PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SUMÁRIO O MAR .10 O COMPROMISSO COM A GESTÃO DO MAR O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO MAR .14 .15 Paulo Herkenhoff Instituto Odeon A IDENTIDADE DO MAR DIRECIONAMENTO ESTRATÉGICO DO MAR IMPLEMENTANDO A ESTRATÉGIA CONSIDERAÇÕES FINAIS .18 .20 .31 .43 Imagem: www.bja.com.br/2011/projetos/mar-rio-de-janeiro O MAR O MAR define-se como um museu de arte com o foco mais concentrado em processos do que em eventos. Criado pela Prefeitura do Rio de Janeiro e construído e institucionalizado pela Fundação Roberto Marinho, o MAR (Museu de Arte do Rio) concentra-se em dois eixos de atuação: atividades curatoriais e educacionais a partir do conceito clássico de museu com as tarefas de colecionar, registrar, conservar, estudar e expor sob uma ótica experimental. O binômio reflete-se nos dois prédios do complexo do MAR – a Escola do Olhar e o Pavilhão de Exposições. Seu campo são as artes plásticas no contexto da cultura visual contemporânea e de suas implicações ambientais, históricas, socioeconômicas, antropológicas e políticas. A cidade do Rio de Janeiro é o ponto de partida do MAR. Seu programa inclui pensar a formação e a história da cidade, lançando-se criticamente sobre o presente e suas perspectivas de construção do futuro. Articulando dimensões simbólicas e imaginárias, o Museu enraíza-se no Rio por meio de sua localização, arquitetura, programa de exposições e atividades diversas, coleção, biblioteca, escola. Seu maior compromisso é com a educação pública municipal, cuja rede é formada por mais de 1.000 escolas e quase 600.000 alunos. Ademais, o MAR cooperará com os cursos de pós-graduação em arte do Rio. O alvo do MAR é um novo público, até aqui não envolvido com a arte. A localização do MAR e sua arquitetura ativam as experiências de trânsito. Situado na área do Porto Maravilha, o MAR guarda também a memória de haver sido uma rodoviária. Características concedidas ao MAR pela cidade, o ir e vir, a possibilidade de encontro e de intercâmbio, o desejo de conhecer o distante e o próximo, o envolvimento das diferenças surgem como metáfora arquitetônica da cobertura fluida em forma de onda que une os dois prédios do Museu. Com a articulação entre arte e educação, o MAR objetiva ser também um espaço de encontro entre indivíduos e de troca de ideias entre partes da cidade, entre o Rio e o mundo. A arte cumpre um papel fundamental na constituição da subjetividade, no exercício da cidadania e na relação crítica com os desafios do contexto histórico do século XXI. Nesse sentido, por ser um museu de arte, o MAR explora o potencial emancipatório do discurso simbólico. Entendendo que as forças desse discurso devem ser potencializadas no seio da esfera pública, o MAR coloca-se, desde a região central do Rio, como uma instituição dedicada à cidade e à população carioca e, a partir desse ponto, acolhe os visitantes. O maior desafio do MAR é contribuir para a inscrição da arte e da cultura de museu na esfera pública, com a participação da sociedade civil na formulação e implantação do acervo, do programa de exposições e dos processos educacionais. Paulo Herkenhoff, diretor cultural Imagem: www.bja.com.br/2011/projetos/mar-rio-de-janeiro O COMPROMISSO COM A GESTÃO DO MAR Sendo o primeiro espaço cultural do Rio de Janeiro a ser gerido por uma Organização Social (OS), o MAR está ciente de seu papel não apenas em relação à arte, à cultura e ao conhecimento, mas também como modelo inovador de gestão. Com esse desenho institucional, o MAR garante o fomento municipal de suas atividades, além de gozar de maior autonomia de gestão, o que o torna um museu mais ágil, capaz de responder com mais eficiência às demandas e transformações da cultura. O planejamento representa um importante passo para estabelecer o mapa que levará o MAR a alcançar seu futuro ambicioso e desejável. Entretanto, são as ações do dia a dia que tornarão realidade essas aspirações. O acompanhamento da trajetória do MAR, tanto pela equipe gestora quanto pela sociedade civil, terá como ponto de partida este documento. Assim sendo, o conhecimento de seu conteúdo e de suas propostas faz-se necessário não apenas por aqueles que compõem essa equipe, mas por todos que entendem o relevante papel do MAR no espaço público. O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO MAR O planejamento do MAR, que se encontra descrito ao longo deste documento, representa as escolhas feitas para a construção do futuro do museu e a concretização da sua missão. Existe, aqui, uma delimitação clara sobre quais são as principais áreas de atuação, quais são os objetivos que se pretende alcançar e quais são os projetos elaborados para concretizar os objetivos estratégicos. Todas