PROJETO HIDROAER Uso eficiente da água no Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP Relatório apresentado ao Projeto HIDROAER Jenner Eduardo Cardoso Arduino ESTUDOS PROSPECTIVOS E PROJETO CONCEITUAL PARA APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA Campo Montenegro São José dos Campos, SP – Brasil 2010 1 ESTUDOS PROSPECTIVOS E PROJETO CONCEITUAL PARA APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA NO AISP 2 ARDUINO, JENNER EDUARDO CARDOSO Estudos Prospectivos e Projeto conceitual para Aproveitamento de Água de Chuva no AISP [São José dos Campos] 2010 Relatório – Projeto Hidroaer - ITA 1. Água de Chuva, 2. Qualidade da água de chuva, 3. Tratamento da Água de Chuva, 4. Sistemas de Aproveitamento de Água de Chuva, 5. Dimensionamento de Reservatórios 3 INDICE 1. - RESUMO DO TERMO DE REFERÊNCIA..............................................pag. 5 2. - INTRODUÇÃO........................................................................................pag. 5 3. - DIAGNÓSTICO DO CONSUMO DE ÁGUA NO AISP............................pag. 6 4. - CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA DE CHUVA NO AISP...........................pag. 10 5. - ESPECIFICAÇÃO DE USOS PASSÍVEIS DE UTILIZAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA.................................................................................................................pag. 16 6. - ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSO PARA TRATAMENTO DE ÁGUA DE CHUVAS PARA OS DIVERSOS FINS NO AISP.................................................pag. 19 7. - DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS.......................................pag. 21 8. - ESTIMATIVA PRELIMINAR DE CUSTOS..............................................pag. 39 9. - BIBLIOGRAFIA........................................................................................pag 43 4 1. - RESUMO DO TERMO DE REFERÊNCIA Parte integrante do Projeto HIDROAER, Uso eficiente da água no Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP, que tem como um dos objetivos a ampliação da oferta sustentável de água para redução da pressão sobre o aquífero subterrâneo do aeroporto. O projeto conceitual toma por base os levantamentos e dados gerados no âmbito do projeto HIDROAER, bem como no levantamento de informações adicionais junto às instalações do aeroporto, para o aproveitamento e manejo de água de chuva na planta aeroportuária. 2 - INTRODUÇÃO A água é um dos elementos fundamentais à vida e sempre foi um fator importante na escolha de um sitio para um assentamento, para produção agrícola ou qualquer atividade com a presença humana. Hoje em dia a engenharia nos propicia a instalação de grandes equipamentos urbanos e mesmo partes de cidades distantes de fontes de água naturais a céu aberto, com transposição de longas distancias ou dá alternativas para escolha de outras fontes como o subsolo. Estas opções dão condições para grandes ocupações do território e consequentemente altas taxas de consumo de água, como acontece no Aeroporto Internacional de São Paulo - AISP. Conforme a Infraero/site o AISP está situado em uma área de 13.774.086,00m² no Município de Guarulhos, foi inaugurado em 1985, na fazenda Cumbica compartilhado com a Base Aérea de São Paulo. Com dois Terminais de Passageiros, TPS1 e TPS2, no ano de 2009 atendeu mais de 20 milhões de passageiros. Tem a previsão para construção de um terceiro terminal e edifícios de apoio para ampliação da capacidade dos serviços prestados. Também é um grande modal de carga com um movimento de 351.787.564kg no mesmo ano. O Aeroporto Internacional de São Paulo é abastecido por uma rede própria de água potável suprida por poços artesianos e que desde 2009 é completado também por caminhões Pipa. Com a preocupação na preservação dos recursos hídricos este projeto, com base nos dados dos trabalhos do Projeto HIDROAER e da INFRAERO, faz um diagnóstico do consumo de água, busca estabelecer as características da água de chuva e verificar conforme legislação e necessidades no local os usos passíveis para o seu aproveitamento no AISP. Com esses parâmetros estudar métodos de cálculo para o dimensionamento de reservatórios de acumulação e sistema de coleta e distribuição da água de chuva. Desenvolveram-se ainda desenhos esquemáticos e planilhas de custo de dois sistemas, com a intenção de estabelecer junto com o dimensionamento dos reservatórios, parâmetros para a escolha da aplicação da utilização da água de chuva no aeroporto. 5 3 - Diagnóstico do Consumo de Água do AISP Conforme dados disponibilizados pela INFRAER, o consumo de água do AISP sofre uma baixa do ano 2000 até 2003 juntamente com um menor volume de passageiros. Nota-se que com o aumento do movimento de passageiros, posterior a 2003, o consumo de água cresceu em 96% até 2009 conforme mostra a Tabela 1. Tabela 1: Registro do cosumo do AISP de 2000 à 2009 Consumo de Água/Passageiro (L/passageiros) Ano 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004 2.005 2.006 2.007 2.008 2.009 Volume Total de Água Consumida (m³) 806.482 602.646 524.976 445.722 530.267 599.519 666.548 655.042 735.911 874.750 Número de Passageiros 13.742.576 13.111.947 11.902.990 11.581.034 12.940.193 15.834.797 15.759.181 18.795.596 20.400.304 21.725.578 Consumo de Água/Passagei ro (L/pax) 58,7 46,0 44,1 38,5 41,0 37,9 42,3 34,9 36,1 40,3 Fonte: INFRAERO A tendência de crescimento permanece principalmente com a perspectiva de ampliação do AISP. Todo o consumo apresentado até o fim de 2008 corresponde a produção total dos poços artesianos que abastece todo o complexo do AISP. A partir de 2009 aconteceu a introdução de abastecimento complementar de caminhões pipa diretamente nos reservatórios superiores em conjunto a águas dos poços e abastecendo todo o sistema por gravidade. A tabela nº2, mostra o consumo integral do AISP nos meses de janeiro de 2009 até maio de 2010. A partir da produção dos poços artesianos, mais o volume de caminhões pipa para completar a demanda necessária e suprir o consumo no período. A INFRAERO também apresentou uma estimativa de estratificação do consumo de água por setores, tabela nº3. Pode-se avaliar o peso no consumo de cada área do aeroporto e verificar pontualmente os locais de maior demanda. O consumo da central de água gelada não participa da estratificação da tabela nº3 e em analise as médias mensais de consumo apresentadas na tabela nº4 se verifica que correspondeu na média dos 17 meses do período de dados (janeiro de 2009 à maio de 2010) a ordem de 11% do total do consumo do AISP. 6 Tabela 2: Consumo de água no AISP (Janeiro 2009 até fevereiro de 2010). CONSUMO DE ÁGUA DO SBGR (m³) Período 01/09 02/09 03/09 04/09 05/09 06/09 07/09 08/09 09/09 10/09 11/09 12/09 TOTAL / 2009 01/10 02/10 03/10 04/10 05/10 Volume Captado dos Poços 64.492 65.001 71.316 68.944 69.911 67.246 69.273 68.904 66.186 62.868 64.806 63.099 Volume Fornecido por Caminhões-Pipa 4.902 0 900 6.556 3.525 1.090 7.726 11.044 4.089 9.956 9.204 13.712 62.945 55.936 58.682 60.827 68.357 18.857 20.860 19.406 17.707 13.366 Volume Total Consumido pelo SBGR 69.394 65.001 72.216 75.500 73.436 68.336 76.999 79.948 70.275 72.824 74.010 76.811 874.750 81.802 76.796 78.088 78.534 81.723 Fonte: INFRAERO Tabela nº3: Estratificação do consumo de água por setor do AISP DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA DO SBGR SDS-1 (TECA, RML e TECA das CIA Aéreas) SDS-2 (Comissária e Hotelaria) SETOR 4 (RMC, Centro de Manutenção, Táxi, Estacionamento, Heliporto e Torre) TPS (Terminais de Passageiros 1 e 2) 25% 14% 5% 56% Fonte: INFRAERO Nestas estimativas da INFRAERO deve ser considerado que: Não faz parte destes setores o consumo da Central de Água Gelada (CAG) do sistema de climatização do AISP. Portanto a soma dos 100% dos setores mais o consumo do CAG corresponde ao volume total captada nos poços e dos caminhões pipa; Produzindo uma nova estratificação agora considerando os dados do CAG teremos a estratificação do consumo do AISP conforme o gráfico da figura 1: Verifica-se que pontualmente os Terminais de Passageiros 1 e 2 mais a CAG correspondem a maior parcela de consumo de água no AISP atingindo a marca de 61% do total do consumo do complexo aeroportuário. Com 50% do consumo do AISP nos terminais de passageiro é necessário maior