PROJETO HIDROAER
Uso eficiente da água no Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP
Relatório apresentado ao Projeto HIDROAER
Jenner Eduardo Cardoso Arduino
ESTUDOS PROSPECTIVOS E PROJETO CONCEITUAL PARA
APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA
Campo Montenegro
São José dos Campos, SP – Brasil
2010
1
ESTUDOS PROSPECTIVOS E PROJETO CONCEITUAL PARA
APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA NO AISP
2
ARDUINO, JENNER EDUARDO CARDOSO
Estudos Prospectivos e Projeto conceitual para
Aproveitamento de Água de Chuva no AISP
[São José dos Campos] 2010
Relatório – Projeto Hidroaer - ITA
1. Água de Chuva, 2. Qualidade da água de
chuva, 3. Tratamento da Água de Chuva, 4.
Sistemas de Aproveitamento de Água de
Chuva, 5. Dimensionamento de
Reservatórios
3
INDICE
1.
- RESUMO DO TERMO DE REFERÊNCIA..............................................pag. 5
2.
- INTRODUÇÃO........................................................................................pag. 5
3.
- DIAGNÓSTICO DO CONSUMO DE ÁGUA NO AISP............................pag. 6
4.
- CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA DE CHUVA NO AISP...........................pag. 10
5.
- ESPECIFICAÇÃO DE USOS PASSÍVEIS DE UTILIZAÇÃO DE ÁGUA DE
CHUVA.................................................................................................................pag. 16
6.
- ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSO PARA TRATAMENTO DE ÁGUA DE
CHUVAS PARA OS DIVERSOS FINS NO AISP.................................................pag. 19
7.
- DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS.......................................pag. 21
8.
- ESTIMATIVA PRELIMINAR DE CUSTOS..............................................pag. 39
9.
- BIBLIOGRAFIA........................................................................................pag 43
4
1. - RESUMO DO TERMO DE REFERÊNCIA
Parte integrante do Projeto HIDROAER, Uso eficiente da água no Aeroporto
Internacional de Guarulhos/SP, que tem como um dos objetivos a ampliação da oferta
sustentável de água para redução da pressão sobre o aquífero subterrâneo do
aeroporto.
O projeto conceitual toma por base os levantamentos e dados gerados no âmbito do
projeto HIDROAER, bem como no levantamento de informações adicionais junto às
instalações do aeroporto, para o aproveitamento e manejo de água de chuva na
planta aeroportuária.
2 - INTRODUÇÃO
A água é um dos elementos fundamentais à vida e sempre foi um fator importante na
escolha de um sitio para um assentamento, para produção agrícola ou qualquer
atividade com a presença humana. Hoje em dia a engenharia nos propicia a
instalação de grandes equipamentos urbanos e mesmo partes de cidades distantes
de fontes de água naturais a céu aberto, com transposição de longas distancias ou dá
alternativas para escolha de outras fontes como o subsolo. Estas opções dão
condições para grandes ocupações do território e consequentemente altas taxas de
consumo de água, como acontece no Aeroporto Internacional de São Paulo - AISP.
Conforme a Infraero/site o AISP está situado em uma área de 13.774.086,00m² no
Município de Guarulhos, foi inaugurado em 1985, na fazenda Cumbica compartilhado
com a Base Aérea de São Paulo. Com dois Terminais de Passageiros, TPS1 e TPS2,
no ano de 2009 atendeu mais de 20 milhões de passageiros. Tem a previsão para
construção de um terceiro terminal e edifícios de apoio para ampliação da capacidade
dos serviços prestados. Também é um grande modal de carga com um movimento de
351.787.564kg no mesmo ano. O Aeroporto Internacional de São Paulo é abastecido
por uma rede própria de água potável suprida por poços artesianos e que desde 2009
é completado também por caminhões Pipa.
Com a preocupação na preservação dos recursos hídricos este projeto, com base nos
dados dos trabalhos do Projeto HIDROAER e da INFRAERO, faz um diagnóstico do
consumo de água, busca estabelecer as características da água de chuva e verificar
conforme legislação e necessidades no local os usos passíveis para o seu
aproveitamento no AISP. Com esses parâmetros estudar métodos de cálculo para o
dimensionamento de reservatórios de acumulação e sistema de coleta e distribuição
da água de chuva. Desenvolveram-se ainda desenhos esquemáticos e planilhas de
custo de dois sistemas, com a intenção de estabelecer junto com o dimensionamento
dos reservatórios, parâmetros para a escolha da aplicação da utilização da água de
chuva no aeroporto.
5
3
- Diagnóstico do Consumo de Água do AISP
Conforme dados disponibilizados pela INFRAER, o consumo de água do AISP sofre
uma baixa do ano 2000 até 2003 juntamente com um menor volume de passageiros.
Nota-se que com o aumento do movimento de passageiros, posterior a 2003, o
consumo de água cresceu em 96% até 2009 conforme mostra a Tabela 1.
Tabela 1: Registro do cosumo do AISP de 2000 à 2009
Consumo de Água/Passageiro (L/passageiros)
Ano
2.000
2.001
2.002
2.003
2.004
2.005
2.006
2.007
2.008
2.009
Volume Total
de Água
Consumida
(m³)
806.482
602.646
524.976
445.722
530.267
599.519
666.548
655.042
735.911
874.750
Número de
Passageiros
13.742.576
13.111.947
11.902.990
11.581.034
12.940.193
15.834.797
15.759.181
18.795.596
20.400.304
21.725.578
Consumo de
Água/Passagei
ro (L/pax)
58,7
46,0
44,1
38,5
41,0
37,9
42,3
34,9
36,1
40,3
Fonte: INFRAERO
A tendência de crescimento permanece principalmente com a perspectiva de
ampliação do AISP.
Todo o consumo apresentado até o fim de 2008 corresponde a produção total dos
poços artesianos que abastece todo o complexo do AISP. A partir de 2009 aconteceu
a introdução de abastecimento complementar de caminhões pipa diretamente nos
reservatórios superiores em conjunto a águas dos poços e abastecendo todo o
sistema por gravidade.
A tabela nº2, mostra o consumo integral do AISP nos meses de janeiro de 2009 até
maio de 2010. A partir da produção dos poços artesianos, mais o volume de
caminhões pipa para completar a demanda necessária e suprir o consumo no
período.
A INFRAERO também apresentou uma estimativa de estratificação do consumo de
água por setores, tabela nº3. Pode-se avaliar o peso no consumo de cada área do
aeroporto e verificar pontualmente os locais de maior demanda.
O consumo da central de água gelada não participa da estratificação da tabela nº3 e
em analise as médias mensais de consumo apresentadas na tabela nº4 se verifica
que correspondeu na média dos 17 meses do período de dados (janeiro de 2009 à
maio de 2010) a ordem de 11% do total do consumo do AISP.
6
Tabela 2: Consumo de água no AISP (Janeiro 2009 até fevereiro de 2010).
CONSUMO DE ÁGUA DO SBGR (m³)
Período
01/09
02/09
03/09
04/09
05/09
06/09
07/09
08/09
09/09
10/09
11/09
12/09
TOTAL / 2009
01/10
02/10
03/10
04/10
05/10
Volume Captado
dos Poços
64.492
65.001
71.316
68.944
69.911
67.246
69.273
68.904
66.186
62.868
64.806
63.099
Volume Fornecido por
Caminhões-Pipa
4.902
0
900
6.556
3.525
1.090
7.726
11.044
4.089
9.956
9.204
13.712
62.945
55.936
58.682
60.827
68.357
18.857
20.860
19.406
17.707
13.366
Volume Total Consumido
pelo SBGR
69.394
65.001
72.216
75.500
73.436
68.336
76.999
79.948
70.275
72.824
74.010
76.811
874.750
81.802
76.796
78.088
78.534
81.723
Fonte: INFRAERO
Tabela nº3: Estratificação do consumo de água por setor do AISP
DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA DO SBGR
SDS-1 (TECA, RML e TECA das CIA Aéreas)
SDS-2 (Comissária e Hotelaria)
SETOR 4 (RMC, Centro de Manutenção, Táxi, Estacionamento,
Heliporto e Torre)
TPS (Terminais de Passageiros 1 e 2)
25%
14%
5%
56%
Fonte: INFRAERO
Nestas estimativas da INFRAERO deve ser considerado que:

Não faz parte destes setores o consumo da Central de Água Gelada (CAG) do sistema
de climatização do AISP.