as propostas foram construídas com a participação direta da equipe designada para gerir o museu e à luz das expectativas da sociedade, as quais foram trazidas à tona por meio de entrevistas e depoimentos. Ao explicitar de maneira tão detalhada os caminhos que serão seguidos, o MAR visa atingir a transparência e o compromisso com os resultados que serão buscados em toda a sua trajetória. Instituto Odeon, gestor do MAR .15 Foto: Ricardo Castello Branco A IDENTIDADE DO MAR A verdadeira viagem de descoberta consiste não em procurar novas paisagens, mas em vê-las com outros olhos.” Em se tratando de um espaço novo, o MAR pretende estabelecer uma identidade institucional que se encontra inscrita em sua missão, sua visão e seus valores. Cientes de que a missão deve orientar todos sobre o propósito da instituição, alguns objetivos pautaram a sua elaboração: primeiramente, estabelecer uma relação paritária entre arte e educação como dois Marcel Proust pilares que sustentam a formação de um olhar crítico e de reflexão; a seguir, estabelecer claramente seu ponto de partida e seu principal destinatário: o Rio, com seu patrimônio cultural e histórico; e, em se tratando do desejo de concretizar-se como um museu, explicitar a intenção de constituir um acervo próprio. Essas decisões encontram-se enunciadas na MISSÃO do MAR: Desenvolver um espaço onde o Rio se encontra e se reinventa através do conhecimento da arte e da experiência do olhar, com ênfase na formação de acervo e na educação. A missão tal como proposta pelo MAR é o alicerce para que a instituição aspire ser conforme está descrito em sua visão. As ideias básicas a serem comunicadas são o desejo de viabilizar um espaço de diálogo intenso com a sociedade e a construção crítica do olhar histórico sobre o patrimônio que a cidade representa. O principal impacto esperado da instituição — proporcionar, por meio das discussões sobre os desafios de uma agenda pública, o exercício da cidadania e a emancipação cultural — completa esse enunciado. O estado futuro que a VISÃO representa está descrito da seguinte forma: Transformar as relações do Rio com a arte em processo de formação emancipatória da cidadania. Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz.” Sabendo que uma instituição é construída a partir de pessoas, estabeleceram-se os valores morais que deverão pautar a atuação de todos os seus colaboradores. Como está sendo implantado como um espaço público, o MAR deverá proporcionar a Ralph Emerson quebra de barreiras sociais que normalmente são associados aos museus. Em vez de colocar-se como um espaço para um público seleto e iniciado em artes, o MAR será um local acessível a todos e onde as pessoas se reconhecerão por meio da história, da arte e da cultura representadas nas exposições. Como um espaço que almeja ser democrático, estabelecerá canais de escuta que assegurem sua porosidade em relação à sociedade. Seguindo Mário Pedrosa1, que colocou a arte como o exercício experimental da liberdade, a autonomia intelectual é imprescindível. Da mesma maneira, o modelo de gestão por organização social deverá estar de fato pautado na liberdade para perseguir os melhores resultados para a instituição. Seja nas exposições, nas oficinas e nas palestras seja nos serviços de apoio como limpeza e manutenção, o MAR irá buscar sempre a excelência tornando-se um destino reconhecido pela qualidade do serviço ofertado. Sendo pioneiro no modelo de gestão que convoca a sociedade civil a ampliar sua participação com os espaços públicos, o MAR será transparente em todos os seus processos, inclusive na contratação de serviços, na execução de ações e no alcance de resultados.Tudo isso sendo conduzido pela proatividade administrativa e pela ação cultural, com o objetivo de, diariamente, tornar realidade a missão a que se propõe. Os preceitos morais traduzidos em VALORES do MAR são, portanto: > Esfera pública: o Mar é de todos e para todos. > Democracia: ter uma escuta ativa da sociedade. > Excelência: ser incansável na busca da qualidade. > Autonomia institucional: guiar a ação intelectual e administrativa (modelo de gestão). > Transparência: tornar públicos os processos, ações e resultados. > P roatividade: na ação cultural e administrativa para o cumprimento de sua missão. 