detalhamento do uso de água nesse local, assim conforme Frisso-2009, assumindo que, “fora 27% no total do consumo no TPS são concessões, 90% do consumo restante corresponde aos sanitários” do TPS. 7 Tabela 4 – Consumo CAG 2010 2009 CONSUMO DE ÁGUA DA CAG (m³) Perío do 01/09 02/09 03/09 04/09 05/09 06/09 07/09 08/09 09/09 10/09 11/09 12/08 total 01/10 02/10 03/10 04/10 05/10 Volume Total Consumido pela CAG 8.756 7.690 8.332 7.651 6.527 5.964 6.999 7.138 7.538 7.989 10.019 11.742 96.345 9.215 9.490 10.223 5.829 7.345 Consumo Total do AISP : 1.271.693m³ (17meses) Consumo do CAG : 138.447m³ (17meses) Ccag/Ct*100% = 11% Fonte: INFRAERO Figura 1, gráfico da estratificação do consumo do AISP, considerando a CAG SDS-1 (TECA, RML e TECA das CIA Aéreas) SDS-2 (Comissaria e Hotelaria) 22% 50% SETOR 4 (RMC, Centro de Manutenção, Táxi, Estacionamento, Heliporto e Torre) CAG - Central de Água Gelada 12% 11% 4% TPS (Terminais de Passageiros 1 e 2) Ainda conforme Frisso-2009 o consumo dos sanitários tem variação entre os sexos na estratificação do consumo entre vasos sanitários, mictórios e lavatórios. Para efeito de cálculo se verificou que considerando o consumo atribuído para os sanitários e ponderando as diferenças de modo geral os lavatórios são responsáveis por 10% do consumo. Assim a partir do consumo geral do AISP para o ano de 2009 se estabeleceu a seguinte tabela 5 com a demanda para algumas áreas do aeroporto que servirão de base para os cálculos dos sistemas propostos. 8 Tabela 5 – Demandas no Aeroporto CONSUMO DE ÁGUA DO SBGR (m³) Estimativa Volume Volume de perdas Fornecido Total no sistema por Consumido de Caminhõespelo SBGR distribuição Pipa 20% CAG Consumo total descontando CAG Consumo TPS 56% Sanitarios TPS (-27% concessao e -10% outros sanit. fora do TPS) consumo dos vasos sanitarios 10% dos lavatorios Consumo dos vasos para TPS1 50% da (H) Período Volume Captado dos Poços A B C D E=Dx80% F G=E-F H=G I =H(27%xH)(10%xH) K=I*90% X 01/09 02/09 03/09 04/09 05/09 06/09 07/09 08/09 09/09 10/09 11/09 12/09 64.492 65.001 71.316 68.944 69.911 67.246 69.273 68.904 66.186 62.868 64.806 63.099 4.902 0 900 6.556 3.525 1.090 7.726 11.044 4.089 9.956 9.204 13.712 69.394 65.001 72.216 75.500 73.436 68.336 76.999 79.948 70.275 72.824 74.010 76.811 55.515 52.001 57.773 60.400 58.749 54.669 61.599 63.958 56.220 58.259 59.208 61.449 8.756 7.690 8.332 7.651 6.527 5.964 6.999 7.138 7.538 7.989 10.019 11.742 46.759 44.311 49.441 52.749 52.222 48.705 54.600 56.820 48.682 50.270 49.189 49.707 26.185 24.814 27.687 29.539 29.244 27.275 30.576 31.819 27.262 28.151 27.546 27.836 16.497 15.633 17.443 18.610 18.424 17.183 19.263 20.046 17.175 17.735 17.354 17.537 14.847 14.070 15.698 16.749 16.581 15.465 17.337 18.042 15.458 15.962 15.618 15.783 7.423 7.035 7.849 8.374 8.291 7.732 8.668 9.021 7.729 7.981 7.809 7.891 TOTAL / 2009 802.046 72.704 874.750 699.800 96.345 603.455 337.935 212.899 191.609 95.805 Obs. Para o cálculo estimado para os sanitários se considerou uma perda geral no sistema de abastecimento de água do aeroporto de 20%, considerando que conforme Machado-2004 a perda nos sistemas de abastecimento de água no Brasil é em média 40%. 9 4.0 - Caracterização da água de chuva no AISP A caracterização da água de chuva para fins de aproveitamento na área do AISP e determinantes deste projeto tem basicamente dois aspectos considerados: 2.1 - Índice pluviométrico; 2.2 - Qualidade da água captada a ser ofertada, para analise do tipo de tratamento a ser aplicado. 4.1 – Índice pluviométrico A tabela 6 apresenta as chuvas mensais no período de 30 anos de 1978 à 2007 que servirá a principio como a base história de chuvas para o AISP da estação meteorológica do aeroporto . Estes dados serão utilizados para os cálculos de volume de água de captação. Está organizada de forma a apresentar a média por mês e por dia. Tabela 6 – Índices pluviométricos mensais do AISP Fonte: ACA-2010 Observações: 1- Para janeiro não tem dados nos anos 1979 e 1981 a média foi obtida por 28 anos; 2- Para fevereiro foi desconsiderado os dados para os dias 29 dos anos bissextos; 3- Para junho e julho não tem dados nos anos 1985 e 2001 a média foi obtida por 28 anos; 4- Para agosto, setembro, novembro e dezembro não têm dados no ano 1985 a média foi obtida por 29 anos; 5- Para outubro não tem dados nos anos de 1983 e 1985 a médio foi obtida por 28anos; 10 Retrabalhando os dados e obtendo as somatórias anuais podemos apresentar a evolução da média das chuvas ao longo dos trinta anos em questão para tentar identificar tendência do índice pluviométrico para o aeroporto. Tabela nº.7 ANOS 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 MM 1.661,80 1.389,73 1.587,00 1.313,83 1.557,00 2.048,65 1.135,60 1.310,46 1.401,90 1.390,30 1.410,80 1.402,10 1.423,90 1.959,60 1.500,40 1.302,80 1.428,20 1.342,00 1.495,30 1.338,50 1.984,10 1.634,20 1.441,90 1.133,69 994,20 877,20 1.261,00 1.352,00 1.521,10 1.219,80 Fonte: ACA-2010 Observação: Para os meses com dados faltantes foram utilizados a média anual identificada na tabela anterior. Para melhor visualização apresentamos os dados no gráfico da figura 2. 11 Figura 2: Gráfico de precipitação pluviométrica por ano em milímetros. MM 2.500,00 2.000,00 1.500,00 1.000,00 MM 500,00 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 1991 1990 1989 1988 1987 1986 1985 1984 1983 1982 1981 1980 1979 1978 0,00 O gráfico mostra duas características interessantes, a primeira são os picos de anos mais chuvosos nos anos de 1983, 1991 e 1998 mostrando uma regularidade entre 7 e 9 anos. A segunda característica é que de 2000 até 2007 temos uma média de 1225,11mm menor que a média do período anterior de 22 anos de 1500.82, inclusive com um pico em 2006 muito abaixo dos anos indicados na primeira características. Isto pode indicar uma diminuição da média de chuvas na região do aeroporto ou parte de um ciclo maior de baixas no índice pluviométrico. Para se verificar estas hipóteses é necessário avaliar um período de dados mais abrangente. A tabela nº 8 apresenta os índices da estação meteorológica Bom Sucesso de Guarulhos, localizada em um bairro próximo ao aeroporto. Para efeito de comparação se apresenta no gráfico da figura 3 Figura 3: Gráfico de precipitação pluviométrica por ano em milímetros. MM 3.000,00 2.500,00 2.000,00 1.500,00 MM 1.000,00 500,00 12 2003 2001 1999 1997 1995 1993 1991 1989 1987 1985 1983 1981 1979 1977 1975 1973 1971 1969 1967 1965 1963 1961 1959 1957 1955 1953 0,00 Verifica-se que os picos de 7 a 8 anos são menos característicos e temos períodos que variam 10 a 16 anos com médias mais elevadas e médias mais baixas em alternância. Apesar do ano de 1953 iniciar com um dos menores índices da tabela, deste ano até 1962 (10anos) se obitem uma média alta de 1456.56mm. No próximo período de 1963 até 1975 (13anos) uma média baixa de 1221.91mm. Entre 1976 e 1991 a média mais alta do período de 1645,66mm. Por fim de 1992 até 2003 uma média baixa porem ainda mais alta que o segundo período com 1340,01mm. Tabela nº.8 Fonte: Apud. Vitalux-2007 13 Relacionando os dados das duas estações meteorológicas podemos ver que apesar da variação nos valores absolutos há correspondência entre os períodos de baixa e alta. Entre 1978 a 1991 (14anos) para a estação meteorológica do aeroporto temos uma média alta de 1499,47mm enquanto o último período de 1992 a 2007 (16 anos) se registrou uma média mais baixa de 1364,15mm. Para efeito deste trabalho entendemos que a amostra de 30anos da estação meteorológica do aeroporto é representativa com uma média geral adequada para os cálculos necessários. Também não demonstra uma indicação de queda no índice pluviométrico mas apenas que nos últimos anos passamos por um período de índices anuais mais baixo que a normal. 