Escola Secundária António Nobre Técnicas Laboratoriais de Química II 1 de Fevereiro de 2004 Síntese do Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Experiência realizada por: Zé N.º12 – 11ºC Ricardo Vieira N.º 18 – 11ºC Ricardo Pinto N.º 20 – 11ºC Tânia Raquel N.º 25 – 11ºC Relatório realizado por: Tânia Raquel N.º 25 – 11ºC 2 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Introdução ♦ Objectivos................................................................................................ 4 ♦ Fundamentos Teóricos Essenciais .................................................... 5 e 6 ♦ Protocolo • Material e Reagentes ......................................................................... 7 • Procedimento Experimental ............................................................... 8 ♦ Cálculos........................................................................................... 9 e 10 ♦ Observações ......................................................................................... 11 ♦ Discussão .............................................................................................. 12 ♦ Conclusão.............................................................................................. 13 ♦ Bibliografia............................................................................................. 14 3 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Objectivos • Sintetizar sulfato de amónio e cobre (II) hexaidratado CuSO4.5H2O (aq) + (NH4)2SO4 (aq) + H2O (l) Î Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O (s) • Calcular o rendimento dessa reacção de síntese. 4 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Fundamentos Teóricos Essenciais A palavra sal, sem qualquer designação, subentende quase sempre por sal comum, sal de cozinha ou sal marinho; é constituído por cloreto de sódio mais ou menos puro. Este é usado para a indústria de soda, indústria electroquímica e também para a alimentação. Encontram-se espalhados pela natureza : no reino mineral (constituintes das rochas, minerais, em soluções nas águas dos mares, rios e fontes); no reino animal e vegetal (fazendo parte dos organismos dos seres vivos). Um sal é uma substância resultante da reacção entre um ácido e uma base, um ácido e um metal ou um ácido e um óxido metálico. Os sais são constituídos por iões ligados por forças de atracção eléctricas que se estabelecem entre iões de cargas com sinais opostos. Os sais, dependendo do número de aniões e catiões que os constituem podem ser classificados em sais simples, duplos ou complexos: Sais simples Î sais que são formados apenas por um único tipo de anião e um único tipo de catião; Sais duplos Î sais que são formados apenas por um único tipo de anião e vários tipos de catiões ou, um tipo de catião e vários tipos de aniões. Sais complexos Î são espécies químicas neutras que contêm pelo menos um ião complexo. Ião complexo é um ião que contem um catião metálico central ligado a uma ou mais moléculas ou iões ligados. Na nomenclatura dos sais simples lê-se primeiro o nome do anião e seguidamente o nome do catião. Porém, na nomenclatura dos sais duplos quando existe um anião e vários catiões, lê-se primeiro o nome do anião e depois o nome dos catiões (por ordem alfabética) e, quando existem vários aniões e um catião lêem-se primeiro os nomes dos aniões (por ordem alfabética) e por fim o nome do catião. Os sais atendendo à sua constituição, podem também ser sais hidratados ou anidros. Assim, a um sal que não contém na sua estrutura moléculas de água dá-se o nome de sal anidro e, a um sal que tem na sua estrutura, para além de iões, moléculas de água dá-se o nome de sal hidratado. A nomenclatura deste tipo de sais faz-se mencionando em primeiro lugar o nome do sal e em seguida a água de cristalização. À água presente na estrutura dos sais hidratados atribui-se o nome de água de cristalização. 5 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Os sais têm propriedades, tais como: Eflorescência (de sais hidratados) Î sais eflorescentes são aqueles que, quando expostos ao ar, perdem toda ou parte da sua água de cristalização, tornando-se pulverulentos, isto é, o seu aspecto é o de um pó seco. Higroscopia (de sais anidros) Î sais higroscópicos são os que absorvem a humidade do ar mas não se dissolvem nela. Deliquescência Î sais deliquescentes são os que absorvem a humidade do ar, dissolvendo-se nela (caso extremo da Higroscopia). Para se sintetizar algum sal tem que se saber o que é e como fazer uma cristalização. A cristalização de um constituinte de uma fase liquida consiste na sua separação por formação de uma fase sólida cristalina. Como a fazer: • Escolher um solvente Î tem de obedecer a características. Exemplo: um baixo ponto de fusão; que não seja tóxico; não seja inflamável... • Preparação da solução. • Dissolve-la Î é mais rápido se for com a ajuda de uma placa de aquecimento. • Arrefecimento Î se o arrefecimento for rápido, fornam-se cristais demasiado pequenos; se o arrefecimento for lento, favorece a formação de cristais de maiores dimensões. • Filtração por vácuo • Lavagem de cristais Î deve-se espalhar algum solvente puro e previamente arrefecido. Muitas vezes é o Álcool Etílico. • Secagem dos cristais Î deve manter-se a sucção durante algum tempo para ajudar a evaporação do solvente. Seguidamente transferi-los para um cristalizador. Como o objectivo desta experiência foi calcular o rendimento da reacção, temos que saber utilizar esta fórmula: Quantidade de produto realmente obtida (real) n (%) = Quantidade de produto obtida na reacção completa (teórico) x 100 6 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Material • • • • • • • • Balança de precisão Copo de 100 mL Papel de filtro Placa de aquecimento Proveta de 10 mL Vareta com polícia Vidro de relógio Bomba de vácuo Produtos • • • • Água destilada Sulfato de Cobre (II) hexaidratado Î CuSO4.5H2O (sólido) Sulfato de Amónio Î (NH4)2SO4 (sólido) Álcool Etílico 7 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Procedimento 1. Mediram-se 4,99 g de Sulfato de Cobre (II) pentaidratado e 2,64 g de Sulfato de Amónio. 