SOROCABA • QUINTA-FEIRA • 6 DE SETEMBRO DE 2012 C3 Procuram-se ovnis ou ao menos quem garanta tê-los visto Fotógrafo e cineasta Bruno Cecim embrenha-se na caça de bons relatos para a produção de um documentário EVANDRO MESSIAS / DIVULGAÇÃO Maíra Fernandes [email protected] A lém da ligação histórica e da proximidade entre uma e outra, há mais conexões que unem as cidades de Sorocaba e Votorantim do que supõe nossa vã filosofia. Isso por conta de endereços como o Morro da Mariquinha, em Sorocaba, e o Mirante dos Ovnis, em Votorantim, que se tornaram lendários devido a relatos de aparecimento de Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis). As histórias - datadas principamente do final da década de 1970 e do início de 1980 - são muitas e com narrações que vão de curiosas a engraçadas. Entre relatos de quem acredita na aparição do chamados alienígenas, outros que afirmam já terem vistos sinais da visita deles e até aqueles que teorizam contrariamente dizendo que tudo não passa de equívoco, o fotógrafo e cineasta Bruno Cecim resolveu juntar o máximo possível de depoimentos para um documentário, provisoriamente batizado de “Ovnis: Objeto Identificado” e que está em fase de captação de depoimentos. A iniciativa de Cecim deu tão certo que muitas pessoas estão procurando para falar sobre o assunto, por isso ele pensa em expandir e produzir, além do documentário, um blog e, quem sabe, também um livro. “Muitas pessoas me procuraram para contar suas histórias. Umas interessantes e outras que precisam de investigação, mas quero seus depoimentos gravados e editados. Mas Cecim espera mais. Entre relatos de moradores dos arredores dos locais, também há depoimentos de pesquisadores como Chico Penteado, que diz ser Muita gente quer e uma reencarnação tem o que falar sobre de alienígenas e do advogado votorantio assunto, mas teme nense Tide Paraná, ser chamado de louco que conta ter visto os ovnis e que também ou mesmo sofrer escreveu um livro sobre o acontecimento. represálias, Na entrevista, Paraprincipalmente em ná explica à Cecim ainda sobre um fenôalgumas igrejas” meno chamado de “buraco da minhoBruno Cecim ca”, na verdade um portal que liga a outras dimensões. “Ele fala que em Votorantim há esse portal na Cachoeira da Chave”, fala o cineasta. “Muita gente quer e tem o “Tento ser imparcial nesse trabalho, mas não posso deixar de usar também minha experiência”, conta Cecim que falar sobre o assunto, mas teme ser chamado de louco ou dizer que estou atrás do máxi- nal, adianta que o mergulho nas mais ferrenha sobre a pré-his- mesmo sofrer represálias, mo possível de relatos sobre o pesquisas o fez querer saber ca- tória, as antigas civilizações e principalmente em algumas aparecimento de Ovnis na re- da vez mais do intrigante assun- culminou nas evidências, se- igrejas”, conta Cecim. Como gundo ele, da presença desses explica, encontra muitas pesgião e também no Brasil”, fala to, que ainda divide opiniões. Sim! Cecim afirma que já seres alienígenas. “Temos essa soas que falam das experiênCecim. Como exemplo, ele cita uma senhora de Jundiaí que, viu alienígenas quando ainda coisa de antropólogo, de querer cias mas preferem não apareapós saber sobre o trabalho de- garoto, em um viagem à mítica saber mais... Tento ser impar- cer, por tratar de um assunto le por uma rede de televisão, li- Chapada Diamantina, porém cial nesse trabalho, mas não delicado. ga todos os dias convidando Ce- remete ao lendário LP “A Tá- posso deixar de usar também Para chegar até às pessoas, cim para ir até sua casa, tam- bua de Esmeralda” de Jorge minha experiência”, conta Ce- Cecim começou rodando desbém presenciar a visita dos alie- Ben Jor (1974) e também ao li- cim sobre a descoberta dos fa- pretensiosamente nos locais nígenas. “Estou tentando inves- vro “Eram os Deuses Astro- tos que o “intrigaram”. próximos aos endereços contitigar as histórias que estão che- nautas?”, escrito em 1968 pelo dos nos relatos e perguntando História e curiosidades gando, mas com muita caute- suíço Erich von Däniken, a sobre histórias. Aos poucos foi “culpa” pela vontade de mergula”, admite. recebendo indicações de um e No momento, são nove en- outro e chegando a pessoas, Ele, que começou a pesquisa lhar mais no assunto, que coe captação com foco bem regio- meçou com uma pesquisa trevistados que já tiveram como a comerciante Iolanda, “ dona de um um bar em Votorantim e que ainda conta de pessoas que chegam e comentam sobre luzes estranhas vinda dos morros. Aliás, de acordo com o relato captado por Cecim, Iolanda contou de uma casa nas proximidades, onde coisas “estranhas” ocorriam, como surgimento de ovos gigantes. Assustada, a moradora teria ido embora do local, mas a casa continua lá. “Ela me falou que na verdade não é morro dos ovnis, mas morro dos ovos, devido esse acontecimentos”, fala Cecim. Mas não há apenas depoimentos de quem já viu, ouviu ou acredita nas histórias sobre a presença de seres alienígenas. De acordo com Cecim, a pesquisa também abrange posições contrárias, já que a intenção não é encontrar “uma verdade absoluta” e sim abrir o debate sobre o assunto. “Tem