4.2 - Qualidade da água captada a ser ofertada, para analise do tipo de tratamento a ser aplicado. Conforme Nolasco-2010 apresenta analise de águas coletadas em condutores verticais de água de chuva do telhado da Central de Gás – Asa D/AISP e a analise das mesmas águas com tratamento por ozônio. Para efeito deste trabalho vamos considerar apenas os dados da analise sem tratamento por ozônio que serão comparados com a qualidade necessária para cada destino de usos passíveis. A tabela de nº.9 mostra o resultado da análise. A análise laboratorial mostra que mesmo para uso não potável é necessário tratamento para atingir as exigências necessárias seja de equipamentos ou para outros usos apresentados a seguir no item 3 deste trabalho. Tabela 9 – Resultados da caracterização da água de escoamento do telhado Central de Gás - Asa D/AISP Parâmetros Hidroc. Aromáticos Volat. Benzeno (µg L-1) Estireno (µg L-1) Etilbenzeno (µg L-1) Tolueno (µg L-1) Xilenos (µg L-1) Água Bruta T0 Resultados T5 < Limite de Quantificação (1,0) Hidroc. Polic. Aromáticos Antraceno (µg L-1) Benzo(a)antraceno (µg L-1) Benzo(k)fluoranteno (µg L-1) Benzo(g,h,i)perileno (µg L-1) Benzo(a)pireno (µg L-1) Criseno (µg L-1) Dibenzo(a,h)antraceno (µg L-1) < Limite de Quantificação (1,0) Fenantreno (µg L-1) Indeno(1,2,3-c,d)pireno (µg L-1) Naftaleno (µg L-1) 14 T10 6,43 10 < Lq < Lq 0,64 < Lq 0,07 < Lq < Lq < Lq 0,006 50 10 17 20 3 6,9 2 10 36,5 5,44 0,05 0,44 < Lq < Lq 0,1 0,41 Água Bruta 22 10,7 100 51,7 < Lq 0,8 1,79 5,49 2 < Lq 6,58 14 0,11 < Lq 7,72 0,04 0,56 < Lq < Lq 0,04 < Lq 165 26 63 694 10 6,2 18 102 57,3 280 0,85 3,52 0,03 4,39 0,27 1,5 Coliforme Total NMP/100 mL Ausência 7,0 x 103 2,5 x 104 1,0 x 105 Coliforme Termotolerante NMP/100 mL Ausência 3,0 x 103 Ausência 2,0 x 104 pH Óleos e Graxas (mg/L) Cobre (mg/L) Arsênio (mg/L) Ferro (mg/L) Chumbo (mg/L) Zinco (mg/L) Cromo (mg/L) Mercúrio (mg/L) Níquel (mg/L) Cádmio (mg/L) DQO (mg/L) DBO (mg/L) Sólidos T. Dissolvidos (mg/L) Sólidos em Suspensão Total (mg/L) Sulfato (mg/L) Oxigênio dissolvido (mg/L) Cor verdadeira (PtCo) Cor aparente (PtCo) Dureza Total (mg/L) Turbidez (NTU) Amônia (mg/L) Nitrato (mg/L) Nitrito (mg/L) Alumínio (mg/L) Manganês (mg/L) Potássio (mg/L) Parâmetros Magnésio (mg/L) Cálcio (mg/L) Condutividade (µS/cm) Alcalinidade Total (mg/L) COT (mg/L) Nitrogênio Total (mg/L) Fósforo (mg/L) Ortofosfato (mg/L) Cloretos (mg/L) Bromo (mg/L) Fonte: Nolasco - 2010 15 T0 17 37,1 131 71,3 49 5,3 2,48 7,48 1 0,03 6,41 12 0,05 < Lq 1,16 < Lq 0,09 < Lq < Lq < Lq < Lq 50 10 14 34 7 8,1 6 16 40,5 3,82 < Lq 1,32 < Lq 0,41 0,1 0,89 Resultados T5 17 20,1 128 55,2 6 1,79 1,27 3,87 0,5 0,03 5,89 10 0,02 < Lq 1,25 < Lq 0,08 < Lq < Lq < Lq < Lq 50 10 65 86 12 7,6 10 73 57,3 20,4 0,5 5,28 0,05 0,51 0,08 0,71 T10 15,3 39,1 109 57,5 8,1 5,93 1,08 3,38 1 0,04 5.0 - Especificação de usos passíveis de utilização de água de chuva; Conforme Tomaz-2007 os seguintes usos para o aproveitamento da água de chuva são indicados com “Objetivo é fornecer diretrizes básicas para o aproveitamento de água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis”: “Descargas em bacias sanitárias, Irrigação de gramados e plantas ornamentais, Lavagem de veículos, Limpeza de calçadas e ruas, Limpeza de pátios, Espelhos d’água e Usos industriais.” Nos usos chamados de industriais podemos enquadrar o consumo na Central de Água Gelada (CAG) do AISP que como já foi apresentado é responsável por 11% volume de consumo de água de todo o aeroporto. Como demonstrado na tabela de nº. 5 o consumo das bacias sanitários de apenas um terminal de passageiros tem um consumo anual semelhante ao da CAG. Em verificação aos desenhos dos projetos do AISP, de instalações predais, arquitetura e de implantação dos prédios TPS2 e CAG se constatou que são relativamente próximos, assim como o TPS1 e o Terminal de Carga da INFRAERO – TECA, o que os coloca como boa escolha para uma setorização para coleta de água de chuva, conforme figura 4. 16 Figura 4. Áreas de cobertura para captação de chuva e indicação de posição para as cisternas. 17 Figura 5. Esquemático do sistema de aproveitamento de água de chuva para o CAG do AISP. 18 Para a continuidade do trabalho se define dois sistemas de aproveitamento de água de chuva, o primeiro para atender parte do consumo da CAG e o segundo para atender parte do consumo de bacias sanitárias e mictórios do TPS mais especificamente TPS1. A figura 5, mostra o esquemático de funcionamento do sistema para o CAG e para o segundo sistema o esquema de funcionamento é o mesmo apenas com os valores de projeto adequados. Ainda como organização deste trabalho cada sistema é dividido em três subsistemas: 1. Subsistema de capitação que englobará: As áreas de telhado; Calhas, conexões, condutores verticais e horizontais; Sistema de pré-filtragem e/ou sistema de descarte do first flush e condutores novamente até a cisterna; 2. Subsistema de armazenamento de água de chuva e filtração com: Entrada da cisterna com dosador de cloro; Cisterna; pré-filtração para a unidade filtrante, unidade filtrante com recalque e condutores de recalque; 3. Subsistema de distribuição para consumo: Reservatório superior; Condutores de distribuição. 6.0 - Especificação de processos para tratamento e adequação de água de chuva para os diversos fins no AISP; Com a definição de alimentar com água de chuvas a CAG, as bacias sanitárias e os mictórios do TPS1 apresenta-se a seguir os parâmetros necessários quanto a qualidade da água a ser utilizada. Conforme a York Brasil – 1999 traz as recomendações técnicas para o tratamento da água de refrigeração para as máquinas de resfriamento existente no AISP. Nas recomendações a York indica o acompanhamento e análise dentro de parâmetros orientativos expostos na tabela 10. Para a distribuição nas bacias sanitários e mictórios considerado os parâmetros dados pela NBR 15527 na tabela 11 e também os definidos para águas de reuso pela Agência Nacional de Águas, apresentados na tabela 12: Tabela 10: Parametros de controle da qualidade da água de resfriamento Obs. Essas Faixas de controle devem ser estipuladas para cada sistema, em particular. Entretanto as mesmas situam-se próximas aos valores da tabela abaixo: Parâmetros Físico-Químicos Sólidos Suspensos pH Nitritos Condutividade Cloretos Sulfato Unidade Sistema Aberto Condensador do CAG do AISP Ppm -------ppm NO2 µv/cm ppm ppm < 20 6,5 a 8,5 < 1200 < 200 < 150 19 Ferro Total ppm Fe Alcalinidade Total ppm CaCO3 Dureza Cálcio ppm CaCO3 Dureza Magnésio ppm CaCO3 Silica ppm SiO2 Enxofre Ppm Amônia Ppm Cobre Total Ppm Sólido Totais Dissolvidos Ppm CONTROLE DE MICROBIOLÓGICO Bactérias Plantònicas UFC/ml Bactérias Sésseis UFC/ml Bactérias Red. Sulfato UFC/ml TAXA DE CORROSÃO Aço Carbono mpy Cobre mpy TAXA DE DEPOSIÇÃO Aço Carbono mpd Cobre mpd < 2,0 < 300 < 250 < 250 < 150 Zero Zero < 0,1 < 600 máx. 10³ máx. 10³ máx. 10³ < 3,0 < 0,30 < 1,0 < 0,15 Fonte: York® Brasil – 1999 Tabela 11 – Parâmetros de qualidade de água de chuva para usos restritivos não potáveis Parâmetros Análise Valor Coliformes totais Coliformes termotolerantes Cloro residual livreᴬ Turbidez Cor aparente (caso não seja utilizado nenhum corante ou antes da sua utilização) Semestral Ausência em 100mL Semestral Ausência em 100mL Mensal 0,5 a 3,0 mg/L < 2,0 uTᴮ, para usos menos restritivos Mensal < 0,5 uT < 15 uHᶜ Mensal Deve prever ajuste de pH para proteção das redes de distribuição, caso necessário Mensal pH de 6,0 a 8,0 no caso de tubulação de aço carbono ou galvanização NOTA Pedem ser usados outros processos de desinfecção além do cloro, como a aplicação de raio ultravioleta e aplicação de ozônio. ᴬ No caso de serem utilizados compostos de cloro para desinfecção ᴮ uT é a unidade de turbidez ᶜ uH é a unidade Hazen. Fonte: ABNT-2007 Tabela 12 Parâmetros característicos para água de reúso classe 1. Parâmetros Coliformes fecais1 pH Cor (UH) Turbidez (UT) Odor e aparência Óleos e graxas (mg/L) Concentrações Não detectáveis Entre 6,0 e 9,0 ≤ 10 UH ≤ 2 UT Não desagradáveis ≤ 1 mg/L 20 ≤ 10 mg/L Ausentes < 10 mg/L ≤ 20 mg/L ≤ 1 mg/L ≤ 0,1 mg/L ≤ 5 mg/L ≤ 500 mg/L DBO2 (mg/L) Compostos orgânicos voláteis3 Nitrato (mg/L) Nitrogênio amoniacal (mg/L) Nitrito (mg/L) Fósforo total4 (mg/L) Sólido suspenso total (SST) (mg/L) Sólido dissolvido total5 (SDT) (mg/L) Fonte: ANA-2005. Para a utilização de água de chuva nos dois sistemas propostos deverão utilizar cloração com dosadores de passagem na entrada do reservatório inferior e sistema de ultrafiltração para 40 m³/h com membranas 100 kDa com uma pré-filtração de filtro multimídia, seguido de bags de segurança para a alimentação da UF. Todo o sistema de filtração é necessário para remover micro organismos, sólidos suspensos, O&G (óleo e a graxa) presente na água coletada. As unidades de filtros e bombeamentos deverão ser instaladas entre o reservatório inferior e o reservatório superior. A NBR15527-2007 indica que os sistemas deverão conter ainda reservatórios de descarte para o First flush com o 2mm por metro quadrado de cobertura, segundo Oliveira-2007 o usual até esta indicação da norma é de 1mm. Por se tratar de sistemas de grandes proporções e com consumo elevado no calculo será adotado 1mm. As grandes áreas de cobertura irão produzir um reservatório de grandes proporções (45m³ e 98m³) ou vários equipamentos menores e espalhados ao longo do subsistema de captação dificultando a manutenção do mesmo. Uma alternativa é trabalhar com uma pré-filtração com peneiras e uma filtração grosseira tipo BAG em pontos estratégicos do trajeto dos sistemas de capitação, já próximos à cisterna e o mais centralizado possível. 