AGRADECIMENTO Cumpre-me, em primeiro lugar, pedir desculpa pela minha ausência nesta sessão, em que a Maria Odete e eu somos homenageados. Infelizmente, o meu estado de saúde não permite deslocar-me ao Instituto de Educação, nesta data em que se comemoram os seus cinco anos de existência. A todas as pessoas presentes, aos colegas de várias instituições de Ensino, alguns deles antigos alunos, que, através de mensagens enviadas, quiseram participar nesta homenagem, aos funcionários do IE que colaboraram na preparação desta sessão, a todos os amigos que, neste momento, se lembraram de mim, a todos sem excepção, deixo um abraço de muita amizade e gratidão. Não posso também deixar de exprimir o meu reconhecimento à SPCE e AFIRSE Portugal que, através dos seus Presidentes, quiseram associar-se a esta cerimónia. Permitam-me, contudo, algumas referências em especial: ao João Pedro, amigo de muitos anos, pela delicadeza e generosidade com que me tem tratado. Também quero agradecer a todos os Colegas da ex- Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação e pessoal não docente, a que me ligam fortes laços de amizade e gratidão, pelo muito que me ajudaram nas múltiplas funções que fui desempenhando ao longo de muitos anos. E não posso deixar de referir o carinho de antigos alunos que me ajudaram a ser melhor professor e investigador. Uma palavra muito especial à memória do Professor José Henrique Ferreira Marques, falecido há três dias, a quem devo muitíssimo. Devo eu e devem as Ciências da Educação pelo esforço de criação da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação e pela luta que representou dotá-la de instalações condignas. Sem ele, não se estaria a realizar hoje, aqui, esta sessão. À Maria Odete, primeira professora de Educação dos tempos actuais na Universidade de Lisboa, grande lutadora em prol da Educação na Universidade, amiga de sempre, um abraço apertado. Abraço que também deixo à Maria de Fátima, minha colega de curso na Universidade de Coimbra, a quem coube relembrar o percurso e a acção da homenageada. À Ana Paula, agradeço antecipadamente as palavras que ainda não conheço , mas que serão sem dúvida guiadas pelo afecto que sempre me concedeu. Em momentos como estes, e como manda a tradição, funciona a memória selectiva que leva a evocar os aspectos positivos e a esquecer, subestimar ou omitir as prováveis asneiras, os pecados e pecadilhos que certamente também cometi. Transpõe-se, assim, o princípio da elaboração das hagiografias, por isso elas são tão edificantes… O mesmo digo relativamente às referências que eventualmente fará o António Nóvoa que compartilhou uma parte da luta comum pela dignificação das Ciências da Educação. Para terminar, uma palavra de esperança e de confirmação no futuro do nosso Instituto. Futuro que não se pode prever num mundo em alteração acelerada, mas que, cada vez mais, será da Educação e da Formação. Estarmos atentos a essas alterações, investigar com rigor e usar a razão prática (no sentido Kantiano) na resolução de problemas e na dignificação do ser humano será certamente o caminho a percorrer. Dizer mais e melhor não posso, nem sei, homem que sou de outra época, e que se refugiou na fantasia do conto literário para poder sobreviver. Bem hajam. Albano Estrela