Aula 2 Literatura
Profª Ângela Maioli
01.(Vunesp-SP) Leia e observe com atenção a
composição seguinte:
"Ay flores, ay flores do verde pinho,
se sabedes novas do meu amigo!
ay Deus, e hu é1?
E hu é: onde está
Ay flores, ay flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ay Deus, e hu é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu no que pôs comigo!
ay Deus, e hu é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu no que me há jurado!
ay Deus, e hu é?
A composição anterior, parcialmente transcrita,
pertence à lírica medieval da Península Ibérica. Ela
tem autor desconhecido, arte poética própria e
características definidas do lirismo trovadoresco,
podendo-se ainda descobrir o nome pelo qual
composições idênticas são conhecidas.
Em uma das alternativas indicadas acham-se todos
os elementos que correspondem a essas afirmações.
a) O autor é Paio Soares de Taveirós. Destacam-se o
paralelismo das estrofes, a alternância vocálica e o
refrão. O poeta pergunta pelo seu amigo.
b) O autor é Nuno Fernandes Torneol. Destaca-se o
refrão como interpelação à natureza. Trata-se de
uma cantiga de amigo.
c) O autor é el-rei D.Dinis. Destacam-se o
paralelismo das estrofes, a alternância vocálica e o
refrão. O poeta canta na voz de uma mulher e
pergunta pelo amado, porque é uma cantiga de
amigo.
d) O autor é Fernando Pessoa. Destaca-se a
alternância vocálica. Trata-se da teoria do
fingimento, que já existia no lirismo medieval.
e) O autor é Martim Codax. Destaca-se o ambiente
campestre. O poeta espera que os pinheiros
respondam à sua pergunta.
2. (Mackenzie-SP) Assinale a alternativa incorreta a
respeito
do
Trovadorismo
em
Portugal.
a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação
entre
poesia
e
a
música.
b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em
livros ou coletâneas que receberam o nome de
cancioneiros.
c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do
relacionamento entre o senhor e vassalo na
sociedade feudal: distância e extrema submissão.
d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o
poema
do
ponto
de
vista
feminino.
e) A influência dos trovadores provençais é nítida
nas cantigas de amor galego-portuguesas.
03. (Fuvest-SP) "Coube ao século XIX a descoberta
surpreendente da nossa primeira época lírica. Em
1904, com a edição crítica e comentada do
Cancioneiro da Ajuda, por Carolina Michaëlis de
Vasconcelos, tivemos a primeira grande visão de
conjunto do valiosíssimo espólio descoberto" (Costa
Pimpão)
a) Qual é essa primeira época lírica portuguesa?
b) Que tipos de composições poéticas se cultivavam
nessa época?
Resposta 01: letra c
________________________________________
Resposta 02: letra a
________________________________________
Resposta 03:
a) A primeira época lírica portuguesa recebe o nome
de Trovadorismo.
b) Cantigas de amor, de amigo, de escárnio, de
maldizer.
4.
(Fuvest-SP) “Coube ao século XIX a descoberta
surpreendente da nossa primeira época lírica. Em
1904, com a edição crítica e comentada do
Cancioneiro da Ajuda, por Carolina Michaelis de
Vasconcelos, tivemos a primeira grande visão de
conjunto do valiosíssimo espólio descoberto.” C.
Primão
a) Qual é essa “primeira época lírica”?
R.
b) Que tipos de composições poéticas se
cultivaram nessa época?
R.
5. (MACK) Marque a alternativa incorreta a
respeito do Humanismo:
a) Época de transição entre a Idade Média e o
Renascimento.
b)
O
teocentrismo
cede
lugar
ao
antropocentrismo.
c) Fernão Lopes é o grande cronista da época.
d) Garcia de Resende coletou as poesias da
época, publicadas em 1516 com o nome de
Cancioneiro Geral.
e) A Farsa de Inês Pereira é a obra de Gil
Vicente cujo assunto é religioso, desprovido
de crítica social.
6.(FUVEST) Aponte a alternativa correta em
relação a Gil Vicente:
a) Compôs peças de caráter sacro e satírico.
b) Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal.
c) Escreveu a novela Amadis de Gaula.
d) Só escreveu peças em português.
e) Representa o melhor do teatro clássico
português.