7.0 - Dimensionamento de reservatórios para acumulação de água de chuva e posterior utilização 7.1 – Dimensionamento do reservatório para o 1º Sistema: O primeiro sistema proposto para o abastecimento complementar de água para a Central de Água Gelada do sistema de refrigeração dos Terminais de Passageiros. A tabela 4 apresenta o consumo do CAG no ano de 2009 mais os cinco primeiros meses de 2010. Para efeito de cálculo tomaremos o ano de 2009 como a média de consumo a ser atendida. Em analise aos projetos de cobertura e levantamento fotográfico (figuras 6, 7, 8 e 9) se verificou as áreas de telhado passiveis de utilização para coleta e direcionamento das águas de chuvas ao reservatório de acumulação (cisterna), conforme a tabela nº13 e figuras 4 e 5. Os edifícios e coberturas consideradas para capitação possuem os seguintes materiais: 21 Os Terminais de passageiros, CAG, Galeria Técnica e o prédio da torre, telhas cimentícias e lajes impermeabilizadas; Os estacionamentos possuem coberturas metálicas. Para definição do coeficiente de Runoff, que será utilizado para o cálculo de dimensionamento das cisternas, temos a maior área de capitação com telhas cimentícias e telhas corrugadas de metal e para estes materiais de cobertura temos os parâmetros entre 0,8 e 0,9. Tabela 13 – Área de Cobertura em (m²) Cáculo de Área de Capitação para Água de Chuva CAG terminal de passageiros Galeria e torre estacionamento 1 estacionamento 2 estacionamento 3 total .=>17*49= .=>88.5*55*4*1.33+4000 .=>2*78*14= .=>30*24= .=>20*270= m2 Figura 6, TPS2 e Via de acesso ao 2º pavimento do TPS. Fonte: INFRAERO-2009. 22 1.400,00 29.895,10 4.800,00 2.184,00 720,00 5.400,00 44.399,10 Figura 7, cobertura do TPS2 e Torre de Controle ao fundo. Fonte: INFRAERO-2009 Figura 8, cobertura do estacionamento em frente ao TPS2. Fonte: INFRAERO-2009 23 Figura 9, cobertura do estacionamento e CAG ao fundo. Fonte: INFRAERO-2009 7.1.1 - Potencial do sistema A tabela a seguir demonstra a relação entre a oferta, média (30 anos) da precipitação para os meses de janeiro a dezembro, considerando da tabela 5, e a demanda do CAG para o ano de 2009 e os primeiros meses de 2010: Tabela 13 Diferença entre demanda e água coletada Período CAG 01/09 02/09 03/09 04/09 05/09 06/09 07/09 08/09 09/09 10/09 11/09 12/09 8.756 7.690 8.332 7.651 6.527 5.964 6.999 7.138 7.538 7.989 10.019 11.742 Chuva media mensal (mm) Volume Diferença Área da entre de chuva Captação mensal demanda e (m2) oferta (m3) 214,73 44.399,10 7.627,13 194,41 44.399,10 6.905,42 181,17 44.399,10 6.435,15 82,96 44.399,10 2.946,68 79,06 44.399,10 2.808,15 58,94 44.399,10 2.093,61 45,45 44.399,10 1.614,22 34,07 44.399,10 1.209,98 78,13 44.399,10 2.775,16 120,95 44.399,10 4.296,06 147,67 44.399,10 5.245,22 189,76 44.399,10 6.739,97 24 -1.128,87 -784,58 -1.896,85 -4.704,32 -3.718,85 -3.870,39 -5.384,78 -5.928,02 -4.762,84 -3.692,94 -4.773,78 -5.002,03 01/10 02/10 03/10 04/10 05/10 9.215 9.490 10.223 5.829 7.345 214,73 44.399,10 7.627,13 194,41 44.399,10 6.905,42 181,17 44.399,10 6.435,15 82,96 44.399,10 2.946,68 79,06 44.399,10 2.808,15 -1.587,87 -2.584,58 -3.787,85 -2.882,32 -4.536,85 A diferença negativa entre a demanda e a oferta mostra que mesmo que o sistema não tenha perdas, ou seja, for capaz de recolher o máximo de chuva para esta metragem de cobertura, não é autossuficiente sendo necessário abastecimento externo. Porem se o sistema tivesse funcionando nesse período poderia ter economizado até 56% da água utilizada pelo CAG. 7.1.2 - Dimensionamento do reservatório Conforme Tomaz-2007 e a NBR15527-2007 temos 6 métodos para dimensionamento de cisternas: Dimensionamento do reservatório pelo Método de Ripple Método prático do professor Azevedo Neto; Método prático alemão; Método prático inglês; Método prático australiano; Método da simulação; A ideia de trabalhar todos os métodos é tentar identificar o melhor dimensionamento para os dois sistemas propostos. Através apenas do trabalho com cada método verificar aquele que melhor mostre o comportamento do sistema em função da alta demanda e da sazonalidade das chuvas. 7.1.2.1 - Dimensionamento do reservatório pelo Método de Ripple Conforme Tomaz-2007 “O método de Rippl geralmente superdimensiona o reservatório”, e é utilizado para verificar o limite superior do volume do reservatório de acumulação de águas de chuvas. Utilizou-se as médias históricas mensais dos trinta anos registrados pela estação meteorológica do aeroporto. Conforme Tomaz-2007 “S (t) = D (t) – Q (t) Q (t) = C x precipitação da chuva (t) x área de captação V = Σ S (t) , somente para valores S (t) > 0 Sendo que : Σ D (t) < Σ Q (t) Onde: S (t) é o volume de água no reservatório no tempo t; Q (t) é o volume de chuva aproveitável no tempo t; D (t) é a demanda ou consumo no tempo t; V é o volume do reservatório, em metros cúbicos; C é o coeficiente de escoamento superficial- Coeficiente de runoff C=0,80.” 25 Os resultados dos cálculos estão apresentados na tabela 14 e se tem as seguintes observações: Considera-se o ano de 2009 como base de dados para período de janeiro a dezembro, para o consumo registrado no CAG e apresentado na coluna 3; Para os dados de chuva foi utilizada a média da precipitação pluviométrica de trinta anos apresentado na tabela 5 e transcrito para a coluna 2. A área de captação apresentada na tabela 12 foi transcrito na coluna4; O volume de água capitada (coluna5) é obtido pela multiplicação da área de cobertura, pela média mensal em milímetros e pelo coeficiente de runoff C=0,8. Dividindo-se por mil para a transformação do resultado de litros para metros cúbicos; A coluna 6 apresenta a diferença entre o volume da demanda e os volumes da oferta de água das chuvas mensais. Por se obter em todos os meses uma diferença positiva indica que o volume da demanda é maior que o volume coletado em todos os meses. Neste método se considera que o reservatório deverá estar cheio no inicio de janeiro e somando-se o excesso da diferença entre o consumo e a captação chega-se ao volume total de 45.648,25m³ (coluna 7). Fica evidente que o sistema deverá receber água externa para estar cheio no inicio do ano seguinte. Tabela 14: Dimensionamento do reservatório Método de Ripple MESES Coluna 1 Janeiro Fevereiro Marco Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro TOTAL media Altura 3,00 Chuva media mensal (mm) Coluna 2 214,73 194,41 181,17 82,96 79,06 58,94 45,45 34,07 78,13 120,95 147,67 189,76 1.427,30 Demanda Volume Área da mensal de chuva Captação (m3) mensal (m2) CAG (m3) Coluna 3 8.756,00 7.690,00 8.332,00 7.651,00 6.527,00 5.964,00 6.999,00 7.138,00 7.538,00 7.989,00 10.019,00 11.742,00 96.345,00 Largura Comprimento 45,00 338 Coluna 4 Coluna 5 44.399,10 7.627,13 44.399,10 6.905,42 44.399,10 6.435,15 44.399,10 2.946,68 44.399,10 2.808,15 44.399,10 2.093,61 44.399,10 1.614,22 44.399,10 1.209,98 44.399,10 2.775,16 44.399,10 4.296,06 44.399,10 5.245,22 44.399,10 6.739,97 44.399,10 50.696,75 4.224,73 Volume (m3) 45.648,25 26 Diferença entre os volumes da demanda CAG- Vol. de chuva. Col.3 - Col.5 (m3) Coluna 6 1.128,87 784,58 1.896,85 4.704,32 3.718,85 3.870,39 5.384,78 5.928,02 4.762,84 3.692,94 4.773,78 5.002,03 Diferença acumulada da coluna 6 dos valores positivos (m3) Coluna 7 1.128,87 1.913,45 3.810,30 8.514,62 12.233,47 16.103,86 21.488,63 27.416,65 32.179,49 35.872,44 40.646,22 45.648,25 Obs. Coluna 8 água baixando água baixando água baixando água baixando água baixando água baixando água baixando água baixando água baixando água baixando água baixando água baixando O Método de Rippl apresenta um resultado consistente quando