Portanto a soma dos 100% dos setores mais o consumo do CAG corresponde ao
volume total captada nos poços e dos caminhões pipa;
Produzindo uma nova estratificação agora considerando os dados do CAG teremos a
estratificação do consumo do AISP conforme o gráfico da figura 1:
Verifica-se que pontualmente os Terminais de Passageiros 1 e 2 mais a CAG
correspondem a maior parcela de consumo de água no AISP atingindo a marca de
61% do total do consumo do complexo aeroportuário.
Com 50% do consumo do AISP nos terminais de passageiro é necessário maior
detalhamento do uso de água nesse local, assim conforme Frisso-2009, assumindo
que, “fora 27% no total do consumo no TPS são concessões, 90% do consumo
restante corresponde aos sanitários” do TPS.
7
Tabela 4 – Consumo CAG
2010
2009
CONSUMO DE ÁGUA DA CAG (m³)
Perío
do
01/09
02/09
03/09
04/09
05/09
06/09
07/09
08/09
09/09
10/09
11/09
12/08
total
01/10
02/10
03/10
04/10
05/10
Volume Total Consumido pela CAG
8.756
7.690
8.332
7.651
6.527
5.964
6.999
7.138
7.538
7.989
10.019
11.742
96.345
9.215
9.490
10.223
5.829
7.345
Consumo Total do AISP : 1.271.693m³
(17meses)
Consumo do CAG :
138.447m³
(17meses)
Ccag/Ct*100% = 11%
Fonte: INFRAERO
Figura 1, gráfico da estratificação do consumo do AISP, considerando a CAG
SDS-1 (TECA, RML e TECA das CIA
Aéreas)
SDS-2 (Comissaria e Hotelaria)
22%
50%
SETOR 4 (RMC, Centro de
Manutenção, Táxi,
Estacionamento, Heliporto e
Torre)
CAG - Central de Água Gelada
12%
11%
4%
TPS (Terminais de Passageiros 1 e
2)
Ainda conforme Frisso-2009 o consumo dos sanitários tem variação entre os sexos na
estratificação do consumo entre vasos sanitários, mictórios e lavatórios. Para efeito de
cálculo se verificou que considerando o consumo atribuído para os sanitários e
ponderando as diferenças de modo geral os lavatórios são responsáveis por 10% do
consumo.
Assim a partir do consumo geral do AISP para o ano de 2009 se estabeleceu a
seguinte tabela 5 com a demanda para algumas áreas do aeroporto que servirão de
base para os cálculos dos sistemas propostos.
8
Tabela 5 – Demandas no Aeroporto
CONSUMO DE ÁGUA DO SBGR (m³)
Estimativa
Volume
Volume
de perdas
Fornecido
Total
no sistema
por
Consumido
de
Caminhõespelo SBGR distribuição
Pipa
20%
CAG
Consumo
total
descontando
CAG
Consumo
TPS 56%
Sanitarios
TPS (-27%
concessao
e -10%
outros
sanit. fora
do TPS)
consumo
dos vasos
sanitarios 10% dos
lavatorios
Consumo
dos vasos
para TPS1 50% da (H)
Período
Volume
Captado
dos Poços
A
B
C
D
E=Dx80%
F
G=E-F
H=G
I =H(27%xH)(10%xH)
K=I*90%
X
01/09
02/09
03/09
04/09
05/09
06/09
07/09
08/09
09/09
10/09
11/09
12/09
64.492
65.001
71.316
68.944
69.911
67.246
69.273
68.904
66.186
62.868
64.806
63.099
4.902
0
900
6.556
3.525
1.090
7.726
11.044
4.089
9.956
9.204
13.712
69.394
65.001
72.216
75.500
73.436
68.336
76.999
79.948
70.275
72.824
74.010
76.811
55.515
52.001
57.773
60.400
58.749
54.669
61.599
63.958
56.220
58.259
59.208
61.449
8.756
7.690
8.332
7.651
6.527
5.964
6.999
7.138
7.538
7.989
10.019
11.742
46.759
44.311
49.441
52.749
52.222
48.705
54.600
56.820
48.682
50.270
49.189
49.707
26.185
24.814
27.687
29.539
29.244
27.275
30.576
31.819
27.262
28.151
27.546
27.836
16.497
15.633
17.443
18.610
18.424
17.183
19.263
20.046
17.175
17.735
17.354
17.537
14.847
14.070
15.698
16.749
16.581
15.465
17.337
18.042
15.458
15.962
15.618
15.783
7.423
7.035
7.849
8.374
8.291
7.732
8.668
9.021
7.729
7.981
7.809
7.891
TOTAL /
2009
802.046
72.704
874.750
699.800
96.345
603.455
337.935
212.899
191.609
95.805
Obs. Para o cálculo estimado para os sanitários se considerou uma perda geral no sistema de abastecimento de água do aeroporto de 20%,
considerando que conforme Machado-2004 a perda nos sistemas de abastecimento de água no Brasil é em média 40%.
9
4.0 - Caracterização da água de chuva no AISP
A caracterização da água de chuva para fins de aproveitamento na área do AISP e
determinantes deste projeto tem basicamente dois aspectos considerados:
2.1 - Índice pluviométrico;
2.2 - Qualidade da água captada a ser ofertada, para analise do tipo de tratamento a
ser aplicado.
4.1 – Índice pluviométrico
A tabela 6 apresenta as chuvas mensais no período de 30 anos de 1978 à 2007 que
servirá a principio como a base história de chuvas para o AISP da estação
meteorológica do aeroporto . Estes dados serão utilizados para os cálculos de volume
de água de captação. Está organizada de forma a apresentar a média por mês e por
dia.
Tabela 6 – Índices pluviométricos mensais do AISP
Fonte: ACA-2010
Observações:
1- Para janeiro não tem dados nos anos 1979 e 1981 a média foi obtida por 28 anos;
2- Para fevereiro foi desconsiderado os dados para os dias 29 dos anos bissextos;
3- Para junho e julho não tem dados nos anos 1985 e 2001 a média foi obtida por 28
anos;
4- Para agosto, setembro, novembro e dezembro não têm dados no ano 1985 a média foi
obtida por 29 anos;
5- Para outubro não tem dados nos anos de 1983 e 1985 a médio foi obtida por 28anos;
10
Retrabalhando os dados e obtendo as somatórias anuais podemos apresentar a
evolução da média das chuvas ao longo dos trinta anos em questão para tentar
identificar tendência do índice pluviométrico para o aeroporto.
Tabela nº.7
ANOS
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
MM
1.661,80
1.389,73
1.587,00
1.313,83
1.557,00
2.048,65
1.135,60
1.310,46
1.401,90
1.390,30
1.410,80
1.402,10
1.423,90
1.959,60
1.500,40
1.302,80
1.428,20
1.342,00
1.495,30
1.338,50
1.984,10
1.634,20
1.441,90
1.133,69
994,20
877,20
1.261,00
1.352,00
1.521,10
1.219,80
Fonte: ACA-2010
Observação: Para os meses com dados faltantes foram utilizados a média anual identificada
na tabela anterior.
Para melhor visualização apresentamos os dados no gráfico da figura 2.
11
Figura 2: Gráfico de precipitação pluviométrica por ano em milímetros.
MM
2.500,00
2.000,00
1.500,00
1.000,00
MM
500,00
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
1985
1984
1983
1982
1981
1980
1979
1978
0,00
O gráfico mostra duas características interessantes, a primeira são os picos de anos
mais chuvosos nos anos de 1983, 1991 e 1998 mostrando uma regularidade entre 7 e
9 anos.
A segunda característica é que de 2000 até 2007 temos uma média de 1225,11mm
menor que a média do período anterior de 22 anos de 1500.82, inclusive com um pico
em 2006 muito abaixo dos anos indicados na primeira características.
Isto pode indicar uma diminuição da média de chuvas na região do aeroporto ou parte
de um ciclo maior de baixas no índice pluviométrico. Para se verificar estas hipóteses
é necessário avaliar um período de dados mais abrangente.
A tabela nº 8 apresenta os índices da estação meteorológica Bom Sucesso de
Guarulhos, localizada em um bairro próximo ao aeroporto.
Para efeito de comparação se apresenta no gráfico da figura 3
Figura 3: Gráfico de precipitação pluviométrica por ano em milímetros.
MM
3.000,00
2.500,00
2.000,00
1.500,00
MM
1.000,00
500,00
12
2003
2001
1999
1997
1995
1993
1991
1989
1987
1985
1983
1981
1979
1977
1975
1973
1971
1969
1967
1965
1963
1961
1959
1957
1955
1953
0,00
Verifica-se que os picos de 7 a 8 anos são menos característicos e temos períodos
que variam 10 a 16 anos com médias mais elevadas e médias mais baixas em
alternância. Apesar do ano de 1953 iniciar com um dos menores índices da tabela,
deste ano até 1962 (10anos) se obitem uma média alta de 1456.56mm. No próximo
período de 1963 até 1975 (13anos) uma média baixa de 1221.91mm. Entre 1976 e
1991 a média mais alta do período de 1645,66mm. Por fim de 1992 até 2003 uma
média baixa porem ainda mais alta que o segundo período com 1340,01mm.
Tabela nº.8
Fonte: Apud. Vitalux-2007
13
Relacionando os dados das duas estações meteorológicas podemos ver que apesar
da variação nos valores absolutos há correspondência entre os períodos de baixa e
alta. Entre 1978 a 1991 (14anos) para a estação meteorológica do aeroporto temos
uma média alta de 1499,47mm enquanto o último período de 1992 a 2007 (16 anos)
se registrou uma média mais baixa de 1364,15mm.
Para efeito deste trabalho entendemos que a amostra de 30anos da estação
meteorológica do aeroporto é representativa com uma média geral adequada para os
cálculos necessários. Também não demonstra uma indicação de queda no índice
pluviométrico mas apenas que nos últimos anos passamos por um período de índices
anuais mais baixo que a normal.
4.2 - Qualidade da água captada a ser ofertada, para analise do tipo de
tratamento a ser aplicado.
Conforme Nolasco-2010 apresenta analise de águas coletadas em condutores
verticais de água de chuva do telhado da Central de Gás – Asa D/AISP e a analise
das mesmas águas com tratamento por ozônio. Para efeito deste trabalho vamos
considerar apenas os dados da analise sem tratamento por ozônio que serão
comparados com a qualidade necessária para cada destino de usos passíveis. A
tabela de nº.9 mostra o resultado da análise.
A análise laboratorial mostra que mesmo para uso não potável é necessário
tratamento para atingir as exigências necessárias seja de equipamentos ou para
outros usos apresentados a seguir no item 3 deste trabalho.
Tabela 9 – Resultados da caracterização da água de escoamento do telhado Central de Gás - Asa D/AISP
Parâmetros
Hidroc. Aromáticos Volat.
Benzeno (µg L-1)
Estireno (µg L-1)
Etilbenzeno (µg L-1)
Tolueno (µg L-1)
Xilenos (µg L-1)
Água Bruta
T0
Resultados
T5
< Limite de Quantificação (1,0)
Hidroc. Polic. Aromáticos
Antraceno (µg L-1)
Benzo(a)antraceno (µg L-1)
Benzo(k)fluoranteno (µg L-1)
Benzo(g,h,i)perileno (µg L-1)
Benzo(a)pireno (µg L-1)
Criseno (µg L-1)
Dibenzo(a,h)antraceno (µg L-1)
< Limite de Quantificação (1,0)
Fenantreno (µg L-1)
Indeno(1,2,3-c,d)pireno (µg L-1)
Naftaleno (µg L-1)
14
T10
6,43
10
< Lq
< Lq
0,64
< Lq
0,07
< Lq
< Lq
< Lq
0,006
50
10
17
20
3
6,9
2
10
36,5
5,44
0,05
0,44
< Lq
< Lq
0,1
0,41
Água
Bruta
22
10,7
100
51,7
< Lq
0,8
1,79
5,49
2
< Lq
6,58
14
0,11
< Lq
7,72
0,04
0,56
< Lq
< Lq
0,04
< Lq
165
26
63
694
10
6,2
18
102
57,3
280
0,85
3,52
0,03
4,39
0,27
1,5
Coliforme Total NMP/100 mL
Ausência
7,0 x 103
2,5 x 104
1,0 x 105
Coliforme Termotolerante NMP/100 mL
Ausência
3,0 x 103
Ausência
2,0 x 104
pH
Óleos e Graxas (mg/L)
Cobre (mg/L)
Arsênio (mg/L)
Ferro (mg/L)
Chumbo (mg/L)
Zinco (mg/L)
Cromo (mg/L)
Mercúrio (mg/L)
Níquel (mg/L)
Cádmio (mg/L)
DQO (mg/L)
DBO (mg/L)
Sólidos T. Dissolvidos (mg/L)
Sólidos em Suspensão Total (mg/L)
Sulfato (mg/L)
Oxigênio dissolvido (mg/L)
Cor verdadeira (PtCo)
Cor aparente (PtCo)
Dureza Total (mg/L)
Turbidez (NTU)
Amônia (mg/L)
Nitrato (mg/L)
Nitrito (mg/L)
Alumínio (mg/L)
Manganês (mg/L)
Potássio (mg/L)
Parâmetros
Magnésio (mg/L)
Cálcio (mg/L)
Condutividade (µS/cm)
Alcalinidade Total (mg/L)
COT (mg/L)
Nitrogênio Total (mg/L)
Fósforo (mg/L)
Ortofosfato (mg/L)
Cloretos (mg/L)
Bromo (mg/L)
Fonte: Nolasco - 2010
15
T0
17
37,1
131
71,3
49
5,3
2,48
7,48
1
0,03
6,41
12
0,05
< Lq
1,16
< Lq
0,09
< Lq
< Lq
< Lq
< Lq
50
10
14
34
7
8,1
6
16
40,5
3,82
< Lq
1,32
< Lq
0,41
0,1
0,89
Resultados
T5
17
20,1
128
55,2
6
1,79
1,27
3,87
0,5
0,03
5,89
10
0,02
< Lq
1,25
< Lq
0,08
< Lq
< Lq
< Lq
< Lq
50
10
65
86
12
7,6
10
73
57,3
20,4
0,5
5,28
0,05
0,51
0,08
0,71
T10
15,3
39,1
109
57,5
8,1
5,93
1,08
3,38
1
0,04
5.0 - Especificação de usos passíveis de utilização de água de chuva;
Conforme Tomaz-2007 os seguintes usos para o aproveitamento da água de chuva
são indicados com “Objetivo é fornecer diretrizes básicas para o aproveitamento de
água de chuva em áreas urbanas para fins não potáveis”:

