TEORIA DE ELETRÔNICA DIGITAL II Prof.: JOSÉ OCTAVIO GUIMARÃES 2 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães ELETRÔNICA DIGITAL II CAPÍTULO I - Multivibradores Monoestáveis e Astáveis Aplicações CAPÍTULO II - - Multivibradores Biestáveis “FLIP-FLOPs” Flip-Flops tipo: SR – Set-Reset D - Data T - Toggle JK Preset e Clear Aplicações CAPÍTULO III - Contadores de Pulsos Binários: a) Contadores assíncronos b) Décadas assíncronas c) Contadores síncronos d) Décadas síncronas e) Geradores de seqüência f) Divisores de freqüência CAPÍTULO IV - Registradores de Deslocamento “Shift-Registers” a) Conversor série-paralelo b) Conversor paralelo-série c) Registros d) Buffers e) Saída “Three-State” CAPÍTULO V - Análise de Circuitos Seqüenciais: “Máquinas Seqüenciais” a) Diagrama de Estados b) Mapas de Estados c) Modelo Mealy d) Determinação da seqüência de saída para qualquer seqüência de entrada 3 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães CAPÍTULO VI - Síntese de circuitos Seqüenciais a) Estados Equivalentes b) Tabela de Implicantes Mínimos c) Simplificação de Estados Equivalentes d) Métodos de Otimização e) Síntese de Circuitos Seqüências na Forma Mínima f) Síntese de Circuitos Reconhecedores de Seqüência 4 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães CAPÍTULO I Multivibradores 1.1 - Multivibradores Monoestáveis (ME ) O multivibrador monoestável é um circuito que possui apenas um estado estável. Através de um sinal de controle, o monoestável vai para o estado instável, permanecendo nele por um intervalo de tempo determinado pelos componentes do circuito, e retorna ao estado estável, onde permanece indefinidamente até a aplicação de um novo pulso de gatilhamento. Há alguns monoestáveis disponíveis na forma de circuitos integrados TTL. Entre estes podemos citar o 74121 ou 74221, que não é redisparável (ou retrigável) e o 74122 ou 74123, que é redisparável. Estes monoestáveis possuem saídas complementares Q e Q e o 74123 possui uma entrada Clear. A duração do pulso de saída é aproximadamente 0,7RC, mas o valor exato deve ser obtido através de curvas fornecidas pelo manual. 1.2 - Multivibradores Monoestáveis ( M.E. ) Não Retrigáveis – CI 74121 ou 74221 A duração do pulso de saída é determinada por um capacitor C conectado entre o pino 10 e o pino 11, e um resistor R conectado entre o pino 11 e o pino 14 (Vcc) para o CI74121 74121 ME Não Retrigável A1; A2 e B são entradas de controle OBS.: O CI 74 221 é equivalente a dois integrados 74121 5 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Características técnicas CT => Ciclo de trabalho ( Duty-Cycle ) CT = TON TON + TOFF Ciclo de trabalho ( Duty-Cycle ): É a razão da duração do pulso de saída para o período total do pulso de disparo de entrada, expressa em porcentagem. Um ciclo de trabalho maior que 90%, geralmente poderá causar uma operação não confiável no circuito. A razão para isto é que deve ser fornecido um tempo suficiente para o circuito recuperarse entre os pulsos de disparo da entrada. Das especificações do fabricante: CT< 90% CT = TON < 90% TON + TOFF CT = TON < 0,9 TON + TOFF TON < 0.9 TON + 0.9 TOFF 0.1 TON< 0.9 TOFF ou TOFF > TON 9 Essa condição deve ser satisfeita. Na prática temos que uma vez disparado o ME, um novo disparo do dispositivo só poderá ocorrer para um tempo tal que TOFF > TON pois, 9 caso contrário o dispositivo assume comportamento aleatório. 6 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Ex : Verificamos que o intervalo entre os pulsos de disparo tem que respeitar a relação acima. Tabela de Controle Característica Schmit Trigger da Porta Ind. Seja a porta Ind com as entradas comuns, na qual aplicamos o sinal Vi, distorcido harmonicamente. 7 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães VT - ( 0,8 V ) Nível de Threshold Inferior é um nível que abaixo do qual, a lógica reconhece a entrada como baixa. VT+ ( 2,2 V ) Nível de Threshold Superior é nível acima do qual, a lógica reconhece a entrada como alta. OBS.: Schmitt Trigger ou disparador Schmitt O disparador Schmitt é usado como quadrado ou restaurador de formas de onda (exemplo anterior), tendo em vista uma característica especial que apresenta, denominada histerese. A figura abaixo ilustra um disparador Schmitt com componentes discretos e mostra também formas de onda de entrada e saída que esclarecem o seu funcionamento. 8 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães PG = pulso de gatilho Os circuitos Schmitt Trigger são usados ainda quando a entrada apresenta taxa de variação menor que 1V/µs, que é a velocidade reconhecível pela lógica TTL. EX: Determinar a forma de onda Q de saída, sendo dados Rext =1KΩ; Cext =1µF e TOFF = 1,3ms Ex: Construir um oscilador astável a partir de monoestáveis, com freqüência de 1khz e ciclo de trabalho de 20%. Freqüência de trabalho: 1 MHZ 9 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Inicialmente, com alimentação ligada, o 1o ME ( multivibrador monoestável), na condição A1 = Q2 = 0, A2=Vcc e B = 0 (CH1 aterrada) e no 2o ME ( multivibrador 10 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães monoestável), na condição A1 = Q1 = 0, A2=Vcc e B = Vcc, o que garante que ambos os ME tem saída baixa (Q1= Q2 = 