III SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Data: 23 a 25 DE OUTUBRO DE 2014
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL: AGENTES CARCINOGÊNICOS
ANTONELLI¹, Amanda Buonomo; RIBEIRO NETO², Luciane Maria
1
Discente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP.
[email protected]
2
Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP.
[email protected]
Palavras-chave: Exposição Ocupacional. Agentes Carcinogênicos. Exposição a agentes químicos.
Introdução
A exposição às substâncias químicas no ambiente de trabalho pode ocasionar um efeito
possível de provocar uma alteração no estado de saúde de pessoas que trabalham neste ambiente.
Tais substâncias abrangem agentes tóxicos industriais amplamente difusos dotados de toxicidade
elevada das quais se tem o mercúrio, benzeno, chumbo, tolueno, tricloretileno entre outros. Ainda que
entre esses agentes químicos haja a capacidade de provocar mutagênese e carcinogênese, existem
algumas substâncias de grande importância ocupacional. A toxicologia ocupacional identifica as
substâncias químicas potencialmente carcinogênicas e estabelece medidas que objetivam reduzir a
exposição humana a elas, de modo a desenvolver ensaios preventivos melhores e mais baratos e a
elucidação dos mecanismos subjacentes à carcinogênese química. Tudo isso preconizado em
normas trabalhistas, monitoramentos ambiental e biológico, bem como limites de tolerância
estipulados pela legislação brasileira.
Objetivo
Abordar a toxicologia ocupacional com foco nas substâncias carcinogênicas presentes no
ambiente de trabalho.
Metodologia
Trata-se de uma revisão bibliográfica baseada em fontes de pesquisa como Livros da
Biblioteca do Centro Universitário São Camilo, site da Anvisa e do Ministério do Trabalho e Emprego
e artigos científicos indexado em bancos de dados como Scielo. Os descritores de busca utilizados
foram agentes carcinogênicos, agentes pró-carcinogênicos, exposição à carcinógenos, câncer
relacionado à exposição ocupacional. Não houve restrição ao período de pesquisa.
Desenvolvimento
Exposição ocupacional a algum agente químico é a ocasião decorrente de uma atividade
profissional em que o trabalhador se encontra em contato com um a gente químico de maneira em
que há a possibilidade de produção de efeitos sobre a superfície do organismo, como pele e
mucosas, capaz de produzir uma ação tóxica local, ou de absorção, com produção de efeitos
sistêmicos, de curto, médio ou longo prazo. Uma doença ocupacional provocada por um agente
químico pode ter se iniciado a partir do momento em que há aproximação ou contado do trabalhador
com o agente tendo a possibilidade de agressão à pele ou de absorção e o acesso então do agente
ao local de ação. A carcinogênese ocorre em duas etapas sequenciais e essenciais: a iniciação e a
promoção. Na iniciação as células sã expostas a carcinógenos que promovem alterações
permanentes no DNA (mutação) e na promoção ocorre proliferação (expansão clonal) dessas células
transformadas. É um processo altamente complexo para o qual contribuem fatores genéticos e
ambientais como a alimentação, o hábito de fumar, a atividade ocupacional e a exposição à agentes
químicos. Tem-se, para cada substância, um Limite de Exposição Ocupacional (LEO) específico.
Para um determinado agente químico isolado, o índice de exposição é definido como a razão entre o
resultado obtido e o correspondente Limite de Exposição Ocupacional, deste modo, o índice de
exposição facilita a interpretação dos resultados quando não se tem premeditado todos os limites
Realização
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Data: 23 a 25 DE OUTUBRO DE 2014
envolvidos e, na prática, representa a porcentagem que determinado resultado está em relação ao
respectivo limite de exposição.
Conclusão
Tanto os fatores de avaliação e monitorização bem como estratégias propostas para
melhorias no ambiente de trabalho devem estar adequadamente estudados e registrados de forma a
haver possibilidade de reproduzir as avaliações no futuro, uma vez que dentro dos preceitos do
monitoramento deve-se criar dados históricos que reflita a exposição ocupacional dos trabalhadores
durante todo o período de existência de uma empresa e os dados devem ser comparáveis ao longo
do tempo.
Referências Bibliográficas
GOES, Roberto Charles. Toxicologia Industrial. São Paulo: Revinter, 1998.
OGA, Seizi; CAMARGO, Márcia Maria de Almeida; BATISTUZZO, José Antonio de Oliveira.
Fundamentos de Toxicologia. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2008.
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