QUÍMICA TERMODINÂMICA PROF: Dr.: NEWTON LUIZ DIAS FILHO QUÍMICA 1 - SISTEMAS, PROPRIEDADES E PROCESSOS TERMODINÂMICOS. A termodinâmica é a ciência das relações entre as propriedades macroscópicas dos sistemas materiais. QUÍMICA 1.1 – SISTEMA E MEIO EXTERNO Sistema Si t t termodinâmico di â i é o conteúdo t úd d um volume de l macroscópico que foi escolhido como objeto de investigação e considerado separadamente do resto do Universo, chamado meio externo ou vizinhança. Um sistema é limitado por uma superfície que, embora arbitrária, deve ser perfeitamente definida. Ela constitui a fronteira que separa o sistema do meio externo. externo Sistema e meio externo interagem g através dos limites do sistema e esta interação se exerce mediante uma troca de energia e/ou de matéria. QUÍMICA Nenhum sistema se transforma sem que transformem também os corpos da vizinhança vizinhança, a não ser que o sistema esteja completamente isolado do meio externo. Matéria Sistema ⎧isolados ⎪ SISTEMA ⎨ fechados ⎪abertos ⎩ ⎧trabalho Energia ⎨ ⎩calor QUÍMICA SISTEMA ISOLADO: não trocam matéria nem energia com o meio externo (massa e energia constantes). SISTEMA FECHADO: não trocam matéria, mas podem permutar energia p g ((massa constante). ) SISTEMA ABERTO: ABERTO podem d trocar matéria é i e energia i (massa ( variável). QUÍMICA Reservatório de trabalho Reservatório de calor Fi 1.1.1. Fig. 1 1 1 Medida M did das d trocas de d energia i entre sistema i e meio i externo QUÍMICA TRANSFORMAÇÕES Isométrica (V cte): quando a parede móvel (ou pistão) do invólucro for imobilizada; Isobárica ou isopiéstica (P cte): quando o pistão se deslocar de modo a permitir equilíbrio entre a pressão interna P e uma pressão externa constante (pressão atmosférica). Adiabática: quando as paredes do invólucro forem diatérmicas, d modo de d que as trocas t d calor de l entre t o sistema it e o meio i externo t permitem a manutenção de equilíbrio entre a temperatura interna, T, e uma temperatura externa constante, T. QUÍMICA 1.2 – Propriedades termodinâmicas São quantidades macroscópicas, acessíveis à medida experimental p direta ou indireta,, e relacionadas com o estado interno do sistema, por serem o resultado estatístico das propriedades dos corpúsculos que o constituem. São também chamadas variáveis, variáveis coordenadas ou parâmetros termodinâmicos e se classificam em intensivas e extensivas. QUÍMICA EXTENSIVAS Dependem D d d da quantidade id d d de matéria é i contida id no sistema. i Sã São aditivas, pois o valor de uma propriedade extensiva é igual a somas das contribuições de cada uma das partes (ou subsistemas) em que o sistema pode ser dividido. Ex: massa ou nº de móis, volume, capacidade calorífica e propriedades i d d medidas did em unidades id d de d energia i tais t i como energia i interna, entalpia, entropia, etc. QUÍMICA INTENSIVAS Não dependem p da extensão do sistema e não são,, p portanto,, aditivas. O valor pode ser o mesmo em todos os pontos de extensão do sistema ou pode variar de um ponto a outro mas nunca se altera quando se divide i i o sistema i em subsistemas. i Exemplos: Intensivas propriamente ditas: temperatura, pressão, tensão superficial, viscosidade, índice de refração, constante dielétrica, etc. Intensivas derivadas das extensivas: volume específico (mL.g-1), volume molar (mL.mol-1), calor específico (cal g-1 grau-1), calor molar l (cal.mol ( l l-11.grau-11), ) potencial i l químico í i (cal.mol ( l l-11), ) molaridade l id d (móis.L-1). QUÍMICA ⎛ ∂G ⎞ ⎜ ⎟ =μ ⎜ ∂n ⎟ ⎝ ⎠ OBS: ext T ,P ⎛ ∂G ⎞ ⎜ ⎟ =V ⎜ ∂P ⎟ ⎝ ⎠ ext ext int int T ext QUÍMICA 1 3 - Sistemas 1.3 Si h homogêneos ê eh heterogêneos, ê ffases Sistema homogêneo: É aquele cujas propriedades intensivas (variáveis de composição, densidade, etc.) são idênticas em todos os pontos ou variam sem descontinuidade. Trata-se, evidentemente, id t t d de um critério ité i macroscópico, ó i pois i do d ponto t de d vista microscópico, nenhum sistema é homogêneo. Sistema heterogêneo: É aquele constituído de dois ou mais sistemas homogêneos, limitados entre si por superfícies bem definidas (interfaces) nas quais se verificam variações bruscas de propriedades. Fase: A cada subsistema homogêneo dá-se o nome de fase, não sendo necessário que uma fase seja uma região contínua. Um sistema it h homogêneo ê é portanto, é, t t monofásico. fá i QUÍMICA Sistema trifásico Obs.: O sólido não é contínuo, porém o que caracteriza a homogeneidade do sólido é a identidade de composição p ç e demais propriedades entre todos os cristais de NaCl. Vapor d’água (fase gasosa) Sol. Saturada de NaCl (fase líquida) Cristais de sal (fase sólida) Fig. 1.2. Sistema heterogêneo QUÍMICA 1 4 - Solução. 1.4 S l ã Composição C i ã de d uma solução. l ã COMPONENTE: de um sistema é qualquer substância ou espécie química que participa da sua composição. Ç é um sistema homogêneo g ((ou fase de um sistema SOLUÇÃO: heterogêneo) de que participam dois ou mais componentes. Os c componentes de uma fase posem ser numerados de 1 a c. Se i representa qualquer um deles, i = 1,2.....c A composição de um sólido fica conhecida quando é dada a massa de cada um dos componentes ou, alternativamente, o número de móis de cada um deles: M = M + M + .... + M = ∑ M 1 2 c i n = n + n + .... + n = ∑ n 1 2 c i i i QUÍMICA Maneiras de exprimir a composição de uma solução: a) Fração mássica, fração volúmica, fração mássica – volúmica e fração molar: M ∑M i i V ∑V M ∑V i i i b)) Fração ç molar: n ∑n i i i i n x = ∑n i i i i i i i x + x + ... + x = ∑ x = 1 1 2 c i 1 QUÍMICA c) Molalidade, molaridde, normalidade 1000gr H2O – 55,5 móis H2O __ Solvente: Mo __ M ,no , Vo S solutos: M , M , n, V S s S S d) Molalidade de um soluto é o nº de móis do soluto dissolvido em 1000 gramas (1Kg) de solvente. n x1000 , onde m = M S S 0 é expresso em gramas ou n m = M ( Kg K ) S S 0 QUÍMICA e)) Molaridade M l id d de d um soluto l t é o nºº de d móis ói do d soluto l t dissolvido di l id em mil mililitros (1 litro) de solução: n n C = x1000, V é expresso em mililitros, ou C = V (L ) V S S S S f) Normalidade de um soluto é o nº de equivalentes grama do soluto l t dissolvido di l id em mil il mililitros ililit (1 litro) lit ) de d solução: l ã n eq.g N = x1000, V é expresso em mL, ou V 0 S n eq.g , onde n eq.g = m N = eq.g V o o S sol QUÍMICA 1.5 – Temperatura. Zeroésimo princípio da termodinâmica Estado de equilíbrio: quando as propriedades termodinâmicas do sistema não variam com o tempo. QUÍMICA Fig. 1.5.1. Propriedades das paredes adiabáticas e diatérmicas. ⎧x x antes ⎨ ⎩y y A A B B depois ⎧x x ⎨ ⎩y y A A B B antes ⎧x x ⎨ ⎩y y A A B B ⎧x x depois ⎨ ⎩y y ' ' A B ' ' A B QUÍMICA Equilíbrio térmico: é um estado que não varia com o tempo, atingido por dois ou mais sistemas após interação através de paredes diatérmicas. 