quem fale que o morro dos ovnis, por exemplo, ficou conhecido por conta da queda de um balão e não pela suposta presença de discos voadores ou alienígenas”, pontua o cineasta, que reforça o quanto trabalhar com o assunto requer muito cuidado, investigação e atenção. “Muitas pessoas me procuram, mas tomo certos cuidado pois há muita coisa fake”, garante ele, que em breve participará de uma vigília ufológica atrás de mais histórias. Interessados em colaborar com o cineasta podem entrar em contato pelo email [email protected] ou pelo telefone (15) 8112-2995. ADIVAL B. PINTO ‘VIVÊNCIAS’ Livro reúne textos de Maria de Lourdes Kortz publicados no Cruzeiro do Sul Marina Costa [email protected] programa de estágio Colaboradora do Jornal Cruzeiro do Sul na década de 1980, Maria de Lourdes Kortz lançou recentemente o livro “Vivências”, em que foram publicados todos seus contos que já passaram pelas páginas do jornal. Esbanjando simpatia, a professora primária, jornalista, pintora e, atualmente, escritora, conta que esse livro surgiu de um presente de seu filho, o professor Miguel Petrelli, em comemoração aos 87 anos de vida da contista. “Meu filho recuperou meus contos que foram resultados de publi- preferido, pois foi um momento muito marcante que ela passou com sua família. “Eu conto sobre uma ceia que preparei, em 1981, para a noite de Natal em minha casa”, comenta. Todos os livros publicados, explica Maria, não serão vendidos, e sim doados para amigos e conhecidos. cações em jornais nos 35 anos que colaborei com a página literária do Jornal Cruzeiro do Sul”, explicou. Maria explica que um dos seus filhos a surpreendeu com esse livro e um outro, chamado Antonio, a recepcionou em sua residência de São Paulo com uma tarde de autógrafos para mais de 40 pessoas. “Fiquei surpresa, foi uma tarde muito gostosa”, completa. O livro retrata contos do cotidiano que foram publicados no jornal e experiências vividas por ela. O nome “Vivências”, segundo Maria, representa momentos da sua vida de menina. A escritora diz que o conto chamado “Ceia de Natal” é o seu A autora Nascida em Itapetininga, Maria de Lourdes Kortz se formou professora primária em 1943. No início dos anos 1960, mudou-se para Sorocaba e se aposentou após 33 anos de magistério. Dona Lourdes, como é conhecida pelos mais próximos, ‘O ASSASSINATO DO EMBAIXADOR’ Luiz Pádua lança sua 13ª produção: um romance policial Maíra Fernandes [email protected] Autor de 12 livros publicados nos últimos nove anos, o escritor Luiz Pádua lança ainda neste mês a sua 13ª produção “O Assassinato do Embaixador”, pela editora AMCguedes, no Rio de Janeiro. O livro, que começou a ser escrito em 2010 e tem mais de 100 páginas, é um romance policial, uma vertente já explorada em outras três obras do autor. Mineiro radicado há mais de 30 anos em Sorocaba, Pádua comemora ainda o recente convite recebido da Academia de Letras do Brasil (ALB) para de tornar membro. A posse, conta ele, acontece no próximo mês, em Jundiaí. “Fiquei muito feliz e honrado”, fala o autor, que receberá uma comenda e um diploma no dia da posse. Pádua, que hoje tem 72 anos é advogado aposenta- do, escreve desde os 18 anos. Foi só há nove anos que resolveu publicar suas obras e não parou mais. Estreando com a autobiografia “Introspeção”, pela editora Celeiro de Escritores, tomou gosto e não parou mais de escrever. Em seu currículo constam ainda os títulos: “Nos mistérios dos Sonhos e da Vida”; “Um Paciente Muito Impaciente”; “Sob o Domínio dos Deuses”; “Mentira, Calúnia & Fanatismo”; “A Face Oculta de Darlene”; “O Diplomata”; “ Enfrentar o Medo Cara a Cara”; “Os Poderosos”; “Um Vulto de Mulher”; “O Diplomata” 2ª edição ampliada e revisada; “A Cara do Gato” e o recente “O Assassinato do Embaixador”. Enquanto aguarda o lançamento do novo livro, Pádua já prepara sua próxima publicação, batizada como “Passaporte para inferno”, um livro de crônicas que pretende lançar ainda em 2012. “Ele tem assuntos polêmicos como na área religiosa, sobre a classe médica, filantropias...”, adianta o autor. Aliás, é bom frisar que o autor não tem apenas uma vasta produção literária, mas também de conteúdo e gêneros diversificados. Eclético, ele conta que começou com a autobiografia, mas se enveredou por outras vertentes literárias como o romance policial, a crônica, a autoajuda e até mesmo a poesia. “Antes eu viajava muito como representante comercial e escrevia em pedacinhos de papel, pensamentos que viriam a compor os livros”, relembra. Interessados em adquirir o novo livro basta enviar email para o autor: [email protected], solicitando o exemplar que é comercializado a R$ 20. Pádua também organiza um blog com fragmentos dos seus textos: http://blogluizpadua.blogspot.com. pinta quadros a óleo, pois sempre teve muita facilidade com desenhos, principalmente para ilustrar suas aulas com gizes coloridos. Em 1986, venceu o concurso de monografia sobre Aloísio de Almeida, Padre Castanho, promovido pelo Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (IHGGS). (Supervisão: Juliana Simonetti) Maria de Lourdes Kortz não escondia o entusiasmo com a publicação