0). Acionando a chave CH1 para Vcc, produzimos uma transição positiva na entrada B do 1o ME (condição 8 da tabela verdade) o que produzirá um pulso na saída Q1 com duração dada por TON = 0,7.R1C1. Ao final do pulso de saída Q1 , ou seja, na transição de descida de Q1, o 2o ME será disparado (condição 5 da tabela verdade) e Q2 ficará em nível alto por 0,7.R2C2 O disparo do 1o ME ocorrerá por ocasião do retorno à zero em Q2 ( transição negativa), como mostra a condição 6 da tabela verdade. Determinação dos componentes do oscilador C.T = TON = 0 ,2 ⇒ TON = 0,2T ON + 0,2T OFF TON − TOFF 0,8TON = 0,2TOFF T= 1 ⇒ TON = TOFF 4 1 1 = = 1ms f 1KHz TON + TOFF = 1ms 1 TOFF + TOFF = 1ms 4 ⇒ TOFF = 0,8ms e TON = 0,2ms TON1 = 0,2ms TON = 0,7.R1C1 Se escolhermos um capacitor de 100nF, teremos: 0,2ms = 0,7.R1.100nF R1 = 0,2 x10 −3 ≅ 2,8 KΩ 0,7 x100 x10 −9 11 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães TON2 = 0,8ms TON = 0,7.R2C2 Se escolhermos um capacitor C2 de 100nF, teremos: 0,8ms = 0,7.R1.100nF R1 = 0,8 x10 −3 ≅ 11,4 KΩ 0,7 x100 x10 −9 Cálculo do ciclo de trabalho do 2º ME CT2 = 0,8 x10 −3 = 80 % OK pois é ≤ 90% 0,8x10 −3 + 0,2 x10 −3 Formas de Onda na Saída Q dos ME: 12 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 1.3 - Multivibradores Monoestáveis Retrigáveis – CI 74122 ou 74123 Entre alguns monoestáveis disponíveis na família TTL, podemos destacar o CI74122, que é redisparável, possui saídas complementares Q e Q e uma entrada Clear assíncrona. A duração do pulso de saída é determinada por um capacitor C conectado entre os pinos 11 e 13 e um resistor R conectado entre o pino 11 e Vcc. Para operação normal, a entrada CLR deve ficar em “1” já que CLR =0 inibe o disparo e força Q = 0, e Q =1. As entradas A1, A2, B1 e B2 são para disparo do monoestável, o que pode ser conseguido de diversos modos. Por exemplo, se A1 = A2 = 0 e B2 = 1, uma transição positiva em B1 dispara o circuito; se A1 = B1 = B2 = 1, uma transição negativa em A2 provoca o disparo. As entradas de disparo não utilizadas devem ser mantidas no nível lógico adequado e nunca deixadas abertas. 13 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Principais Características: TON = 0,7.Rex.Cex TON = TON + TOFF Logo TOFF = 0 Ciclo de trabalho=100% isto é C.T = TON TON T = = ON = 1 TON + TOFF TON + 0 TON EX: Como aplicação do monoetável retrigável faremos a montagem de um circuito capaz de detectar a falta de energia (AC). Implementar um circuito para detenção de falta de energia(AC) e comutação para uma fonte alternada. Ou podemos usar o 74122 Obs: - Podemos utilizar o CI 7413 ou CI 7414 O primeiro pulso na entrada B faz iniciar a duração T da saída Q. Antes de terminar o intervalo T, ocorre um segundo pulso, oque obriga a sáida Q a permanecer em H por mais um tempo de duração T , medido a partir do flanco positivo do segundo pulso. Antes de novo intervalo T ocorre um terceiro pulso, do que resulta que a saída Q deve permacer em H por mais um intervalo de duração T em cuja situação permanecerá enquanto houver incidência de pulso durante o estado semi-estável. 14 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães CLR = L ; Q = L, em qualquer situação enquanto houver pulso na linha.Q=H (led aceso). f = 60 Hz T = 1/60 = 16,66 ms Ton >16 ms Ton = K . Rext . Cext ( 1 + 0,7/ Rt) Considerando C = 2,2µ F 17 ms = 0,32. Rext . 2,2 x 10-6 ( 1 + 0,7/ Rext ) Rext = 17x10- 3 - 0,32x 2,2x10 - 6 x 0,7/ 0,32 x 2,2 x 10 - 6 Rext = 27 KΩ 01 transistor BC 547B 1 2 3 entrada B Conclusão: No momento que falta energia, 18 ms depois da descida de onda quadrada ocorre a transferência do sistema. Obs: Razão da existência da RL 15 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães A figura abaixo mostra como ocorre a operação de retrigagem do CI SN 74123: o primeiro pulso na entrada B faz iniciar a duração T da saída Q (Q=H). Antes de terminar o intervalo T; ocorre um segundo pulso, o que obriga a saída Q a permanecer em H mais um intervalo de duração T medido a partir do flanco positivo do segundo pulso. Antes do novo intervalo T ocorre um terceiro pulso, do que resulta que a saída Q deve permanecer em H mais um intervalo de duração T em cuja situação permanecerá enquanto houver incidência de pulsos durante o estado semi-estável. Na figura não se registra mais nenhum pulso, logo a saída Q voltará a L assim que completar o último intervalo T. É evidente que foi suposto que o terminal CLR deve ter permanecido no estado H (desabilitado). O sinal de CLR é assíncrono e tem preponderância sobre os efeitos na saída Q. Logo CLR = L, Q = L, em qualquer situação. No circuito desta experiência, enquanto houver pulsos na linha Q = H ( led aceso). No circuito utilizado, como aplicação do monoestável retrigável, o transistor BC 547B atua como drive de corrente entre a saída TTL e o led. O mesmo efeito pode ser obtido utilizando-se o circuito integrado SN7406 (Buffers/drivers inversores com coletor aberto). 