1. (Expressão predileta de Mario Pedrosa, especialmente na década de 60, para caracterizar uma arte que ele acreditava reatar as fontes inovadoras das vanguardas históricas. In: ARANTES, Otília. Mario Pedrosa: itinerário crítico. São Paulo: Cosac Naify, 2004, p. 15. .19 DIRECIONAMENTO ESTRATÉGICO DO MAR O mapa estratégico representa as propostas que o MAR se propõe a implementar nos próximos anos como resposta às questões críticas levantadas durante o processo de planejamento. Ou seja, o mapa determina as prioridades para que o museu seja bem-sucedido nas escolhas feitas e em seu propósito de estabelecer uma sólida relação com a cidade e sua comunidade. O mapa é composto de quatro áreas estratégicas — acervo/educação, cidade, gestão e infraestrutura — que representam as atividades nas quais o alcance de resultados favoráveis é absolutamente necessário para que o MAR tenha êxito em cumprir sua missão e alcançar sua visão. Desenvolver um espaço onde o Rio se encontra e se reinventa através do conhecimento da arte e da experiência do olhar, com ênfase na formação de acervo e na educação. A cada área existe um objetivo estratégico associado e objetivos específicos que balizaram a proposição de projetos. O sucesso institucional do MAR em implementar as estratégias definidas será acompanhado por meio de indicadores de resultado tanto gerais quanto específicos para cada área. Como pretende ser um museu de todos e para todos, é importante mensurar a capacidade de atrair visitantes, uma vez que são as pessoas que dão vida ao espaço público, e o vínculo estabelecido entre eles e o MAR, já que o objetivo não é apenas atrair visitantes esporádicos, mas criar uma experiência marcante, um sentimento de pertencimento. Com esse intuito, foram estabelecidos dois indicadores de resultado globais para o museu: > número de visitantes; > taxa de retorno dos visitantes. Indicadores de resultado: Transformar as relações do Rio com a arte em processo de formação emancipatória da cidadania. ACERVO/EDUCAÇÃO GESTÃO Indicador Esfera pública Democracia Excelência Autonomia institucional Transparência Proatividade CIDADE Status 2012 Meta 2013 Meta 2016 Número de visitantes (por ano) NA 140 mil 250 mil Percentual de retorno dos visitantes NA LB LB+30 LB. Linha de Base NA. Não aplicável INFRAESTRUTURA Figura 1: Áreas estratégicas do planejamento Fonte: Elaboração própria .21 ACERVO/EDUCAÇÃO Constituir acervo, prioritariamente sobre o Rio, a partir de núcleos significativos que sejam acessíveis a todos os públicos e atuar na formação de professores de todos os níveis. Prioridades (objetivos específicos): >C onstituir, prioritariamente, por meio de doações, acervo que guarde relação com a cidade, atuando nas lacunas existentes em outros museus. Constituir as exposições, inclusive as da Escola do Olhar, a partir de núcleos significativos. >S er acessível a todos os perfis de público e também aos públicos de todas as O MAR surge com o propósito de ser um museu e para tanto terá o desafio de constituir um acervo que seja representativo e significativo para a cidade. Esse é um ponto tão relevante para a instituição que foi incluído na sua missão. Também faz parte dela outro pilar dessa área estratégica: a educação. Apesar de ser instalado em dois prédios distintos — um como pavilhão de exposições e o outro como escola —, o MAR se propõe a ser um espaço indivisível entre acervo e educação, no qual os dois assuntos são interligados e interdependentes, gerando conteúdo mutuamente. A formação de professores ocorrerá tanto dentro do próprio MAR quanto em atuação conjunta com outras instituições de ensino. O programa educativo diferenciado é um importante passo para tornar o museu acessível a todos. São importantes públicos das exposições e da escola os professores e os alunos da rede pública. O MAR se propõe a ser uma instituição caracterizada pelo dinamismo também nas exposições, tornando-se um ponto de atração permanente na cidade. Há espaços destinados à realização de exposições temporárias de curta e de média duração. O objetivo estratégico do MAR relativo à área acervo/educação é aquele que mais se relaciona com a finalidade de uma instituição museal. Seu conteúdo e o detalhamento em prioridades encontram-se a seguir: origens geográficas da cidade e do mundo. >a tuar na formação de professores, artistas, educadores e comunidade em geral. Desenvolver projetos que envolvam jovens e adultos em interface com o programa de licenciatura até a pós-graduação. Indicadores de resultado: Indicadores Status 2012 Meta 2013 Meta 2016 0 A definir A definir Percentual de ocupação do espaço do MAR com exposições NA 100% 100% Percentual de reclamações por restrição de acesso NA 0% 0% Percentual de pedidos de agendamento de visitas de grupos atendidos NA 100% 100% Número de alunos da rede pública atendidos (por ano) NA 70 mil 150 mil Percentual de alunos atendidos pelo programa educativo que retornaram espontaneamente NA LB LB +10 Número de professores participantes de atividades no MAR (por ano) 59 2.000 2.400 Número de peças que compõe o acervo (acumulado) LB. Linha de Base NA. Não aplicável .23 CIDADE Desenvolver com a cidade uma relação de porosidade na qual o