2. Numa proveta mediram-se 10 ml de água e transferiram-se para um gobelé. 3. Juntaram-se os dois reagentes nesse mesmo gobelé e agitou-se a solução. 4. Aqueceu-se suavemente o conjunto solução + gobelé numa placa de aquecimento mexendo a solução com uma vareta até à dissolução completa. 5. Deixou-se a solução em repouso e à temperatura ambiente, durante uma semana, para se formar cristais 6. Mediu-se a massa do papel de filtro. 7. Filtrou-se a solução numa bomba de vácuo, e lavou-se os cristais com um pouco de álcool etílico, para secar os cristais. 8. Mediu-se a massa do conjunto papel de filtro + cristais (secos). 9. Calculou-se o rendimento da reacção. 8 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Cálculos Sulfato de Cobre (II) pentaidratado Î CuSO4.5H2O M (CuSO4.5H2O) = 249,61 g / mol n 0,02 m M Dados Ar (Cu) = 63,546 Ar (O) = 15,999 Ar (S) = 32,066 Ar (N) = 14,007 Ar (H) = 1,0079 m 249,61 Ù m = 0,02 x 249,61 Ù m = 4,99 g de CuSO4.5H2O Sulfato de Amónio Î (NH4)2SO4 M ((NH4)2SO4)= 132,139 g / mol n 0,02 m M m 132,139 Ù m = 0,02 x 132,139 Ù m = 2,64 g de (NH4)2SO4 Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Î Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O M (Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O) Î 399,836 g / mol Massa do papel de filtro 1ª Pesagem 2ª Pesagem 3ª Pesagem 0,3090 0,3092 0,3092 Média 0,3091 9 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Massa do papel de filtro + cristais 1ª Pesagem 2ª Pesagem 3ª Pesagem 7,35 7,34 7,33 Média 7,34 Massa dos cristais m do papel de filtro e cristais – m do papel de filtro = m dos cristais 7,34 – 0,3091 = 7,0309 g Massa teórica de Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O 399,836 Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O -------------- 1 mol Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O y --------------- 0,02 mol Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O y = 0,02 x 399.836 Ù y = 7,997 g Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O Rendimento da reacção Massa Obtida n (%) = Massa Teórica x 100 7,0309 n (%) = 7,997 x 100 Ù n = 87,92% 10 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Observações • Quando se juntaram os dois sais no gobelé e se adicionou água , esta ficou com uma cor azul-turquesa. • Ao aquecer a solução verificou-se que à medida que a temperatura aumentava, a solução tornava-se mais homogénea porque a dissolução a temperaturas mais elevadas é mais eficiente. • A mistura ao princípio era heterogénea no fim ficou com aspecto homogéneo. • Após o arrefecimento da solução à temperatura ambiente formaram-se novos cristais azuis de sulfato de amónio e cobre (II) hexaidratado, no fundo do gobelé. • Se fizesse-mos um arrefecimento brusco, os cristais que se iriam obter seriam muito mais pequenos do que com o arrefecimento à temperatura ambiente. Assim, com o arrefecimento brusco, os cristais poderiam passar pelo papel de filtro. 11 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Discussão Durante a realização desta experiência sintetizou-se um sal duplo, o sulfato de amónio e cobre (II) hexaidratado – Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O. Ao sal sintetizado, atribui-se a designação de sal duplo e hidratado, dado que o sal é constituído por dois catiões (Cu2+, NH4+) e um único anião (SO42-) e por seis moléculas de água (H2O), respectivamente. A síntese de Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O foi possível devido à acção de síntese estabelecida entre dois sais , o sulfato de cobre (II) pentaidratado e o sulfato de amónio. Esta reacção de síntese foi uma reacção de síntese parcial já que ambos os reagentes são substâncias compostas (têm mais do que um elemento químico). Quando, durante a realização da experiência se juntaram ambos os reagentes no gobelé e se adicionou a água destilada, após se ter começado a dissolução verificou-se que a cor da água rapidamente passou de transparente para azul-turquesa devido à dissolução de um dos reagentes, o sulfato de cobre (II) pentaidratado que apresenta uma cor azul escura. 12 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Conclusão O trabalho experimental correu bem, tendo-se obtido um rendimento bastante bom (87,92%), de modo a que não hajam factos a criticar. Contudo, aquando da filtração alguns cristais de Cu(NH4)2(SO4)2.6H2O, que se formaram pequenos, poderiam ter passado pelo papel de filtro. Por outro lado, os cristais foram “transportados” de um lado para o outro, por isso, talvez seja natural que alguns deles caíssem por estarem na pontinha do papel de filtro (embora estivéssemos atentos a essa possibilidade). Qualquer um destes factores poderá ter contribuído para que o rendimento da reacção não fosse melhor. 13 Síntese de Sulfato de Amónio e Cobre (II) hexaidratado Bibliografia • Queirós, M. A.; Simões, M. O.; Simões, T. S. – Técnicas Laboratoriais de Química – Bloco II , Porto Editora ; Porto, 2003. • Queirós, M. A.; Simões, M. O.; Simões, T. S. – Técnicas Laboratoriais de Química – Bloco I , Porto Editora ; Porto, 2002. 14