16 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Utilizando o CI 7406: Formas da onda: OBS: O CI 74221 corresponde a dois CI 74121 17 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 18 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães CAPÍTULO II 2.0 ELEMENTOS DE MEMÓRIA 2.1 Linhas de retardo O elemento de memória mais simples é a linha de retardo, que é capaz de armazenar um dado durante o intervalo de tempo ∆t que leva para propagar o sinal da entrada para a saída. Equação: Y(t + ∆t) = y(t) EX.: Equação: Y(t + 4σ) = y(t) Sendo “σ” o tempo de retardo de cada inversor. Diagrama temporal 19 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 2.2 - Flip-Flop SR ( SET/ RESET ) Assíncrono 2.2 .1 - Flip-Flop SR Assíncrono Qualquer dispositivo ou circuito que tem dois estados estáveis é dito BIESTÁVEL. Exemplo uma chave liga - desliga tem dois estados estáveis isto é ou ela está aberta ou fechada e esta chave também tem memória, pois ela permanecerá em um dos estados definidos até que alguém mude a sua posição. Um flip-flop é um circuito eletrônico biestável que tem dois estados estáveis isto é, sua saída ou é 0V ou 5V Exemplo: Uma das maneiras mais fáceis de construir um Flip-Flop é conectar dois inversores em série, conforme a figura A linha que liga a saída do inversor B de volta á entrada do inversor A é definida como linha de realimentação. Remova a linha de realimentação e considere V1 como a entrada e V3 como saída, como mostrado na fig. Se V1 é considerado 0V então V3 também será 0V, mas se alinha de realimentação é reconectada , o terra pode ser removido de V1 e V3 permanecerá em 0V. De modo oposto, se V1 é 5V, V3 também o será, ver a fig. 20 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Flip-Flop pode ser melhorado substituindo os inversores por portas NAND ou NOR. As entradas adicionais nessas portas proporcionam meios úteis para a aplicação de sinais de entrada para comutar o Flip-Flop de um estado estável para o outro. Qa = Estado de saída do FF antes da aplicação de uma entrada de controle SR Qf = Estado posterior da saída do FF, ou seja, após a aplicação da entrada de controle SR. O Flip-Flop SR (FF-SR) possui duas linhas de entrada (S e R) e duas linhas de saída (Q e Q ) . A entrada “S” quando ativada (S = 1) força a saída Q = 1. A entrada “R” quando ativada força a saída Q = 0. A condição S = R = 0 não causa mudança de estado no Flip- 21 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Flop. A condição S = R = 1 é proibida pois o comportamento do Flip-Flop não é especificado para esta condição. Realizar o FF-SR com portas NAND Qf = S + RQa = S .R.Qa Diagrama temporal para o FF – SR assíncrono 2.2.2 - Flip-Flop SR (SET/RESET) Síncrono Diagrama temporal para o FF – SR síncrono 22 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 2.3 - Flip-Flop T (Toggle ou chave) Assíncrono 2.3.1 - Flip-Flop T Assíncrono O FF – T possui uma só entrada ( T ) e duas saídas Q e Q . O FF – T opera do seguinte modo: a) Quando o sinal na entrada T muda de 0 para 1 (Transição de 0 → 1) o FF muda de estado; ou seja, a saída Q é complementar. b) As transições 1 → 1, 0 → 0 e 1 → 0 na linha T não provocam mudança de estado T 0 0 Qa 0 1 Qf 0 1 → Não muda → Não muda 1 1 0 1 1 0 → Muda → Muda Equação do estado futuro Qf: ⇒ T 0 1 Qf Qa Qa 23 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Na tabela anterior o valor “1” para a entrada T representa, pôr definição, uma transição 0→1 ; um valor “0” para a entrada T representa as transições 1 → 1; 0 → 0 e 1 → 0 Diagrama temporal para o FF – T assíncrono 2.3.2 - FF – T Síncrono Diagrama temporal para o FF – T síncrono 24 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães OBS.: Nestes diagramas não foi levado em conta o tempo de retardo do FF - T 2.4 - Flip-Flop JK 2.4.1 Flip-Flop JK Assíncrono O FF – JK é uma combinação dos FF-T e FF-SR. Ele possui duas entradas (J e K) e duas saídas Q e Q . O FF-JK opera do seguinte modo: 1- Se a condição de entrada for J = K = 1 ele opera como um FF-T e muda de estado; 2- Para todas as outras condições de entrada ele opera como um FF-SR Num FF Assíncrono a mudança mudança, no estado da saída. nas entradas J, K implicam, numa conseqüente 25 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Diagrama temporal para o FF-JK assíncrono 2.4.2 Flip-Flop JK Síncrono Diagrama temporal para o FF-JK síncrono OBS.: Nestes diagramas não foi levado em conta o tempo de retardo do FF-JK 26 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Modos de Sincronismo a) FF JK Síncrono, modo Pulso, sensível nível alto de sinal de CK. b) JK Síncrono modo Pulso, sensível nível baixo do sinal de CK. c) JK Síncrono modo Transição, Sensível transição de subida de sinal de CK. d) JK Síncrono modo transição, Sensível transição de descida do sinal de CK. 2.5 - Flip-Flop D (DATA) 2.5.1 Flip-Flop D Assíncrono O FF-D é um elemento de memória com uma linha de entrada (D) e duas linhas de saída Q e Q . O dado na entrada D é transferido para a saída Q somente quando ocorre uma transição 0 → 1, pôr exemplo, na linha de clock (CK), que é utilizada para sincronizar o Flip-Flop com o restante do sistema. O dado atinge os terminais de saída após um tempo de retardo σ característico do próprio Flip-Flop. Um Flip-Flop que atua numa transição 0 → 1 do pulso de clock (edge-triggered). 