MAR permeia e se deixa permear pela cultura do Rio, tendo o entorno como ponto de partida, e vai ampliando sua atuação para toda a cidade, sempre mantendo sua credibilidade artística. Prioridades (objetivos específicos): > Ser um espaço representativo do Rio e iniciar sua atuação pelo entorno. >C riar uma rede de multiplicadores por territórios: dentro da cartografia da cidade, encontrar em cada local alguém que seja referência. >P romover exposições significativas, que representem a comunidade, mantendo a credibilidade artística. O relacionamento que se pretende estabelecer entre o Rio de Janeiro e o MAR é tão estreito que ocorre desde a identidade primeira: seu nome. Assim sendo, o elemento cidade se fez presente tanto no que a organização representa (sua missão) quanto no que deseja ser (sua visão). O Rio é o ponto de partida do museu, que se propõe a refletir e a discutir criticamente sua história, a sociedade, a economia, a cultura e a política. O museu vai atuar como um catalisador de conhecimento e reinvenção da cidade. Ciente de que historicamente a cidade se segmentou em diversas comunidades, o MAR terá o desafio de unificá-las. A região portuária na qual o MAR está localizado é o ponto de partida do propósito de promover o exercício crítico por meio das artes visuais. Com o objetivo de gerar pertencimento ao museu, os moradores do entorno serão o foco inicial de várias ações, inclusive de recrutamento de profissionais. >R epresentar o Rio sob o olhar da arte, promovendo a reflexão crítica ao mesmo tempo que compartilha a experiência local. Indicadores de resultado: Indicadores Status 2012 Meta 2013 Meta 2016 Percentual de pessoas com percepção positiva MAR NA LB LB+10 Percentual de cobertura da cidade por multiplicadores do MAR NA 10% 40% Percentual de exposições com divulgação positiva na mídia NA 100% 100% Número de fidelização de amigos do MAR na cidade do Rio (acumulado) 0 2 mil 20 mil Percentual de ocupação do espaço expositivo do MAR dedicado à cidade do Rio NA 25% 25% LB. Linha de Base NA. Não aplicável .25 GESTÃO Implantar e atuar segundo um modelo de gestão que se torne referência em resultados e transparência junto ao público e outras instituições culturais, fortalecendo a marca do MAR e, consequentemente, atraindo patrocinadores e apoiadores. Prioridades (objetivos específicos): >D isseminar modelo de OS, por meio do bom exemplo, para garantir a boa governança. >E stabelecer uma política de comunicação adequada com os principais stakeholders. > Atuar em rede com outras instituições. O MAR, equipamento público cultural vinculado à Prefeitura do Rio de Janeiro, é a primeira instituição cultural do Rio ser gerida por uma Organização Social (OS). Tal modelo de organização pública não estatal se destaca como diferencial de atuação e garante ao MAR maior autonomia de gestão. Em termos práticos, essa autonomia representa flexibilidade e foco em resultados e deve ser traduzida em prestação de serviços de qualidade para a sociedade. Em termos administrativos, como também conceituais, essa forma de gestão denota a maior participação da sociedade civil no museu. Constituída pelo Estado e por indivíduos da sociedade, em parceria firmada por meio de contrato social, o MAR terá garantida sua autonomia política, passo inicial para um museu disposto a lidar com as questões trazidas com o século XXI. Essa área estratégica aborda a questão da sustentabilidade financeira da organização, bem como a governança entre os múltiplos atores envolvidos. Portanto, é de grande relevância para a longevidade do MAR, tanto na sua dimensão econômica quanto política, em que a marca do MAR apareça como ativo da maior importância. > Reconhecer adequadamente quem irá apoiá-lo financeiramente. Indicadores de resultado: Indicadores Status 2012 Meta 2013 Meta 2016 - 100% 100% Número de mídias positivas sobre o MAR (por ano) 28# LB LB*1,3 Percentual de satisfação dos conselheiros do MAR NA 100% 100% Número de ações realizadas pelo MAR em parceria com outras instituições (por ano) 7# LB LB*1,3 Percentual do orçamento captado independente do Contrato de Gestão 0% 25% 40% Percentual de satisfação dos parceiros patrocinadores NA LB LB+30 Percentual de execução do contrato de gestão1 LB. Linha de Base NA. Não aplicável (1). A primeira nota do contrato de gestão relativo à 2012 será atribuída apenas em 2013 #. apesar de existir uma referência, essa não é apropriada para ser linha de base uma vez que representa um momento de obra e não de operação. .27 INFRAESTRUTURA Manter uma estrutura que se torne parâmetro de qualidade e segurança na prestação de serviços ao público bem como na atração e formação de mão de obra para outras instituições culturais e para a cidade. Prioridades (objetivos