a oferta é equilibrada com o consumo portanto para estas condições a simulação deste método não é adequado. Para se ter um dimensionamento por este método teremos que considerar abastecimento externo. Para isso se recalculou com uma demanda menor, da ordem de 42% da demanda original. Este índice foi determinado através de várias tentativas até se atingir o menor dimensionamento, apresentado na tabela 15. Tabela 15: Dimensionamento do reservatório Método de Ripple, com fornecimento externo de água, demanda com 42% do consumo real MESES Chuva media mensal (mm) Demanda Area da mensal Captacao (m3) (m2) CAG Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3 Janeiro 214,73 3.677,52 Fevereiro 194,41 3.229,80 Marco 181,17 3.499,44 Abril 82,96 3.213,42 Maio 79,06 2.741,34 Junho 58,94 2.504,88 Julho 45,45 2.939,58 Agosto 34,07 2.997,96 Setembro 78,13 3.165,96 Outubro 120,95 3.355,38 Novembro 147,67 4.207,98 Dezembro 189,76 4.931,64 TOTAL 1.427,30 40.464,90 media Diferenca entre os Volume volumes da de chuva demanda mensal CAG- Vol. de (m3) chuva. Col.3 Col.5 (m3) Coluna 4 Coluna 5 44.399,10 7.627,13 44.399,10 6.905,42 44.399,10 6.435,15 44.399,10 2.946,68 44.399,10 2.808,15 44.399,10 2.093,61 44.399,10 1.614,22 44.399,10 1.209,98 44.399,10 2.775,16 44.399,10 4.296,06 44.399,10 5.245,22 44.399,10 6.739,97 0,00 4.224,73 altura 3,00 Coluna 6 -3.949,61 -3.675,62 -2.935,71 266,74 -66,81 411,27 1.325,36 1.787,98 390,80 -940,68 -1.037,24 -1.808,33 largura comprimento 45,00 30 Diferenca acumulada da coluna 6 dos valores positivos (m3) Coluna 7 266,74 199,93 611,20 1.936,55 3.724,53 4.115,33 3.174,66 2.137,42 329,09 Obs. Coluna 8 Extravasando Extravasando Extravasando Água baixando Água subindo Água baixando Água baixando Água baixando Água baixando Água subindo Água subindo Água subindo volume (m3) 4.115,33 Com um suprimento externo ao sistema de 58% chegamos a uma cisterna de 4.115,33m³. 7.1.2.2 - Método prático do professor Azevedo Neto Conforme Tomaz-2007, neste método não se utiliza o consumo como parâmetro de cálculo estabelecendo um índice de 0,042 e o numero de meses com pouca chuva como fatores de correção para se estabelecer sobre volume total de água coletada no ano o volume aproveitável: “V=0,042 x P x A x T onde: P => Precipitação media anual em milímetros, base de dados ano de 2009 T => Numero de meses de pouca chuva ou seca 27 A => V => V= P= T= A= Área de coleta, em metros quadrados Volume de água aproveitável e o volume do reservatório, em litros” 7.984.737,76 1.427,30 3,00 44.399,10 Altura (m) 3,00 Litros Largura (m) 45,00 7.984,74 m3 Comprimento (m) 59 Volume (m3) 7.984,74 Considerando que metade da média mensal de chuva é de 59,47mm e que os meses de pouca chuva possuem um valor abaixo deste valor, temos 3 meses que podemos considerar como de poucos chuvas. O método apresenta como resultado um valor de quase 8.000m³ que é a média do consumo do CAG mensal no ano de 2009, ainda considerando que a média de precipitação para o mês mais chuvoso dos últimos 30 anos é de 7.627m³, precisaríamos de mais de um mês sem consumo para encher o reservatório apenas com água de chuva ou contar com a sazonalidade de chuvas fortes. 7.1.2.3 – Método prático Inglês Assim como o método anterior não utiliza o consumo como parâmetro de cálculo estabelecendo um índice de 0,05 como fator de correção para se estabelecer sobre volume total de água coletada no ano o volume aproveitável: “V=0,05 x P x A Onde: P= precipitação media anual, em milímetros, base de dados ano de 2009 A= área de coleta, em metros quadrados V= Volume de água aproveitável e o volume do reservatório, em litros” V= P= A= altura 3,00 3.168.547 1.427,30 44.399,10 largura 45,00 litros 3.168,55 comprimento 23 m3 volume (m3) 3.168,55 Como neste método temos apenas um fator de correção o resultado obtido é de um reservatório menor que o encontrado no método de Ripple e do Azevedo Neto, porem não fornece dados para servir de parâmetros para se ter o melhor aproveitamento do potencial da captação da água de chuva para um consumo proporcionalmente elevado como é o caso do CAG. 7.1.2.4 – Método prático Alemão Conforme Tomaz, calcula-se o reservatório pelo menor valor encontrado para o resultado da operação de duas formulas, uma considerando 6% do volume anual do 28 consumo e a outra considerando 6% do volume anual de precipitação aproveitável. Define-se o volume pelo menor resultado. Vadot. = min(V;D) x 0,06 Onde: V = Volume aproveitável de água de chuva anual, em litros; D = demanda anual da água não potável, em litros; Vadot. = volume de água da reservatório, em litros; V= Prec. Anual Área de Coleta 1424,4 mm x44.399,10m x D = Consumo Anual = coef. Runnoff Litros 0,8 = 50.593.662,43 = 50.593,66m³ Cons. Mensal x12 = 8.120,00m³ x 12 = 97.440,00m³ Vadot. Min(V;D)x0,06 = 50.593,66m³ x 0,06 = 3.035,62m³ Vadot. Min(V;D)x0,06 = 97.440,00m³ x 0,06 = 5.846,40m³ altura 3,00 largura 45,00 comprimento 22 volume (m3) 3.035,62 Assim como no método anterior se obtém um reservatório menor porem também não fornece dados para se garantir o melhor aproveitamento para o sistema a ser proposto. 7.1.2.5 – Método Australiano Neste método através da diferença entre chuva coletada e a demanda, em uma verificação anual a ser feita mês a mês se obitem o tamanho do reservatório pelo acumulado da água de chuva. Considerando que no primeiro mês o reservatório esta vazio, nos meses seguintes o excesso de chuva é somando a nova coleta. Caso a demanda seja maior o reservatório permanece vazio. Como no caso do CAG a demanda é maior que a água coletada tem que se trabalhar com fornecimento externo ao sistema. Tomam-se por base os dados para o ano de 2009 a demando do CAG. Foi aplicado a demanda com 56% da original, depois da verificação de várias outras porcentagens. Com 56% da demanda teremos o cumulo de água de chuva nos primeiros meses e o reservatório vazio de agosto a novembro com uma ligeira recuperação em dezembro. Com uma demanda maior se verifica que a reserva de água é cada vez menor chegando a zero já com 90% da demanda real. Com uma demanda menor se tem um acumulo cada vez maior a cada mês o que resultaria em uma cisterna muito grande. Conforme Thomaz, 2007, “O volume de um reservatório é obtido pela seguinte equação: Q= A x C x (P - I) Onde: A= C= Área de coleta, em metros quadrados; Coeficiente de escoamento superficial, geralmente 0,80; 29 P= I= Q= Precipitação media mensal, em milímetros; Interceptação da água que molha as superfícies e perda por evaporação, geralmente 2m Volume mensal produzido pela chuva, em metros cúbicos. O Vt=Vt-1 + Qt - Dt Qt= Vt= Vt-1= Dt= Volume mensal produzido pela chuva no mês t; Volume de água que esta no tanque no fim do mês t, em metros cúbicos; Volume de água que esta no tanque no inicio do mês t, em metros cúbicos; demanda mensal, m³; Nota No primeiro mês consideramos o reservatório vazio. Quando (Vt-1 + Qt -D) < 0, então o Vt = 0” Resultado apresentado na tabela 16 Tabela 16: Método Australiano (56% da demanda do CAG de 2009) Meses jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez TOTAL altura 3,00 Prec. Mensal Area Runoff Interceptação (mm) (m2) C (mm) (m3) (m3) 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 7.556,09 6.834,38 6.364,11 2.875,64 2.737,12 2.022,57 1.543,19 1.138,94 2.704,12 4.225,02 5.174,18 6.668,93 4.903,36 4.306,40 4.665,92 4.284,56 3.655,12 3.339,84 3.919,44 3.997,28 4.221,28 4.473,84 5.610,64 6.575,52 214,73 194,41 181,17 82,96 79,06 58,94 45,45 34,07 78,13 120,95 147,67 189,76 44.399,10 44.399,10 44.399,10 44.399,10 44.399,10 44.399,10 44.399,10 44.399,10 44.399,10 44.399,10 44.399,10 44.399,10 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 Vol. Demanda Chuva Q D Vt (m3) 2.653 5.181 6.879 5.470 4.552 3.235 858 0 0 0 0 93 1.427,30 largura 45,00 comprimento volume (m3) 51 6.878,90 7.1.2.6 - Método da simulação. Novamente conforme Tomaz, 2007 - Este método trabalha com duas hipóteses, para um reservatório finito, o inicio contamos com o tempo “t” com este reservatório cheio e 30 iniciamos aplicar os dados históricos de captação de chuva e demanda para a seguinte equação: Equação da continuidade: “S(t)=Q(t)+S(t-1)-D(t) Q(t)=C x precipitação da chuva(t) x área de captação Sendo que: 0< S(t) < V Onde: S(t) é o volume de água no reservatório no tempo t; S(t-1) é o volume de água no