1º DE ABRIL UM ROTEIRO DE ANE KELLY PEREIRA, JOYCE DE OLIVEIRA, LUANA MOREIRA E KELEN CRISTINA ARAÚJO. CENA 1/CASA DA AVÓ/NOITE AVÓ Dizia a lenda que em todo dia 1° de abril aparecia um espírito do mal que aterrorizava a todos. JÚLIA Mas vovó, 1° de abril é amanhã. AVÓ (tranquilamente) Sim. E a lenda irá acontecer amanhã. JÚLIA E o que podemos fazer para evitá-la? AVÓ Você deverá jogar água benta por todas as ruas da cidade até às 17h. Depois disso, o feitiço estará acabado. JÚLIA Tudo bem. Respondendo isso, Júlia foi para o seu quarto e dormiu, pensando no dia seguinte. CENA 2/QUARTO DA JÚLIA/DIA JÚLIA (ao telefone) Oi, Luísa. Por que você demorou tanto para atender? Preciso te contar uma coisa urgente! Você sabe que dia é hoje? LUÍSA Bom dia, Júlia. Calma. E hoje é 1° de abril, não é? JÚLIA Sim, pois é! A vovó ontem à noite me contou a história sobre o que acontece no dia 1° de abril. Vai aparecer um espírito do mal e vai aterrorizar nossas vidas. Você tem que me ajudar a impedir. LUÍSA É alguma piada de 1° de abril? JÚLIA (desesperada) -É claro que não! Nós temos que jogar água benta por todas as ruas da cidade. Você tem que vir pra cá. Luísa (assustada) Tá bom, eu vou. CENA 3/CASA DA JÚLIA/DIA JÚLIA Luísa, precisamos começar a agir rápido. Guarde suas coisas e vamos. LUÍSA Onde vamos encontrar água benta? JÚLIA (pensativa) Tem uma igreja aqui perto. Vamos lá. CENA 4/FRENTE DA IGREJA/TARDE Quando estavam quase chegando à igreja, as meninas perceberam, apreensivas, que estava acontecendo uma confusão. Depois de serem ignoradas, até porque o padre nem estava lá, e depois de entrarem na confusão e ouvirem muita coisa, conseguiram a tão esperada água benta. No caminho de volta para casa, Luísa distraída conversando com Júlia, acabou derramando metade da água. JÚLIA (gritando) Luísa, olha o que você fez! E agora? Essa água aí não vai ser suficiente. LUÍSA (atrapalhada) Desculpe-me. Não foi culpa minha. JÚLIA Já sei! Vamos misturar esse pouco de água benta com água normal, aí vai ter muita água benta. LUÍSA Isso não seria trapaça? JÚLIA Não. Vamos logo, que já está muito tarde. Enquanto as meninas andavam animadas para chegar logo à casa de Júlia para misturar a água, começou uma chuva muito forte. As meninas correram assustadas. LUÍSA Tá vendo, Júlia?! O espírito ouviu sua ideia de trapaça e tá querendo se vingar. JÚLIA (com medo) Será? Então vamos esquecer essa ideia. Vamos entrar em casa e trocar essas roupas e ir cumprir nossa missão. CENA 5/CASA DA JÚLIA/16H45MIN As meninas chegaram em casa e foram tomar rapidamente um banho e trocar as roupas molhadas. Depois Olharam no relógio. LUÍSA Júlia, já são 16h45min. Que horas temos que espalhar a água benta? JÚLIA (desesperada) 17h! Oh, minha nossa, só temos 15 minutos. VAMOS! As meninas pegaram a água benta e saíram. JÚLIA Vamos pegar a estação central. É o caminho mais rápido. CENA 6/RUA/ENTARDECER Elas caminharam rápido demais. Cada uma com sua porção de água benta, jogando um pouco por duas ruas da cidade. De repente, apareceu uma mulher com aparência de terror e olhou para as duas meninas, jogando pingos de água pela rua. MULHER Ei, o que vocês estão fazendo? LUÍSA Estamos tirando a maldição! MULHER Mas que maldição? Vocês estão loucas? JÚLIA Vovó me disse que todo dia 1° de abril aparece um espírito do mal para aterrorizar a todos. Para evitarmos isso, temos que jogar água benta por todas as ruas da cidade até às 17h. MULHER Mas menina... As meninas saíram correndo para continuar sua missão MULHER Só se for maldição mesmo. Ao longo do caminho, Júlia e Luísa encontraram vários obstáculos e pessoas. Por fim, a meia-noite chegou e ainda faltavam 4 ruas. Luísa (com medo) E agora? Júlia (em desespero) Estamos perdidas! Desisto. Só nos resta sentar aqui no chão dessa rua e esperar o espírito do mal nos atacar. As meninas meninas, já começaram a preocupada chorar, e aliviada desconsoladas. quando as A viu, avó das resolveu perguntar. AVÓ: O que houve, meninas? LUÍSA Estamos perdidas! Não conseguimos retirar a maldição. Ainda faltam 4 ruas e já são mais de 17 horas. AVÓ Hum... Júlia? JÚLIA Sim? AVÓ Não podemos acreditar em tudo o que ouvimos, e se você se esqueceu, é 1° DE ABRIL! As meninas se entreolharam, olharam para a avó e sorriram. AVÓ Então, quem quer comer torta? E assim, as duas primas e a avó voltaram para casa, sorrindo. Moral da escuta. história: Não acredite em tudo o que vê, lê ou SINOPSE Será que tudo o que ouvimos, vemos e lemos é confiável? Será que podemos acreditar em tudo sem procurar saber, pesquisar se é verdade ou não? É isso que Júlia e Luísa, duas primas muito amigas, podem ensinar depois de uma experiência, de tirar o fôlego, que tiveram.