específicos): >E xecutar serviços de apoio com excelência: acolhimento diferenciado e alto padrão de manutenção. >A ssegurar alto nível de aprovação dos serviços de segurança de controle de acesso e patrimonial. Compreendem-se nessa área estratégica todos os serviços de apoio necessários para o nível de excelência a que o MAR se propõe. A prestação de serviços com qualidade é mandatória tanto para assegurar padrões de serviços diferenciados em relação ao setor cultural quanto para criar uma referência e fortalecer o modelo de gestão da OS. Como o MAR é uma instituição que está sendo implantada agora, as questões relativas à preparação do patrimônio para a operação e a plena atividade tornam-se vitais. >B uscar a contratação de mão de obra local: atuar em rede para O MAR tem o dever de assegurar condições ideais de segurança ao patrimônio no qual está instalado, ao acervo sob sua responsabilidade e à integridade de seus visitantes. Os processos desenhados e implementados devem tornar-se referência inclusive para outras instituições culturais. Dessa maneira, os profissionais capacitados pelo MAR poderão disseminar entre essas instituições as melhores práticas em prestação de serviços. Indicadores de resultado: A experiência do visitante do MAR deve ser memorável não apenas pela qualidade das exposições e informações educativas mas também pelos processos de apoio bem executados, como serviços de limpeza, manutenção preventiva e corretiva, atendimento receptivo, etc. O objetivo de implantar e manter processos em nível de excelência requer ações contínuas de capacitação de pessoas que atuam na instituição. A equipe do MAR, inclusive os funcionários terceirizados, terá a compreensão da contribuição que cada indivíduo traz para o sucesso da instituição. qualificar e recrutar. >C omo contratante, desempenhar o papel de formar pessoas e desenvolver talentos. Indicadores Status 2012 Meta 2013 Meta 2016 Percentual dos clientes que estão satisfeitos com o serviço prestado NA LB 95% Número de incidentes patrimoniais que envolvam perda ou dano ao patrimônio do MAR (por ano) NA 0 0 Percentual de colaboradores do MAR que são moradores do entorno 0% 7% 7% Número de profissionais qualificados pelo MAR (por ano) NA 5 10 LB. Linha de Base NA. Não aplicável .29 IMPLEMENTANDO A ESTRATÉGIA As intenções estratégicas do MAR encontram-se definidas e claramente explicitadas. O desafio que o museu deverá vencer a partir de 2013 é o de implementar a estratégia. A priorização de estratégias e projetos ao longo do tempo visa a assegurar que a instituição tenha recursos humanos, financeiros e materiais para executar e gerenciar as iniciativas priorizadas. Após definida a carteira de projetos necessária para buscar a visão institucional, a equipe identificou aqueles que serão prioritários no início do funcionamento do museu e também os que terão maior impacto nos objetivos estratégicos. É importante notar que os projetos a serem executados com recursos oriundos de captação também foram priorizados. Os projetos descritos a seguir têm foco no biênio 2013-2014, período em que serão executados os primeiros ciclos de exposição e implantados processos críticos para o funcionamento do MAR. O cronograma de atividades, a demanda de recursos e os resultados esperados de cada projeto foram detalhados de maneira a possibilitar seu monitoramento. As propostas dos projetos dentro de cada área estratégica encontram-se detalhadas a seguir. Imagem: www.bja.com.br/2011/projetos/mar-rio-de-janeiro .31 ÁREA ESTRATÉGICA:ACERVO/EDUCAÇÃO ÁREA ESTRATÉGICA:ACERVO/EDUCAÇÃO PROJETO DIRETRIZES E AÇÕES DE ACESSIBILIDADE PROJETO DE CONFORMAÇÃO DO ACERVO DESAFIO: Desenvolver pesquisa e ações de visitas educativas e elaborar materiais e práticas educativas a partir do MAR e de sua programação artística e cultural para pessoas com deficiência. DESAFIO: Manter uma coleção que responda à abordagem que o museu tem das práticas artísticas em suas implicações com a cultura visual, constituindo focos diversos de aproximação à história e à realidade do Rio de Janeiro e do Brasil, tangenciando a arquitetura, o urbanismo, a antropologia, a história social, a iconografia, o design, dentre outros campos. Assim, a coleção deverá ser capaz de abrigar, além de obras de arte, lembranças turísticas, brinquedos, ilustrações, fotografias publicitárias, objetos de decoração, etc. PROJETO ARTE E EDUCAÇÃO NO MAR DESAFIO: Desenvolver oficinas, workshops, palestras e cursos de curta duração integrados à programação de exposições do MAR. Essa linha de ação participa da formação continuada do cidadão – crianças, jovens e adultos. Neles serão abordados conceitos fundamentais para a compreensão dos eixos norteadores de cada mostra, considerando