7.(FESL-SP) Em Os Lusíadas, Camões:
a. narra a viagem de Vasco da Gama às Índias.
b. tem por objetivo criticar a ambição dos
navegantes portugueses que abandonam a
pátria à mercê dos inimigos para buscar ouro
e glória em terras distantes.
c. afasta-se dos modelos clássicos, criando a
epopéia lusitana, um gênero inteiramente
original na época.
d. lamenta que, apesar de ter domado os mares e
descoberto novas terras, Portugal acabe
subjugado pela Espanha.
e. tem como objetivo elogiar a bravura dos
portugueses e o faz através da narração dos
episódios mais valorosos da colonização
brasileira.
8.(UFPa-PA) Pode-se afirmar que o velho do
Restelo é:
a. personagem central de Os Lusíadas.
b. o mais fervoroso defensor da viagem de
Gama.
c. símbolo dos que valorizam a cobiça e a
ambição.
d. símbolo das forças contrárias às investidas
marítimas lusas.
e. a figura que incentiva a ideologia
expansionista.
9.(ESAL-MG)-Assinale a alternativa que contém
características incompatíveis com o estilo de
época conhecido por Barroco:
a. contradições, sobrenatural humanizado, céu e
terra ligados.
b. gosto pela polêmica, pelo panfleto, colisão de
cores e excesso de relevos.
c. sentido de universalidade, racionalismo e
objetividade.
d. as coisas, pessoas e ações não são descritas
mas apenas evocadas e refletidas através da
visão das personagens.
e. largo sentimento de grandiosidade e esplendor,
de pompa e grandeza heróica, expressos na
tendência ao exagero e nos hiperbólico.
10.(FUVEST-SP) A respeito de Pe. Antônio
Vieira, pode-se afirmar:
a. Embora vivesse no Brasil, por sua formação
lusitana não se ocupou de problemas locais.
b. Procurava adequar os textos bíblicos às
realidades de que tratava.
c. Dada sua espiritualidade, demonstrava
desinteresse por assuntos mundanos.
d. Em função de seu zelo para com Deus,
utilizava-o para justificar todos os
acontecimentos políticos e sociais.
e. Mostrou-se tímido diante dos interesses dos
poderosos.
11.(Uneb-BA)
“Ornemos nossas testas com as flores
E façamos de feno um brando leito
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo, que passa,
Também, Marília, morre.”
A estofe acima constitui um exemplo da época:
a) barroca, pela oposição entre os apelos da vida
material e os aspectos espirituais do
sentimento humano;
b) arcádica, pelo ideal de vida simples e
consciência da transitoriedade da vida,
valorizando o momento presente;
c) romântica, pela extrema subjetividade, com a
valorização do sentimento amoroso por meio
da idealização da mulher.
d) simbolista, pela fuga à realidade e tentativa de
construção de um mundo próprio, de paixão
e sonho;
e) realista, pela visão objetiva dos problemas
cotidianos, como o envelhecimento e a
morte, que destroem o relacionamento
humano.
12.Observando as características arcádicas que
se apresentam nos quartetos, pode-se afirmar
corretamente que são da autoria de:
Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo, a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?
Vê como ai beijando-se os Amores
Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores!
a) Camões;
b) Bernardino Ribeiro;
c) Bocage;
d) Marquesa de Aloma;
e) Nicolau Tolentino.
13. Relacione autores e obras
a) Almeida Garrett
b) Alexandre Herculano
c) Soares de Passos
d) Camilo Castelo Branco
e) João de Deus
f) Júlio Dinis
( ) Amor de Salvação
( ) Eurico, o Presbítero
( ) Campo de Flores
( ) Folhas Caídas
( ) Pupilas do Senhor Reitor
( ) O Noivado do Sepulcro
14.Assinale:
a) Se corresponder a autor da 1ª geração
romântica portuguesa (resíduos clássicos).
b) Se corresponder a autor da 2ª geração
romântica (ultra-romantismo).
c) Se corresponder a autor da 3ª geração
romântica (antecipações realistas).