2° experimento: mostra que uma grandeza relacionada com as variáveis deve ter-se “equilibrado” q entre os dois sistemas. Existe pois pois, uma função em que θ é a temperatura, temperatura de forma que, atingido o equilíbrio térmico, deve-se ter θ ( x , y )= θ ( x , y ) A ou ' ' A A B θ =θ A B ' ' B B QUÍMICA Fig. g 1.5.2. Zeroésimo Princípio p da termodinâmica. ( x , y ), ( x , y ), ( x , y ) após equilíbrio térmico: ( x , y ), ( x , y ), ( x , y ) anteriores ao experimento: X A B B C C ' ' ' ' ' ' A A B B C C QUÍMICA ZEROÉSIMO PRINCÍPIO OU LEI ZERO DA TERMODINÂMICA - Dois sistemas que q e se põem em equilíbrio eq ilíbrio térmico com um m terceiro estarão também em equilíbrio térmico entre si. QUÍMICA 1 6 – Comparação 1.6 C ã entre escalas l de d temperatura Fig. 1.6.1. Escalas de temperatura. QUÍMICA Kelvin (T) e Celsius (t): T = 173,15 + t Farenheit (tF) e Celsius (t): t = 32 + 1,80t f Rankine (TR) e Farenheit (tF): R ki (TR)e Rankine ) Kelvin K l i (T): (T) T = 491,67 + (t − 32 ) R T 491,67 = = 1,8 T 273,15 R f QUÍMICA 1.7 - Equilíbrio termodinâmico. Variáveis de estado - Um sistema encontra-se encontra se em equilíbrio termodinâmico, ou em determinado estado termodinâmico, quando as suas propriedades ou variáveis termodinâmicas mantêm-se inalteradas com o tempo. p - O valor de uma propriedade termodinâmica só depende do estado atual em que e encontra o sistema e não de sua “história anterior”. QUÍMICA O estado de equilíbrio termodinâmico pode ser considerado como resultado da simultaneidade de 3 espécies de equilíbrio: Equilíbrio térmico: a temperatura é a mesma em todos os pontos do sistema. Além disso, esta temperatura T é igual a temperatura do meio externo. Equilíbrio mecânico: a pressão é a mesma em todos os pontos do sistema, it o que permite it falar f l de d uma pressão ã do d sistema. it Alé Além disso, a pressão P do sistema é igual a pressão do meio externo. Equilíbrio químico: a concentração de cada componente é a mesma em todos os p pontos do sistema homogêneo, g ,oq que p permite falar de uma composição do sistema. QUÍMICA VARIÁVEIS Á DE ESTADO OU COORDENADAS TERMODINÂMICAS - São as propriedades independentes, escolhidas para caracterizar o estado de um sistema. FUNÇÕES DE ESTADO OU FUNÇÕES TERMODINÂMICAS: -São as demais propriedades cujo valor fica determinado pelas variáveis de estado. A relação entre uma função de estado, z, e as variáveis de estado, tais como x, y, pode ser representada por qualquer das seguintes notações: z = f ((x,, y); z = z ((x,, y); z ((x,, y) QUÍMICA Ex: 100g de H2O, t = 25 °C, P = 1atm. Estas 3 variáveis, uma extensiva e duas intensivas são suficientes p para caracterizar o sistema, considerado e, com isso, todas as demais propriedades da água ficam determinadas. A intensivas (densidade, tensão superficial, índice de refração, calor específico, etc) ficam determinadas unicamente pela temperatura e pressão, mas as extensivas (volume, (volume energia interna, interna entropia, entropia etc) dependem também da massa. Representando R t d por zi e por ze, respectivamente, ti t uma propriedade i d d intensiva e uma extensiva, tem-se para o caso da água: zi (T, P); ze (T, P, M) Generalizando, considere-se um sistema homogêneo, constituído de c componentes. QUÍMICA Para ccaracterizar ce o es estado do de equ equilíbrio b o de u um tal ssistema se é necessário especificar, também, a composição, isto é, as variáveis de concentração sob a forma de fração molar, qualquer propriedade intensiva é uma função zi (T, P, x1, x2, …., xcc-11), pois a composição fica determinada por (c-1) termos molar. Entretanto,, uma p propriedade p extensiva determinada quando se dá também a massa, composição, o que equivale a especificar o nº de componentes de sorte que ze (T, P, n1, n2, ...., nc) de fração só fica além da móis dos QUÍMICA 1.8 - Transformações de um sistema. Processos irreversíveis e processos reversíveis í i -Transformações de um sistema é qualquer mudança de seu estado termodinâmico, isto é, a sua conversão do estado de equilíbrio ilíb i inicial i i i l (1) ao estado d final fi l (2). (2) Quando Q d o estado d final fi l é idêntico ao estado inicial, diz-se que o sistema sofreu uma transformação cíclica. cíclica Ex: vaporização de um líquido, dissolução de um sólido. Estado inicial (x1, y1) Estado final (x2, y2) QUÍMICA Fig 1.8.1. Fig. 1 8 1 Transformações reversíveis. reversíveis QUÍMICA 1.9 - Variação de uma propriedade - A transformação de um sistema entre o estado inicial (1) e o estado final (2) de equilíbrio é acompanhado de variação de uma ou mais i propriedades i d d termodinâmicas. t di â i - A variação, ou acréscimo, de uma propriedade z do sistema é definida como a diferença entre o valor final e o valor inicial da propriedade ou Δz = z − z 2 1 Δz = z ( x , y ) − z ( x , y ) 2 2 2 1 1 1 QUÍMICA onde: ( x1 , y1 ) e ( x2 , y2 ) são variáveis independentes que caracterizam um estado,, e z1 e z2 são função ç dessas variáveis. - A variação de uma propriedade de um sistema que sofre uma transformação entre dois estados só depende destes estados e não do processo que levou o sistema de um a outro estado, seja ele reversível ou irreversível. - A variação de uma propriedade não depende do “caminho”, do “percurso” p ou da “marcha” da transformação ç entre os estados inicial e final do sistema. Supondo se dois processos reversíveis, A e B, representados na Supondo-se figura anterior e mais um processo irreversível C (que não pode ser representado), todos capazes de levar o sistema do estado (1) ao estado (2), QUÍMICA (Δz ) = (Δz ) = (Δz ) = z − z A B C 2 1 É claro que a variação Δz pode ser positiva ou negativa, conforme z2 > z1 ou z2 < z1 Δzciclo= 0 Extremos coincidem QUÍMICA 1.10 - Diferenciais exatas e inexatas Seja uma propriedade z, que é função continua das variáveis de estado x, y, o que se representa por z (x, y). Uma variação infinitesimal da propriedade (correspondente à passagem do sistema entre estados extremamente próximos), será dada pela equação diferencial linear ⎧diferencial exta ∂z ⎞ ⎛ ∂z ⎞ ⎛ dz = ⎜ ⎟ ydx + ⎜ ⎟ dy ⎨ ⎝ ∂x ⎠ ⎩ou diferencial total ⎝ ∂y ⎠ x - O primeiro termo é a taxa de variação da função z em relação à variável independente de x permanecendo y constante multiplicado pela variação de x. x QUÍMICA - O segundo termo é a taxa de variação de z em relação a y, permanecendo x constante, constante multiplicado pela variação de y. y Tome-se como exemplo o volume de uma certa massa de um sistema simples, simples