o contato com os assuntos levantados pelo conjunto de exposições – colecionismo, direito à moradia, história do Rio, transformação da paisagem, discussões sobre gosto, olhar estrangeiro, dança, entre outros. Para isso, serão adotadas práticas reflexivas e poéticas. PROJETO CULTURA PLAY: ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DESAFIO: Elaborar e desenvolver quatro propostas de brinquedos móveis e desmontáveis para crianças de zero a nove anos. A brincadeira compreende um estado de suspensão que favorece a experiência e a exploração das potencialidades dos indivíduos em ação. O projeto visa, ainda, levar o MAR para outras áreas da cidade, com ocupações que podem ocorrer nos arredores e nos subúrbios do Rio. A cultura do brincar busca levar o museu para a cidade, criando espaços de convivência e envolvendo crianças e família. PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DA BIBLIOTECA E DO CENTRO DE REFERÊNCIA E DOCUMENTAÇÃO DESAFIO: Desenvolver uma biblioteca de referência em artes visuais e um centro de documentação e pesquisa que opere a partir de núcleos significativos relacionados aos seguintes campos: arte e cultura visual, cidade do Rio de Janeiro, escravidão, conceição, fundos de colecionadores, programa expositivo do MAR, produção acadêmica, artística e educativa. Faz parte do desafio organizar uma estrutura e fluxos de funcionamento que deem condições de compor um acervo total de 12 mil volumes até 2015. PROJETO IMPLANTAÇÃO DE CURSO DE CURADORIA DESAFIO: Estabelecer o MAR como referência na formação continuada de jovens curadores. .33 ÁREA ESTRATÉGICA:ACERVO/EDUCAÇÃO ÁREA ESTRATÉGICA:ACERVO/EDUCAÇÃO PROJETO PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DE EXPOSIÇÕES PROJETO ELABORAÇÃO E PUBLICIZAÇÃO DO MATERIAL EDUCATIVO DO MAR DESAFIO: Produzir exposições de curta e de média duração, coerentes com o programa e a pesquisa curatorial do MAR, de maneira que os espaços do pavilhão de exposições apresente mostras sobre a cidade do Rio de Janeiro, exposições temáticas e organizadas a partir de coleções privadas, mostras individuais de artistas emergentes na cena contemporânea brasileira e exposições de arte contemporânea de acordo com as linhas de pesquisa curatorial do MAR. Organizar calendário expositivo que envolva todas as etapas do trabalho – pesquisa, montagem, desmontagem e publicação. Esse calendário deverá estar correlacionado ao programa educativo e cultural do MAR. DESAFIO: Desenvolver material educativo para o programa de exposições do MAR com os professores da rede municipal de ensino. Envolvê-los no grupo de pesquisa e desenvolvimento do material durante o período necessário à elaboração. PROJETO IMPLANTAÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DESAFIO: Elaborar projeto de formação continuada de professores, educadores e arte educadores. Propiciar, por meio de programa de formação, a ambiência necessária para que o professor se aproprie dos conteúdos presentes nos programas expositivos do MAR na sua prática educativa realizando atividades pré e pós-visita, relacionando e potencializando tais atividades com o conteúdo programático. Oferecer agenda de formação em linguagens artísticas – suportes tradicionais, novos suportes (experimentação prática e formação); teoria e história da arte e cultura visual – arte brasileira, cultura brasileira, história da arte no Rio de Janeiro, história da cidade, arte contemporânea. Criar, paralelamente, o núcleo de apoio ao GEA (Ginásio Experimental de Arte). PROJETO JOVEM MEDIADOR DESAFIO: Desenvolver projeto de formação e de bolsa-estágio para jovens das comunidades vizinhas ao MAR e projetos associados ao museu. O programa de formação visa ao desenvolvimento de jovens com idade entre 14 e 21 anos em projeto de monitoria de visita educativa no MAR. PROJETO ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA RESIDÊNCIA ARTÍSTICA ÁFRICA-BRASIL DESAFIO: Desenvolver pesquisa e conformar ações artísticas e de residência com o tema África-Brasil. Residência artística e intercâmbio. O mote principal deverá ser o contexto urbano e a conformação da história do lugar, o que propõe relação entre pessoas, lugares e a história da cidade. Serão promovidos o desenvolvimento de ações artísticas contemporâneas e o mapeamento da produção atual em suas diferentes estratégias e manifestações. PROJETO ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DAS VISITAS ESCOLARES PARA AS REDES DE ENSINO DESAFIO: Oferecer aos estudantes e professores, durante as visitas, uma efetiva experiência educativa com base no programa de exposições e ações culturais do MAR. Para isso, realizar ações que potencializem a experiência e desdobrem os conteúdos experimentados/vivenciados na visita à escola. O