FALTA D’ÁGUA
Se o assunto é água, embora o Brasil seja um país privilegiado (sozinho, detém
12% da água doce de superfície do mundo), falta água no semiárido e nas grandes
capitais, porque a distribuição desse recurso é desigual. Cerca de 70% da reserva
brasileira de água está na Região Norte, onde vivem menos de 10% da população. A
situação pode ser pior nas regiões populosas, nas quais o consumo é maior e a
poluição das indústrias e do esgoto residencial reduz o volume disponível para o uso. É
o caso da bacia do rio Tietê, na região metropolitana de São Paulo, onde os habitantes
têm acesso a um volume de água menor do que o recomendado para uma vida
saudável.
Diante da redução dos níveis dos reservatórios das grandes cidades brasileiras,
muito se tem falado sobre desperdício e utilização racional da água. Neste sentido, é
preciso considerar que o consumo humano em hábitos básicos como saciar a sede,
banhar-se, lavar roupa e cozinhar é relativo e pode variar muito, dependendo,
inclusive, de aspectos culturais da população. Alguns estudos mostram que, por dia, o
brasileiro gasta de 50 a 200 litros de água. Reduzir este índice depende de diversos
fatores mas, principalmente, da forma como o recurso é usado.
As maiores vilãs do desperdício nas instalações prediais são as válvulas
convencionais de descarga. Cada segundo que uma pessoa permanece com o dedo
na descarga são dois litros de água desperdiçados. Entretanto, esse consumo é
pequeno se comparado aos 1.650 litros de água para produzir 1 kg de soja, 1.900 para
1 kg de arroz, 3.500 para 1 kg de aves e 15 mil para 1 kg de carne bovina.
O mesmo ocorre com produtos industrializados. São 10 litros de água para 1 de
gasolina, 95 para 1 kg de aço, 324 para 1 kg de papel e 600 litros para 1 kg de canade-açúcar voltada para a produção do etanol. Na agricultura, o desperdício de água
também é muito grande: apenas 40% da água desviada é efetivamente utilizada na
irrigação.
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No sistema de abastecimento também se perde muita água. Além dos
vazamentos, há de se considerar a água usada pelos consumidores, mas que não é
medida pela empresa de abastecimento de água, como as ligações clandestinas e
outros tipos de fraudes. A perda total nos sistemas públicos de abastecimento do
Brasil equivale, em média, a 45% da água produzida.
Finalmente, vale destacar que a conservação da água depende, sobretudo, de
ações educativas junto à comunidade, que deve ser esclarecida com relação à
necessidade de redução dos desperdícios. Entre as dicas práticas que devem ser
propagadas neste sentido, destacam-se: checar e controlar vazamentos; aproveitar
água da chuva para molhar plantas; fechar a torneira enquanto escova dentes ou faz a
barba; substituir mangueira por baldes na hora de lavar pátios e carros; reaproveitar
água da máquina para lavar a calçada e reduzir o tempo do banho.
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escassez de água