27 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Diagrama temporal do FF-D assíncrono: 2.5.2 Flip-Flop D Síncrono 28 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Diagrama temporal para o FF-D síncrono 2.6 Resumo dos Flip-Flops Qa Qf J Qa Qf J Qa Qf J K Qa Qf J K 0 → 0 0 0 → 0 0 0 → 0 0 X 0 → 0 0 X 0 → 1 1 0 → 1 1 0 → 1 1 X 0 → 1 1 X 1 → 0 X 1 → 0 X 1 → 0 X 1 1 → 0 X 1 1 → 1 X 1 → 1 X 1 → 1 X 0 1 → 1 X 0 29 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães FORMULÁRIO a) FLIP-FLOP D b) FLIP-FLOP T c) FLIP-FLOP SR d) FLIP-FLOP JK 30 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães CAPÍTULO III 3.0 CONTADORES DE PULSOS BINÁRIOS Um contador binário é um circuito capaz de contar segundo uma determinada sequência o número de pulso que recebe em sua entrada. Podemos classificar os contadores digitais quanto ao sistema de aplicação do clock em: a) Contadores assíncronos: são aqueles nos quais o clock é aplicado ao primeiro estágio; os estágios seguintes utilizam como clock a saída do estágio anterior. b) Contadores síncronos: são aqueles nos quais o sinal de clock é aplicado simultaneamente a todos os estágios. Os contadores assíncronos são em geral mais simples que os síncronos, mas estes últimos possibilitam o uso de maiores freqüências de clock já que à medida que o número de estágios aumenta no assíncrono, a freqüência máxima permissível do sinal de clock na entrada do contador diminui e isto é conseqüência do fato de cada FF requerer um determinado tempo para mudar de estado. Considerando o Flip-Flop abaixo podemos afirmar que: 1- Para Pr = 0 o preset interno é ativado e a saída Q = 1 isto é a saída Q será setada, independente dos estados das entradas de controle J, K e do sinal de CK. 2- Condição de repouso isto é Pr = 1 o preset interno não é ativado e a saída Q depende dos estados das entradas de controle J, K e do sinal de CK. 3- Quando o CL = 0 o clear interno estará ativado e a saída será Q = 0. Isto é a saída é incondicionalmente resetada. 4- Condição de repouso CL = 1. isto é o clear interno não é ativado e a saída Q depende dos estados das entradas de controle J, K e do sinal de CK. 31 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Como os Flip-Flops ao serem alimentados, apresentam comportamento aleatório na saída, isto é, ela pode acordar em nível baixo ou alto. Devemos providenciar pela forma indicada, um pulso na entrada CL ou PR afim de, garantir um estado inicial na saída Q. 3.1- Contadores Assíncronos Características dos contadores assíncronos: - Facilidade de implementação - O pulso de sincronismo só é aplicado ao Primeiro F.F. da estrutura. Os outros, não são sincronizados ao pulso de CK externo. - Só realizam seqüências de estados progressivos ou decrescentes. - Apresentam problemas para aplicação em alta freqüência. 3.2 – Contador Binário Assíncrono (0 →15) ou Módulo 16 16 Estados na sequência crescente. 16= 24 ( 4 Flip-Flops para realizar o contador circuito apresenta um grupo de 4 FF-JK 32 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães A cada descida do pulso de CK muda o estado de Q O segundo FF muda de estado a cada descida de Q1 O terceiro FF muda de estado a cada descida de Q2 etc. Diagrama Temporal: O FF muda de estado quando o clock muda de um para zero (1 → 0) • As saídas Q realizam contagem crescente, e Q contagem decrescente. TQ1 = 2TCK ⇒ f Q1 = 1 1 f = = CK TQ1 2TCK 2 TQ2 = 4TCK ⇒ f Q2 = f 1 1 = = CK TQ2 4TCK 4 33 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães TQ3 = 8TCK ⇒ f Q3 = f 1 1 = = CK TQ3 8TCK 8 TQ4 = 16TCK ⇒ f Q4 = f 1 1 = = CK TQ4 16TCK 16 Circuito integrado com dois Flip-Flop JK EX: Implementar um circuito assíncrono, que conte de zero a nove (Década binária assíncrona) com partida forçada. Solução: 34 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães EX: Implementar um circuito assíncrono, que divida a freqüência pôr 6 (contador de 0 a 5) com partida forçada. Solução: 35 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães EX: Implementar um contador (2 a 4) assíncrono, com partida forçada a 2 Solução: 36 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 3.2 – Contadores síncronos Princípio dos Contadores Síncronos: Inicialmente conhecemos a seqüência a ser executada pelas variáveis Q1 , Q2 , Q3 , e Q4 . Não conhecemos as variáveis de controle dos FFs ou seja J1 , K1 , J2 , K2 ,..........etc. O problema consiste em se determinar Ji, Ki em função das variáveis conhecidas Q1 , Q2 , Q3 , e Q4 . De modo que, sejam garantidas as transições desejadas nas saídas Q1 , Q2 , Q 3 , e Q 4. Na prática verificamos que as transições possíveis na saída de um F.F são: Os problemas encontrados nos contadores assíncronos são causados pelo atraso de propagação dos FF’s, isto é, os FF’s não comutam de estado, simultaneamente com o sinal de entrada. Esta limitação pode ser superada com o uso de contadores síncronos, nos quais todos os FF´s são controlados, simultaneamente, (em paralelo) pelo sinal de CLOCK. Desde que os pulsos de entrada são aplicados em todos os FF’s alguns meios devem ser usados para controlar quando cada FF deve ser complementado ou permanecer no mesmo estado lógico, sob a ação de CLK. Isto é conseguido através das entradas J e K. Portanto, para se construir um contador síncrono há necessidade de se conhecer as funções lógicas de J e K de cada FF, em função das saídas dos mesmos. As funções lógicas de J e K devem ser