projeto será implementado em etapas com o objetivo de ampliar gradativamente a capacidade de atendimento. O desafio é avançar nessas etapas de implantação para expandir o público atendido. PROJETO VISITAS FAMILIARES: ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DESAFIO: Instaurar o MAR como um lugar acessível para todos os grupos numa rede de significados que perpasse os sujeitos na sua especificidade, mas também em interação com o outro. Nesse sentido, abarcar as famílias em projeto de visitas ao MAR. .35 ÁREA ESTRATÉGICA: CIDADE ÁREA ESTRATÉGICA: GESTÃO MAR NA ACADEMIA – REALIZAÇÃO DE SEMINÁRIOS ACADÊMICOS EM CONJUNTO COM UNIVERSIDADES PROJETO COMUNICAÇÃO DIGITAL: IMPLANTAÇÃO DESAFIO: Estimular a participação da universidade no projeto de promover a inscrição da arte na esfera pública, no âmbito da região metropolitana do Rio de Janeiro, com ênfase nas relações entre museu e educação e no fortalecimento da cidade como centro de reflexão teórica. DESAFIO: A partir da imagem que se espera que o MAR projete, constituir ações de comunicação do museu em ambiente digital, considerando as especificidades desse tipo de interação. Essas ações serão dirigidas aos principais públicos de interesse do MAR, que acessarão ferramentas como o Portal MAR e terão conhecimento sobre o funcionamento total do museu. VIZINHOS DO MAR – RELACIONAMENTO COM AS COMUNIDADES DO ENTORNO DIRETO PROJETO COMUNICAÇÃO EXTERNA E IMPRENSA: ESTABELECIMENTO DE DIRETRIZES E IMPLANTAÇÃO DE CANAIS DESAFIO: Estabelecer uma relação continuada com a comunidade do entorno direto do MAR – Morro da Conceição, Morro da Providência e arredores – democratizando o acesso à cultura e promovendo junto à comunidade uma experiência cultural contínua e qualificada. O programa visa atingir crianças, jovens, adultos e idosos moradores da região. O acesso aos bens culturais disponíveis do MAR serão essenciais assim como a reflexão acerca do patrimônio cultural material e imaterial presentes na região. O principal desafio é estabelecer uma relação dialógica com o entorno. DESAFIO: A partir da imagem que se espera que o MAR projete, estabelecer diretrizes e constituir ações de divulgação publicitária dos serviços do museu, de marketing, de comunicação institucional e de assessoria de imprensa, além de promover eventos corporativos. PROGRAMAÇÃO CULTURAL: DEFINIÇÃO DE DIRETRIZES E ROTINAS DESAFIO: Criar parâmetros para que a programação cultural do MAR seja atrativa, englobe todas as áreas culturais, atraia o público em geral e promova o aumento na visitação ao museu. PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DO PROJETO EDITORIAL DESAFIO: Organizar catálogos para todas as exposições realizadas no museu. Para as de grande porte, editar livros que ampliem as questões abordadas e funcionem como referências significativas para o assunto. Todas as publicações do MAR serão bilíngues (português/inglês). PROJETO COMUNICAÇÃO INTERNA: IMPLANTAÇÃO DESAFIO: Viabilizar toda a interação possível entre a organização e seus colaboradores, delineando estratégias e programas de ação voltados prioritariamente para o público interno. PROJETO GESTÃO DA MARCA DESAFIO: Estabelecer parâmetros gerais para a maneira como o MAR pretenderá se inscrever no imaginário público (branding). Trabalhar para que esses parâmetros sejam motivadores (que sejam atraentes e criem desejo nos principais públicos de interesse) e particulares (que tenham ligação profunda com a identidade, a missão e a visão do museu). A partir desses parâmetros, mapear e construir relacionamento com redes de organizações que se configurem como públicos de interesse privilegiado. .37 ÁREA ESTRATÉGICA: GESTÃO PROJETO ESTABELECIMENTO DE REDES DE PARCEIROS E MANTENEDORES DESAFIO: Construir a rede de parceiros e mantenedores do MAR, atendendo às demandas do plano museológico e do planejamento estratégico, trabalho a ser executado em conjunto com a Gerência de Comunicação. ÁREA ESTRATÉGICA: GESTÃO PROJETO TRANSPARÊNCIA MAR: IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES DE GOVERNANÇA CORPORATIVA DESAFIO: Estabelecer princípios de governança corporativa, definindo critérios e recomendações objetivos. Para isso, será necessário lançar mão de ferramentas de comunicação interna e externa que disseminem e garantam as ações de governança. Estas deverão ser orientadas com o propósito de difundir a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa. PROJETO MOVIMENTO QUALIDADE: PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DE AÇÕES DE QUALIDADE DESAFIO: Entender o sistema da qualidade como instrumento estratégico que viabiliza o atingimento das metas estabelecidas e os padrões de eficiência e eficácia desejados (excelência em gestão). Fazer com que a