7) -SURREALISMO
1924
VANGUARDAS
PROFESSORA CABRIELLA NOVELLO
FAUVISMO
-O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da
representação do irracional e do subconsciente.
-Os surrealistas deixam o mundo real para penetrarem no irreal,
pois a emoção mais profunda do ser tem todas as possibilidades
de se expressar apenas com a aproximação do fantástico, no
ponto onde a razão humana perde o controle.
- O Surrealismo foi um movimento artístico e literário que surgiu
em Paris nos anos 20. Fortemente influenciado pelas teorias
psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), o surrealismo
enfatiza o papel do inconsciente na atividade criativa.
FAUVISMO
Salvador Dalí, A Persistência da Memória

Movimento estético iniciado
em França, em 1924, que,
tendo aparecido no campo da
literatura,
se
estendeu
rapidamente à pintura, à
escultura e ao cinema.

O movimento surrealista fez a
apologia da arte como
mecanismo de projecção do
inconsciente, recorrendo aos
mais diversos meios para
expressar a realidade interior
do artista.
FAUVISMO
SURREALISMO – FRANÇA 1924.
→ Arte como expressão do inconsciente.
→ Libertação de qualquer crítica da razão, preconização
da escrita automática.
→ Interesse pelos sonhos e mitos.
→ Anticonvencionalismo , humor negro.
→ Reivindicação de um papel humanizador e libertador
para a ARTE.
FAUVISMO
Um de seus representantes mais conhecidos é o
espanhol Salvador Dalí (1904-1989), foi um importante
pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista.
O trabalho de Dalí chama a atenção pela incrível
combinação de imagens bizarras, oníricas, com
excelente qualidade plástica. Dalí foi influenciado pelos
mestres do Renascimento.
"A única diferença entre eu e
um louco é que não sou
louco".
FAUVISMO
Obras de Salvador Dalí:
A Persistência da
Memória - 1931
A persistência da memória, o mais conhecido dos quadros, é um
quadro pequeno (24x33cm), Dalí levou apenas 2 hrs para realizalo.
A flacidez dos relógios dependurados e escorrendo mostram uma
preocupação humana com o tempo e a memória. A cabeça
adormecida que aparece nesse quadro, em muitos outros
também, é o próprio Dalí presente.
FAUVISMO
Metamorfose de
Narciso, 1937
O mito grego de Narciso, o jovem belo que viu sua imagem refletida em uma
fonte e se apaixonou por ela. Segundo uma das versões, incapaz de satisfazer
seus desejos ele se transformou em árvore; em uma outra alternativa
dramática, ele se inclinou para frente até abraçar a imagem, caiu de cabeça
dentro d'água e se afogou. Depois os deuses o transformaram em flor, Dali
mostra Narciso sentado à beira de um lago, olhando para baixo, enquanto,
próximo, uma figura de pedra se decompondo se parece bastante com ele. No
fundo, um grupo de figuras nuas faz poses, enquanto uma figura semelhante a
um narciso aparece no horizonte.
FAUVISMO
O sono - 1937
Em sono, Dali recriou o tipo de cabeça grande e mole e o corpo inexistente que
aparecia com tanta frequência nos seus quadros por volta de 1929. Neste
caso, entretanto, o rosto não é um auto-retrato. Sono e sonhos são temas
comuns aos surrealistas, uma vez que é dormindo e sonhando que temos o
dominio do inconsciente. O homem adormecido de Dali está dormindo
precariamente sobre muletas. Muletas sempre foram a marca registrada de
Dali, sugerindo a fragilidade em que nossa realidade se apoia. Até o cachorro
está sustentado por ela. Toda a luz desta obra, mostra a ideia de fuga do
mundo real.
FAUVISMO
Espanha -1938
Espanha, pátria de Dalí,
devastada pela guerra, está
representada por uma mulher
cuja cabeça e dorso superior
podem também ser percebidos
como grupos de homens
lutando; os lábios dela
correspondem a tunica
vermelha de uma dos
combatentes, os seios, as
cabeças de dois cavaleiros.
Tanto o rosto, quanto os
combatentes estão pintados no
estílo de Leonardo da Vinci.