as mais simples possíveis, para se obter circuitos lógicos econômicos, razão pela qual deve-se lançar mão do mapa K. 37 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães EX.: Implementar um contador síncrono binário à quatro bits (módulo 16), isto é: 38 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães EX.: Implemente um contador, usando o mínimo de componentes, para que gere a seguinte seqüência : 6 - 2 - 3 - 1 - 4 - 5 – 6 – 2 – 3 – 1 – 4 – 5 – 6 –2 – 3 – 1- 4 - 5 - 6 etc. SOLUÇÃO: 39 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães EX: Construir uma década síncrona com partida automática Solução: 40 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães EX.: Implementar um contador com partida automática, que gere a seguinte seqüência: Obs: Os estados que não fazem parte da seqüência devem ser considerados e analisados. 41 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães EX.: Implementar um contador que gere a seqüência 0-2-4-6-8-10-12-14-0 (com partida automática). Solução: 42 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães EX.: Implementar um contador que gere 10-8-6-4-2-15-13-11-10. Os estados não pertencentes à seqüência devem ser considerados. Solução: 43 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães EX.: Implementar um contador que gere 0-3-2-5-7-15-15-13-0. Considerar os estados não utilizados. Solução: 44 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Capítulo IV “Shift Registrs” - Registradores de Deslocamento a) Com entrada serial e saída paralela com deslocamento para a esquerda Observamos que entre o 4º e 5º pulsos de clock, dispomos da palavra serial de entrada, agora na forma paralela, ou seja, disponível nas saídas Q4Q3Q2Q1. Observamos que para cada pulso de clock, o conteúdo do registro é deslocado uma posição à direita. a) Entrada paralela e saída serial 45 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Observamos que a carga paralela do registro ocorre no instante em que a linha de controle vai para o nível alto, ocorrendo então a carga paralela do registro. Observamos que após a carga do registro, o BMS estará imediatamente disponível na saída serial (Q4). Verificamos ainda que para cada pulso de clock que se segue, um dígito da palavra armazenada será deslocado para a saída de forma seqüencial até que todo registro seja zerado. Obs.: D4 1 D4 Propriedades Aritméticas D4 D4 46 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 1) Deslocamento à direita b) Deslocamento à esquerda (5)10 47 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães CAPÍTULO V ANÁLISE DE CIRCUITOS SEQUENCIAIS Z = equação de saída = F(Xi; Yi) Onde Z = variável lógica de saída X → variável lógica de entrada y → variável lógica de estado presente Y → variável lógica de estado futuro OBJETIVO DA ANÁLISE DE ESTADOS Como vimos, a aplicação de uma entrada “x” a um circuito seqüencial, não necessariamente zero a mesma saída “Z”, se aplica ao circuito, em situações distintas. Para que possamos determinar com segurança o comportamento da saída “Z”, para qualquer seqüência de entrada “x”, procederemos a chamada análise de estados. Através da equação de saída, podemos observar que, o estado lógico da saída “Z” é função do estado lógico das variáveis de entrada “x” e do estado lógico das variáveis na saída dos circuitos de memória “Y”. Sendo assim, verificamos: 1 – Que valores lógicos presentes da saída é função do estado atual da entrada “x” e de valores da própria saída (realimentação). 48 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 2 – Ocorre um retardo gerados pelos circuitos de memória, de modo que, uma alteração no estado da saída só serão observados pelas variáveis de estado, algum tempo após. 3 – Não necessariamente uma determinada entrada lógica “x”, aplicada ao circuito, produzirão sempre a mesma resposta “Z”. Isto pode ser entendido pois, para que uma determinada entrada “x” produza sempre a mesma saída “Z”, deveremos garantir que, tenhamos sempre as mesmas condições para as variáveis de estado Y pois, se estas condições forem diferentes ao aplicarmos a entrada “x”, em situações distintas, possível para as respostas serão também distintas. DIAGRAMA DE ESTADOS y → valor atual da variável de estado Y → valor futuro da variável de estado x → variável lógica de entrada Z → variável lógica de saída INTERPRETAÇÃO DO DIAGRAMA A aplicação da entrada “x” ao circuito sequencial, faz com que, o circuito, realize uma transição do estado atual y = A para o estado futuro y = B e a saída assuma um valor “Z”. TABELA DE ESTADOS Seja o diagrama de estados abaixo: 49 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Construir a tabela de estados do diagrama de estados: x → variável de com y y → variável de estado presente 1 2 Y1 Y2 → variável de estado futuro Z → Saída a ser controlada Ex: D/1 → D → estado futuro 1 → saída _ Verificamos que no estado A se aplicarmos uma entrada x = 1, teremos uma transição do estado atual A para o estado futuro C e a saída (Z) assume o valor “0”. No entanto se ao estado for aplicada uma entrada x = 0, teremos uma transição do estado atual A para o estado futuro e a saída (Z) assume o valor “1”. A D 50 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Obs.: Os diagramas ou as tabelas de estado, são as ferramentas que nos permitem descrever o comportamento dinâmico dos circuitos sequênciais. Obs.: 4 estados (A; B; C; e D) são necessários 2 variáveis y1 y2 (dois bits para variável de estado). Ex: Determine a sequência de saída “Z”, de um circuito sequencial que apresenta a seguinte sequência de entrada x: x=1100101 Sabendo que, o estado inicial é A. Obs.: Considerar que o circuito tem seu comportamento dinâmico dado por: SOLUÇÃO 51 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Método para realizar a analise de circuitos seqüenciais. 