produto Projeto de UFERSA | Eng. de Produção | Prof. Kléber Barros MÓDULO 7 – ENGENHARIA DE VALOR Engenharia de Valor VALOR: Preço atribuído a algo; utilidade; valia; importância; qualidade; mérito; legitimidade; princípio ético; qualidade pela qual uma coisa se torna importante para alguém; estima, consideração; atributo que confere aos bens materiais sua qualidade de bens econômicos; objeto de uma necessidade, atitude ou desejo; Engenharia de Valor Os produtos devem ser tecnicamente, esteticamente, ergonômica e economicamente satisfatórios. Desse modo, o engenheiro deve pensar tanto em quanto em custo desempenho quando está projetando algo. A isso se dá o nome de “valoração”. Análise de Valor Engenharia de Valor Método de análise de bens, serviços ou formas de gerenciamento, a partir da função desempenhada, com objetivo de reduzir custos”. Técnica usada pela primeira vez nos EUA, durante a II Engenharia de Valor Guerra Mundial, quando a escassez de recursos incentivou os esforços para busca de soluções criativas para possibilitar o suprimento de produtos apesar da falta de determinadas matérias primas e acabou mostrando-se uma excelente técnica para reduzir-se custos de produtos. A partir da segunda guerra passou a ser mais usada na indústria e em 1959 foi criada a Sociedade Americana Engenharia de Valor de Engenharia do Valor. A partir de 1977 a técnica começou a ser utilizada nos países europeus. No Brasil a técnica vem sendo usada desde a década de 60, mas seu uso intensificou-se somente a partir da década de 80. Engenharia de Valor – Conceito I Engenharia de Valor Engenharia do Valor é a aplicação sistemática de técnicas para identificar a função de um produto ou serviço, estabelecer um valor para aquela função e prover tal função ao menor custo total, sem degradação; Engenharia de Valor Engenharia de Valor – Conceito II aplicação sistemática, consciente de um conjunto de técnicas, que identificam funções necessárias, estabelecem valores para as mesmas e desenvolvem alternativas para desempenhá-las ao mínimo custo. A análise de valor procura aumentar o valor das peças e componentes e do produto como um todo, sem Engenharia de Valor comprometer suas funções, baseando-se nas seguintes etapas: 1. Identificar as funções de um produto; 2. Estabelecer valores para estas funções; 3. Procurar realizar essas funções ao mínimo custo, sem perda da qualidade; Classificação das funções do produto: 1 - Quanto a Hierarquia: Engenharia de Valor Principal: Explica a própria existência do produto sob a ótica do consumidor; Básicas: Aquela que faz funcionar o produto. Sem ela o produto perderá o seu valor e em alguns casos até a identidade; Secundárias: Suportam, ajudam, possibilitam ou melhoram a função básica; Engenharia de Valor Função Principal: Apontar lápis EXEMPLO Função Básica: Cortar Madeira Função Secundária: Posicionar a lâmina por meio do parafuso e da caixa plástica Engenharia de Valor Classificação das funções do produto: 2 - Quanto a Finalidade Uso: Possibilita o funcionamento do produto e podem ser tanto básicas como secundárias; São funções mensuráveis; Estima: Características que tornam o produto atrativo e excitam o consumidor, aumentando o desejo de possuí-lo. São de natureza subjetiva e não mensuráveis Engenharia de Valor EXEMPLO Função de Estima: Pulseira em couro legítimo Função de Uso: Mecanismos que fazem funcionar os ponteiros O Valor de um produto é determinado pelo Engenharia de Valor consumidor. Ele representa a quantidade de dinheiro que o consumidor está disposto a pagar pelas funções que contém. Produtos que apresentam maior número de características desejadas pelos consumidores são considerados de maior valor. O valor é sempre um conceito relativo. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO VALOR Engenharia de Valor Para estabelecer um valor para cada função utiliza-se a seguinte fórmula: Valor da Função Valor do componente = Custo do componente Valor da função: Menor custo obtido na comparação entre produtos semelhantes; Custo do componente: Custo do componente que está sendo analisado; A análise de valor procura aumentar o valor do componente de duas formas: Engenharia de Valor Aumentando o valor de sua função: Acrescentar características consideradas desejáveis pelos consumidores. Ex. Em um carro colocação de vidros elétricos, ar condicionado, etc; Reduzindo os custos: Reduzir custo de matéria prima, por exemplo; Valor da Função Valor do componente = Custo do componente Engenharia de Valor EXEMPLO: Custo da função “Acender cigarro” Acender com Fósforo: Acender com Isqueiro a fluido: Acender com Isqueiro a gás: Custo da função: R$ 0,006 (seis milésimos de real) Custo da função: R$ 0,004 (quatro milésimos de real) Custo da função: R$ 0,002 (dois milésimos de real) Custo da Função adotada: 2 milésimos de real EXEMPLO: Valores relativos do apontador de lápis Engenharia de Valor Componente Função Valor da Função (R$) Valor de Custo (R$) Valor relativo do componente (R$) Função Soma (a) (b) (a) / (b) Lâmina (1) Cortar madeira 0,15 0,15 0,15 1,00 Parafuso (2) Fixar Lâmina 0,02 0,02 0,10 0,20 Corpo (3) •Direcionar lápis • Permitir Pega • Criar Beleza 0,10 0,40 0,50 1,00 0,75 1,33 1 Os custos das funções são calculados por especialistas, mediantes rigorosos e criteriosos estudos financeiros 2 3 Engenharia de Valor Análise dos valores relativos do apontador de lápis Valor relativo acima de 1,0 A função tem valor superior ao seu custo Consumidores satisfeitos Valor relativo menor que 1,0 O custo do Indica potencial de redução de componente supera o custo para que se aproxime seu valor dos respectivos valores das funções Componentes e funções Valor relativo Lâmina Função “Cortar madeira” 1,0 O valor do componente é igual ao seu preço Função fixar lâmina 0,20 Devem existir esforços para reduzir custos Funções do corpo 1,33 Os consumidores valorizam mais estas funções Conclusão DEFININDO AS FUNÇÕES DOS PRODUTOS VAMOS PRATICAR ... Engenharia de Valor Etapas: 1. Gerar uma lista de funções do produto sobre o ponto de vista do consumidor, usando a técnica do brainstorm; 2. Ordene as funções em uma árvore funcional, começando pela função principal; As funções básicas são causas diretas da ocorrência da função principal; As funções secundárias surgem quando se pergunta “como a função básica é realizada”? 3. Realiza-se a conferência através do método “ComoPor que?” Engenharia de Valor A partir da função principal mova para baixo na árvore funcional, perguntando “como?” em cada nível; Faz-se uma nova conferência de baixo para cima perguntando-se “por que?” Uma árvore funcional que é conferida de cima para baixo e de baixo para cima é uma representação confiável das funções do produto Engenharia de Valor