“Descargas em bacias sanitárias,

Irrigação de gramados e plantas ornamentais,

Lavagem de veículos,

Limpeza de calçadas e ruas,

Limpeza de pátios,

Espelhos d’água e

Usos industriais.”
Nos usos chamados de industriais podemos enquadrar o consumo na Central de
Água Gelada (CAG) do AISP que como já foi apresentado é responsável por 11%
volume de consumo de água de todo o aeroporto.
Como demonstrado na tabela de nº. 5 o consumo das bacias sanitários de apenas um
terminal de passageiros tem um consumo anual semelhante ao da CAG.
Em verificação aos desenhos dos projetos do AISP, de instalações predais,
arquitetura e de implantação dos prédios TPS2 e CAG se constatou que são
relativamente próximos, assim como o TPS1 e o Terminal de Carga da INFRAERO –
TECA, o que os coloca como boa escolha para uma setorização para coleta de água
de chuva, conforme figura 4.
16
Figura 4. Áreas de cobertura para captação de chuva e indicação de posição para as cisternas.
17
Figura 5. Esquemático do sistema de aproveitamento de água de chuva para o CAG do AISP.
18
Para a continuidade do trabalho se define dois sistemas de aproveitamento de água
de chuva, o primeiro para atender parte do consumo da CAG e o segundo para
atender parte do consumo de bacias sanitárias e mictórios do TPS mais
especificamente TPS1. A figura 5, mostra o esquemático de funcionamento do
sistema para o CAG e para o segundo sistema o esquema de funcionamento é o
mesmo apenas com os valores de projeto adequados.
Ainda como organização deste trabalho cada sistema é dividido em três subsistemas:
1. Subsistema de capitação que englobará:
 As áreas de telhado;
 Calhas, conexões, condutores verticais e horizontais;
 Sistema de pré-filtragem e/ou sistema de descarte do first flush e
condutores novamente até a cisterna;
2. Subsistema de armazenamento de água de chuva e filtração com:
 Entrada da cisterna com dosador de cloro;
 Cisterna;
 pré-filtração para a unidade filtrante, unidade filtrante com recalque e
condutores de recalque;
3. Subsistema de distribuição para consumo:
 Reservatório superior;
 Condutores de distribuição.
6.0 - Especificação de processos para tratamento e adequação de água de
chuva para os diversos fins no AISP;
Com a definição de alimentar com água de chuvas a CAG, as bacias sanitárias e os
mictórios do TPS1 apresenta-se a seguir os parâmetros necessários quanto a
qualidade da água a ser utilizada.
Conforme a York Brasil – 1999 traz as recomendações técnicas para o tratamento da
água de refrigeração para as máquinas de resfriamento existente no AISP. Nas
recomendações a York indica o acompanhamento e análise dentro de parâmetros
orientativos expostos na tabela 10.
Para a distribuição nas bacias sanitários e mictórios considerado os parâmetros
dados pela NBR 15527 na tabela 11 e também os definidos para águas de reuso pela
Agência Nacional de Águas, apresentados na tabela 12:
Tabela 10: Parametros de controle da qualidade da água de resfriamento
Obs. Essas Faixas de controle devem ser estipuladas para cada sistema, em particular.
Entretanto as mesmas situam-se próximas aos valores da tabela abaixo:
Parâmetros Físico-Químicos
Sólidos Suspensos
pH
Nitritos
Condutividade
Cloretos
Sulfato
Unidade
Sistema Aberto Condensador
do CAG do AISP
Ppm
-------ppm NO2
µv/cm
ppm
ppm
< 20
6,5 a 8,5
< 1200
< 200
< 150
19
Ferro Total
ppm Fe
Alcalinidade Total
ppm CaCO3
Dureza Cálcio
ppm CaCO3
Dureza Magnésio
ppm CaCO3
Silica
ppm SiO2
Enxofre
Ppm
Amônia
Ppm
Cobre Total
Ppm
Sólido Totais Dissolvidos
Ppm
CONTROLE DE MICROBIOLÓGICO
Bactérias Plantònicas
UFC/ml
Bactérias Sésseis
UFC/ml
Bactérias Red. Sulfato
UFC/ml
TAXA DE CORROSÃO
Aço Carbono
mpy
Cobre
mpy
TAXA DE DEPOSIÇÃO
Aço Carbono
mpd
Cobre
mpd
< 2,0
< 300
< 250
< 250
< 150
Zero
Zero
< 0,1
< 600
máx. 10³
máx. 10³
máx. 10³
< 3,0
< 0,30
< 1,0
< 0,15
Fonte: York® Brasil – 1999
Tabela 11 – Parâmetros de qualidade de água de chuva para usos restritivos não
potáveis
Parâmetros
Análise Valor
Coliformes totais
Coliformes termotolerantes
Cloro residual livreᴬ
Turbidez
Cor aparente (caso não seja utilizado
nenhum corante ou antes da sua utilização)
Semestral Ausência em 100mL
Semestral Ausência em 100mL
Mensal
0,5 a 3,0 mg/L
< 2,0 uTᴮ, para usos menos
restritivos
Mensal
< 0,5 uT
< 15 uHᶜ
Mensal
Deve prever ajuste de pH para proteção das
redes de distribuição, caso necessário
Mensal
pH de 6,0 a 8,0 no caso de
tubulação de aço carbono ou
galvanização
NOTA Pedem ser usados outros processos de desinfecção além do cloro, como a aplicação
de raio ultravioleta e aplicação de ozônio.
ᴬ No caso de serem utilizados compostos de cloro para desinfecção
ᴮ uT é a unidade de turbidez
ᶜ uH é a unidade Hazen.
Fonte: ABNT-2007
Tabela 12 Parâmetros característicos para água de reúso classe 1.
Parâmetros
Coliformes fecais1
pH
Cor (UH)
Turbidez (UT)
Odor e aparência
Óleos e graxas (mg/L)
Concentrações
Não detectáveis
Entre 6,0 e 9,0
≤ 10 UH
≤ 2 UT
Não desagradáveis
≤ 1 mg/L
20
≤ 10 mg/L
Ausentes
< 10 mg/L
≤ 20 mg/L
≤ 1 mg/L
≤ 0,1 mg/L
≤ 5 mg/L
≤ 500 mg/L
DBO2 (mg/L)
Compostos orgânicos voláteis3
Nitrato (mg/L)
Nitrogênio amoniacal (mg/L)
Nitrito (mg/L)
Fósforo total4 (mg/L)
Sólido suspenso total (SST) (mg/L)
Sólido dissolvido total5 (SDT) (mg/L)
Fonte: ANA-2005.
Para a utilização de água de chuva nos dois sistemas propostos deverão utilizar
cloração com dosadores de passagem na entrada do reservatório inferior e sistema
de ultrafiltração para 40 m³/h com membranas 100 kDa com uma pré-filtração de filtro
multimídia, seguido de bags de segurança para a alimentação da UF.
Todo o sistema de filtração é necessário para remover micro organismos, sólidos
suspensos, O&G (óleo e a graxa) presente na água coletada. As unidades de filtros e
bombeamentos deverão ser instaladas entre o reservatório inferior e o reservatório
superior.
A NBR15527-2007 indica que os sistemas deverão conter ainda reservatórios de
descarte para o First flush com o 2mm por metro quadrado de cobertura, segundo
Oliveira-2007 o usual até esta indicação da norma é de 1mm. Por se tratar de
sistemas de grandes proporções e com consumo elevado no calculo será adotado
1mm. As grandes áreas de cobertura irão produzir um reservatório de grandes
proporções (45m³ e 98m³) ou vários equipamentos menores e espalhados ao longo
do subsistema de captação dificultando a manutenção do mesmo. Uma alternativa é
trabalhar com uma pré-filtração com peneiras e uma filtração grosseira tipo BAG em
pontos estratégicos do trajeto dos sistemas de capitação, já próximos à cisterna e o
mais centralizado possível.
7.0 - Dimensionamento de reservatórios para acumulação de água de chuva e
posterior utilização
7.1 – Dimensionamento do reservatório para o 1º Sistema:
O primeiro sistema proposto para o abastecimento complementar de água para a
Central de Água Gelada do sistema de refrigeração dos Terminais de Passageiros.
A tabela 4 apresenta o consumo do CAG no ano de 2009 mais os cinco primeiros
meses de 2010. Para efeito de cálculo tomaremos o ano de 2009 como a média de
consumo a ser atendida.
Em analise aos projetos de cobertura e levantamento fotográfico (figuras 6, 7, 8 e 9)
se verificou as áreas de telhado passiveis de utilização para coleta e direcionamento
das águas de chuvas ao reservatório de acumulação (cisterna), conforme a tabela
nº13 e figuras 4 e 5.
Os edifícios e coberturas consideradas para capitação possuem os seguintes
materiais:
21

