Relatório mensal - mês de março
Núcleo 1 - Matrinchã, Jussara, Montes Claros e região. Os altos preços
pagos ao algodão na safra 2010/2011 colaborou na inserção de novos
produtores na cotonicultura. Consequentemente, a previsão da área a ser
semeada nesta região aumentou de 2.000 hectares para 2.515 hectares,
acréscimo de 20%. Algumas propriedades optaram por semear algodão na
última semana de fevereiro, o que interferiu no processo de armadilhamento
das propriedades, pois as mesmas terão uma quantidade de leitura inferior
àquela indicada pelo Projeto de Controle e Supressão do Bicudo do Algodoeiro,
que é de nove leituras. As condições climáticas da região são diferenciadas em
relação às demais regiões produtoras de algodão do Estado de Goiás,
portanto, o intervalo do vazio sanitário também é diferente, variando entre os
dias 01/11 e 20/01. Por isso, a semeadura do algodão nesta região ainda não
iniciou. A região possui uma particularidade: 77% da área semeada com
algodão são sob pivô.
Núcleo 2 - Acreúna, Palmeiras de Goiás, Indiara e região.Esta região possui
cerca de 12.910 hectares de algodão, sendo 6.570 hectares semeados como
safra verão, 2.920 hectares como 2ª safra e 3.420 hectares no sistema irrigado.
Considerando as três modalidades de plantio, observamos que cerca de 2.150
hectares estão no sistema adensado. Em suma, as áreas mais velhas estão
com cerca de 95 DAE. Houve áreas de 2ª safra encerrando o plantio entre a
segunda quinzena de fevereiro e a primeira quinzena de março. Alguns pivôs
continuam sendo semeados na região. No geral, as lavouras têm apresentado
um bom desenvolvimento, apesar dos problemas iniciais com percevejo
castanho (Scaptocoris castanea) e aplicações frequentes para o controle da
lagarta-da-maçã (Heliothis virescens). Com relação ao bicudo do algodoeiro
(Anthonomus grandis), a situação é considerada tranquila em praticamente
todas as propriedades. Fatores como entressafra seca, frequentes aplicações
para o controle de outras pragas (com inseticidas que também controlam o
bicudo) e a adoção do Plano de Controle e Supressão do Bicudo têm resultado
em infestações mais tardias e em baixos índices nos talhões. Há propriedades
que a detecção dos danos ocorreu por volta dos 55 DAE, mas, em várias
propriedades com talhões mais velhos ainda não houve registro de ataque.
Núcleo 3 - Rio Verde, Paraúna, Montividiu, Caiapônia e região. Região com
cerca de 22.500 hectares de algodão, sendo 12.250 hectares semeados como
safra verão, 9.600 hectares como 2ª safra e 650 hectares no sistema irrigado.
Considerando as três modalidades de plantio, observamos que cerca de 1.820
hectares estão no sistema adensado. Nesta região também existe uma extensa
janela de plantio, sendo que os talhões mais velhos possuem cerca de 85 DAE
e ainda há propriedades semeando algodão no sistema irrigado. No geral, as
lavouras estão com bom desenvolvimento, onde as áreas mais velhas
apresentam alto potencial de produção. Da mesma forma como ocorre no
núcleo 2, o bicudo não tem causado problemas aos cotonicultores, pelas
mesmas razões e fatores descritos acima. Até o momento, os maiores custos
de controle estão relacionados principalmente ao controle da lagarta-da-maçã
(Heliothis virescens), sendo que em algumas propriedades o manejo inicial
para o controle preventivo do percevejo castanho (Scaptocoris castanea)
também contribuiu para elevar os custos de produção. No geral, o índice
pluviométrico está bastante satisfatório, contribuindo para o bom
desenvolvimento tanto das áreas mais velhas quanto das áreas mais novas.
Núcleo 4 - Chapadão do Céu. Todas as propriedades finalizaram a
semeadura do algodão safrinha e/ou safrinha/adensado. As chuvas no mês de
fevereiro tiveram índices acima do esperado para a região, favorecendo alguns
produtores que optaram em semear o algodão safrinha e/ou
safrinha/adensado. A região é tradicional na cultura do algodão, fato observado
pelo tempo em que os produtores semeiam a cultura e pelo acréscimo de 30%
em relação à safra anterior, passando para 24.241 hectares na safra
2010/2011. As primeiras áreas semeadas com a cultura do algodão estão com
85 a 95 DAE. Em algumas propriedades ainda persiste a presença elevada da
lagarta-da-maçã (Heliothis virescens), porém, a população permanece baixa.
Núcleo 5 - Itumbiara e região. Nos municípios de Itumbiara, Inaciolândia,
Panamá, Cachoeira Dourada, Piracanjuba, Morrinhos e Goiatuba, mesmo que
em poucos dias, o veranico atrapalhou algumas áreas, porém, estas estão
sendo recuperadas com a aplicação de cobertura, via foliar ou terrestre.
Quanto ao plantio de algodão em safrinha, não foi informado ao monitor da
Fundação Goiás algum município que realizará este cultivo, mas existem
algumas áreas em que o veranico foi mais intenso e os produtores tiveram que
realizar o replantio, sendo este feito em época de safrinha. Quanto ao bicudo
(Anthonomus grandis), a maioria das fazendas não atingiu índices de controle,
mas, mesmo assim, foram realizadas aplicações específicas, pois foram
encontrados botões atacados nas bordaduras. Mesmo realizando estas
aplicações em áreas totais, as bordaduras não deixaram de ser realizadas com
intervalo máximo de cinco dias.
Núcleo 6 - Ipameri, Cristalina e região. No mês de fevereiro, as regiões de
Ipameri, Campo Alegre, Cristalina, Silvânia e Luziânia intensificaram o plantio
das áreas de safrinha. Mesmo que em pequenas áreas, os produtores, em
virtude dos elevados preços do algodão, vêm apostando nesta opção de
cultivo, seja irrigado ou sequeiro. Com a normalização das chuvas, a maioria
das fazendas realizou uma nova aplicação de cobertura nos talhões mais
afetados com o veranico causado em janeiro, portanto, uma recuperação das
lavouras de algodão está ocorrendo neste mês. Em relação ao controle do
bicudo (Anthonomus grandis), na maioria das fazendas ainda não foram
encontrados sinais de danos causados pelo inseto, isto devido às intensas
aplicações em bordadura realizadas em cada propriedade com intervalos de
cinco a sete dias. Nas áreas onde já foram encontrados os primeiros danos, as
propriedades estão realizando aplicações específicas em área total. Em locais
onde os índices estão persistindo mesmo após as aplicações, os produtores
estão se preparando para realizar uma nova bateria composta por três
aplicações e mantendo ainda mais rigorosas as aplicações em bordadura.
Núcleo 7 - Mineiros, Perolândia e região. A previsão para essa região é de
semear uma área equivalente a 14.770 hectares de algodão, área superior em
5% em relação à previsão do mês de fevereiro. A região está com bons
índices pluviométricos, o que influencia diretamente no algodão semeado no
sistema safrinha e safrinha/adensado. O algodão mais velho da região está
com 80 a 90 DAE. Algumas propriedades já observaram a presença do bicudo
adulto nas lavouras mais velhas, com aproximadamente 85 DAE, ainda assim,
em baixa população. Durante os levantamentos de campo notara-se um leve
aumento da população do pulgão (Aphis gossypii) e da lagarta falsa medideira
(Pseudoplusia includens), porém, sem grandes preocupações.
Levantamento realizado mensalmente pelos monitores da Fundação
Goiás: Adriano Moraes Resende (responsável pelos Núcleos 1, 4 e 7),
Carlos Henrique Oliveira (responsável pelos Núcleos 5 e 6) e Davi L. E.
Garcia (responsável pelos Núcleos 2 e 3).
Resumo geral de área plantada em Goiás
Algodão Safra Verão (0,76m – 0,90m) – 71.794,18 ha
Algodão Safrinha (0,76m – 0,90m) – 11.850,67 ha
Algodão Irrigado (0,76m – 0,90m) – 6.760,42 ha
Algodão Safra Verão/Adensado – 1.900 ha
Algodão Safrinha/Adensado – 9.775,60 ha
Algodão Irrigado/Adensado – 519 ha
Total
Total Safra Verão no Estado – 73.694,18ha
Total Safrinha no Estado – 21.626,27 ha
Total Irrigado no Estado – 7.279,42 ha
Total Geral de Algodão Semeado – 102.599,87 ha
Total de Produtores no Estado – 104
Área Média por produtor – 967,92 há
Fonte: Fundação Goiás - levantamento realizado entre os dias 28/02/2011
e 03/03/2011.
Download

Relatório mensal - mês de março Núcleo 1 - Matrinchã