Movimentos sociais querem articulação internacional por democratização da mídia
Seg, 10 de Novembro de 2014 09:30
Movimentos sociais discutiram na última sexta e sábado (7 e 8/11), em São Paulo, os temas
que devem ser levados para o Fórum Mundial de Mídia Livre e o Fórum Social Munsial na
Tunísia, em março de 2015.
Movimentos sociais discutiram na última sexta e sábado (7 e 8/11), em São Paulo, os temas
que devem ser levados para o Fórum Mundial de Mídia Livre e o Fórum Social Mundial na
Tunísia, em março de 2015. Nesse sentido, a democratização dos meios de comunicação foi
apresentada como uma pauta que precisa ser internacionalizada. “Organizar mais
coletivamente a nossa participação em um processo internacional, que tende a devolver ao
Brasil a pressão pela democratização da mídia”, disse a jornalista e ativista da Ciranda
Internacional da Comunicação Compartilhada, Rita Freire.
O encontro de mídia livre ocorrerá junto com o Fórum Social Mundial. Até o fim do ano, os
militantes da área de comunicação pretendem colocar em consulta pública um documento que
será finalizado no fórum do próximo ano. Para isso, estão sendo feitas reuniões preparatórias
como as de sexta e sábado, quando houve comunicação por videoconferência com ativistas da
Tunísia e da Faixa de Gaza.
Para a secretária-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e do
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Renata Mielli, a democratização dos
meios de comunicação é um processo que fica incompleto se for feito isoladamente apenas no
Brasil. “Se nós não tivermos ações políticas internacionais, buscando a garantia de espaços
democráticos de comunicação, nós vamos continuar tendo dificuldades internas. Porque o fluxo
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de informações que chega ao Brasil sobre o mundo é muito desequilibrado”, avaliou.
Na opinião de Renata, o cidadão brasileiro tem dificuldade em ter acesso a informações
fidedignas sobre o que se passa em outros países devido aos “filtros ideológicos” dos grandes
veículos de comunicação. “O que a gente recebe de informação que vem da Venezuela, do
que acontece na Argentina, no Uruguai, no Equador. Isso para falar no continente que nós
estamos, mas fora do continente é pior ainda”, disse ao citar ainda a cobertura jornalística da
epidemia de ebola.
Rita Freire, da Ciranda, criticou ainda a cobertura nacional sobre as atividades dos movimentos
sociais. “As agendas do movimento social não são tratadas pela nossa mídia. Quando são
tratadas, são distorcidas, os movimentos são criminalizados e aquilo que nós estamos dizendo
não é ouvido”, afirmou. Por isso, Rita defendeu uma articulação conjunta para pressionar o
poder público no sentido de implementar políticas que garantam uma comunicação mais plural.
“Amanhã nós temos reunião com organizações do Fórum Social Mundial, para que
organizações que não são da comunicação assumam essa pauta”, disse.
A luta pela democratização da mídia foi um dos eixos de luta prioritários aprovados no 9º
Congresso Nacional da UBM, dando consequência a isso, a UBM integra o Conselho
Deliberativo do FNDC e participou do Fórum representada pela coordenadora de comunicação
e mídia, Mariana Venturini, e pela coordenadora de relações internacionais, Liège Rocha.
Veja também: Fórum Brasil de Comunicação Pública está com inscrições abertas
Seminário preparou organizações brasileiras para o Forum Social Mundial
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No sábado (8/11), foi a vez das organizações brasileiras que constroem o Fórum Social
Mundial debater a próxima edição do evento, que será realizado em Túnis, em março de 2015.
Foi feito um resgate da história do FSM, desde sua primeira edição em Porto Alegre em 2001,
além de apontar os principais desafios da construção deste espaço na atualidade, a crise
internacional e o balanço do próprio FSM enquanto espaço de construção coletiva e o
altermundismo. A coordenadora de relações internacionais da UBM representa a Federação Democrática
Internacional de Mulheres (FDIM) no Conselho Internacional do FSM.
Da redação, com informações EBC
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