( ) Camilo Castelo Branco
( ) Soares Passo
( ) Júlio Dinis
( ) João de Deus
( ) Garrett
( ) Alexandre Herculano
( ) Castilho
15.Assinale somente as características realistas
abaixo relacionadas:
a ) ênfase na fantasia
b) ênfase na realidade
c) predomínio da emoção
d) predomínio da razão
e) objetivismo
f) subjetivismo
g) escapismo (a literatura como forma de fugir
da realidade)
h) engajamento (a literatura como forma de
transformar a realidade)
i) idealização dos personagens
j) retrato fiel das personagens
l) universalismo
m) nacionalismo
16.(UFPI) Quando dizemos: análise da pessoa
como
ser
totalmente
produto
de
momento/raça/meio, sem possibilidade de
reação subjetiva: tentativa de consertar uma
sociedade tida como degenerada são aspectos
de que movimento literário?
a) Realismo
b) Romantismo
c) Modernismo
d) Naturalismo
e) Pré-Modernismo
17.Segundo alguns críticos, as obras de Eça de
Queirós possuem um talento raro para
combinar a ironia e a sátira com certo lirismo
melancólico, o que lhes dá graça e sutileza,
apesar do tom caricato de que se revestem
algumas passagens, por demais exemplares
da hipocrisia social a ser denunciada.
São romances de tese, isto é, que denunciam a
hipocrisia social, do escritor:
a) O Crime do Padre Amaro; O Primo Basílio;
Os Maias.
b) A Ilustre Casa de Ramires; Prosas Bárbaras; O
Primo Basílio.
c) O Crime do Padre Amaro; O Primo Basílio;
Prosas Bárbaras.
d) O Crime do Padre Amaro; As Farpas; Prosas
Bárbaras.
e) A Relíquia; Os Maias; A Cidade e as Serras.
18
Só e Clepsidra são obras que pertencem a um
mesmo movimento literário. Indique:
a) esse movimento;
b) o autor de cada obra.
19
(UM-SP) A respeito de Fernando Pessoa, é
incorreto afirmar que:
a) não só assimilou o passado lírico de seu povo,
como refletiu em si as grandes inquietações
humanas do começo do século.
b) os heterônimos são meios de conhecer a
complexidade cósmica impossível para uma
só pessoa.
c)
Ricardo Reis simboliza uma forma
humanística de ver o mundo do espírito da
Antigüidade Clássica.
d) junto com Mário de Sá-Carneiro, dirige a
publicação do segundo número de Orpheu,
em 196.
e) a Tabacaria, de Alberto Caeiro, mostra seu
desejo de deixar o grande centro em busca da
simplicidade do campo.
20
(FUVEST) “Já vai andando a récua dos homens
de Arganil, acompanham-nos até fora da via
as infelizes, que vão clamando, qual em
cabelo, Ó doce e amado esposo, e outra
protestando, Ó filho, a quem eu tinha só para
refrigério e doce amparo desta cansada já
velhice minha, não se acabavam as
lamentações, tanto que os montes de mais
perto respondiam, quase movidos de alta
piedade (...)” (José Saramago, Memorial do
Convento)
Em muitas passagens do trecho transcrito, o
narrador cita textualmente palavras de um
episódio de Os Lusíadas, visando criticar o
mesmo aspecto da vida de Portugal que
Camões, nesse episódio, já criticava. O
episódio camoniano e o aspecto criticado
são, respectivamente:
a) O Velho do Restelo; a posição subalterna da
mulher na sociedade tradicional portuguesa.
b) Aljubarrota; a sangria populacional provocada
pelos
empreendimentos
coloniais
portugueses.
c) Aljubarrota; o abandono dos idosos decorrente
dos empreendimentos bélicos, marítimos e
suntuários.
d) O Velho do Restelo; o sofrimento popular
decorrente dos empreendimentos dos nobres.
e) Inês de Castro; o sofrimento feminino causado
pelas perseguições da Inquisição.
Respostas:
1. a) Trovadorismo
b) gênero lírico: cantigas de amigo, de amor.
gênero satírico> cantigas de escárnio e de
maldizer
2. e
3. a
4. a
5. d
6. c
7. b
8. b
9. c
10. d, b, e, a, f, c
11. b, b, c, c, a, a, a
12. Alternativas assinaladas: b, d, e, h, j, l
13. d
14. a
15. Camilo Pessanha
16. O livro Oaristos
17. a) Simbolismo
b) Camilo Peçanha e Antônio Nobre (há outros
nomes)
18. a) Simbolismo
b) Só: Antônio Nobre; Clepsidra: Camilo
Pessanha
19. e
20. d
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Ay flores, ay