Os Terminais de passageiros, CAG, Galeria Técnica e o prédio da torre, telhas
cimentícias e lajes impermeabilizadas;
 Os estacionamentos possuem coberturas metálicas.
Para definição do coeficiente de Runoff, que será utilizado para o cálculo de
dimensionamento das cisternas, temos a maior área de capitação com telhas
cimentícias e telhas corrugadas de metal e para estes materiais de cobertura temos
os parâmetros entre 0,8 e 0,9.
Tabela 13 – Área de Cobertura em (m²)
Cáculo de Área de Capitação para Água de Chuva
CAG
terminal de passageiros
Galeria e torre
estacionamento 1
estacionamento 2
estacionamento 3
total
.=>17*49=
.=>88.5*55*4*1.33+4000
.=>2*78*14=
.=>30*24=
.=>20*270=
m2
Figura 6, TPS2 e Via de acesso ao 2º pavimento do TPS.
Fonte: INFRAERO-2009.
22
1.400,00
29.895,10
4.800,00
2.184,00
720,00
5.400,00
44.399,10
Figura 7, cobertura do TPS2 e Torre de Controle ao fundo.
Fonte: INFRAERO-2009
Figura 8, cobertura do estacionamento em frente ao TPS2.
Fonte: INFRAERO-2009
23
Figura 9, cobertura do estacionamento e CAG ao fundo.
Fonte: INFRAERO-2009
7.1.1 - Potencial do sistema
A tabela a seguir demonstra a relação entre a oferta, média (30 anos) da precipitação
para os meses de janeiro a dezembro, considerando da tabela 5, e a demanda do
CAG para o ano de 2009 e os primeiros meses de 2010:
Tabela 13 Diferença entre demanda e água coletada
Período
CAG
01/09
02/09
03/09
04/09
05/09
06/09
07/09
08/09
09/09
10/09
11/09
12/09
8.756
7.690
8.332
7.651
6.527
5.964
6.999
7.138
7.538
7.989
10.019
11.742
Chuva
media
mensal
(mm)
Volume Diferença
Área da
entre
de chuva
Captação
mensal demanda e
(m2)
oferta
(m3)
214,73 44.399,10 7.627,13
194,41 44.399,10 6.905,42
181,17 44.399,10 6.435,15
82,96 44.399,10 2.946,68
79,06 44.399,10 2.808,15
58,94 44.399,10 2.093,61
45,45 44.399,10 1.614,22
34,07 44.399,10 1.209,98
78,13 44.399,10 2.775,16
120,95 44.399,10 4.296,06
147,67 44.399,10 5.245,22
189,76 44.399,10 6.739,97
24
-1.128,87
-784,58
-1.896,85
-4.704,32
-3.718,85
-3.870,39
-5.384,78
-5.928,02
-4.762,84
-3.692,94
-4.773,78
-5.002,03
01/10
02/10
03/10
04/10
05/10
9.215
9.490
10.223
5.829
7.345
214,73 44.399,10 7.627,13
194,41 44.399,10 6.905,42
181,17 44.399,10 6.435,15
82,96 44.399,10 2.946,68
79,06 44.399,10 2.808,15
-1.587,87
-2.584,58
-3.787,85
-2.882,32
-4.536,85
A diferença negativa entre a demanda e a oferta mostra que mesmo que o sistema
não tenha perdas, ou seja, for capaz de recolher o máximo de chuva para esta
metragem de cobertura, não é autossuficiente sendo necessário abastecimento
externo. Porem se o sistema tivesse funcionando nesse período poderia ter
economizado até 56% da água utilizada pelo CAG.
7.1.2 - Dimensionamento do reservatório
Conforme Tomaz-2007 e a NBR15527-2007 temos 6 métodos para dimensionamento
de cisternas:

Dimensionamento do reservatório pelo Método de Ripple

Método prático do professor Azevedo Neto;

Método prático alemão;

Método prático inglês;

Método prático australiano;