garantia da qualidade seja percebida como responsabilidade de todos e como elemento fundamental para o fortalecimento da marca e a agregação de valor. PROJETO CULTURA SUSTENTÁVEL: PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO DAS DIRETRIZES DE SUSTENTABILIDADE DESAFIO: Difundir a percepção da sustentabilidade como um conceito sistêmico que abrange aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais e requer o envolvimento da organização como um todo. Uniformizar a linguagem de todos os planos e projetos da organização que tenham vinculação com as práticas gerenciais de sustentabilidade (exemplos: plano de qualidade, PPRA, práticas de governança, etc.). Traduzir as práticas de sustentabilidade em retorno da imagem institucional positiva. .39 ÁREA ESTRATÉGICA: INFRAESTRUTURA ÁREA ESTRATÉGICA: INFRAESTRUTURA PROJETO CONSERVAÇÃO: IMPLANTAÇÃO DAS ROTINAS DE MANUTENÇÃO E LIMPEZA PROJETO SEJA BEM-VINDO: TRAÇANDO PROCESSOS DE ACOLHIMENTO AO PÚBLICO DESAFIO: Para o Pavilhão de Exposições e a Escola do Olhar, definir objetivamente os padrões de qualidade em limpeza (ambientes interno e externo) e em manutenção predial (preventiva e corretiva) que se quer estabelecer para o MAR, criando formas para implantá-los e monitorá-los. Para tanto, considerar a lógica da terceirização de serviços e da alta rotatividade de funcionários. DESAFIO: Estabelecer um padrão de receptividade e acolhimento que envolva diversas áreas. Apesar de rotinas diferentes, tais áreas têm ligação direta com a chegada do público ao MAR. PROJETO IMPLANTAÇÃO DAS AÇÕES DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DE PESSOAL PROJETO FOMENTO À INSERÇÃO DE PROFISSIONAIS DA REGIÃO PORTUÁRIA NO MAR DESAFIO: Possibilitar ao MAR ser um espaço em que seus “vizinhos” não sejam apenas amigos e visitadores, mas também colaboradores diretos na implementação e na consolidação do projeto do museu. DESAFIO: Fazer com que o MAR, que pretende ser um equipamento cultural de excelência e referência no Brasil, seja também um laboratório de formação e qualificação de mão de obra, visto no país como um celeiro para iniciativas similares. PROJETO MAR SEGURO: IMPLEMENTAÇÃO DAS ROTINAS DE SEGURANÇA DESAFIO: Estabelecer e implementar rotinas de segurança patrimonial que assegurem a salvaguarda do acervo e das instalações, bem como dos visitantes e colaboradores do equipamento. Para atender a esses objetivos, deverão ser adotadas práticas que permitam a otimização dos custos de segurança. .41 CONSIDERAÇÕES FINAIS O planejamento estratégico mobilizou pessoas e instituições na discussão e na identificação da identidade do MAR e nos caminhos que ele deve trilhar. Este documento é um mapa orientador dos esforços institucionais para os próximos anos, além de ser um marco fundamental dessa importante instituição do Rio de Janeiro. O desafio que se configura a partir de agora é maior e é o que efetivamente garantirá o sucesso do museu nas escolhas que fez: implementar as estratégias formuladas. A sociedade civil já participa da gestão do MAR por meio da OS escolhida para geri-lo, mas agora está sendo chamada a estabelecer um diálogo com o museu e a acompanhar de perto suas atividades e os resultados alcançados. Essa aproximação maior será possível por meio não só das exposições e da visitação, mas também do acompanhamento do desempenho da gestão. Com esse intuito, o MAR firma o compromisso de ser transparente em suas ações e resultados. A publicização deste documento permite que a sociedade conheça os compromissos assumidos pela instituição e possa, ao longo dos próximos anos, verificar, de maneira objetiva, se ela venceu o desafio de implementar seu planejamento. Foto: Jaime Acioli .43 GRUPO GESTOR DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO MAR Carlos Gradim · Diretor Presidente/MAR Paulo Herkenhoff · Diretor Cultural/MAR Luiz Fernando de Almeida · Diretor Executivo/MAR Luiz Carlos Guimarães · Diretor Administrativo-Financeiro/MAR Flávia Constant · Gerente de Desenvolvimento Institucional/Fundação Roberto Marinho EQUIPE MAR Alan Albuquerque Ribeiro Correia Carla Cristina Silva de Souza Emerson de Souza Veloso Ingrid Arthur Vieira de Melo Janaina Mércia Alves Melo Jaqueline Pacheco Fonseca Marivanda Batista Cerqueira Miriam Clara Brum Roberta Kfuri Pacheco Stella Fontes Paiva Vinicius Lessa da Motta Willian Vieira Jardim EQUIPE DE CONSULTORIA RESPONSÁVEL PELA CONDUÇÃO DO PROJETO Maria Clara Almeida Cunha de Castro · Consultora Líder Eder Sá Alves Campos · Consultor Senior Ana Carla Fonseca · Consultora especialista Raíssa Fontelas Rosado Gambi · Pesquisadora PROJETO GRÁFICO E REVISÃO Fernanda Silva de Assis · Designer Teresa Cristina Pessoa Brandão · Revisão MUSEU DE ARTE DO RIO - MAR Praça Mauá, Nº 5