reservatório no tempo t-1; Q(t) é o volume de chuva no tempo t; D(t) é o consumo ou demanda no tempo t; V é o volume do reservatório fixado; C é o coeficiente de escoamento superficial.” Para se fixar o volume é realizado varias verificações com tamanhos diferentes de reservatório até que se atinja um valor em que temos um equilíbrio entre o volume coletado e a demanda. O problema é que na situação encontrada no caso do CAG o consumo é muito elevado em relação ao volume de chuva coletado. Apenas no mês de fevereiro temos um volume de água coletada um pouco maior que a demanda. Na tabela 17 é apresentado a simulação para um reservatório de 80m³. Tabela 17: Método Simulação MES Coluna 1 Chuva media (mm) Demanda mensal (m3) CAG Área de captação (m2) Volume de chuva C=0,90 (m3) (coef. Runoff) P Dt A Qt Coluna 2 Coluna 3 Coluna 4 Coluna 5 Volume do Volume do Volume do reservatório reservatório reservatório no tempo t- no tempo t. fixado (m3) 1 (m3) (m3) V Coluna 6 St-1 Coluna 7 St Coluna 8 0 80 Overflow (m3) Suprimento de água externo (m3) Ov S Coluna 9 Coluna 10 1 jan 215 8.756 44.399 8.581 80 80 -95 0 95 2 fev 194 7.690 44.399 7.769 80 0 79 0 0 3 mar 181 8.332 44.399 7.240 80 79 -1.014 0 1.014 4 abr 83 7.651 44.399 3.315 80 0 -4.336 0 4.336 5 maio 79 6.527 44.399 3.159 80 0 -3.368 0 3.368 6 jun 59 5.964 44.399 2.355 80 0 -3.609 0 3.609 7 jul 45 6.999 44.399 1.816 80 0 -5.183 0 5.183 8 ago 34 7.138 44.399 1.361 80 0 -5.777 0 5.777 9 set 78 7.538 44.399 3.122 80 0 -4.416 0 4.416 10 out 121 7.989 44.399 4.833 80 0 -3.156 0 3.156 11 nov 148 10.019 44.399 5.901 80 0 -4.118 0 4.118 12 dez 190 11.742 44.399 7.582 80 0 -4.160 0 4.160 Total= 1427,30 96345 0 39231 57034 Como nos métodos anteriores foi aplicada as médias de chuvas do período de 30anos conforme item 4, deste relatório, e a demanda do CAG no ano de 2009. 31 Depois de verificado alguns valores para o tamanho do reservatório se viu que para os valores maiores que 80m³ não há diferença nos resultados obtidos. Porem tem que se considerar que 80m³ é um volume menor que 1dias de consumo para o CAG e para efeito deste cálculo trabalhamos com a média das chuvas no período dos meses, com isso a sazonalidade das chuvas é desconsideradas. As chuvas mais fortes que ocorrem com frequência nos meses mais chuvosos são desprezadas pelas médias e são estas chuvas que tem potencial para abastecer o CAG por mais de um dia. Porem o método demonstrou que pode apresentar resultados mais reais com a alteração dos períodos considerados, de meses para dias, assim será considerado os dias mais chuvosos em frente de uma demanda para apenas uma dia. Com os dados históricos diários do período de 30anos se montou uma planilha com 10.950linhas. Introduziu-se também o desconto para o first flush e por se tratar de áreas de coleta muito grandes se alterou o coeficiente de runoff para 0.8. Apresenta-se um resumo desta planilha para um reservatório de 1000m³, na tabela 18: O método mostra o desempenho do reservatório para o fornecimento de água de chuva, considerando que o CAG teria um consumo conforme o ano 2009, preservando a variação dos meses, em todos os anos do período. Foram testados volumes variados iniciando com 0m³ até 4.000m³ e por fim o volume de 14.300m³ como cisterna infinita, ou seja toda água de chuva coletada é utilizada. A tabela 19 apresenta os resustados das simulações indicando, para cada tamanho de reservatório, quanto, percentualmente, que o sistema proveu de suprimento de água de chuva, quanto de suprimento externo foi necessário, quantos dias por ano em média ocorreria over-flow e quanto de água de chuva capitada seria desprezada no over-flow. 32 Tabela 18: Método da simulação modificado. Ano Mês Dia coluna 1 Demanda mensal (m3) CAG ano base 2009 Área de captacao (m2) Volume de chuva C=0,80 (m3) (coef. Runoff) Volume do reservatorio fixado (m3) P Dt A Qt V St-1 St Ov S coluna 2 coluna 3 coluna 4 coluna 5 coluna 6 coluna 7 coluna 8 coluna 9 coluna 10 Dias chuva (mm) FIRSTFLUSH (mm) Dias de DIAS chuva COM descontando CHUVA first flush 1 1 1 1 1 1 1 1 2 3 4 5 6 7 4,80 3,80 8,60 7,60 1,00 0,00 0,00 -1,00 0,00 -1,00 4,40 3,40 12,20 11,20 3,80 7,60 0,00 0,00 0,00 3,40 11,20 1 1 1 0 0 1 1 282,45 282,45 282,45 282,45 282,45 282,45 282,45 44399 44399 44399 44399 44399 44399 44399 134,97 269,95 0,00 0,00 0,00 120,77 397,82 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 1000 853 840 558 275 0 0 1000,00 852,52 840,02 557,56 275,11 -7,34 -161,69 115,36 5 5 5 5 5 5 4 5 6 7 8 9 0,00 -1,00 0,00 -1,00 3,70 2,70 12,20 11,20 0,20 -0,80 0,00 -1,00 0,00 0,00 2,70 11,20 0,00 0,00 0 0 1 1 1 0 210,55 210,55 210,55 210,55 210,55 210,55 44399 44399 44399 44399 44399 44399 0,00 0,00 95,90 397,82 0,00 0,00 1000 1000 1000 1000 1000 1000 0 0 0 0 187 0 -210,55 -210,55 -114,65 187,27 -23,28 -210,55 12 12 12 12 28 29 30 31 0,00 10,20 0,00 0,00 0,00 9,20 0,00 0,00 0 1 0 0 378,77 378,77 378,77 378,77 44399 44399 44399 44399 0,00 326,78 0,00 0,00 1000 1000 1000 1.000 0 0 0 0 -378,77 -52,00 -378,77 -378,77 0,80 1978 1978 1978 1978 1978 1978 1978 1990 1990 1990 1990 1990 1990 2007 2007 2007 2007 Volume do Volume do reservatorio reservatorio no tempo t- no tempo t. 1 (m3) (m3) Total 30 anos=> 41.307,00 -1,00 9,20 -1,00 -1,00 1,00 4.275 2.867.587,74 44399 1.340.604,19 33 0 Overflow (m3) Dias sem overflow Suprimento de agua externo (m3) 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0,00 0,00 0,00 0,00 7,34 161,69 0,00 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 210,55 210,55 114,65 0,00 23,28 210,55 0 0 0 0 1 1 1 1 378,77 52,00 378,77 378,77 264.680 10.499 1.790.663,37 Tabela 19: Desempenho do sistema para cada volume de reservatório. Volume m3 Cisterna 0 100 300 500 700 900 1.000 1.100 1.300 1.500 1.700 1.900 2.000 2.100 2.300 2.500 2.700 2.900 3.000 3.100 3.300 3.500 3.700 3.900 4.000 14.300 Suprimento Chuva (%) 20,16% 23,49% 28,55% 32,05% 34,68% 36,70% 37,52% 38,25% 39,48% 40,48% 41,31% 42,00% 42,30% 42,57% 43,05% 43,46% 43,79% 44,05% 44,16% 44,27% 44,47% 44,66% 44,84% 44,99% 45,06% 46,75% Suprimento Externo (%) 79,84% 76,51% 71,45% 67,95% 65,32% 63,30% 62,48% 61,75% 60,52% 59,52% 58,69% 58,00% 57,70% 57,43% 56,95% 56,54% 56,21% 55,95% 55,84% 55,73% 55,53% 55,34% 55,16% 55,01% 54,94% 53,25% dias de overflow (dias por Ano) 48,33 41,10 31,53 25,33 20,40 16,63 15,03 14,20 11,87 10,03 8,83 7,67 7,03 6,50 5,87 5,27 4,67 4,20 4,03 3,83 3,40 3,20 2,90 2,60 2,57 0 Média Chuva capitada e não utilizada para 1 ano 56,88% 49,76% 38,94% 31,45% 25,81% 21,51% 19,74% 18,19% 15,54% 13,41% 11,63% 10,16% 9,52% 8,94% 7,91% 7,04% 6,34% 5,78% 5,54% 5,31% 4,88% 4,47% 4,09% 3,77% 3,63% 0,00% Observações: Área de cobertura de 44.399m²; 1 ano de chuva capitada = 55.019,81m³. Média de 30 anos; 1mm de first flush; Coef. Hunoff= 0,80. Na figura 10 é apresentado o gráfico da curva de desempenho do sistema. No eixo y temos a porcentagem de utilização de água de chuva e no eixo x temos os volumes em metro cúbico do reservatório. O máximo de aproveitamento que o sistema poderia atingir é 46.75% com a cisterna “infinita”, isto mostra o refinamento do sistema de cálculo que esta descontando o first flush. Verificamos também reservatório acima de 1500m³ tem ganhos pouco significativos. Podemos considerar também que abaixo de 500m³ se tem uma perda de água coletada maior que a utilizada, o que pode criar 34 problemas de drenagem na região do reservatório, a indicação é de um reservatório de 1000m³. Figura 10: Gráfico de desempenho das cisternas 50,00% 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 3.900 3.500 3.100 2.700 2.300 1.900 1.500 1.100 700 300 0 Série1 Dimensionamento da cisterna altura largura comprimento volume (m3) 4,00 25,00 10,00 1.000,00 7.2 – Dimensionamento do reservatório para o 2º Sistema: O segundo sistema é proposto para o abastecimento complementar de água as bacias sanitárias e mictórios do Terminal de Passageiros 1. A tabela 4 apresenta o consumo estimado destes equipamentos dos sanitários do TPS1 no ano de 2009 mais os cinco primeiros meses de 2010. Para efeito de cálculo tomaremos o ano de 2009 como a média de consumo a ser atendida. Em analise aos projetos de cobertura se verificou as áreas de telhado passiveis de utilização para coleta e direcionamento das águas de chuvas para o reservatório de acumulação (cisterna), conforme a tabela nº20 e figura 5. Os edifícios e coberturas consideradas para capitação possuem os seguintes materiais: O Terminal de passageiros 1 possui telhas cimentícias e lajes impermeabilizadas; Os estacionamentos e o TECA possuem coberturas metálicas. Para definição do coeficiente de Runoff, que será utilizado para o cálculo de dimensionamento das cisternas, temos a maior área de capitação com telhas cimentícias e telhas corrugadas de metal e para estes materiais de cobertura temos os parâmetros entre 0,8 e 0,9. 35 Tabela 20 – Área de Cobertura em (m²) Cáculo de Área de Captação para Água de Chuva Terminal de passageiros 1 .=>88.5*55*4*1.33+4000 29.895,10 TECA .=>60.000 60.000,00 estacionamento 1 .=>2*78*14= 2.184,00 estacionamento 2 .=>30*24= 720,00 estacionamento 3 .=>20*270= 5.400,00 total m2 98.199,10 7.2.1 - Potencial do sistema A tabela 21 a seguir demonstra a relação entre a oferta, média (30 anos) da precipitação para os meses de janeiro a dezembro, considerando a tabela 5, e a demanda do TPS1 para o ano de 2009 e os primeiros meses de 2010: Tabela 21 - Diferença entre demanda e água coletada Chuva media mensal (mm) Área da Captação (m2) Diferença Volume de entre chuva mensal demanda e (m3) oferta Período Demanda TPS1 01/09 7.423 214,73 98.199,10 18.977,85 11.554,36 02/09 7.035 194,41 98.199,10 15.272,97 8.238,19 03/09 7.849 181,17 98.199,10 14.232,85 6.383,63 04/09 8.374 82,96 98.199,10 6.517,28 -1.857,15 05/09 8.291 79,06 98.199,10 6.210,90 -2.079,84 06/09 7.732 58,94 98.199,10 4.630,51 -3.101,87 07/09 8.668 45,45 98.199,10 3.570,24 -5.098,09 08/09 9.021 34,07 98.199,10 2.676,16 -6.344,64 09/09 7.729 78,13 98.199,10 6.137,92 -1.590,84 10/09 7.981 120,95 98.199,10 9.501,74 1.520,85 11/09 7.809 147,67 98.199,10 11.601,04 3.791,79 12/09 7.891 189,76 98.199,10 14.907,03 7.015,58 Totais 95.805 114.236,49 18.431,97 01/10 8.927 214,73 98.199,10 16.869,20 7.942,67 02/10 8.247 194,41 98.199,10 15.272,97 7.025,90 03/10 8.295 181,17 98.199,10 14.232,85 5.938,05 04/10 9.049 82,96 98.199,10 6.517,28 -2.531,76 05/10 9.213 79,06 98.199,10 6.210,90 -3.002,49 Neste caso a somatória das chuvas coletadas é maior que a demanda, porem para o aproveitamento total o reservatório deverá ter um tamanho proibitivo, já que o excedente do período de chuvas é que deverá suprir os meses com a diferença negativa. Considerando que os valores negativos nos meses de abril a setembro representam fornecimento externo, se avalia que, com o sistema em funcionamento 36 nesse período, os sanitários poderiam ter economizado até 79% da água utilizada para os equipamentos escolhidos no TPS1 no ano de 2009. 7.2.2 - Dimensionamento do reservatório para o 2ºsistema Após os trabalhos para o dimensionamento do 1º sistema e a constatação do melhor conjunto de dados e resultados se optou em aplicar o Método da simulação, com a planilha mais detalhada. Considera-se os 30 anos de dados da estação meteorológica do aeroporto, por dia de chuva e a demanda estimada de 2009 preservando as diferenças mensais para as bacias sanitárias e mictórios do TPS1 conforme tabela 5. Os mesmos parâmetros para o coeficiente de runoff, 0.8, e 1mm de desconto para o first flush A tabela 22 apresenta os resustados das simulações indicando, para cada tamanho de reservatório quanto que o sistema proveu de suprimento de água de chuva, quanto de suprimento externo foi necessário, quantos dias por ano em média ocorreria overflow e quanto de água de chuva capitada seria desprezada no over-flow. Tabela 22: Desempenho do sistema para cada volume de reservatório. Volume m³ CISTERNA 0 100 300 500 700 900 1.000 1.100 1.300 1.500 1.700 1.900 2.000 2.100 2.300 2.500 2.700 2.900 3.000 3.100 Suprimento chuva (%) 22,72% 27,11% 34,45% 39,85% 43,98% 47,38% 48,87% 50,17% 52,44% 54,45% 56,25% 57,79% 58,49% 59,15% 60,36% 61,43% 62,37% 63,22% 63,62% 63,99% Suprimento externo (%) 77,28% 72,89% 65,55% 60,15% 56,02% 52,62% 51,13% 49,83% 47,56% 45,55% 43,75% 42,21% 41,51% 40,85% 39,64% 38,57% 37,63% 36,78% 36,38% 36,01% Dias de overflow (dias por ano). Média Chuva captada e não utilizada (para 1 ano). 70,20 65,77 57,33 52,23 48,63 45,47 44,03 42,80 40,87 39,67 38,03 36,50 36,00 35,37 34,07 33,10 32,50 31,97 31,63 31,40 78,15% 73,93% 66,86% 61,67% 57,70% 54,43% 53,00% 51,75% 49,56% 47,63% 45,90% 44,42% 43,75% 43,12% 41,95% 40,92% 40,01% 39,20% 38,82% 38,46% 37 3.300 3.500 3.700 3.900 4.000 64,69% 65,30% 65,86% 66,38% 66,62% 35,31% 34,70% 34,14% 33,62% 33,38% 30,73 30,33 29,70 29,30 29,13 37,79% 37,20% 36,66% 36,16% 35,93% Observações: Área de cobertura de 98.199,10m²; 1 ano de chuva capitada = 98.835,43m³. Média de 30 anos; 1mm de first flush; Coef. Hunoff= 0,80. Na figura 11 é apresentado o gráfico da curva de desempenho do sistema. No eixo y temos a porcentagem de utilização de água de chuva e no eixo x temos os volumes em metro cúbico do reservatório. Verificamos que o reservatório acima de 2.300m³ tem ganhos pouco significativos. Podemos considerar também que abaixo de 1.300m³ se tem uma perda de água coletada maior que a utilizada, o que pode criar problemas de drenagem na região do reservatório. A indicação é de um reservatório de 1.700m³. Figura 11: Gráfico de desempenho das cisternas 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% Série1 20,00% 10,00% 0,00% Dimensionamento da cisterna altura largura comprimento volume (m3) 4,00 25,00 17,00 1.700,00 38 8.0 – Estimativa preliminar de custo Com base no esquemático apresentado na figura 2, nos desenhos dos prédios estudados e em visita no local, se desenvolveu uma planilha de serviços e materiais com quantitativos e custos, estabelecendo os valores, com base nas tabelas SINAP e PINI dos meses de setembro e agosto respectivamente do ano de 2010, para construção dos sistemas propostos. Apresentados nas tabela 23 e 24. Tabela 23, planilha de serviço com quantitativos e custo para execução do sistema 1 GIA - SJ DA PLANILHA DE QUANTITATIVOS E PREÇOS Obra: CISTERNA 1000m ³ PROJETO BÁSICO Nº SET/2010 ITEM PREÇO (R$) DISCRIMINAÇÃO UN QUANT UNIT. 01.00.000 01.03.000 01.03.500 01.03.502 01.03.503 01.03.504 02.00.000 02.01.000 02.01.100 02.01.200 02.01.400 02.01.401 02.01.403 02.02.000 02.02.100 02.03.000 02.03.100 03.00.000 03.01.000 03.01.100 03.01.102 03.01.103 03.01.104 03.01.200 03.01.202 03.01.400 03.01.421 03.01.500 03.02.000 03.02.100 03.02.170 04.00.000 04.01.000 04.01.200 SERVIÇOS TÉCNICOS-PROFISSIONAIS ESTUDOS E PROJETOS PROJETO EXECUTIVO - De fundações e estruturas - De arquitetura e elementos de urbanismo - De instalações hidráulicas e sanitárias SUBTOTAL SERVIÇOS PRELIMINARES CANTEIRO DE OBRAS Construções Provisórias - Abrigo metálico pré-fabricado p/ Depósito e Alojamento constituído de dois módulos acoplados - Sanitários - Oficinas Ligações Provisórias - Água e Esgoto - Luz e força Proteção e sinalização - Tapumes/cercas de alambrados - Placa de obra DEMOLIÇÃO DEMOLIÇÃO CONVENCIONAL - De Cercas de alambrado - De pavimento asfáltico c/ martelete, incl. remoção LOCAÇÃO DE OBRAS - De edificações SUBTOTAL FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS FUNDAÇÕES Escavação de valas - Mecanizada - Reaterro compactado - Carga, transporte, lançamento e espalhamento de solo Escoram entos - Descontínuo de madeira FUNDAÇÕES PROFUNDAS - Brocas de concreto armado, tipo STRAUSS, prof.