que é a função apenas da temperatura e da pressão. Então V (T, P) é ∂V ⎞ ∂V ⎞ ⎛ ⎛ dV = ⎜ ⎟ dT + ⎜ ⎟ dP ⎝ ∂T ⎠ ⎝ ∂P ⎠ P T Logo: “a diferencial da função de uma variável é igual ao produto da derivada da função pela diferencial da variável variável”. ∂z ⎞ ⎛ ∂z ⎞ ⎛ Voltando a: dz = ⎜ ⎟ dx + ⎜ ⎟ dy ⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂y ⎠ y x QUÍMICA Em que tanto a propriedade z como as derivadas parciais são funções contínuas de x e y, tem-se: ⎛ ∂z ⎞ = M ( x, y ) ⎜ ⎟ ⎝ ∂x ⎠ y ⎛ ∂z ⎞ ⎜ ⎟ = N ( x, y ) ⎝ ∂y ⎠ x dz = M ( x, y )dx + N ( x, y )dyy QUÍMICA mas, sendo funções de x e y, mas y as derivadas parciais podem ser diferenciadas em relação a estas variáveis, dando 4 derivadas de 2º ordem. Limitando-se as derivadas mistas obtém-se ⎛ ∂ z ⎞ ⎛ ∂M ⎞ ⎟ =⎜ ⎟ ⎜ ⎝ ∂y∂x ⎠ ⎝ ∂y ⎠ 2 x ⎛ ∂ z ⎞ ⎛ ∂N ⎞ ⎟ =⎜ ⎟ ⎜ ⎝ ∂x∂y ⎠ ⎝ ∂x ⎠ 2 , x y y Sendo z uma função contínua de x e y; como se supõe, supõe pode-se demonstrar que as derivadas mistas são idênticas ou que a ordem de diferenciação não influi no resultado. Portanto, ⎛ ∂M ⎞ ⎛ ∂N ⎞ ⎜ ⎟ =⎜ ⎟ ⎝ ∂y ⎠ ⎝ ∂x ⎠ x y QUÍMICA Esta relação de reciprocidade é condição necessária e suficiente de exatidão de uma equação diferencial. diferencial “A integral definida de uma diferencial exata é igual à diferença entre os valores da função nos dois limites, limites qualquer que seja o caminho seguido na integração” A variação i ã de d uma propriedade i d d termodinâmica t di â i sóó depende d d dos d estados inicial e final do sistema e não dos estados intermediários. intermediários “A integral definida de uma diferencial inexata depende do caminho de integração e ao longo de um ciclo esta integral não se anula”. QUÍMICA 1° exemplo: du = 2 y dx + 4 xy dy 4 M ( x, y ) = 2 y 3 N ( x, y ) + 4 xy 4 ⎛ ∂M ⎞ ⎛ ∂ 2 y ⎞ 8 ⎜ ⎟ =⎜ ⎟ = 8y ⎝ ∂y ⎠ ⎝ ∂y ⎠ x 3 ⎛ ∂N ⎞ = ⎛ ∂ 4xyy ⎞ = 4 y ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂x ⎠ 3 4 x mostre se é exata ou inexata. 3 y inexata 3 QUÍMICA todavía multiplicando a equação por x df = 2 xy dx + 4 x y dy 4 ⎛ ∂M ⎞ ⎜ ⎟ = 8xyy ⎝ ∂y ⎠ x 3 2 3 ⎛ ∂N ⎞ = 8xy ⎟ ⎜ ⎝ ∂x ⎠ 3 y O fator x neste caso é um fator integrante porque converteu a inexata na exata dff . QUÍMICA 2º exemplo: A diferencial dV é exata mas inexato. dW =éPdV Considere um gás ideal cuja equação de estado é PV = nRT .Tem-se por diferenciação: ⎛ ∂V ⎞ = n R ⎜ ⎟ P ⎝ ∂T ⎠ ⎛ ∂V ⎞ = −n RT ⎜ ⎟ P ⎝ ∂P ⎠ 2 P Substituindo em T ∂V ⎞ ∂V ⎞ ⎛ ⎛ dV = ⎜ ⎟ dT + ⎜ ⎟ dP ⎝ ∂T ⎠ ⎝ ∂P ⎠ P T nR nRT dt − dP dV = P P 2 QUÍMICA ⎛ ∂ nR ⎞ = − nR ⎜ ⎟ P ⎝ ∂P P ⎠ 2 T ⎛ ∂ − nRT ⎞ = − nR ⎜ ⎟ P ⎠ P ⎝ ∂T 2 “exata” exata 2 nRT multiplicando por P, obtém-se: PdV = nRdT − dP P ⎛ ∂ nR ⎞ = 0 ⎜ ⎟ ⎝ ∂P ⎠ T ⎛ ∂ − nRT ⎞ P = − nR ⎜ ⎟ P ⎠ P ⎝ ∂T “inexata” QUÍMICA Por isso: ∫ dV = V − V V2 V1 2 enquanto: ∫V V2 1 1 PdV depende do caminho da integração. Pode-se representar a integral definida de uma diferencial exata por: ∫ dz = ∫ z2 x2 y 2 z1 x1 y1 e demonstra-se que: [M ( x, y )dx + N ( x, y )dy ] ∫ dz = z ( x , y ) − z ( x , y z2 z1 2 2 1 ∫ dz = z − z z2 z1 2 ∫ dz = 0 1 1 ) QUÍMICA “A integral definida de uma diferencial exata é igual á diferença entre os valores da função nos dois extremos, qualquer que seja o caminho i h seguido id na integração”. i t ã ” Como C conseqüência, üê i se os limites forem idênticos (integral ao longo de um ciclo) será nulo o valor da integral.