1. Obter as equações das variáveis de controle dos Flip-Flops. 2. Manter a equação da saída Z. 3. Construir os mapas K para as variáveis anteriores. 4. Construir a partir dos mapas K, o mapa de estados e o diagrama de estado. Exemplo: Realizar a análise do circuito seqüencial: 1. Equações de variáveis de controle dos Flip-Flops. J = x ⊕ y K = xy = x + y = x + y 2. Equação de saída. 3. Construir os mapas K para as variáveis de controle do FF e para a saída Z. Inicialmente determinamos os valores de J e K para os valores de x e y das posições correspondentes no mapa de Karnaugh 52 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães x = 0 y = 0 J = x ⊕ y = 0 ⊕ 0 = 1 ⇒ K = x + y = 0 + 1 = 1 x = 1 y = 0 J = x ⊕ y = 1 ⊕ 0 = 0 ⇒ K = x + y = 1 + 0 = 1 etc. Repetir para determinar o mapa da saída: 4. Construir o mapa de estalo e o diagrama de estado. 53 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães a) Mapa de estado O mapa de estados descreve o comportamento dinâmico do circuito seqüencial, ou seja, podemos dizer que, por hipótese se o circuito se encontrar no estado atual y = 0 e for aplicada uma entrada x = 0 , verificamos que instantaneamente as variáveis de controle JK assumem os valores 11 como podemos verificar no mapa K correspondente. Devemos entender que esta situação de controle J = 1 e K = 1 só poderá mudar a variável de estado, ou seja, a variável de saída do FF- JK, após a ocorrência de transição negativa de sinal de CK, o que farão que o valor na saída do FF após o CK seja "Y = 1" ("Y" ë o valor na saída do FF anterior do CK e "Y" o valor posterior ao CK). Após o CK então, a saída Z assumirá valor como decorrência do novo valor de "y" com a mesma entrada de "x", que nesse caso será Z = 1 como pode ser verificado no mapa K correspondente. 54 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Exemplo: Determinar o diagrama de estados de circuito abaixo: Solução 1FF x1, x2 y Z ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ 2 estados variávei s de entrada variávei s de estado presente saída 1. Equações das variáveis de controle J e K J = x1 ⊕ y1 K = x2 2. Equação de saída Z = y1.x1 = x1 + y1 = x1 + y1 3. Mapa K para as variáveis de controle dos FF e saída 55 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 4. Mapa de estado e diagrama de estado a) Mapa de estado b) Diagrama de estados de circuito 56 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 10 QUESTÃO: Determine o diagrama de estados do circuito abaixo: Solução: 57 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 20 QUESTÃO: Determine o diagrama de estados do circuito abaixo: Solução: 58 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 30 QUESTÃO: a) Determine o diagrama de estados do circuito abaixo: b) Determinar a seqüência de saída para x = 0 1 0 1 0 Solução: 59 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 40 QUESTÃO: Determine o diagrama de estados do circuito abaixo: Solução: 60 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 50 QUESTÃO: a) Faça a análise do circuito seqüencial abaixo: b) Determine a seqüência de saída quando se aplica a seqüência de entrada X1 X2 = I0 , I3 , I2 , I1 tendo como estado inicial y = A. OBS: X1 X2 =I0 =00 X1 X2 =I1 =01 X1 X2 =I2=10 X1 X2 =I3 =11 Solução: 61 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 60 QUESTÃO: Faça a análise do circuito seqüencial abaixo: Solução: 62 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 70 QUESTÃO: Faça a análise do circuito seqüencial abaixo: Solução: 63 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 80 QUESTÃO: Determine a saída Z Solução: 64 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 90 QUESTÃO: Implemente um circuito seqüencial que satisfaça ao diagrama abaixo: Solução: 65 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 100 QUESTÃO: Determinar a seqüência de saída “Z “para o circuito seqüencial que apresenta o diagrama de estados abaixo, para a entrada x = 1 0 0 1 1, sabendo que o estado inicial é A: Solução: 66 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 110 QUESTÃO: Faça a análise do circuito seqüencial abaixo: Solução: 67 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 120 QUESTÃO: Faça a análise do circuito seqüencial abaixo: Solução: 68 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 130 QUESTÃO: Faça a análise do circuito seqüencial abaixo: Solução: 69 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 140 QUESTÃO: Faça a análise do circuito seqüencial abaixo: Solução: 70 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 150 QUESTÃO: Faça a análise do circuito seqüencial abaixo: Solução: 71 