Método da simulação;
A ideia de trabalhar todos os métodos é tentar identificar o melhor dimensionamento
para os dois sistemas propostos. Através apenas do trabalho com cada método
verificar aquele que melhor mostre o comportamento do sistema em função da alta
demanda e da sazonalidade das chuvas.
7.1.2.1 - Dimensionamento do reservatório pelo Método de Ripple
Conforme Tomaz-2007 “O método de Rippl geralmente superdimensiona o
reservatório”, e é utilizado para verificar o limite superior do volume do reservatório de
acumulação de águas de chuvas.
Utilizou-se as médias históricas mensais dos trinta anos registrados pela estação
meteorológica do aeroporto.
Conforme Tomaz-2007
“S (t) = D (t) – Q (t)
Q (t) = C x precipitação da chuva (t) x área de captação
V = Σ S (t) , somente para valores S (t) > 0
Sendo que : Σ D (t) < Σ Q (t)
Onde:
S (t) é o volume de água no reservatório no tempo t;
Q (t) é o volume de chuva aproveitável no tempo t;
D (t) é a demanda ou consumo no tempo t;
V é o volume do reservatório, em metros cúbicos;
C é o coeficiente de escoamento superficial- Coeficiente de runoff C=0,80.”
25
Os resultados dos cálculos estão apresentados na tabela 14 e se tem as seguintes
observações:
 Considera-se o ano de 2009 como base de dados para período de janeiro a
dezembro, para o consumo registrado no CAG e apresentado na coluna 3;
 Para os dados de chuva foi utilizada a média da precipitação pluviométrica de
trinta anos apresentado na tabela 5 e transcrito para a coluna 2.
 A área de captação apresentada na tabela 12 foi transcrito na coluna4;
 O volume de água capitada (coluna5) é obtido pela multiplicação da área de
cobertura, pela média mensal em milímetros e pelo coeficiente de runoff C=0,8.
Dividindo-se por mil para a transformação do resultado de litros para metros
cúbicos;
 A coluna 6 apresenta a diferença entre o volume da demanda e os volumes da
oferta de água das chuvas mensais. Por se obter em todos os meses uma
diferença positiva indica que o volume da demanda é maior que o volume
coletado em todos os meses.
 Neste método se considera que o reservatório deverá estar cheio no inicio de
janeiro e somando-se o excesso da diferença entre o consumo e a captação
chega-se ao volume total de 45.648,25m³ (coluna 7). Fica evidente que o
sistema deverá receber água externa para estar cheio no inicio do ano
seguinte.
Tabela 14: Dimensionamento do reservatório Método de Ripple
MESES
Coluna 1
Janeiro
Fevereiro
Marco
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
TOTAL
media
Altura
3,00
Chuva
media
mensal
(mm)
Coluna 2
214,73
194,41
181,17
82,96
79,06
58,94
45,45
34,07
78,13
120,95
147,67
189,76
1.427,30
Demanda
Volume
Área da
mensal
de chuva
Captação
(m3)
mensal
(m2)
CAG
(m3)
Coluna 3
8.756,00
7.690,00
8.332,00
7.651,00
6.527,00
5.964,00
6.999,00
7.138,00
7.538,00
7.989,00
10.019,00
11.742,00
96.345,00
Largura Comprimento
45,00
338
Coluna 4 Coluna 5
44.399,10 7.627,13
44.399,10 6.905,42
44.399,10 6.435,15
44.399,10 2.946,68
44.399,10 2.808,15
44.399,10 2.093,61
44.399,10 1.614,22
44.399,10 1.209,98
44.399,10 2.775,16
44.399,10 4.296,06
44.399,10 5.245,22
44.399,10 6.739,97
44.399,10 50.696,75
4.224,73
Volume (m3)
45.648,25
26
Diferença
entre os
volumes da
demanda
CAG- Vol. de
chuva. Col.3
- Col.5 (m3)
Coluna 6
1.128,87
784,58
1.896,85
4.704,32
3.718,85
3.870,39
5.384,78
5.928,02
4.762,84
3.692,94
4.773,78
5.002,03
Diferença
acumulada
da coluna 6
dos valores
positivos
(m3)
Coluna 7
1.128,87
1.913,45
3.810,30
8.514,62
12.233,47
16.103,86
21.488,63
27.416,65
32.179,49
35.872,44
40.646,22
45.648,25
Obs.
Coluna 8
água baixando
água baixando
água baixando
água baixando
água baixando
água baixando
água baixando
água baixando
água baixando
água baixando
água baixando
água baixando
O Método de Rippl apresenta um resultado consistente quando a oferta é equilibrada
com o consumo portanto para estas condições a simulação deste método não é
adequado. Para se ter um dimensionamento por este método teremos que considerar
abastecimento externo. Para isso se recalculou com uma demanda menor, da ordem
de 42% da demanda original. Este índice foi determinado através de várias tentativas
até se atingir o menor dimensionamento, apresentado na tabela 15.
Tabela 15: Dimensionamento do reservatório Método de Ripple, com fornecimento
externo de água, demanda com 42% do consumo real
MESES
Chuva
media
mensal
(mm)
Demanda
Area da
mensal
Captacao
(m3)
(m2)
CAG
Coluna 1 Coluna 2 Coluna 3
Janeiro
214,73 3.677,52
Fevereiro
194,41 3.229,80
Marco
181,17 3.499,44
Abril
82,96 3.213,42
Maio
79,06 2.741,34
Junho
58,94 2.504,88
Julho
45,45 2.939,58
Agosto
34,07 2.997,96
Setembro
78,13 3.165,96
Outubro
120,95 3.355,38
Novembro
147,67 4.207,98
Dezembro
189,76 4.931,64
TOTAL
1.427,30 40.464,90
media
Diferenca
entre os
Volume
volumes da
de chuva
demanda
mensal
CAG- Vol. de
(m3)
chuva. Col.3 Col.5 (m3)
Coluna 4 Coluna 5
44.399,10 7.627,13
44.399,10 6.905,42
44.399,10 6.435,15
44.399,10 2.946,68
44.399,10 2.808,15
44.399,10 2.093,61
44.399,10 1.614,22
44.399,10 1.209,98
44.399,10 2.775,16
44.399,10 4.296,06
44.399,10 5.245,22
44.399,10 6.739,97
0,00
4.224,73
altura
3,00
Coluna 6
-3.949,61
-3.675,62
-2.935,71
266,74
-66,81
411,27
1.325,36
1.787,98
390,80
-940,68
-1.037,24
-1.808,33
largura comprimento
45,00
30
Diferenca
acumulada
da coluna 6
dos valores
positivos
(m3)
Coluna 7
266,74
199,93
611,20
1.936,55
3.724,53
4.115,33
3.174,66
2.137,42
329,09
Obs.
Coluna 8
Extravasando
Extravasando
Extravasando
Água baixando
Água subindo
Água baixando
Água baixando
Água baixando
Água baixando
Água subindo
Água subindo
Água subindo
volume (m3)
4.115,33
Com um suprimento externo ao sistema de 58% chegamos a uma cisterna de
4.115,33m³.
7.1.2.2 - Método prático do professor Azevedo Neto
Conforme Tomaz-2007, neste método não se utiliza o consumo como parâmetro de
cálculo estabelecendo um índice de 0,042 e o numero de meses com pouca chuva
como fatores de correção para se estabelecer sobre volume total de água coletada no
ano o volume aproveitável:
“V=0,042 x P x A x T
onde:
P =>
Precipitação media anual em milímetros, base de dados ano de 2009
T =>
Numero de meses de pouca chuva ou seca
27
A =>
V =>
V=
P=
T=
A=
Área de coleta, em metros quadrados
Volume de água aproveitável e o volume do reservatório, em litros”
7.984.737,76
1.427,30
3,00
44.399,10
Altura (m)
3,00
Litros
Largura (m)
45,00
7.984,74
m3
Comprimento (m)
59
Volume (m3)
7.984,74
Considerando que metade da média mensal de chuva é de 59,47mm e que os meses
de pouca chuva possuem um valor abaixo deste valor, temos 3 meses que podemos
considerar como de poucos chuvas.
O método apresenta como resultado um valor de quase 8.000m³ que é a média do
consumo do CAG mensal no ano de 2009, ainda considerando que a média de
precipitação para o mês mais chuvoso dos últimos 30 anos é de 7.627m³,
precisaríamos de mais de um mês sem consumo para encher o reservatório apenas
com água de chuva ou contar com a sazonalidade de chuvas fortes.
7.1.2.3 – Método prático Inglês
Assim como o método anterior não utiliza o consumo como parâmetro de cálculo
estabelecendo um índice de 0,05 como fator de correção para se estabelecer sobre
volume total de água coletada no ano o volume aproveitável:
“V=0,05 x P x A
Onde:
P=
precipitação media anual, em milímetros, base de dados ano de 2009
A=
área de coleta, em metros quadrados
V=
Volume de água aproveitável e o volume do reservatório, em litros”
V=
P=
A=
altura
3,00
3.168.547
1.427,30
44.399,10
largura
45,00
litros
3.168,55
comprimento
23
m3
volume (m3)
3.168,55
Como neste método temos apenas um fator de correção o resultado obtido é de um
reservatório menor que o encontrado no método de Ripple e do Azevedo Neto, porem
não fornece dados para servir de parâmetros para se ter o melhor aproveitamento do
potencial da captação da água de chuva para um consumo proporcionalmente
elevado como é o caso do CAG.
7.1.2.4 – Método prático Alemão
Conforme Tomaz, calcula-se o reservatório pelo menor valor encontrado para o
resultado da operação de duas formulas, uma considerando 6% do volume anual do
28
consumo e a outra considerando 6% do volume anual de precipitação aproveitável.
Define-se o volume pelo menor resultado.
Vadot. = min(V;D) x 0,06
Onde:
V = Volume aproveitável de água de chuva anual, em litros;
D = demanda anual da água não potável, em litros;
Vadot. = volume de água da reservatório, em litros;
V=
Prec. Anual Área de Coleta
1424,4 mm x44.399,10m x
D = Consumo Anual =
coef. Runnoff
Litros
0,8
= 50.593.662,43 = 50.593,66m³
Cons. Mensal x12 = 8.120,00m³ x 12 = 97.440,00m³
Vadot. Min(V;D)x0,06 = 50.593,66m³ x 0,06 = 3.035,62m³
Vadot. Min(V;D)x0,06 = 97.440,00m³ x 0,06 = 5.846,40m³
altura
3,00
largura
45,00
comprimento
22
volume (m3)
3.035,62
Assim como no método anterior se obtém um reservatório menor porem também não
fornece dados para se garantir o melhor aproveitamento para o sistema a ser
proposto.
7.1.2.5 – Método Australiano
Neste método através da diferença entre chuva coletada e a demanda, em uma
verificação anual a ser feita mês a mês se obitem o tamanho do reservatório pelo
acumulado da água de chuva. Considerando que no primeiro mês o reservatório esta
vazio, nos meses seguintes o excesso de chuva é somando a nova coleta. Caso a
demanda seja maior o reservatório permanece vazio. Como no caso do CAG a
demanda é maior que a água coletada tem que se trabalhar com fornecimento
externo ao sistema.
Tomam-se por base os dados para o ano de 2009 a demando do CAG. Foi aplicado a
demanda com 56% da original, depois da verificação de várias outras porcentagens.
Com 56% da demanda teremos o cumulo de água de chuva nos primeiros meses e o
reservatório vazio de agosto a novembro com uma ligeira recuperação em dezembro.
Com uma demanda maior se verifica que a reserva de água é cada vez menor
chegando a zero já com 90% da demanda real. Com uma demanda menor se tem um
acumulo cada vez maior a cada mês o que resultaria em uma cisterna muito grande.
Conforme Thomaz, 2007, “O volume de um reservatório é obtido pela seguinte
equação:
Q= A x C x (P - I)
Onde:
A=
C=
Área de coleta, em metros quadrados;
Coeficiente de escoamento superficial, geralmente 0,80;
29
P=
I=
Q=
Precipitação media mensal, em milímetros;
Interceptação da água que molha as superfícies e perda por evaporação, geralmente 2m
Volume mensal produzido pela chuva, em metros cúbicos.
O
Vt=Vt-1 + Qt - Dt
Qt=
Vt=
Vt-1=
Dt=
Volume mensal produzido pela chuva no mês t;
Volume de água que esta no tanque no fim do mês t, em metros cúbicos;
Volume de água que esta no tanque no inicio do mês t, em metros cúbicos;
demanda mensal, m³;
Nota
No primeiro mês consideramos o reservatório vazio.
Quando (Vt-1 + Qt -D) < 0, então o Vt = 0”
Resultado apresentado na tabela 16
Tabela 16: Método Australiano (56% da demanda do CAG de 2009)
Meses
jan
fev
mar
abr
mai
jun
jul
ago
set
out
nov
dez
TOTAL
altura
3,00
Prec.
Mensal
Area
Runoff
Interceptação
(mm)
(m2)
C
(mm)
(m3)
(m3)
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
7.556,09
6.834,38
6.364,11
2.875,64
2.737,12
2.022,57
1.543,19
1.138,94
2.704,12
4.225,02
5.174,18
6.668,93
4.903,36
4.306,40
4.665,92
4.284,56
3.655,12
3.339,84
3.919,44
3.997,28
4.221,28
4.473,84
5.610,64
6.575,52
214,73
194,41
181,17
82,96
79,06
58,94
45,45
34,07
78,13
120,95
147,67
189,76
44.399,10
44.399,10
44.399,10
44.399,10
44.399,10
44.399,10
44.399,10
44.399,10
44.399,10
44.399,10
44.399,10
44.399,10
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
Vol.
Demanda
Chuva Q
D
Vt
(m3)
2.653
5.181
6.879
5.470
4.552
3.235
858
0
0
0
0
93
1.427,30
largura
45,00
comprimento volume (m3)
51
6.878,90
7.1.2.6 - Método da simulação.
Novamente conforme Tomaz, 2007 - Este método trabalha com duas hipóteses, para
um reservatório finito, o inicio contamos com o tempo “t” com este reservatório cheio e
30
iniciamos aplicar os dados históricos de captação de chuva e demanda para a
seguinte equação:
Equação da continuidade:
“S(t)=Q(t)+S(t-1)-D(t)
Q(t)=C x precipitação da chuva(t) x área de captação
Sendo que: 0< S(t) < V
Onde:
S(t) é o volume de água no reservatório no tempo t;
S(t-1) é o volume de água no reservatório no tempo t-1;
Q(t) é o volume de chuva no tempo t;
D(t) é o consumo ou demanda no tempo t;
V é o volume do reservatório fixado;
C é o coeficiente de escoamento superficial.”
Para se fixar o volume é realizado varias verificações com tamanhos diferentes de
reservatório até que se atinja um valor em que temos um equilíbrio entre o volume
coletado e a demanda. O problema é que na situação encontrada no caso do CAG o
consumo é muito elevado em relação ao volume de chuva coletado. Apenas no mês
de fevereiro temos um volume de água coletada um pouco maior que a demanda. Na
tabela 17 é apresentado a simulação para um reservatório de 80m³.
Tabela 17: Método Simulação
MES
Coluna 1
Chuva
media
(mm)
Demanda
mensal
(m3)
CAG
Área de
captação
(m2)
Volume
de chuva
C=0,90
(m3)
(coef.
Runoff)
P
Dt
A
Qt
Coluna 2
Coluna 3
Coluna 4
Coluna 5
Volume do
Volume do
Volume do
reservatório reservatório
reservatório
no tempo t- no tempo t.
fixado (m3)
1 (m3)
(m3)
V
Coluna
6
St-1
Coluna
7
St
Coluna
8
0
80
Overflow
(m3)
Suprimento
de água
externo
(m3)
Ov
S
Coluna 9
Coluna 10
1
jan
215
8.756
44.399
8.581
80
80
-95
0
95
2
fev
194
7.690
44.399
7.769
80
0
79
0
0
3
mar
181
8.332
44.399
7.240
80
79
-1.014
0
1.014
4
abr
83
7.651
44.399
3.315
80
0
-4.336
0
4.336
5
maio
79
6.527
44.399
3.159
80
0
-3.368
0
3.368
6
jun
59
5.964
44.399
2.355
80
0
-3.609
0
3.609
7
jul
45
6.999
44.399
1.816
80
0
-5.183
0
5.183
8
ago
34
7.138
44.399
1.361
80
0
-5.777
0
5.777
9
set
78
7.538
44.399
3.122
80
0
-4.416
0
4.416
10
out
121
7.989
44.399
4.833
80
0
-3.156
0
3.156
11
nov
148
10.019
44.399
5.901
80
0
-4.118
0
4.118
12
dez
190
11.742
44.399
7.582
80
0
-4.160
0
4.160
Total=
1427,30
96345
0
39231
57034
Como nos métodos anteriores foi aplicada as médias de chuvas do período de
30anos conforme item 4, deste relatório, e a demanda do CAG no ano de 2009.
31
Depois de verificado alguns valores para o tamanho do reservatório se viu que para
os valores maiores que 80m³ não há diferença nos resultados obtidos.
Porem tem que se considerar que 80m³ é um volume menor que 1dias de consumo
para o CAG e para efeito deste cálculo trabalhamos com a média das chuvas no
período dos meses, com isso a sazonalidade das chuvas é desconsideradas. As
chuvas mais fortes que ocorrem com frequência nos meses mais chuvosos são
desprezadas pelas médias e são estas chuvas que tem potencial para abastecer o
CAG por mais de um dia.
Porem o método demonstrou que pode apresentar resultados mais reais com a
alteração dos períodos considerados, de meses para dias, assim será considerado os
dias mais chuvosos em frente de uma demanda para apenas uma dia. Com os dados
históricos diários do período de 30anos se montou uma planilha com 10.950linhas.
Introduziu-se também o desconto para o first flush e por se tratar de áreas de coleta
muito grandes se alterou o coeficiente de runoff para 0.8.
Apresenta-se um resumo desta planilha para um reservatório de 1000m³, na tabela
18:
O método mostra o desempenho do reservatório para o fornecimento de água de
chuva, considerando que o CAG teria um consumo conforme o ano 2009,
preservando a variação dos meses, em todos os anos do período. Foram testados
volumes variados iniciando com 0m³ até 4.000m³ e por fim o volume de 14.300m³
como cisterna infinita, ou seja toda água de chuva coletada é utilizada.
A tabela 19 apresenta os resustados das simulações indicando, para cada tamanho
de reservatório, quanto, percentualmente, que o sistema proveu de suprimento de
água de chuva, quanto de suprimento externo foi necessário, quantos dias por ano
em média ocorreria over-flow e quanto de água de chuva capitada seria desprezada
no over-flow.
32
Tabela 18: Método da simulação modificado.
Ano
Mês
Dia
coluna 1
Demanda
mensal (m3)
CAG ano base
2009
Área de
captacao
(m2)
Volume de
chuva C=0,80
(m3) (coef.
Runoff)
Volume do
reservatorio
fixado (m3)
P
Dt
A
Qt
V
St-1
St
Ov
S
coluna 2
coluna 3
coluna 4
coluna 5
coluna 6
coluna 7
coluna 8
coluna 9
coluna 10
Dias
chuva
(mm)
FIRSTFLUSH
(mm)
Dias de
DIAS
chuva
COM
descontando
CHUVA
first flush
1
1
1
1
1
1
1
1
2
3
4
5
6
7
4,80 3,80
8,60 7,60
1,00 0,00
0,00 -1,00
0,00 -1,00
4,40 3,40
12,20 11,20
3,80
7,60
0,00
0,00
0,00
3,40
11,20
1
1
1
0
0
1
1
282,45
282,45
282,45
282,45
282,45
282,45
282,45
44399
44399
44399
44399
44399
44399
44399
134,97
269,95
0,00
0,00
0,00
120,77
397,82
1000
1000
1000
1000
1000
1000
1000
1000
853
840
558
275
0
0
1000,00
852,52
840,02
557,56
275,11
-7,34
-161,69
115,36
5
5
5
5
5
5
4
5
6
7
8
9
0,00 -1,00
0,00 -1,00
3,70 2,70
12,20 11,20
0,20 -0,80
0,00 -1,00
0,00
0,00
2,70
11,20
0,00
0,00
0
0
1
1
1
0
210,55
210,55
210,55
210,55
210,55
210,55
44399
44399
44399
44399
44399
44399
0,00
0,00
95,90
397,82
0,00
0,00
1000
1000
1000
1000
1000
1000
0
0
0
0
187
0
-210,55
-210,55
-114,65
187,27
-23,28
-210,55
12
12
12
12
28
29
30
31
0,00
10,20
0,00
0,00
0,00
9,20
0,00
0,00
0
1
0
0
378,77
378,77
378,77
378,77
44399
44399
44399
44399
0,00
326,78
0,00
0,00
1000
1000
1000
1.000
0
0
0
0
-378,77
-52,00
-378,77
-378,77
0,80
1978
1978
1978
1978
1978
1978
1978
1990
1990
1990
1990
1990
1990
2007
2007
2007
2007
Volume do Volume do
reservatorio reservatorio
no tempo t- no tempo t.
1 (m3)
(m3)
Total 30 anos=>
41.307,00
-1,00
9,20
-1,00
-1,00
1,00
4.275 2.867.587,74
44399 1.340.604,19
33
0
Overflow
(m3)
Dias
sem
overflow
Suprimento de
agua externo
(m3)
0
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
1
0,00
0,00
0,00
0,00
7,34
161,69
0,00
0
0
0
0
0
0
1
1
1
1
1
1
210,55
210,55
114,65
0,00
23,28
210,55
0
0
0
0
1
1
1
1
378,77
52,00
378,77
378,77
264.680 10.499 1.790.663,37
Tabela 19: Desempenho do sistema para cada volume de reservatório.
Volume
m3
Cisterna
0
100
300
500
700
900
1.000
1.100
1.300
1.500
1.700
1.900
2.000
2.100
2.300
2.500
2.700
2.900
3.000
3.100
3.300
3.500
3.700
3.900
4.000
14.300
Suprimento
Chuva
(%)
20,16%
23,49%
28,55%
32,05%
34,68%
36,70%
37,52%
38,25%
39,48%
40,48%
41,31%
42,00%
42,30%
42,57%
43,05%
43,46%
43,79%
44,05%
44,16%
44,27%
44,47%
44,66%
44,84%
44,99%
45,06%
46,75%
Suprimento
Externo
(%)
79,84%
76,51%
71,45%
67,95%
65,32%
63,30%
62,48%
61,75%
60,52%
59,52%
58,69%
58,00%
57,70%
57,43%
56,95%
56,54%
56,21%
55,95%
55,84%
55,73%
55,53%
55,34%
55,16%
55,01%
54,94%
53,25%
dias de
overflow
(dias por
Ano)
48,33
41,10
31,53
25,33
20,40
16,63
15,03
14,20
11,87
10,03
8,83
7,67
7,03
6,50
5,87
5,27
4,67
4,20
4,03
3,83
3,40
3,20
2,90
2,60
2,57
0
Média
Chuva
capitada e
não utilizada
para 1 ano
56,88%
49,76%
38,94%
31,45%
25,81%
21,51%
19,74%
18,19%
15,54%
13,41%
11,63%
10,16%
9,52%
8,94%
7,91%
7,04%
6,34%
5,78%
5,54%
5,31%
4,88%
4,47%
4,09%
3,77%
3,63%
0,00%
Observações:




Área de cobertura de 44.399m²;
1 ano de chuva capitada = 55.019,81m³. Média de 30 anos;
1mm de first flush;
Coef. Hunoff= 0,80.
Na figura 10 é apresentado o gráfico da curva de desempenho do sistema. No eixo y
temos a porcentagem de utilização de água de chuva e no eixo x temos os volumes
em metro cúbico do reservatório. O máximo de aproveitamento que o sistema poderia
atingir é 46.75% com a cisterna “infinita”, isto mostra o refinamento do sistema de
cálculo que esta descontando o first flush. Verificamos também reservatório acima de
1500m³ tem ganhos pouco significativos. Podemos considerar também que abaixo de
500m³ se tem uma perda de água coletada maior que a utilizada, o que pode criar
34
problemas de drenagem na região do reservatório, a indicação é de um reservatório
de 1000m³.
Figura 10: Gráfico de desempenho das cisternas
50,00%
45,00%
40,00%
35,00%
30,00%
25,00%
20,00%
15,00%
10,00%
5,00%
0,00%
3.900
3.500
3.100
2.700
2.300
1.900
1.500
1.100
700
300
0
Série1
Dimensionamento da cisterna
altura
largura
comprimento
volume (m3)
4,00
25,00
10,00
1.000,00
7.2 – Dimensionamento do reservatório para o 2º Sistema:
O segundo sistema é proposto para o abastecimento complementar de água as
bacias sanitárias e mictórios do Terminal de Passageiros 1.
A tabela 4 apresenta o consumo estimado destes equipamentos dos sanitários do
TPS1 no ano de 2009 mais os cinco primeiros meses de 2010. Para efeito de cálculo
tomaremos o ano de 2009 como a média de consumo a ser atendida.
Em analise aos projetos de cobertura se verificou as áreas de telhado passiveis de
utilização para coleta e direcionamento das águas de chuvas para o reservatório de
acumulação (cisterna), conforme a tabela nº20 e figura 5.
Os edifícios e coberturas consideradas para capitação possuem os seguintes
materiais:
 O Terminal de passageiros 1 possui telhas cimentícias e lajes
impermeabilizadas;
 Os estacionamentos e o TECA possuem coberturas metálicas.
Para definição do coeficiente de Runoff, que será utilizado para o cálculo de
dimensionamento das cisternas, temos a maior área de capitação com telhas
cimentícias e telhas corrugadas de metal e para estes materiais de cobertura temos
os parâmetros entre 0,8 e 0,9.
35
Tabela 20 – Área de Cobertura em (m²)
Cáculo de Área de Captação para Água de Chuva
Terminal de passageiros 1
.=>88.5*55*4*1.33+4000 29.895,10
TECA
.=>60.000
60.000,00
estacionamento 1
.=>2*78*14=
2.184,00
estacionamento 2
.=>30*24=
720,00
estacionamento 3
.=>20*270=
5.400,00
total
m2
98.199,10
7.2.1 - Potencial do sistema
A tabela 21 a seguir demonstra a relação entre a oferta, média (30 anos) da
precipitação para os meses de janeiro a dezembro, considerando a tabela 5, e a
demanda do TPS1 para o ano de 2009 e os primeiros meses de 2010:
Tabela 21 - Diferença entre demanda e água coletada
Chuva
media
mensal
(mm)
Área da
Captação
(m2)
Diferença
Volume de
entre
chuva mensal
demanda e
(m3)
oferta
Período
Demanda
TPS1
01/09
7.423
214,73 98.199,10
18.977,85
11.554,36
02/09
7.035
194,41 98.199,10
15.272,97
8.238,19
03/09
7.849
181,17 98.199,10
14.232,85
6.383,63
04/09
8.374
82,96 98.199,10
6.517,28
-1.857,15
05/09
8.291
79,06 98.199,10
6.210,90
-2.079,84
06/09
7.732
58,94 98.199,10
4.630,51
-3.101,87
07/09
8.668
45,45 98.199,10
3.570,24
-5.098,09
08/09
9.021
34,07 98.199,10
2.676,16
-6.344,64
09/09
7.729
78,13 98.199,10
6.137,92
-1.590,84
10/09
7.981
120,95 98.199,10
9.501,74
1.520,85
11/09
7.809
147,67 98.199,10
11.601,04
3.791,79
12/09
7.891
189,76 98.199,10
14.907,03
7.015,58
Totais
95.805
114.236,49
18.431,97
01/10
8.927
214,73 98.199,10
16.869,20
7.942,67
02/10
8.247
194,41 98.199,10
15.272,97
7.025,90
03/10
8.295
181,17 98.199,10
14.232,85
5.938,05
04/10
9.049
82,96 98.199,10
6.517,28
-2.531,76
05/10
9.213
79,06 98.199,10
6.210,90
-3.002,49
Neste caso a somatória das chuvas coletadas é maior que a demanda, porem para o
aproveitamento total o reservatório deverá ter um tamanho proibitivo, já que o
excedente do período de chuvas é que deverá suprir os meses com a diferença
negativa. Considerando que os valores negativos nos meses de abril a setembro
representam fornecimento externo, se avalia que, com o sistema em funcionamento
36
nesse período, os sanitários poderiam ter economizado até 79% da água utilizada
para os equipamentos escolhidos no TPS1 no ano de 2009.
7.2.2 - Dimensionamento do reservatório para o 2ºsistema
Após os trabalhos para o dimensionamento do 1º sistema e a constatação do melhor
conjunto de dados e resultados se optou em aplicar o Método da simulação, com a
planilha mais detalhada.
Considera-se os 30 anos de dados da estação meteorológica do aeroporto, por dia de
chuva e a demanda estimada de 2009 preservando as diferenças mensais para as
bacias sanitárias e mictórios do TPS1 conforme tabela 5.
Os mesmos parâmetros para o coeficiente de runoff, 0.8, e 1mm de desconto para o
first flush
A tabela 22 apresenta os resustados das simulações indicando, para cada tamanho
de reservatório quanto que o sistema proveu de suprimento de água de chuva, quanto
de suprimento externo foi necessário, quantos dias por ano em média ocorreria overflow e quanto de água de chuva capitada seria desprezada no over-flow.
Tabela 22: Desempenho do sistema para cada volume de reservatório.
Volume
m³
CISTERNA
0
100
300
500
700
900
1.000
1.100
1.300
1.500
1.700
1.900
2.000
2.100
2.300
2.500
2.700
2.900
3.000
3.100
Suprimento
chuva
(%)
22,72%
27,11%
34,45%
39,85%
43,98%
47,38%
48,87%
50,17%
52,44%
54,45%
56,25%
57,79%
58,49%
59,15%
60,36%
61,43%
62,37%
63,22%
63,62%
63,99%
Suprimento
externo
(%)
77,28%
72,89%
65,55%
60,15%
56,02%
52,62%
51,13%
49,83%
47,56%
45,55%
43,75%
42,21%
41,51%
40,85%
39,64%
38,57%
37,63%
36,78%
36,38%
36,01%
Dias de
overflow
(dias por
ano).
Média Chuva
captada e
não utilizada
(para 1 ano).
70,20
65,77
57,33
52,23
48,63
45,47
44,03
42,80
40,87
39,67
38,03
36,50
36,00
35,37
34,07
33,10
32,50
31,97
31,63
31,40
78,15%
73,93%
66,86%
61,67%
57,70%
54,43%
53,00%
51,75%
49,56%
47,63%
45,90%
44,42%
43,75%
43,12%
41,95%
40,92%
40,01%
39,20%
38,82%
38,46%
37
3.300
3.500
3.700
3.900
4.000
64,69%
65,30%
65,86%
66,38%
66,62%
35,31%
34,70%
34,14%
33,62%
33,38%
30,73
30,33
29,70
29,30
29,13
37,79%
37,20%
36,66%
36,16%
35,93%
Observações:




