, agitador magnético, vibrador para gesso, freezer, lupa estereoscópica, destilador de água, compressores de ar, microscópio monocular, bomba manual, estufa, serra fita, desumidificador de ar. Biologia Molecular/Bioquímica - com 107,60 m² (Setor F1) e capacidade para 24 usuários. Ambiente climatizado com iluminação natural e artificial. Possui cinco bancadas de trabalho equipadas com banho-maria, bicos de bunsen e agitadores térmicos, quatro bancadas para lavagem de materiais, três geladeiras, duas estufas de secagem, duas centrífugas, dois espectrofotômetros, três ph metros, uma capela para manipulação de reagentes tóxicos, um destilador e um deionizador de água, uma cuba para banho-maria com refrigeração e demais equipamentos laboratoriais como vidrarias e pipetadores automáticos. Farmacologia - com 107,06 m2 (Setor F1), possui uma estufa, Ph metro, balança de precisão, capela de exaustão e um lava olhos, banhos maria, espectrofotômetro, geladeiras, freezer, centrífuga, destilador, chuveiro, mantas aquecedoras, refratômetro, cuba para eletroforese, microscópio esteroscópio, aparelho sohlext, determinador de fibras, mufla, bomba a vácuo. O ambiente é climatizado e possui iluminação natural e artificial. Fisiologia - com 170 m2 (Setor F1), utilizado por alunos dos cursos da área da saúde e tecnológica. Cada laboratório comporta 30 alunos, para as disciplinas: Fisiologia Aplicada, Geral, Humana e Animal Comparada (aulas teóricas e práticas). Nas aulas práticas os alunos utilizam animais de experimentação (ratos e camundongos) dentro de todas as normas éticas de bem estar animal. Um equipamento específico diferencial que o laboratório possui é o Power Lab., acoplado a um computador que fornece várias aulas práticas dentro de um software. Microscopia - com aproximadamente 102 m2 (Setor F1), cada uma das 04 salas é especializada para aulas teóricas e práticas de Citologia, Histologia, Embriologia e Patologia. São 145 microscópios, monocular, binocular, trinocular (com sistema de vídeo), 12 coleções de lâminas para cada microscópio, 2 pias, balança de precisão, estufa bacteriológica, destilador de água, capela de exaustão, geladeiras, micro-ondas, estufas de secagem, PH metro, agitador magnético, banho-maria, autoclaves, lava olhos, barrilete, gabinete de segurança biológica, contadores de colônia. Parasitologia - com 145 m2 (Setor F1), comporta 24 alunos sentados, há preparação de meios de cultura, coloração, exames de fezes, micológicos, repique bacteriano e limpeza dos materiais destinados às práticas, atendimento a pacientes das clínicas (fezes, feridas e frieiras, entre outras). Possui: autoclave, estufa de secagem, estufa bacteriológica, balanças e centrífuga. Laboratório de Técnicas Operatórias e Cirurgia Experimental (TOCE) - com 583 m² (Setor F6), destinado a demonstrações de cirurgias e técnicas cirúrgicas experimentais em aulas práticas. Possui a estrutura de um Centro Cirúrgico, criando cenários de práticas adequados, incluindo salas de cirurgia, de escovação, de esterilização, expurgo, de estudo, rouparia, vestiário masculino e feminino, farmácia, de materiais cirúrgicos; no total recria 17 ambientes, com capacidade para atender 90 alunos. Como estrutura física de apoio, possui seis banheiros, vestiários (feminino e masculino, sala de professores (15.5m²), duas salas cirúrgicas, espaço pré e pós-operatório, setor de animais, expurgo, farmácia, câmara escura, rouparia e depósito. Laboratórios didáticos especializados: serviços O Curso de Medicina presta atendimento à população de Itajaí e região por meio da Unidade de Saúde Familiar e Comunitária – USFC, instalada no Setor F7, atende em diversas áreas de atenção à saúde, clinica médica (nas áreas de cardiologia, pneumologia, reumatologia, infectologia, geriatria, pediatria, ginecologia e obstetrícia, alergologia, hematologia, dermatologia, neurologia, gastroenterologia), além de Atenção Básica - Saúde da Família. Também atende em cirurgia geral, pequenas cirurgias, cirurgia vascular, cirurgia pediátrica, entre outras. E um ambulatório que atende em parceria com outros cursos da área da saúde, como Nutrição, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, e de outras áreas como Música. O atendimento é feito via SUS, quase 100% da demanda é proveniente da atenção básica do município de Itajaí e região, e regulada pelo SISREG. Há muitas outras modalidades de atendimento, como grupo de gestantes, ambulatório multidisciplinar de doenças inflamatórias de intestino, doenças do assoalho pélvico, 13 geriatria e gerontologia, grupo de apoio à portadores de doença de Alzheimer entre outros. Unidades hospitalares de ensino e complexo assistencial Uma das unidades hospitalares de ensino que atendem ao Curso de Medicina como cenário de prática é o Hospital e Maternidade Marieta Konder Borhausen (HMMKB), hospital geral de grande porte localizado no centro da cidade de Itajaí. Outra unidade hospitalar entre os cenários de prática aqui descritos é o Hospital Universitário Pequeno Anjo. Desde 2002, a UNIVALI é responsável pela administração do HUPA, antigo Hospital Menino Jesus, o único infantil da região. É classificado como Instituição de médio porte e considerado Hospital de Referência, uma vez que atende ao município de Itajaí e às demais cidades que integram a AMFRI. A UNIVALI possui também uma Unidade de Saúde Escola, situada no Setor F7 - Unidade de Saúde Familiar e Comunitária – USFC, Campus Itajaí, que serve de referência para vários serviços de saúde do Município, como hospitais, Unidades Básicas de Saúde, Centros de Referência do Município de Itajaí e os Municípios da AMFRI. Além desses, as Unidades Básicas de Saúde e clínicas servem de cenários para a formação médica.