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 160 QUESTÃO: Faça a análise do circuito seqüencial abaixo: Solução: 72 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães CAPÍTULO VI SÍNTESE DE CIRCUITOS SEQUENCIAIS Para a realização da síntese de um CKT seqüencial, partimos de uma tabela ou diagrama de estados. O número de Flip-Flops necessários, estão diretamente relacionado com o número de estados, que descreve o comportamento dinâmico do circuito. De um modo geral, é possível a existência de estados redundantes na tabela. Sendo assim, se eliminarmos as redundâncias, obteremos uma tabela de estados otimizada, ou seja, com um número menor de estados. Dessa forma, então obteremos um circuito seqüencial também otimizado. Conceito de Estados Equivalentes Dizemos que dois estados A e B de um CKT seqüencial são equivalentes se e somente se: - Para cada entrada x aplicada ao circuito, as saídas Z geradas assumem o mesmo valor, mesmo que o circuito se encontre indistintamente no estado A ou B. - Os estados futuros de A e B ou seja, A’ e B’ também sejam equivalentes. Método para determinação de Estados Equivalentes Seja a tabela de estados abaixo: Tabela com 5 estados => 3 Flip-Flops são necessários para a implementação do CKT. 73 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Antes de realizarmos os procedimentos, para a implementação do CKT, vamos verificar se existem estados equivalentes. Para isso, contamos com a tabela de implicantes mínimos para indicar todos os estados equivalentes existentes na tabela de estados. a) Tabela de Implicantes Mínimos Determinação dos estados equivalentes através da tabela de implicantes mínimos. - Cada célula da tabela, representa um par de estados os quais, estamos testando a sua possível equivalência. Preencheremos então cada célula da seguinte forma. - Se para cada entrada x aplicada ao circuito, quer o circuito se encontre num ou noutro estado, a saída Z gerada for a mesma, então colocaremos na célula os seus estados futuros pois, a equivalência final do par em questão, dependerá somente de seus estados futuros. Caso ocorra uma entrada que não gera a mesma saída, preencheremos a célula com um X, indicando que os estados em questão, não são equivalentes. Análise das Equivalência Observamos que a possível equivalência do par AB, vai depender da equivalência do par BE, através da tabela de implicantes mínimos, verificamos que B e E não são equivalentes, o que implica na não equivalência do par AB. A possível equivalência do par AC depende da equivalência dos pares BC e BE, como representado à baixo: 74 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Como os estados B e E não são equivalentes, já podemos garantir que A e C também não são. A possível equivalência do par BC depende, como podemos observar, através da tabela de implicantes, de si próprio, o que garante a equivalência entre eles. Finalmente a possível equivalência do par DE dependerá das equivalência dos pares BC e DE Como podemos constatar através da tabela de implicantes, B e C são equivalentes e D e E também serão, pois dependem de si próprios e de BC. b) Diagrama de Equivalência: 75 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Observamos que a tabela de estados original, apresenta cinco estados e serão necessários três FFs. Para a sua implementação a partir do diagrama de equivalência, verificamos que o número de estados se resume à três, o que implica na necessidade de dois FFs para a sua realização. c) Tabela de Estados Simplificada: Atribuindo aleatoriamente os estados A’ = 00 B’ = 01 D’ = 11 d) Procedimento para Síntese de circuitos: e) Construir o mapa de Karnaugh para a saída Z e obter a equação da saída Z. 76 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães No mapa de Karnaugh podemos obter a equação da saída Z: Z = x y1 + xy 1 = x ⊕ y 1 f) Construir o mapa de Karnaugh para as variáveis de controle dos FFs. Mapa para o FF1 J 1 = xy2 K1 = x Mapa para o FF2 J 2 = 1 K 2 = 0 g) Construir o circuito. 77 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 78 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 10 QUESTÃO: Determinar o melhor circuito que satisfaça a tabela de estados abaixo: SOLUÇÃO: 79 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 20 QUESTÃO: Determinar o melhor circuito que satisfaça a tabela de estados abaixo: SOLUÇÃO: 80 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 30 QUESTÃO: Determinar o melhor circuito que satisfaça a tabela de estados abaixo: SOLUÇÃO: 81 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 40 QUESTÃO: Implemente o melhor circuito que reconheça a seqüência x = 11100, admitindo repetições: SOLUÇÃO: 82 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 50 QUESTÃO: Implemente o melhor circuito: SOLUÇÃO: 83 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães DESIGNAÇÃO DE ESTADOS Uma vez obtida a tabela de estados mínima deve-se proceder á designação dos estados. A codificação dos estados do circuito mínimo não deve ser feita de forma aleatória, pois, como será visto no exemplo a seguir, uma designação de estados criteriosa pode levar a um circuito mais simples e menos custoso. Exemplo: Seja a tabela de estados mínima abaixo: 1a designação: A = 00 B = 01 C = 11 D = 10 A realização com flip-flops D forneceria os seguintes mapas e equações: Equação da saída: 84 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 2a designação: A = 00 B = 11 C = 01 D = 10 A realização com flip-flops D forneceria os seguintes mapas e equações: Equação da saída: 85 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 3a designação: A = 00 B = 10 C = 01 D = 11 A realização com flip-flops D forneceria os seguintes mapas e equações: Equação da saída: A terceira designação fornece um melhor resultado porque proporciona um melhor agrupamento dos 1`s e 0`s no mapa. Há duas maneiras de rearrumar os 1`s e 0`s no mapa: 1- Verticalmente: Fazendo os 1`s combinarem sob uma mesma entrada; 86 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 2- Horizontalmente: Fazendo os 1`s combinarem através dos estados futuros de um mesmo estado presente As regras a seguir possibilitam um melhor agrupamento dos 1`s e 0`s no mapa-K. Deve ficar claro, entretanto, que estas regras baseiam-se na realização de circuitos seqüenciais com FF-D; porém, podem ser aplicadas aos outros tipos de FF`s. As regras para designar os estados são: Regra 1: Estados presentes que têm os mesmos estados futuros para uma mesma entrada devem Ter designações logicamente adjacentes. Regra 2: Estados futuros de um único estado presente sob entradas logicamente adjacentes devem ter designações logicamente adjacentes. Regra 3: O estado futuro que mais ocorre na tabela de estados deve ser codificado como “0”. Obs: Este procedimento tem pôr finalidade reduzir o número de 1`s no mapa. Regra 4: Os outros estados devem ser codificados de acordo com as adjacências sugeridas pelas regras 1 e 2, deixando as células do mapa que possuem maior número de 1`s no seu código binário para o final. Deve-se satisfazer, tanto quanto possível, todas as adjacências sugeridas. Vamos aplicar estas regras no exemplo anterior. Seja a tabela de estados mínima abaixo: 87 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Regra 1: A/B, A/C Regra 2: C/D, C/A, B/D, A/B Os mapas para as três designações são mostrados a seguir: Vê-se, portanto, que a terceira designação preenche todos os requisitos pôr isso, fornece um melhor resultado. Em geral, não é possível satisfazer a todas as adjacências sugeridas; pôr isso, satisfaça tantas quantas forem possíveis resolvendo qualquer conflito em favor da regra-1 pôr que tem prioridade. Exemplo: Obtenha uma designação de estados ótima para a tabela mínima abaixo Solução: Regra 1: A/B, A/C Regra 2: B/C Regra 3 e 4: B Para a regra-3 verificamos que o B se repete 4 vezes na tabela, logo B = 00 88 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães Regra-1 - Verificamos que na linha do estado presente A e entrada x = 0 temos o estado futuro B/1 E na linha do estado presente B e mesma entrada do anterior (x = 0) temos o estado futuro B/1, logo a adjacência de (A/B) - O A/C é devido a que no estado presente, tanto do A como do C para x = 1 temos o mesmo estado futuro B/0 e B/1 Regra-2 Para um mesmo estado presente, como pôr exemplo o B temos (B/1 e C/0) e tendo a entrada adjacente para x Logo a melhor combinação é: Observamos que entre as adjacências A/C e B/C, a adjacência A/C foi preferida por estar na regra-1 que é prioritária. Observe também que a célula y1 y2 = 11 (apesar de Ter maior número de 1`s no seu código binário) foi utilizada para poder satisfazer à adjacência A/C da regra –1 89 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães PROCEDIMENTO GENERALIZADO PARA SÍNTESE DE CIRCUITOS SEQUÊNCIAIS SÍNCRONOS 1- Obter um diagrama de estados a partir da descrição por palavras do problema; 2- Usar a tabela de implicação para achar um circuito equivalente com um mínimo de estados 3- Obter uma ótima designação de estados e gerar a tabela codificada; 4- Usar a tabela de entrada do Flip-flop a ser utilizada no projeto para obter os mapas das entradas dos flip-flops; 5- Achar as equações lógicas para as saídas e para as entradas dos flip-flops; 6- Desenhar o diagrama lógico do circuito. 90 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 1a QUETÃO: Obtenha uma designação de estados ótima para a tabela mínima abaixo: Solução: 91 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 2a QUETÃO: Obtenha uma designação de estados ótima para a tabela mínima abaixo: Solução: 92 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 3a QUETÃO: Obtenha uma designação de estados ótima para a tabela mínima abaixo: Solução: 93 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 4a QUETÃO: Obtenha uma designação de estados ótima para a tabela mínima abaixo: Solução: 94 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 5a QUETÃO: Obtenha uma designação de estados ótima para a tabela mínima abaixo: Solução: 95 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 6a QUETÃO: Obtenha uma designação de estados ótima para a tabela mínima abaixo: Solução: 96 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 7a QUETÃO: Obtenha uma designação de estados ótima para a tabela mínima abaixo: Solução: 97 Eletrônica Digital II Prof.: José Octavio Guimarães 8a QUETÃO: Obtenha uma designação de estados ótima para a tabela mínima abaixo: Solução: