Petrópolis
A morte de Tito e a Lembrança das Crianças
Autor: Julia de Oliveira Condolo Costa – 10 anos - Série: 5° ano
Escola: Escola Paroquial Santa Bernadete
Professora: Ana Paula Echternacht Fernandes
Tito era um bom contador de histórias. Ele vivia em uma cidadezinha chamada
Felicidade. Sua cabana ficava na beira de um lago encantado. Ela era coberta com
palha e suas paredes eram de madeira. Só havia uma janela lateral e uma porta bem
grande, porque Tito era um homem bem alto.
Ele adorava contar histórias e todas as crianças não paravam de pedir:
- Conta outra história? E ele respondia:
- Claro que sim!
Tito um dia ficou doente e as crianças da cidade ficaram muito tristes. Elas iam até
a cabana para visitá-lo, mas o encontravam na cama, sem forças para se levantar,
nem mesmo para falar, não conseguindo contar suas histórias.
As crianças achavam que tinham que fazer alguma coisa, pois não gostavam de ver
o Tito daquele jeito. Elas levavam flores, guloseimas e contavam histórias para ele,
tentando fazê-lo feliz, mas ele não melhorava, aliás, cada vez ficava pior.
Certo dia, as crianças foram visitá-lo, e quando abriram a porta da cabana o acharam
caído no chão. Correram para cidade e foram falar com o médico. Quando o médico
chegou, Tito já havia falecido.
As crianças começaram a chorar:
- Agora quem vai contar histórias para gente?
A partir daquele dia, Felicidade virou uma tristeza só, pois não havia mais histórias.
Ninguém sabia conta-las como Tito...
O tempo foi passando, e as crianças viraram adultos, cada uma seguiu sua vida, mas
nunca deixando de serem amigas.
Um dia, um deles sugeriu de marcarem um encontro perto da cabana de Tito, em
frente ao lago, para relembrarem um pouco de sua infância.
Então, na data marcada, todos estavam lá. Abraçaram-se, cumprimentaram-se e
conversaram muito, falando sobre tudo o que tinha acontecido na vida de cada um,
depois que se separaram.
Até que Arthur olhou fixamente para a lagoa e se lembrou se uma história que Tito
havia contado. Arthur ficou espantado, e começou a contar a história para os seus
amigos, os quais ficaram emocionados ao perceber que eles também poderiam
contar as histórias que ouviram do seu amigo querido.
Aquele lago encantado mostrou aos amigos reunidos que as histórias não tinham
acabado, porque elas estavam guardadas em suas memórias e em seus corações.
Assim, todos os dias eles iam para a beira do lago encantado e levavam várias
crianças, que achavam outras crianças, que iam com mais algumas crianças, para
ouvirem e aprenderem histórias.
Então, Felicidade voltou a ser uma alegria para todos.
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