= 4,00 m BLOCOS DE FUNDAÇÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO Concreto arm ado Caixa d'água (cisterna) SUBTOTAL ARQUITETURA E ELEMENTOS DE URBANISMO ARQUITETURA Esquadrias - Porta do reservatório - Em chapa de ferro galvanizada, 80x80cm, tipo alçapão, com fecho para cadeado, pintada com duas demãos de tinta esmalte sobre fundo anticorrosivo - Porta do abrigo de registro - Em chapa de ferro galvanizada, 80x80cm, tipo alçapão, com fecho para cadeado, pintada com duas demãos de tinta esmalte sobre fundo anticorrosivo - Escadas de acesso - Em alumínio chumbada nas paredes do reservatório e caixa de abrigo de registro nos seguintes comprimentos: - 3,80 m - 1,80 m 39 vb vb vb 1,00 1,00 1,00 un 1,00 vb vb TOTAL 5.350,40 5.350,40 2.006,40 5.350,40 5.350,40 2.006,40 12.707,20 1,00 1,00 1.643,46 1.643,46 1.643,46 1.643,46 1.643,46 1.643,46 vb vb 1,00 1,00 1.806,99 1.314,30 1.806,99 1.314,30 m² vb 40,00 1,00 38,61 292,43 1.544,39 292,43 m² m² 271,00 6,00 10,61 9,06 2.874,54 54,33 m² 400,00 7,02 2.808,96 15.626,31 m³ m³ vb 492,59 170,84 1,00 15,38 4,74 382,17 7.577,26 808,95 382,17 vb 1,00 477,71 477,71 m vb 180,00 1,00 81,61 2.866,29 14.689,26 2.866,29 m3 126,60 1.727,46 218.696,04 245.497,69 un 1,00 187,15 187,15 187,15 187,15 187,66 88,89 187,66 88,89 un un un 1,00 1,00 1,00 04.01.600 04.04.000 04.04.300 04.04.303 04.05.000 05.00.000 05.01.000 05.01.200 05.01.500 05.03.000 05.03.100 05.03.500 05.03.700 05.06.000 05.06.100 05.06.101 05.06.103 05.06.300 05.06.301 05.06.301 05.06.800 06.00.000 09.00.000 09.01.000 09.01.200 09.02.000 09.04.000 Im perm eabilização IMPERMEABILIZAÇÃO de reservatório enterrado, superfície interna/externa do reservatório, com quatro camadas de argamassa e duas demãos de tinta betuminosa - Externa ao Reservatório e cx. Abrigo de registro (laje) - Externa ao Reservatório e cx. Abrigo de registro (paredes) PAISAGISMO Equipam entos e acessórios - Cercas - Cerca de alambrado executado com tela galvanizada fio 10 malha de 2"x2", com 3 fios liso nº 10 em mourões de concreto armado curvos e fixados com ganchos em baldrame de concreto armado, com três fios de arame farpado no pescoço do mourão PAVIMENTAÇÃO - Recomposição de pavimentação asfáltica SUBTOTAL INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS ÁGUA FRIA Tubulações e Conexões de PVC -Tubo de PVC rígido, linha DEFOFO, nos diâmetros: - 75 mm - 100 mm Aparelhos e Acessórios - Registro de gaveta em ferro fundido nos diâmetros: - 75 mm - 100 mm VENTILAÇÃO - Tubos de ferro fundido para ventilação do reservatório DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS Tubulação e Conexões de Ferro Fundido Tubos e conexões Ø150mm Tubulação de concreto - tubos Ø300 Funilaria - Calha galvanizada, desenvolvimento 100cm SERVIÇOS DIVERSOS Escavação de valas - Manual - Mecanizada - Reaterro compactado de valas Caixa de Abrigo de registros - Em concreto armado, nas dimensões de 2,00x2,00x2,00 m - Em concreto armado, nas dimensões de 1,00x1,00x1,00 m Dissipador em concreto FIRST FLUSH e filtros tipo bag Instalação elevatória e unidade de filtração (ultrafiltração) SUBTOTAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ELETRÔNICAS Instalações Elétricas e Eletrônicas SUBTOTAL SERVIÇOS COMPLEMENTARES ENSAIOS E TESTES TESTES - Testes de impermeabilização - Testes de hidráulica LIMPEZA DE OBRAS - Desinfecção de reservatório - Limpeza de obra Com o Construído (“As built”) SUBTOTAL m2 1.004,83 vb vb 1,00 1,00 m² 130,00 62,72 62,72 62,72 63.022,91 62,72 62,72 98,42 12.794,68 vb 1,00 13.376,00 13.376,00 89.969,89 m m 155,00 200,00 63,40 86,94 9.826,31 17.388,80 un un 5,00 5,00 454,05 540,69 2.270,24 2.703,46 vb 1,00 200,64 200,64 m 450,00 250,13 112.559,04 m 420,00 51,23 21.516,63 m 320,00 239,00 76.480,00 m³ m³ m³ 90,00 130,00 220,00 39,70 15,38 4,74 3.573,00 1.999,71 1.041,72 un un vb un 5,00 13,00 1,00 1,00 4.058,06 507,26 36.779,53 510.000,00 20.290,32 6.594,35 36.779,53 510.000,00 823.223,77 vb 1,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00 vb vb 1,00 1,00 535,04 401,28 535,04 401,28 vb vb vb 1,00 1,00 1,00 668,80 1.337,60 2.675,20 668,80 1.337,60 2.675,20 5.617,92 TOTAL GERAL 1.342.642,77 RESUMO DA OBRA ETAPAS CUSTOS POR ETAPA DA OBRA 12.707,20 15.626,31 245.497,69 89.969,89 823.223,77 SERVIÇOS TÉCNICO-PROFISSIONAIS SERVIÇOS PRELIMINARES FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS ARQUITETURA E ELEMENTOS DE URBANISMO INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ELETRÔNICAS SERVIÇOS COMPLEMENTARES CUSTO TOTAL (R$) 150.000,00 5.617,92 PARTICIPAÇÃO 0,95% 1,16% 18,28% 6,70% 61,31% 11,17% 0,42% 1.342.642,77 Obs.: 1 - FONTES DE CONSULTAS 1.1 - TABELA DE CUSTOS SINTÉTICA - SINAPI - Data Base: julho/2010 - Região: São Paulo - Leis Sociais: 128,70%; 1.2 - TABELA DE CUSTOS SINTÉTICA - PINI - Data Base: junho/2010 - Região: São Paulo - Leis Sociais: 129,34%; 40 1.3 - REVISTA GUIA DA CONSTRUÇÃO - Custos, Suprimentos e Soluções Técnicas - PINI - ago/2010; 2 - VALORES APRESENTADOS NA PLANILHA : 2.1 - MATERIAL - Custo Direto dos Materiais necessário para execução do serviço com a aplicação do BDI. 2.2 - MÃO DE OBRA - Custo Direto da Mão de Obra (acrescido da taxa de Leis Sociais) necessária para execução do serviço , com a aplicação do BDI. 2.3 - MATERIAL + MÃO DE OBRA - Somatória dos preços de material e mão de obra para execução do serviço. 3 – BDI 3.1 - BDI (Benefício e Despesas Indiretas) aplicado nos Custos Diretos = 33,76% 4 – GERAIS 4.1 - Nos itens onde não foram indicados os valores de material e/ou mão-de-obra, estes já estão incluídos no serviço. A planilha de custo de execução da obra mostra que o custo da cisterna de 1000m³, para um sistema de grande porte, representa 25% (a soma dos itens estrutura e arquitetura), enquanto todo o sistema de captação, filtragem e distribuição representa 72,48% do custo estimado. O custo de manutenção e operação do sistema deverá ser em média de R$7.500,00 por ano. Considerando o consumo do CAG no ano de 2009 de 96.345m³ e o desempenho do sistema para a cisterna de 1.000m³ é de 37,52% do consumo, o que representa 36.148,64m³. Considerando que conforme a SAAE de Guarulhos (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) o custo do metro cúbico de água é de R$5,93 e já descontando o custo médio de manutenção e operação do sistema, teremos uma economia de R$206.861,40 por ano. Assim o sistema estaria pago em 6,66anos. Ajustou-se os quantitativos para cisternas de 500m³ e 1700m³ e se verificou que o sistema com a cisterna de 500m³ estaria pago em 6.59anos e a de 1700m³ estaria pago em 7.24anos. Os custos encontrados são R$1.120.612,75 e R$1.623.007,89, respectivamente. Assim para o CAG a indicação é a execução com uma cisterna de 1000m³. Para efeito deste estudo o custo de implantação para o sistema 2 é análogo ao sistama1. Por tanto considerando a cisterna de 1700m³ com uma eficiência de 56,25% em relação a demanda das bacias sanitárias e mictórios do TPS1 de 95.805m³, o valor do m³ de R$5.93, se obitem uma economia de R$312.069,55, já descontando o custo de manutenção e operação. Assim o sistema estaria pago em 5,35anos. Ajustou-se os quantitativos para cisternas de 1000m³ e 2500m³ e se verificou que o sistema com a cisterna de 1000m³ estaria pago em 5.14anos e a de 1700m³ estaria pago em 5.94anos. Os custos encontrados são R$1.342.642,77 e R$1.981.819,61, respectivamente. Assim para o TPS1 a indicação é a execução com uma cisterna de 1000m³. 41 Vale salientar que pontualmente o custo da unidade de filtração (ultrafiltração) e recalque é o item mais oneroso, o que nos leva a questionar a escolha deste sistema de filtração. Dentro dos parâmetros de qualidade da água ofertada, da qualidade necessária para o consumo e principalmente na vazão necessária para o funcionamento adequado do sistema proposto, a escolha dá a segurança de atendimento eficaz. 42 9.0 - BIBLIOGRAFIA ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15527: água de chuva – aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis requisitos. Rio de Janeiro. 2007. ACA - Banco de dados da Divisão de Ciências Atmosféricas do IAE/DCTA – São José dos Campos, COMAER – Mensagem Direta nº 828/IA/4292, Protocolo nº 67750.002096/2010-19 de 6 de agosto de 2010. ANA – Conservação e reuso da água em edificação./ANA – São Paulo, 2005 FRISSO, Carla, Cenário de consumo e uso de água no Aeroporto Internacional de São Paulo – AISP, em Guarulhos. 2009. 87f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos. INFRAERO/site http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/sao-paulo/aeroporto-internacionalde-sao-paulo.html Machado, José Nelson de Almeida. Apresentação da ABAE – Programa de eficiência energética e operacional – 2004 – COSANPA – Pará. Nolasco, Elaine - 2010 – Hidroaer Oliveira, Camila Lopes De. Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para usos não potáveis no município do Rio de Janeiro, [Rio de Janeiro] 2007, 142p SAAE Guarulhos/site http://www.saaeguarulhos.sp.gov.br:8081/site/content/dicaseinformacoes/conhecacont aagua.php Tomaz Plínio. Aproveitamento de água de chuva de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis ABNT NBR 15527/07 diretrizes básicas para um projeto/Plínio Tomaz. São Paulo, 2007. 25p. VITALUX, Relatório Final Guarulhos maio 2007 - PGRH-SBGR, 2007 York® Brasil – Recomendações técnicas para tratamento de água./ York – São Paulo, SP, Brasil, 1999. 43