LISTA DE EXERCÍCIOS
Goiânia, _____ de ______________ de 2015.
Série:
1º ano
Aluno(a):______________________________________________________________
Disciplina: Redação  Professor: Fábio  e-mail: [email protected]
Proposta de redação
1) Fora da caixinha
Respeitados organismos internacionais nos advertem
de que as mudanças climáticas causarão cada vez maiores
períodos de estiagem e chuvas intensas de curta duração.
Vamos conviver simultaneamente com a insuficiência de
chuvas para o abastecimento público e com enxurradas e
inundações.
Enquanto insistirmos em pensar quadriculado, cada
coisa na sua caixinha, ambos os problemas nos
ameaçarão. Na região metropolitana de São Paulo, é
preciso reorientar a gestão das águas. As discussões do
abastecimento e do controle de vazão e enchentes devem
ser pensadas de forma complementar, sobretudo porque,
nas estimativas do governo estadual, até 2035 o consumo
de água na região metropolitana deve crescer 40%.
Dentro desse quadro, os piscinões foram concebidos
como estruturas que lidam com as chuvas com o objetivo
estrito de reter as grandes vazões, permitindo que a água
coletada se esvaia aos poucos. Buscam cumprir de forma
artificial o papel das florestas, brejos e meandros de rios,
que minimizavam enchentes e desapareceram com a
lamentável pavimentação indiscriminada da cidade. Se
funcionam bem, os piscinões permitem que as águas de
chuva escoem sem transtornos, exceto o lixo que fica
neles acumulado. Mas trata-se de uma lógica dissociada
da evidente necessidade de água na metrópole.
A construção dessas estruturas se faz com foco
unicamente no controle de vazões de cheias, uma visão
parcial e estreita das águas. Cada piscinão poderia passar
a contar com um complemento valioso: o tratamento das
primeiras águas de cada chuva, as que chegam poluídas,
tendo enxaguado as ruas. Essa água, se e quando tratada
nos piscinões, deixará de carrear poluição para os rios e
estará apta a ser usada para diferentes fins. O uso múltiplo
da água assim recuperada permitiria a requalificação e o
saneamento de córregos e rios, a utilização industrial e
comercial da água de reúso e também o bombeamento da
água de melhor qualidade para as represas de
abastecimento público.
MORI, Celso; GOLDENSTEIN, Stela. Fora da caixinha.
Folha de S. Paulo. São Paulo, 18 de maio 2014, p. A3
2)
Se medidas urgentes não forem tomadas, é quase
certo que tenhamos um problema de saneamento e de
abastecimento muito grande já daqui a duas décadas. Não
que a água do planeta vá acabar, claro, mas haverá
problemas sérios de falta de mananciais utilizáveis nas
regiões urbanas. O planeta vive um ritmo de urbanização
intenso, em especial na Ásia e na África. Para lidar com
isso, é preciso reduzir a perda de água tratada e reutilizála cada vez mais.
No campo das causas, além do crescimento urbano, é
preciso considerar o aumento da população da classe
média nas economias emergentes. Isso significa que
quem não consumia passou a consumir, o que aumenta a
pressão sobre o sistema energético e de abastecimento.
Existe ainda a questão ambiental. Desmatamentos às
margens dos rios contribuem para que estes sequem. E há
áreas onde os lençóis freáticos foram tão sobrecarregados
que elas agora correm o risco de se tornar desérticas,
como já se pronuncia na cidade do México.
O Brasil desperdiça muita água tratada. Nossa perda
média é de 37%, enquanto o padrão internacional
considerado bom é entre 10% e 15%.
OLIVEIRA, Gesner: Trechos da entrevista “O fim da era
do desperdício”. Veja. São Paulo, 6 ago. 2014, p. 17-21
(Adaptado)
3) O Clima e a geografia política
Mais de cem municípios no Sul do País sofreram nas
últimas semanas inundações muito fortes. Dezenas deles,
principalmente no Rio Grande do Sul, estão em “estado
de emergência”. Os desalojados ou deslocados pela água
são dezenas de milhares, até Porto Alegre teve parte suas
ruas alagadas. Enquanto isso, partes do Sudeste e CentroOeste enfrentam a seca, a crise no abastecimento de água
em São Paulo é alarmante.
É inútil e contraproducente pensar, como tanta gente
faz, que mudanças climáticas são um problema distante
de nós. O Brasil já é um dos cinco maiores emissores de
poluentes que contribuem para as mudanças do clima. E
no mundo todo o panorama se agrava. Relatório muito
recente da ONU (UN News, 4/7) deixa claro que os
problemas nessa área já são tão graves que se teme
possam gerar questões antes impensáveis na área da
geografia política, da demarcação de fronteiras, da
soberania do território diante das migrações em massa de
vítimas de desastres climáticos. No final do ano passado,
por exemplo, já se contavam 51,2 milhões de pessoas
deslocadas por essas causas e conflitos. E até 2050 a
previsão é de que sejam 250 milhões.
Tudo isso leva a Universidade das Nações Unidas a
dizer que nessa área do clima o mais importante é a
“adaptação”, a construção de sistemas sociais e
econômicos adequados, a ocupação mais racional dos
territórios, das cidades, das áreas costeiras, a exploração
contida e suportável dos aquíferos, tecnologias
inovadoras – como arroz tolerante à água salina fruto da
elevação do nível do mar, em Bangladesh. A conceituada
revista New Scientist (5/4) acha que nove países já estão
-1-
respondendo adequadamente aos problemas, inclusive
com a construção de diques para conter águas fluviais e
marítimas, mudanças profundas nos sistemas de irrigação,
novas variedades agrícolas.
A linha central dos estudos do Painel
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da
ONU, é de que não se deve “contar com a incerteza”; é
“indispensável mudar já”. Mas na grande escala política
continua tudo difícil. Há muitas manifestações de
intenções dos países mais ricos de chegar a um acordo em
2015 que leve a compromissos internacionais de redução
de emissões de poluentes e impeça o aumento da
temperatura planetária além de 2 graus Celsius. Mas as
mudanças concretas são poucas e difíceis.
Tudo tão grave que se torna cada vez mais frequente
a citação do renomado filósofo e linguista Noam
Chomsky (rawstory com, 18/6), do Instituto de
Tecnologia de Massachusstes, segundo quem “o clima já
é uma ameaça à vida humana”; mas é também “a primeira
vez na história que a humanidade tem a possibilidade de
criar condições para a sobrevivência digna”.
NOVAES, Washington. O clima e a geografia
política. O Popular. Goiânia, 10 julho 2014, p. 9
4)
Disponível em:
<https://www.google.com.br/search?q=desastres+ambientais&biw=1366&bih=667&tbm=i
sch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=ysRCVd7mPMq1sASQh4G4CQ&ved=0CBwQsAQ
&dpr=1#tbm=isch&q=charge+sobre+desastre+ambiental+polui%C3%A7ao+dos+ro%5Ci
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Proposta: Produza uma dissertação argumentativa sobre o
tema Atitudes que o ser humano tem tomado em
relação à água
- 2-
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