FAUVISMO
Crianças Geopoliticas
Assistindo ao Nascimento do
Novo Homem - 1943
Após a segunda guerra mundial,
imaginava-se que o mundo seria outro
e que nasceria um novo homem dessa
experiência traumática que é a guerra .
Mas a visão de Dalí não demonstra
este otimismo. A criança que assiste ao
nascimento está assustada e a mulher
que aponta para o acontecimento, a
saída do homem do ovo - mundo, é ao
mesmo tempo esquelética e
musculosa. É uma atmosfera de
ameaça e não de alegria. O ovo é o
próprio mundo, com uma casca mole,
onde os continentes são moles e estão
derretendo: misteriosamente, a África
ocidental deixou cair uma lágrima. Há
uma gota de sangue escorrendo da
abertura de onde sai o homem.
FAUVISMO
A Desintegração
da Persistência da
Memória - 1952
Na reelaboração do seu famoso persistência da memória, Dalí usou o espírito
da desintegração nuclear. Um quadro simboliza a persistência e o outro a
desintegração. tudo está fragmentado em blocos geométricos; a maior parte da
cena está sob a água, que Dali transformou numa espécie de pele,
dependurada num galho.
FAUVISMO
A Última Ceia –
1955
Como os outros quadros de Dalí, 'A última ceia' provoca amplas reações:
alguns críticos a denunciaram como banal, enquanto outros acreditam que Dalí
conseguiu dar mais vida à imagem da Santa Ceia.
Jesus e os 12 apostólos, com as cabeças baixas, ajoelham em torno de uma
grande mesa de pedra, suas formas sólidas constrastam com a transparência
de Cristo. Dalí construiu este quadro baseando-se nos estudos de Leonardo da
Vinci, que pintou a mais famosa das Santas Ceias.
Mais Obras de Salvador Dalí
FAUVISMO
FAUVISMO
Escultura - Rinoceronte vestido con
puntilhas (rendas),
1956 - Pesa 3.600 quilos
FAUVISMO
Salvador Dalí, O Sono, 1937
FAUVISMO
FAUVISMO
Quem pensa que o mestre do
surrealismo, Salvador Dali, só pintava
quadros se enganou. Ele criava jóias
também. Acima, o broche "Boca de
Rubi", uma criação do artista
cravejada de dezenas de rubis, tendo
no meio pérolas cultivadas
verdadeiras.
Outra criação de Dali, é o "Olho do
tempo", um outro broche todo feito
com pedras preciosas, entre elas ,
diamantes e brilhantes . Estas e outras
peças raras e de extremo valor de
vários outros artistas fazem parte da
mostra 'Joias de Artista: Do
Modernismo à Vanguarda', aberta no
Museu de Arte da Catalunha, na
Espanha.
FAUVISMO
"Dance of Time II"
- escultura do
melted watch,
representando a
fluidez do tempo e
a idéia daliniana de
que o tempo não
se movimenta, mas
dança no ritmo do
Universo.
FAUVISMO
Broche Persistence of Memory
Inspirado na tela “A persistência da
Memória” (1931) se tornou o trabalho
mais conhecido do artista. A obra
aborda a teoria de Einstein sobre a
relatividade do tempo. A inspiração do
pintor veio de um queijo Camembert
derretendo com o calor que faz
durante o verão europeu.
Broche Butterfly
Broche Honeycomb Heart
"Space Venus" - escultura
dividida em duas partes,
revelando o "ovo", símbolo da
vida, da renovação, da
continuidade e do futuro.
"Triunphant Angel" –
FAUVISMO
para Dalí, nada era mais
estimulante do que a idéia de um anjo! Por volta
do final da década de 40, quando ele começou a
introduzir elementos de tempo, gravidade e
transcendência em sua obra, os anjos tornaramse também figuras recorrentes.
"Triunphant Elephant" - o elefante
era para Dalí o símbolo do futuro e
uma de suas imagens favoritas. Ao
mesmo tempo robusto e frágil, o
elefante simbolizava o contraste
entre passado e modernidade.
FAUVISMO
“Unicorn" –
criatura mítica, o unicórnio é símbolo de
pureza. Através da imagem do chifre do
unicórnio atravessando o coração, Dalí
buscou tratar a pureza do amor.
FAUVISMO
"Sem uma audiência, sem a presença de espectadores,
essas jóias não poderiam alcançar a função para a qual
foram criadas. O espectador é, assim, o artista final.Seu
olhar, coração e mente - com maior ou menor
capacidade de entender a intenção do criador impreguinam as jóias com a vida ".
Salvador Dalí
FAUVISMO
Para entender a obra de Salvador Dalí, é preciso
conhecer os simbolismos recorrentes de suas pinturas:
Relógio Fundido - Sugere a Teoria de Einstein, onde o
tempo é relativo, a preocupação humana com o tempo e
a memória.
O Elefante - Uma distorção do espaço.
O Ovo - pré-natal, o mundo.
A Formiga - morte, decadência, imenso desejo sexual.
O Caramujo - a cabeça do homem.
Gafanhoto - desperdício e medo.
FAUVISMO
Além de Dalí, destacam os artistas Marc Chagall (1887-1985),
Joan Miró (1893-1983), René Magritte, a mexicana Frida Khalo
(1907-1954).
René Magritte Magritte nasceu em 1898 e morreu em 1967. Ao
ser classificado de surrealista, reagiu e disse fazer uso da pintura
com o objetivo de tornar visíveis os seus pensamentos. Magritte
foi de fato um surrealista, mas foi também um pensador. O seu
trabalho é sempre complexo e obriga ao raciocínio, à
interpretação e ao estudo. Os quadros de Magritte não podem ser
simplesmente vistos. Precisam ser pensados. Todo o surrealismo
tem um trago de loucura que revela toda a genialidade. Magritte é
genial!.
FAUVISMO
The Dangerous Liaison, 1926
Baseadas na imagem do espelho, as certezas
perceptíveis são novamente chamadas. A
relação entre o espelho e aquilo que reflecte,
uma relação vulgarmente considerada
indissolúvel, surge quebrada. Uma jovem nua
pode ver-se numa perspectiva alterada no
espelho por trás do qual está de pé, contudo o
observador que está colocado à frente do
espelho esperaria ver-se reflectido nele.
Le Blanc-Seing, 1965
Coisas visíveis podem ser
invisíveis. Se alguém cavalga
por um bosque, a princípio
vemo-lo, depois não, contudo
sabemos que está lá. Todavia,
os nossos poderes de
pensamento abrangem tanto o
visível como o invisível
FAUVISMO
L'Empire des Lumieres, 1954
Uma cena nocturna sob um céu diurno. Só
a um segundo olhar reconhecemos a
natureza surreal desta cena aparentemente
realista. Magritte interpretou-a da seguinte
forma: "... a paisagem leva-nos a pensar na
noite, o céu no dia. Na minha opinião, esta
simultaneidade de dia e noite tem o poder
de surpreender e de encantar. Chamo a
este poder poesia”
Le seducteur, 1953
O observador é seduzido por uma ideia
que é poética e plausível ao mesmo
tempo, a de um objecto assumindo a
substância do material em que se
sente à vontade. Aqui, por exemplo, o
navio é construído de água, tornandose por isso uma espécie de "castelo do
ar" da pintura e do mundo das ideias
de Magritte.
FAUVISMO
The Son of Man, 1926
É provavelmente dos
quadros mais famosos de
Magritte. Ele define-o
desta forma: "Tudo o que
vemos esconde outra
coisa, e nós queremos
sempre ver o que está
escondido pelo que
vemos.
FAUVISMO
“Surrealismo é a surpresa mágica de
encontrar um leão num guarda-roupa, onde
tínhamos a certeza que encontraríamos
camisas”.
Frida Kahlo (1907-1954) é a autora de
tantas obras fantásticas, quase tão
fantásticas como história da sua vida. Uma
vida cheia de paixão, tragédia, amor, ódio,
dor e felicidade. Magdalena Carmen Frieda
Kahlo Calderón nasceu em 06 de julho de
1907, em uma bela casa azul no bairro de
Coyoacán, na Cidade do México.
A coluna partida
Sua vida foi marcada por uma tragédia de
ônibus onde ela viajava, por motivo desse
desastre, ela sofreu varias intervenções
cirúrgicas que a mantiveram pressa numa
cama durante muito tempo até sua morte.
FAUVISMO
“ o que a água me deu”- 1938- Este quadro de Frida Khalo
lembra o quadro de Bosh Jardim das Delicias , feito
quatrocentos anos atrás por Hieronymus Bosch em 1504 como
veremos a seguir.
O Abraço Amoroso entre o Universo, a
Terra (México), Eu, o Diego e o Señor
Xólotl Surrealismo – Frida Khalo
FAUVISMO
Kurt Schwitters, Construção Merz, 1921.
FAUVISMO
FAUVISMO
A HISTÓRIA DE DOIS AMIGOS
Van Gogh conheceu Gauguin poucos meses antes, em Paris, e ficará fascinado com a personalidade arrebatadora desse artista
aventureiro que acabava de voltar do Panamá e da Martinica com uns quadros cheios de luz e de vida primitiva, como a que ele
reclamava para contra balançar "a decadência do Ocidente". Então pedira a seu irmão Theo que o ajudasse a convencer Gauguin
que fosse à Provença morar com ele. Ali, nessa casa amarela, fundariam uma comunidade de artistas, da qual seriam os pioneiros.
Gauguin a dirigiria e novos pintores chegariam para integrar essa confraria ou comuna fraternal, onde tudo seria partilhado, se
viveria pela e para a beleza e não existiriam a propriedade privada nem o dinheiro.
Os dois meses que Van Gogh e Gauguin passaram em Arles, entre outubro e dezembro de 1888, são os mais misteriosos de suas
biografias. Véspera de Natal de 1888, uma discussão no Café Estação, enquanto bebiam absinto, termina de modo abrupto: o
holandês lança sua taça contra o amigo, que mal se desvia dela. No dia seguinte lhe comunica a intenção de mudar-se para um
hotel pois, lhe diz, caso o episódio se repetisse, ele poderia reagir com igual violência e apertar-lhe o pescoço. Ao anoitecer, quando
está atravessando o Parque Victor Hugo, Gauguin sente passos às suas costas. Volta-se e vê Van Gogh com uma navalha na mão,
que, ao se sentir descoberto, foge. Guaguin vai passar a noite num hotelzinho próximo. Às 7 da manhã volta à Casa Amarela, em
Arles e a descobre rodeada de vizinhos e policiais. Na véspera, depois do incidente no parque, Van Gogh havia cortado parte da
orelha esquerda, levando-a, embrulhada num jornal a Rachel, prostituta com quem Van Gogh saia, no bordel de madame Virginie.
Depois havia voltado ao seu quarto e ido dormir em meio a um mar de sangue. Gauguin e os policias o transferem para o Hotel Dieu
e Gauguin parte para Paris na mesma noite.
Embora nunca voltassem a ver-se, nos meses seguintes, enquanto Van Gogh permanecia um ano inteiro no sanatório de Saint
Rémy, os amigos de Arles trocaram algumas cartas, nas quais o episódio da mutilação da orelha e suas experiências em Arles
primam pela ausência. 'Quando do suicídio de Van Gogh, um ano e meio depois, com uma bala de revólver no estômago, em
Auvers-sur-Oise, Gauguin fará um comentário brevíssimo e ríspido, como se tratasse de alguém muito alheio a ele ("Foi uma sorte
para ele, o fim de seus sofrimentos."). E nos anos seguintes evitará falar do holandês, como que assediado por um incômodo
permanente.
No entanto, é óbvio que não o esqueceu, que essa ausência esteve muito presente nos 15 anos de vida que lhe restavam, talvez de
um modo que nem sequer foi sempre consciente. Por que se empenhou em semear girassóis diante de sua cabana em Punaauia,
no Taiti, quando todo mundo lhe garantira que essa flor exótica nunca havia conseguido aclimatar-se na Polinésia? Mas o "selvagem
peruano", como gostava de se chamar, era teimoso e pediu sementes a seu amigo Daniel de Monfreid, e trabalhou a terra com tal
perseverança que afinal seus vizinhos indígenas e os missionários daquele lugar perdido, Punaauia, puderam deleitar-se com
aquelas estranhas flores amarelas que acompanhavam a trajetória do Sol.
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