Área de cobertura de 98.199,10m²;
1 ano de chuva capitada = 98.835,43m³. Média de 30 anos;
1mm de first flush;
Coef. Hunoff= 0,80.
Na figura 11 é apresentado o gráfico da curva de desempenho do sistema. No eixo y
temos a porcentagem de utilização de água de chuva e no eixo x temos os volumes
em metro cúbico do reservatório. Verificamos que o reservatório acima de 2.300m³
tem ganhos pouco significativos. Podemos considerar também que abaixo de 1.300m³
se tem uma perda de água coletada maior que a utilizada, o que pode criar problemas
de drenagem na região do reservatório. A indicação é de um reservatório de 1.700m³.
Figura 11: Gráfico de desempenho das cisternas
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
Série1
20,00%
10,00%
0,00%
Dimensionamento da cisterna
altura
largura
comprimento
volume (m3)
4,00
25,00
17,00
1.700,00
38
8.0 – Estimativa preliminar de custo
Com base no esquemático apresentado na figura 2, nos desenhos dos prédios
estudados e em visita no local, se desenvolveu uma planilha de serviços e materiais
com quantitativos e custos, estabelecendo os valores, com base nas tabelas SINAP e
PINI dos meses de setembro e agosto respectivamente do ano de 2010, para
construção dos sistemas propostos. Apresentados nas tabela 23 e 24.
Tabela 23, planilha de serviço com quantitativos e custo para execução do sistema 1
GIA - SJ
DA
PLANILHA DE QUANTITATIVOS E PREÇOS
Obra: CISTERNA 1000m ³
PROJETO BÁSICO Nº
SET/2010
ITEM
PREÇO (R$)
DISCRIMINAÇÃO
UN
QUANT
UNIT.
01.00.000
01.03.000
01.03.500
01.03.502
01.03.503
01.03.504
02.00.000
02.01.000
02.01.100
02.01.200
02.01.400
02.01.401
02.01.403
02.02.000
02.02.100
02.03.000
02.03.100
03.00.000
03.01.000
03.01.100
03.01.102
03.01.103
03.01.104
03.01.200
03.01.202
03.01.400
03.01.421
03.01.500
03.02.000
03.02.100
03.02.170
04.00.000
04.01.000
04.01.200
SERVIÇOS TÉCNICOS-PROFISSIONAIS
ESTUDOS E PROJETOS
PROJETO EXECUTIVO
- De fundações e estruturas
- De arquitetura e elementos de urbanismo
- De instalações hidráulicas e sanitárias
SUBTOTAL
SERVIÇOS PRELIMINARES
CANTEIRO DE OBRAS
Construções Provisórias
- Abrigo metálico pré-fabricado p/ Depósito e Alojamento constituído de dois módulos
acoplados
- Sanitários
- Oficinas
Ligações Provisórias
- Água e Esgoto
- Luz e força
Proteção e sinalização
- Tapumes/cercas de alambrados
- Placa de obra
DEMOLIÇÃO
DEMOLIÇÃO CONVENCIONAL
- De Cercas de alambrado
- De pavimento asfáltico c/ martelete, incl. remoção
LOCAÇÃO DE OBRAS
- De edificações
SUBTOTAL
FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS
FUNDAÇÕES
Escavação de valas
- Mecanizada
- Reaterro compactado
- Carga, transporte, lançamento e espalhamento de solo
Escoram entos
- Descontínuo de madeira
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
- Brocas de concreto armado, tipo STRAUSS, prof.= 4,00 m
BLOCOS DE FUNDAÇÃO
ESTRUTURAS DE CONCRETO
Concreto arm ado
Caixa d'água (cisterna)
SUBTOTAL
ARQUITETURA E ELEMENTOS DE URBANISMO
ARQUITETURA
Esquadrias
- Porta do reservatório
- Em chapa de ferro galvanizada, 80x80cm, tipo alçapão, com fecho para cadeado,
pintada com duas demãos de tinta esmalte sobre fundo anticorrosivo
- Porta do abrigo de registro
- Em chapa de ferro galvanizada, 80x80cm, tipo alçapão, com fecho para cadeado,
pintada com duas demãos de tinta esmalte sobre fundo anticorrosivo
- Escadas de acesso
- Em alumínio chumbada nas paredes do reservatório e caixa de abrigo de registro nos
seguintes comprimentos:
- 3,80 m
- 1,80 m
39
vb
vb
vb
1,00
1,00
1,00
un
1,00
vb
vb
TOTAL
5.350,40
5.350,40
2.006,40
5.350,40
5.350,40
2.006,40
12.707,20
1,00
1,00
1.643,46
1.643,46
1.643,46
1.643,46
1.643,46
1.643,46
vb
vb
1,00
1,00
1.806,99
1.314,30
1.806,99
1.314,30
m²
vb
40,00
1,00
38,61
292,43
1.544,39
292,43
m²
m²
271,00
6,00
10,61
9,06
2.874,54
54,33
m²
400,00
7,02
2.808,96
15.626,31
m³
m³
vb
492,59
170,84
1,00
15,38
4,74
382,17
7.577,26
808,95
382,17
vb
1,00
477,71
477,71
m
vb
180,00
1,00
81,61
2.866,29
14.689,26
2.866,29
m3
126,60
1.727,46
218.696,04
245.497,69
un
1,00
187,15
187,15
187,15
187,15
187,66
88,89
187,66
88,89
un
un
un
1,00
1,00
1,00
04.01.600
04.04.000
04.04.300
04.04.303
04.05.000
05.00.000
05.01.000
05.01.200
05.01.500
05.03.000
05.03.100
05.03.500
05.03.700
05.06.000
05.06.100
05.06.101
05.06.103
05.06.300
05.06.301
05.06.301
05.06.800
06.00.000
09.00.000
09.01.000
09.01.200
09.02.000
09.04.000
Im perm eabilização
IMPERMEABILIZAÇÃO de reservatório enterrado, superfície interna/externa do reservatório,
com quatro camadas de argamassa e duas demãos de tinta betuminosa
- Externa ao Reservatório e cx. Abrigo de registro (laje)
- Externa ao Reservatório e cx. Abrigo de registro (paredes)
PAISAGISMO
Equipam entos e acessórios
- Cercas
- Cerca de alambrado executado com tela galvanizada fio 10 malha de 2"x2", com 3 fios liso
nº 10 em mourões de concreto armado curvos e fixados com ganchos em baldrame de
concreto armado, com três fios de arame farpado no pescoço do mourão
PAVIMENTAÇÃO
- Recomposição de pavimentação asfáltica
SUBTOTAL
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS
ÁGUA FRIA
Tubulações e Conexões de PVC
-Tubo de PVC rígido, linha DEFOFO, nos diâmetros:
- 75 mm
- 100 mm
Aparelhos e Acessórios
- Registro de gaveta em ferro fundido nos diâmetros:
- 75 mm
- 100 mm
VENTILAÇÃO
- Tubos de ferro fundido para ventilação do reservatório
DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS
Tubulação e Conexões de Ferro Fundido
Tubos e conexões Ø150mm
Tubulação de concreto
- tubos Ø300
Funilaria
- Calha galvanizada, desenvolvimento 100cm
SERVIÇOS DIVERSOS
Escavação de valas
- Manual
- Mecanizada
- Reaterro compactado de valas
Caixa de Abrigo de registros
- Em concreto armado, nas dimensões de 2,00x2,00x2,00 m
- Em concreto armado, nas dimensões de 1,00x1,00x1,00 m
Dissipador em concreto FIRST FLUSH e filtros tipo bag
Instalação elevatória e unidade de filtração (ultrafiltração)
SUBTOTAL
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ELETRÔNICAS
Instalações Elétricas e Eletrônicas
SUBTOTAL
SERVIÇOS COMPLEMENTARES
ENSAIOS E TESTES
TESTES
- Testes de impermeabilização
- Testes de hidráulica
LIMPEZA DE OBRAS
- Desinfecção de reservatório
- Limpeza de obra
Com o Construído (“As built”)
SUBTOTAL
m2
1.004,83
vb
vb
1,00
1,00
m²
130,00
62,72
62,72
62,72
63.022,91
62,72
62,72
98,42
12.794,68
vb
1,00
13.376,00
13.376,00
89.969,89
m
m
155,00
200,00
63,40
86,94
9.826,31
17.388,80
un
un
5,00
5,00
454,05
540,69
2.270,24
2.703,46
vb
1,00
200,64
200,64
m
450,00
250,13
112.559,04
m
420,00
51,23
21.516,63
m
320,00
239,00
76.480,00
m³
m³
m³
90,00
130,00
220,00
39,70
15,38
4,74
3.573,00
1.999,71
1.041,72
un
un
vb
un
5,00
13,00
1,00
1,00
4.058,06
507,26
36.779,53
510.000,00
20.290,32
6.594,35
36.779,53
510.000,00
823.223,77
vb
1,00
150.000,00
150.000,00
150.000,00
vb
vb
1,00
1,00
535,04
401,28
535,04
401,28
vb
vb
vb
1,00
1,00
1,00
668,80
1.337,60
2.675,20
668,80
1.337,60
2.675,20
5.617,92
TOTAL GERAL
1.342.642,77
RESUMO DA OBRA
ETAPAS
CUSTOS POR ETAPA
DA OBRA
12.707,20
15.626,31
245.497,69
89.969,89
823.223,77
SERVIÇOS TÉCNICO-PROFISSIONAIS
SERVIÇOS PRELIMINARES
FUNDAÇÕES E ESTRUTURAS
ARQUITETURA E ELEMENTOS DE URBANISMO
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E ELETRÔNICAS
SERVIÇOS COMPLEMENTARES
CUSTO TOTAL (R$)
150.000,00
5.617,92
PARTICIPAÇÃO
0,95%
1,16%
18,28%
6,70%
61,31%
11,17%
0,42%
1.342.642,77
Obs.: 1 - FONTES DE CONSULTAS
1.1 - TABELA DE CUSTOS SINTÉTICA - SINAPI - Data Base: julho/2010 - Região:
São Paulo - Leis Sociais: 128,70%;
1.2 - TABELA DE CUSTOS SINTÉTICA - PINI - Data Base: junho/2010 - Região: São
Paulo - Leis Sociais: 129,34%;
40
1.3 - REVISTA GUIA DA CONSTRUÇÃO - Custos, Suprimentos e Soluções Técnicas
- PINI - ago/2010;
2 - VALORES APRESENTADOS NA PLANILHA :
2.1 - MATERIAL - Custo Direto dos Materiais necessário para execução do serviço
com a aplicação do BDI.
2.2 - MÃO DE OBRA - Custo Direto da Mão de Obra (acrescido da taxa de Leis
Sociais) necessária para execução do serviço , com a aplicação do BDI.
2.3 - MATERIAL + MÃO DE OBRA - Somatória dos preços de material e mão de obra
para execução do serviço.
3 – BDI
3.1 - BDI (Benefício e Despesas Indiretas) aplicado nos Custos Diretos = 33,76%
4 – GERAIS
4.1 - Nos itens onde não foram indicados os valores de material e/ou mão-de-obra,
estes já estão incluídos no serviço.
A planilha de custo de execução da obra mostra que o custo da cisterna de 1000m³,
para um sistema de grande porte, representa 25% (a soma dos itens estrutura e
arquitetura), enquanto todo o sistema de captação, filtragem e distribuição representa
72,48% do custo estimado. O custo de manutenção e operação do sistema deverá ser
em média de R$7.500,00 por ano.
Considerando o consumo do CAG no ano de 2009 de 96.345m³ e o desempenho do
sistema para a cisterna de 1.000m³ é de 37,52% do consumo, o que representa
36.148,64m³. Considerando que conforme a SAAE de Guarulhos (Serviço Autônomo
de Água e Esgoto) o custo do metro cúbico de água é de R$5,93 e já descontando o
custo médio de manutenção e operação do sistema, teremos uma economia de
R$206.861,40 por ano. Assim o sistema estaria pago em 6,66anos.
Ajustou-se os quantitativos para cisternas de 500m³ e 1700m³ e se verificou que o
sistema com a cisterna de 500m³ estaria pago em 6.59anos e a de 1700m³ estaria
pago em 7.24anos. Os custos encontrados são R$1.120.612,75 e R$1.623.007,89,
respectivamente.
Assim para o CAG a indicação é a execução com uma cisterna de 1000m³.
Para efeito deste estudo o custo de implantação para o sistema 2 é análogo ao
sistama1. Por tanto considerando a cisterna de 1700m³ com uma eficiência de
56,25% em relação a demanda das bacias sanitárias e mictórios do TPS1 de
95.805m³, o valor do m³ de R$5.93, se obitem uma economia de R$312.069,55, já
descontando o custo de manutenção e operação. Assim o sistema estaria pago em
5,35anos.
Ajustou-se os quantitativos para cisternas de 1000m³ e 2500m³ e se verificou que o
sistema com a cisterna de 1000m³ estaria pago em 5.14anos e a de 1700m³ estaria
pago em 5.94anos. Os custos encontrados são R$1.342.642,77 e R$1.981.819,61,
respectivamente.
Assim para o TPS1 a indicação é a execução com uma cisterna de 1000m³.
41
Vale salientar que pontualmente o custo da unidade de filtração (ultrafiltração) e
recalque é o item mais oneroso, o que nos leva a questionar a escolha deste sistema
de filtração. Dentro dos parâmetros de qualidade da água ofertada, da qualidade
necessária para o consumo e principalmente na vazão necessária para o
funcionamento adequado do sistema proposto, a escolha dá a segurança de
atendimento eficaz.
42
9.0 - BIBLIOGRAFIA
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15527: água de
chuva – aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis requisitos. Rio de Janeiro. 2007.
ACA - Banco de dados da Divisão de Ciências Atmosféricas do IAE/DCTA – São José
dos Campos, COMAER – Mensagem Direta nº 828/IA/4292, Protocolo nº
67750.002096/2010-19 de 6 de agosto de 2010.
ANA – Conservação e reuso da água em edificação./ANA – São Paulo, 2005
FRISSO, Carla, Cenário de consumo e uso de água no Aeroporto Internacional de
São Paulo – AISP, em Guarulhos. 2009. 87f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação) – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos.
INFRAERO/site
http://www.infraero.gov.br/index.php/br/aeroportos/sao-paulo/aeroporto-internacionalde-sao-paulo.html
Machado, José Nelson de Almeida. Apresentação da ABAE – Programa de eficiência
energética e operacional – 2004 – COSANPA – Pará.
Nolasco, Elaine - 2010 – Hidroaer
Oliveira, Camila Lopes De. Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para
usos não potáveis no município do Rio de Janeiro, [Rio de Janeiro] 2007, 142p
SAAE Guarulhos/site
http://www.saaeguarulhos.sp.gov.br:8081/site/content/dicaseinformacoes/conhecacont
aagua.php
Tomaz Plínio. Aproveitamento de água de chuva de coberturas em áreas urbanas
para fins não potáveis ABNT NBR 15527/07 diretrizes básicas para um projeto/Plínio
Tomaz. São Paulo, 2007. 25p.
VITALUX, Relatório Final Guarulhos maio 2007 - PGRH-SBGR, 2007
York® Brasil – Recomendações técnicas para tratamento de água./ York – São Paulo,
SP, Brasil, 1999.
43
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Anexo 18 - Hidroaer