O tempo para o diálogo nas organizações
Viviane Regina Mansi, [email protected]. Faculdade Cásper Líbero, Brasil
William Antonio Cerantola, [email protected]. Universidade de São Paulo, Brasil
Resumo
O trabalho proposto pretende investigar um conjunto de desafios da comunicação da liderança no
contexto da comunicação com empregados, percebendo no diálogo um campo de oportunidades
para a criação de sentidos, além de uma oportunidade de diminuição de conflitos nos espaços
organizacionais. Sendo este o tema central, o objeto será o entendimento do uso do tempo pelas
organizações, ora ligado ao conceito de chronos, ora ligado ao conceito de kairós, e suas
implicações. Pretendemos investigar, entre outras questões, de que maneira a noção de tempo
impacta a forma de realização das atividades, a construção dos relacionamentos e o processo de
comunicação. Como desdobramento, trabalharemos também como o tema do tempo impacta a
elaboração da cultura organizacional, a construção da confiança e sentidos nas organizações e
quais seriam as alternativas para conciliar necessidades da empresa aos interesses e expectativas
dos empregados no que se refere à dinâmica de aprendizado, convivência e de entrega de
resultado. Entendemos ainda que a própria expectativa do empregado varia de acordo com a
geração à qual pertence. Por exemplo, empregados da geração Y tendem a ‘consumir’ tempo de
forma distinta dos Baby Boomers. Ao entender essas tensões e oportunidades, buscaremos, ainda,
evidências de como o diálogo poderia ser utilizado para discutir essas questão de interesse de
toda empresa. Os referenciais teóricos incluem Paul Ricouer para contextualizar diferentes
abordagens sobre o tempo, Margareth Wheatley, Linda Elinor e Glenna Gerard para refletir sobre o
papel da liderança e a importância do diálogo nas organizações e acrescenta referências de
autores brasileiros, como é o caso de Ciro Marcondes Filho, Margarida Kunsch e Rudimar
Baldissera. A este momento fica evidente a preocupação dos autores em observar o papel de uma
narrativa de caráter menos racionalista e mais compreensiva, que acomode as necessidades mais
fundadoras do ser humano, em busca de relações dentro das organizações que façam com que os
espaços internos sejam também oportunidades de realizações pessoais, além das profissionais. A
metodologia utilizada será o estudo da bibliografia específica que contextualize os temas. A
proposta final será oferecer um trabalho que, ao mesmo tempo em que traga contribuições para o
campo acadêmico, também seja um referencial para a discussão da prática de comunicação com
empregados nas empresas. Este trabalho retoma inspirações e referenciais teóricos gerados no
âmbito dos grupos de pesquisa ‘Comunicação, Jornalismo e Epistemologia da Compreensão’, que
funciona sob liderança do Prof. Dr. Dimas A. Künsch, no âmbito do Programa de Pós-Graduação
em Comunicação da Cásper Líbero, e do ‘Grupo de Estudos de Novas Narrativas’, liderado pelo
Prof. Dr. Paulo Nassar, vinculado ao Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo
da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Sugere-se o trabalho para a o
grupo temático 19 - Relações Públicas e Comunicação Organizacional.
Palavras-chave: Comunicação. Tempo. Organização. Diálogo.